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Plataforma de e-books do Governo de SP registra mais de 44 mil acessos em 4 meses de funcionamento

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de Felix Lichtenfeld por Pixabay.

As Bibliotecas de São Paulo e Parque Villa-Lobos, instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, celebraram o Dia do Livro (no último dia 23) com 44.075 acessos à plataforma de difusão da leitura BSP Digital em 4 meses. Lançada em 15 de dezembro de 2020, a plataforma online tem mais de mil livros de diversos gêneros que podem ser acessados gratuitamente, além de 46.443 sócios, e realizou 8.323 empréstimos – uma média de 5,5 de obras como O Alienista, de Machado de Assis; Filosofia explica as grandes questões da humanidade, de Clóvis de Barros Filho; O menino que não queria tomar banho, de Simone Magno; Conversas que tive comigo, de Nelson Mandela; Estação Carandiru, de Dráuzio Varella e Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift.

Biblioteca digital | Quem quiser se tornar sócio das bibliotecas pode se cadastrar diretamente nos sites de cada uma das unidades – bsp.org.br/cadastro-online/ e bvl.org.br/cadastro-online/. Para isso, basta ter em mãos o número do documento de identidade, endereço, e-mail e telefone. Será necessário apenas escolher uma senha para acesso aos serviços digitais.

Os sócios também podem fazer empréstimos e reserva de livros físicos de até duas obras por 15 dias, além de  sugestões de compras para o acervo. A modalidade dá acesso, também, à  Tocalivros, que oferece centenas de audiolivros.

A BSP e a BVL são equipamentos geridos pela Organização Social SP Leituras – eleita pelo terceiro ano consecutivo uma das 100 Melhores ONGs do Brasil.

Palestra online e gratuita celebra o Dia Internacional da Dança

Campinas, por Kleber Patricio

Evento no dia 29 de abril será aberto ao público e terá como tema “Abordagens Somáticas da Dança”, com a profª Luciana Hoppe. Foto: divulgação.

O Centro Universitário UniMetrocamp realiza no dia 29 de abril, às 8h, uma palestra especial em comemoração ao Dia Internacional da Dança. Para marcar a data, a coordenadora do curso de dança na instituição, Profª Dra. Jussara Muller, convidou a também Profª Luciana Hoppe para falar sobre Abordagens Somáticas na Dança.

“Eu fiz questão de celebrar o dia com esse evento para dar visibilidade à própria dança. A ideia é ver o corpo de maneira mais sensível e integrada. Depois de um ano de isolamento, acho importante mostrar para os alunos como manter o corpo ativo”, explica Jussara. “A dança é a arte da presença e uma disciplina prática. Essa é uma forma de resgatar um pouco as ausências causadas pela pandemia”, conclui.

Para participar, é só fazer a inscrição no link https://blog.wyden.com.br/eventos/dia-internacional-da-danca-evento-gratuito/. O evento será exibido por meio da plataforma Teams.

Usina Jam promove festival online na pandemia com programação diversa e plural

Campinas, por Kleber Patricio

André Abujamra é um dos artistas convidados. Foto: Pinterest/portal Pop Cyber.

Com a proposta de reunir e divulgar a diversidade artístico-cultural da cena de Campinas e da RMC, o Festival Usina Jam entrega ao seu público uma versão remodelada em 2021: por conta da pandemia, todas as atividades acontecem em formato online, mas ainda destacando as múltiplas linguagens. A programação do evento contempla shows de música, workshops, apresentações teatrais, uma ação continuada de live painting e uma mostra documental.

“As atividades serão divididas em três dias, embora toda a programação seja online. A ideia é contribuir com o cenário artístico autoral da região a partir do oferecimento de uma grade diversificada e de qualidade. Para além da exposição das obras e dos conteúdos artísticos, o Festival Usina Jam preza pela interatividade como ponto alto da experiência cultural, com o intuito de incentivar que os(as) participantes sejam, além de espectadores passivos, agentes ativos na realização do produto cultural”, explica Daniel Resende, proponente do projeto e curador do Festival.

