Hora do Silêncio e da Inclusão será realizada nos dias 4 e 11 de junho, das 18 às 20h; o som da festa também será desligado para dar mais conforto aos visitantes


Votorantim
A Camerata Filarmônica Brasileira. Foto: divulgação/website da orquestra.
A Camerata Filarmônica Brasileira foi criada com o objetivo de divulgar a música erudita brasileira e de ser um meio de dar visibilidade aos artistas do país e, sobretudo às mulheres compositoras, solistas e regentes. Neste primeiro concerto, que abre a temporada 2021, trazemos no programa obras de duas compositoras: a brasileira Chiquinha Gonzaga e a venezuelana Teresa Carreño. Além delas, teremos obras dos compositores Tchaikovsky e Warlock. O concerto comemora também os 7 anos de fundação da Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi), que vem ao longo dos anos mantendo concertos e atividades pedagógicas musicais ininterruptas mesmo durante a pandemia.
Os solos serão executados pelo violinista Alexandre Cruz, reconhecido pela sua versatilidade em performances ao violino em repertórios que vão desde a música antiga até os grandes concertos para violino do século XIX e XX. O concerto terá direção artística da maestrina e fundadora da Acafi, Natália Larangeira, jovem regente que vem se consolidando na América Latina como uma das grandes revelações no universo sinfônico e operístico, principalmente após ter conquistado o concurso para regente assistente na Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, do Teatro Colón, e após ter sido premiada no concurso para regentes de ópera no III Concurso de ópera de Baugé, na França.
Este projeto é patrocinado pelas empresas Filtros Mann e Tuberfil por meio da Lei Rouanet, Pronac 181610, juntamente com empresas e munícipes que acreditam no poder de transformação da música.
A Acafi | A Camerata Filarmônica de Indaiatuba é uma associação sem fins lucrativos atuante no segmento musical com propósitos artísticos, educacionais e sociais. Sua equipe conta com músicos profissionais, educadores musicais e cargos de apoio de gestão, além da Diretoria Executiva, Conselho Diretor e Conselho Fiscal.
A Acafi mantém a atuação de grupos musicais como a Camerata Filarmônica Brasileira, Camerata Filarmônica de Indaiatuba, Camerata Filarmônica Jovem, Camerata Filarmônica Aprendiz e o Quarteto Guarany, além do Projeto Camerata Comunidade, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Indaiatuba.
A Camerata atendeu diretamente, em 2019, cerca de 350 pessoas, entre músicos profissionais e amadores, estudantes de música e crianças e adolescentes iniciantes no ensino musical e, nos anos de 2020 e 2021, segue oferecendo aulas gratuitas com empréstimos de instrumentos a todos os alunos, que, mesmo em meio à pandemia, conseguiram dar continuidade aos estudos musicais.
História | O primeiro grupo musical da Camerata foi criado em 2013, com uma pequena programação de concertos e, oficialmente, a Associação foi fundada em 2014. Desde então, tem promovido atividades artísticas e musicais por meio de concertos regulares em diversos pontos da cidade, tendo se apresentado para mais de 7.000 pessoas, além de ter promovido cultura e impactado socialmente o município.
Desde seu início, a Acafi tem mantido as atividades culturais da Camerata Filarmônica de Indaiatuba, orquestra profissional dedicada ao repertório de concerto para orquestra de cordas, com temporadas sazonais.
A partir de 2017, criou mais duas orquestras de cunho didático a fim de oferecer prática orquestral de forma gratuita a músicos amadores e estudantes de música de Indaiatuba e região, que necessitam dessa atividade para adquirir experiência em orquestras. Esses grupos têm atuado continuamente, com ensaios semanais e temporadas de concertos.
A partir de 2019, a Acafi firmou parceria com a Prefeitura Municipal de Indaiatuba e a Secretaria de Cultura, com o Projeto Camerata Comunidade, pelo compromisso de levar ensino musical aos bairros periféricos da cidade, ato alinhado ao objetivo principal de levar música orquestral a crianças e adolescentes de baixa renda. Por meio deste projeto, a Camerata também passou à obtenção da Lei de Utilidade Pública Municipal (N. 274/2018). No ano de 2021, a Acafi foi reconhecida como Ponto de Cultura pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria da Diversidade Cultural.
Serviço:
Concerto Acafi 7 anos
Temporada 2021
15/5/2021 – 20h00
Links da Transmissão ao vivo:
Facebook: https://fb.me/e/IDU1bYsD
Fotos: divulgação.