O setlist completo será dividido com o público por meio dos perfis do Festival no Instagram e no Facebook, mas alguns nomes já são conhecidos: o multiartista André Abujamra, o artista de vanguarda RAPadura e a banda de rock’n’roll Tutti Frutti. Idealizado pelos Pedro Barsa e Gra Soares, o Projeto Corredeira leva ao público um repertório autoral fundamentado nas matrizes musicais afro-brasileiras; Eduardo Machado Trio (considerado pela crítica especializada como um dos maiores nomes do baixo brasileiro da atualidade), Nayra Lays (que mostra toda a sua versatilidade ao passar por estilos diversos da música negra a partir das experimentações de flows, ritmos e expressões), o quarteto Death Metal Sinaya (destaque na cena do rock nacional) e Jasper e a Gana (banda de rock alternativo brasileiro) também estão confirmados no Festival.

Viabilizado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, o Festival Usina Jam foi aprovado pelo ProAC Expresso Lei Aldir Blanc nº. 40/2020 e está marcado para acontecer nos dias 23, 24 e 25 de abril com transmissão ao vivo pelo canal Hocus Pocus no YouTube. Todas as atividades são gratuitas.

Workshops | Dentro da programação serão oferecidos três workshops com ações formativas. Na primeiro, Duda Crespa ministra a oficina Produção Cultural Periférica, que tem como objetivo formar agentes de cultura e lazer através do estímulo ao aprendizado sobre a produção periférica. “Será uma ótima oportunidade para dividir as experiências pessoais que adquiri em anos de estudo e prática ao longo da minha trajetória, além de incitar reflexões e provocações no que tange os chamados ‘eventos de quebrada’, sejam eles no formato presencial ou online. A ideia é conduzir uma oficina que forme pessoas com criatividade, perspectiva de parcerias e acessibilidades para os diversos corpos e na autogestão da economia a partir da mão-de-obra contratada na própria periferia”, explica Duda, mulher preta, não hétero e artista nascida e criada na periferia.

Criador do primeiro curso de discotecagem voltado para cegos no Brasil (2014), o DJ Anderson Farias desenvolveu e adaptou ferramentas digitais de discotecagem para apoio aos deficientes visuais. Durante o Festival Usina Jam, ele ministra a oficina Discotecagem para Pessoas com Deficiência Visual, que defende que ensinar a arte de discotecar para quem não enxerga é completamente possível.

Por fim, o bate-papo Lei Aldir Blanc – Panorama e Impacto Nacional será mediado por Ana Luíza Pradella (produtora, gestora cultural, atual vice-presidente e cofundadora do Movimento Nacional ‘Sou 1 de 11 Milhões de Trabalhadores da Cultura’) e Cintia de Almeida (produtora cultural e especialista em Leis de Incentivo à Cultura). “Em uma perspectiva setorial, vamos discorrer sobre a implantação da Lei nos Estados e Municípios, bem como sua execução e como ela está caminhando na visão do Movimento, que vem atuando diretamente com ações de representação dos trabalhadores da cultura e visa ser um centro catalisador para a mobilização, difusão e apoio ao setor, pretendendo ainda promover o respeito pelo trabalho e criação de cada um”, explica Pradella.

Espetáculos teatrais | Em uma narrativa que mistura cordel, teatro de mamulengos e músicas típicas (como o xaxado e a embolada), Canoa Encantada apresenta As Pelejas de Severino em Busco do Boi Suvaco. O espetáculo narra as aventuras do vaqueiro Severino – representação do homem simples que mantém acesa a chama do sonho e da alegria herdados por meio das manifestações culturais de seu povo – que adentra às terras do temido João Redondo em busca de um boi perdido, sem saber que elas são assombradas pelo terrível Fantasma do Jaraguá Encantado.

A Cia. Pé no Asfalto também é atração confirmada no Festival. Em O Macaco e a Lua, dois palhaços pescadores se perdem em alto mar. Buscando por comida, eles acabam pescando um livro de contos africanos e iniciam uma travessia imaginária até a África. Através da leitura da lenda africana que nomeia o espetáculo, eles entram em uma grande aventura, na qual descobrem a origem do tambor e suas raízes de matriz africana.

O espetáculo A Caravana dos Pássaros Errantes, do Grupo Nômade, tem como tema principal a liberdade. A partir de uma história real acontecida no Piauí em 1913, o grupo reconta as vivências de uma família cigana que foi perseguida e massacrada, trazendo para o espaço cênico as discriminações, lembranças e as crenças dos personagens. Juntamente com dois músicos, os atores Ana Cristina Freitas e Jonas di Paula narram e se multiplicam em personagens diversos.

Mostra Documental | Em Construção: Das bases da vida aos dias atuais trata da personalidade de Samuel Pérsio, um artista plástico nascido em 1982 na cidade de Araucária/PR que está montando um ateliê aberto na sua casa em Recife. No roteiro, o veículo que conduz o conhecer deste artista é sua própria voz, que compartilha sua trajetória em uma conversa entre amigos em um ambiente cotidiano, sua “casa ateliê”. Assinado pelo próprio Samuel Pérsio e por Gabriel Fardin, o mini doc conta com trilha sonora Bapurréca (Arthur Prado e Atabaquara Catulo).

Live Painting | Os artistas Thiago Monster Ectoplasma e Gi Ruggieri serão os responsáveis pela live paint, na qual será criado ao vivo o cenário de um dos palcos da Usina Jam.

Plataforma ambiental cria calculadora gratuita da “pegada de carbono”

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: screen print.

A MOSS, maior plataforma de créditos de carbono do mundo, lança na Semana da Terra a Calculadora de Carbono da MOSS. O recurso permite que qualquer pessoa calcule a sua pegada de carbono individual referente ao ano de 2020. O objetivo da iniciativa é informar e conscientizar sobre a importância da compensação das emissões e, ainda, conectar os usuários a projetos de preservação da floresta Amazônica.

O recurso permite a moradores de todos os estados do país identificar os pontos do dia a dia que mais contribuem para a emissão de CO2. Por meio de 12 perguntas de múltipla escolha sobre temas como moradia, uso de transporte individual e coletivo, estilo de alimentação e quantidade de calorias ingeridas diariamente, além de hábitos de viagens aéreas e compras, a Calculadora MOSS apresenta o resultado individual e, também, compara as informações com a média global (N.R.: eu emiti 3,71 toneladas de CO2 em 2020 – o que equivale a uma compensação de R$285,11).

A partir das emissões estimadas, o usuário pode fazer a compensação de sua pegada ambiental por meio da plataforma MOSS. A startup facilita a aquisição de créditos de carbono de projetos de preservação ambiental certificados, que já levaram mais de R$60 milhões para a Amazônia. Para isso, criou a MCO2, um ativo digital baseado em blockchain – cada token adquirido na plataforma pode compensar uma tonelada de CO2. “Há um movimento global de empresas e instituições comprando créditos para se tornarem neutras em carbono. Aqui no Brasil, a MOSS tem parceria com iFood, C6 Bank e até com as equipes de futebol do Flamengo”, afirma  Luis Adaime, fundador e CEO da MOSS. “A calculadora é mais um passo para quem se preocupa com seu impacto ambiental no mundo e acredita em uma economia mais sustentável. As pessoas também querem se tornar ‘neutras em carbono’”.

Para o desenvolvimento da calculadora de emissões de gases de efeito estufa (GEE) foram utilizados os fatores de emissão da Ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol, e os demais dados foram retirados de fontes oficiais, tais como relatórios governamentais, estudos de companhias ambientais, artigos científicos e dados de fornecedores.