As oficinas culturais promovidas pela ACESA Capuava – instituição filantrópica de Valinhos que tem como público-alvo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez – começaram a ser publicadas no canal do Youtube da instituição. O intuito é que, deixando as atividades disponíveis também para a comunidade, a ACESA consiga alcançar e ajudar cada vez mais pessoas. Foram disponibilizadas de quatro a seis aulas das oficinas de pintura em tela, dança, música, desenho animado, teatro e fotografia, que reúnem exercícios adaptados ao isolamento, pensados para serem feitos em casa e com objetos facilmente encontrados.
Por meio das oficinas é possível aprender a construir jogos e adaptar instrumentos musicais, coreografias, técnicas de fotografia que podem ser colocadas em práticas com o celular e exercícios teatrais, além de histórias sobre a arte, a fotografia e diferentes músicas da cultura brasileira. Os vídeos, gravados pelos professores parceiros da ACESA Capuava, ensinam detalhadamente os exercícios e, em algumas oficinas, como a de pintura em tela, realizam a atividade completa, possibilitando assim que as crianças, pais e todos aqueles que acompanham as façam simultaneamente. “Nós esperamos que a comunidade, assim como nossos atendidos, se divirta realizando as atividades. A intenção é que sejam momentos de descontração e aprendizado em meio à enorme dificuldade que estamos passando”, afirma a presidente da ACESA Capuava, Fernanda Teixeira.
Para assistir às oficinas, basta entrar no canal do Youtube da instituição por meio do link https://www.youtube.com/channel/UCyZ_yq4DNG8itNvVIBbcu9A/videos. Vale lembrar que é de grande importância que você se inscreva no canal da ACESA, curta os vídeos e ative as notificações para que seja sempre informado quando vídeos novos forem ao ar. Assim a entidade conseguirá medir de maneira mais clara o retorno dessa iniciativa.
Há também a possibilidade de matricular-se gratuitamente nas oficinas, tendo acesso a todas as aulas com antecedência e com contato direto com os professores, podendo pedir auxílio, adaptações e dar sugestões. Basta entrar em contato com a ACESA pelo WhatsApp (19) 97117-9642.
As oficinas culturais compõem uma das atividades do plano anual – Espaço Cultural ACESA Capuava, um projeto ProNAC Nº 202954 com realização do Ministério do Turismo, pela Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura com patrocínio das empresas: DHL, Myralis Pharma, Unimed Campinas e Scholle IPN.
Sobre a ACESA Capuava | A ACESA Capuava é uma instituição filantrópica de Valinhos/SP que atende pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez. Fundada em 2002, atua junto à comunidade carente de toda Região Metropolitana de Campinas e é formada por um grupo de profissionais que se uniu com a missão de prestar um serviço de amor incondicional e de cidadania. Todos os seus colaboradores acreditam no ser humano, em suas infinitas possibilidades e em sua capacidade de transformar e transcender toda e qualquer condição de vida. Para mais informações, visite www.acesacapuava.com.br, a loja virtual www.acesacapuavastore.org.br e a página no Facebook (www.facebook.com/ACESACapuava).
Crédito da foto: Denis Vasil’ev/Unsplash.
Lançada em março, junto com a apresentação da edição 2021 do relatório Por Elas Que Fazem a Música – uma iniciativa da União Brasileira de Compositores para medir a participação feminina entre os associados –, uma pesquisa inédita para destrinchar seus dados e experiências pessoais reuniu um universo de 252 mulheres dispostas a contar em mais detalhes sua realidade num meio que é silenciosamente hostil a elas. Prova disso é que 79% disseram ter sofrido discriminação de gênero em algum momento da sua carreira. Muitas deixaram depoimentos sobre pequenos e grandes embaraços ligados ao simples fato de serem mulheres.
Como se trata de uma pesquisa respondida por iniciativa própria das profissionais sem que tenham sido aplicados critérios científicos de representação geográfica, etária ou étnica na seleção das participantes, os resultados devem ser lidos como um retrato desse universo específico – o das respondentes. Mas a experiência empírica revela que, em muitos aspectos, elas podem perfeitamente refletir, com mais ou menos precisão, o conjunto das mulheres no mercado musical brasileiro.
Por exemplo, os percentuais de origem geográfica (com 63% oriundas da região Sudeste, com Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte em seguida) e faixa etária (35% delas têm de 31 a 40 anos; 28%, até 30 anos; e 24%, de 41 a 50, segundo as outras faixas bastante minoritárias) coincidem com os dados de dois outros trabalhos: o próprio relatório Por Elas Que Fazem a Música e a pesquisa Músicos/as e Pandemia, realizada pela UBC e pelo cRio, think tank da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) ano passado.
Outro dado com resultado similar é sobre a área de atuação das mulheres que responderam à enquete: 33% delas são compositoras, 30% se disseram intérpretes, 19% são produtoras fonográficas, 17% são músicas executantes e 3% delas trabalham em outras áreas dentro da música, como funções técnicas, por exemplo. A soma não corresponde a 100% porque várias delas atuam em mais de uma função.
Se, agora, 100% das participantes são do sexo feminino, uma pergunta sobre identidade de gênero e orientação sexual mostra que os avanços na aceitação às diferenças já começam – ainda que timidamente – a se refletir no mercado musical: 55% se definem como mulheres cisgênero heterossexuais, 23% como cis bissexuais, 17%, como cis homossexuais e pouco mais de 1% são mulheres transgênero (hetero, bi ou homossexuais).
A maioria das mulheres (60%) que responderam se declara branca, com pardas, pretas, amarelas e indígenas somando os outros 40% – praticamente uma inversão dos percentuais que vêm sendo verificados há alguns anos pelo IBGE. A escolaridade das mulheres participantes também difere bastante dos dados do conjunto da população, com 46% tendo completado uma carreira universitária, 12% com mestrado e doutorado e apenas 3% com segundo grau incompleto ou menor escolaridade. O que não impede que nada menos do que 53% declarem jamais ter recebido nenhum valor de direitos autorais e que 51% delas afirmem receber no máximo R$800 anuais oriundos dessa fonte. As que recebem mais de R$54 mil em direitos autorais representam apenas 3% das que responderam, traduzindo inequivocamente a grande disparidade na distribuição dos rendimentos verificada em outros levantamentos – e que se deve, entre outros fatores, à dificuldade de inserção para artistas independentes e de fora do mainstream no mercado musical como um todo.
A maioria das respondentes é solteira (53%) e a grande maioria (68%) não tem filhos, o que lança alguma luz sobre a dicotomia entre poder dedicar-se à carreira ou formar uma família frequentemente imposta às mulheres não só no meio musical, mas no mercado como um todo.
Com iniciativas como a enquete e o relatório anual Por Elas Que Fazem a Música, a UBC quer ressaltar a necessidade de equiparação de condições e rendimentos entre homens e mulheres no mercado musical, algo que beneficiaria toda a cadeia produtiva. “Além de ter lançado em março a quarta edição do Por Elas, contendo dados da participação feminina entre nossas associadas, quisemos fazer esta pesquisa adicional para ampliar nossos resultados e poder ter acesso a dados mais claros que não constam da nossa base. Temos o compromisso de ampliar esse debate, discutir constantemente o cenário e, através da conscientização, ajudar a construir um panorama melhor para as mulheres”, disse Vanessa Schütt, coordenadora do projeto.
Poster do filme. Imagens: divulgação.
Com estreia prevista no Brasil para este segundo semestre, foi lançado no último dia 18 de abril nos Estados Unidos o longa metragem Bang Bang!, produção brasileira e norte-americana produzida por uma talentosa baiana de Vitória da Conquista, Nicole Fahel – que também atua no filme –, e dirigida por Nicholas Cunha, filho de brasileiros nascido em Nova York. Com DNA do Brasil, o filme foi gravado em Vitória da Conquista (BA), produzido pela Manga Rosa Filmes e recentemente adquirido pela distribuidora Indican Pictures para distribuição mundial.
No elenco, nomes conhecidos como Marcelo Serrado e Antônia Morais e também atores norte-americanos, de Salvador e Vitória da Conquista, que participaram de uma grande seleção em dezembro de 2017, para atuar no filme. O longa, que mescla ação e drama, narra a história de cinco adolescentes, Biel, Gabby, Amber, Alice (vivido por Antônia Moraes) e Thomás, que decidem numa noite, por diversão, roubar um supermercado. O plano sai errado quando um deles dispara acidentalmente um tiro em Nathan (Marcelo Serrado), funcionário do supermercado. A partir daí, eles decidem levá-lo como refém.
Com personalidades opostas, Gabby e Biel lidam com a situação de forma diferente e, através dos seus olhos, os expectadores viajam em uma descoberta sobre limites sendo testados, amizades, dinheiro, cadáveres e sangue nas mãos. Em quem devem confiar? Começa então uma intensa jornada pela sobrevivência.