O lançamento da Calculadora Moss acontece em um momento importante. Em 2019, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 22 de abril como Dia Internacional da Mãe Terra como uma forma de reconhecer a necessidade de proteger a Terra e os seus ecossistemas para melhorar a subsistência das pessoas, combater as mudanças climáticas e parar o colapso da biodiversidade. O tema de 2021 é Restaurar a Terra, com destaque para ações de mudanças para uma economia mais sustentável que funcione tanto para as pessoas como para o planeta, conforme comunicado do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Sensação de pertencimento à escola e suporte emocional da família melhoram desempenho escolar

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Thought Catalog/Unsplash.

O desempenho do estudante que está nos últimos anos do ensino fundamental é influenciado pelo contexto escolar e familiar ao qual ele está inserido. Além disso, há forte correlação entre a sensação de pertencimento à escola e o suporte emocional da família com o aprendizado demonstrado pelo aluno em matemática, leitura e ciências. Esta é a conclusão de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em estudo publicado na revista Psico-USF.

Para chegar a este resultado, os autores utilizaram a base de dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2015. A partir dela, eles obtiveram os relatos de 23.141 alunos, dos 27 estados brasileiros, matriculados no ensino fundamental, a maioria em escolas estaduais, com faixa etária de 15 a 16 anos. O objetivo foi analisar o potencial impacto da relação do estudante com a escola e a família nos escores de desempenho em matemática, leitura e ciências.

O trabalho mostra que a qualidade do suporte dos pais reflete em como o estudante se sente na escola e, possivelmente, na sua concentração ao fazer avaliações escolares. A autora principal do estudo, Mayra Antonelli Ponti, da USP, observa que os ambientes escolar e familiar são muito importantes para o desempenho dos estudantes e reitera a necessidade de essas dimensões serem alvo de políticas públicas na área da educação. “É fundamental haver um olhar contextualizado e integral para o jovem de tal forma que garanta um desenvolvimento saudável e um aprendizado efetivo”, afirma. De acordo com a pesquisadora, os aspectos sociais devem ser levados em consideração ao se analisar o cenário da educação. “Com apoio familiar e se sentindo pertencente a um grupo, como no caso da escola, o aluno terá maior potencial de direcionar suas energias para os estudos e a se empenhar de maneira mais intensa a propósitos que são compartilhados com os familiares, professores e colegas”, observa.

Mayra Antonelli Ponti explica que são necessárias mais e profundas investigações sobre os anos finais do ensino fundamental dos alunos brasileiros para que se possam identificar quais são os principais gargalos no ensino oferecido para esta faixa etária. “Não está claro o motivo de essa etapa não ter um resultado satisfatório, com altas taxas de abandono e evasão escolar”. A pesquisadora acredita que provavelmente diversos aspectos estejam relacionados ao problema.

Para a pesquisadora Patricia Ferreira Monticelli, coautora do estudo, modificar esse cenário passa por fortalecer políticas públicas focadas na qualidade de vida dos cuidadores dos estudantes, principalmente as mulheres. “Sendo o ambiente familiar importante para o desempenho escolar dos jovens, as mães, que acabam mais sobrecarregadas com essa tarefa, precisam ter condições para apoiar, conversar e acompanhar os filhos”, comenta.

Como reflexo da pandemia, o pertencimento à escola pode ter outras interpretações por causa do ensino remoto. Configurações do ambiente doméstico e do suporte que a família poderia dar aos filhos no período pré-pandemia podem ter se modificado devido a possíveis perdas financeiras da família e a necessidade de readequação completa da rotina dos lares brasileiros. Isso sem contar com os índices de evasão que poderão vir desses anos de pandemia, reforça Mayra, o que pode resultar em estudantes que nem ao menos chegarão a finalizar o ciclo do ensino fundamental.

(Fonte: Agência Bori).