A produtora Nicole Fahel.
Locação Brazuca | Toda a locação foi feita em Vitória da Conquista com apoio da prefeitura da cidade – apenas parte dos créditos iniciais foi filmada em Los Angeles. Nicole Fahel, que se formou pela New York Film Academy, em Los Angeles, explica que ter a oportunidade de produzir esse projeto na cidade onde nasceu e trazer o mundo artístico para um local que tem pouco acesso à arte fez com que sua experiência fosse extraordinária. “Com todo o aprendizado que tive no cinema nos Estados Unidos, achei que era hora de retribuir e levar um pouco da arte dando visibilidade para minha cidade natal”, conta. Ela explica que, como artista, fazer parte de um projeto que fala sobre a complexidade do comportamento humano, escolhendo entre o quão longe alguém vai por dinheiro ou amizade, é extremamente gratificante.
From Bahia to Los Angeles | Nicole Fahel tem 25 anos e começou a carreira de atriz em 2013, em Salvador. Dois anos antes, havia feito intercâmbio sobre Shakespeare em Stratford, no Canadá. Em 2015, se mudou para Los Angeles, onde cursou atuação na New York Film Academy e em 2017 conseguiu o visto artístico para atuação e produção. Começou a produzir curtas e iniciou o trabalho como produtora, desenvolvendo diversos projetos. Produziu vários curtas premiados que foram para festivais europeus, como Summer with Alicia (2017), The Bus Stop (2018) e Daisy (2016) – este, que a levou para o Cannes Short Film Corner.
Atualmente está desenvolvendo três documentários: Passage to America, The Future e Bricks, Concrete and Steel – com o produtor e engenheiro americano Dilip Khatri. Além disso, trabalha em dois longas metragens com Wagner Santisteban e Victoria Martonne, ambos em português.
Também está envolvida como produtora associada no longa metragem americano On Our Way, atualmente em pós produção, que tem no elenco o consagrado ator irlandês Liam Neeson. Em 2020, foi juíza do Festival Hollyshorts, em Los Angeles, e é membro do Comitê do Festival Diversity, em Cannes. Agora está começando a trabalhar na Artemis Pictures, com a produtora Siena Oberman.
Ficha técnica
Título original: Bang! Bang!
Ano: 2020
Estreia: EUA, em abril de 2021; Brasil, segundo semestre de 2021
Gênero: Ação, Drama, Policial
Diretor: Nicholas Joseph Cunha
Produtora Executiva: Nicole Fahel
País: Brasil/Estados Unidos
Detalhes: 71 minutos/colorido/som
Elenco: Nicole Fahel, Lucas Mogerley, Jordan Knapp, Antonia Morais, Marlon Samuda, Marcelo Serrado, Alice Guêga e Guilherme Aurich.
Obra de Sueli Espicalquis. Fotos: divulgação.
Interações 3 chega à sede da Lona Galeria, na Barra Funda, em São Paulo, com quatro forças artísticas do movimento. São 15 trabalhos de Daniel Mello, Gustavo Aragoni, Lucas Quintas e Sueli Espicalquis, em uma seleção que inclui pinturas, desenhos e objetos, onde “o universo abstrato norteia o trabalho destes quatro artistas e o movimento é a linha condutora do processo. Os trabalhos deste grupo têm uma pulsação que é capaz de fazer o visitante ser engolido pelas composições”, explica Duilio Ferronato, coordenador do projeto.
A pintura abstrata de Daniel Mello explora a relação e ressonâncias produzidas entre contrastes de cores, formas e texturas. Inspirado pela pluralidade de formas da arquitetura e pelas marcas de ocupação e transgressão humana, como o vandalismo e a pichação, utiliza diferentes mídias em conjunto, como tinta óleo, acrílica e spray sobre tela, papel e madeiras de descarte. A composição da pintura acontece em camadas onde a obra é resultado de um jogo de construção e desconstrução de formas.
Obra de Gustavo Arangoni.
Já Gustavo Aragoni possui um processo de criação que se desenvolve a partir de um encontro, de uma relação de forças entre o seu corpo e o corpo dos materiais disponíveis. Não há um plano totalmente pré-determinado; a criação surge de um caos, de uma tensão, de um fluxo de movimentos que se dá em função do contexto de espaço e tempo.
Lucas Quintas desenvolve trabalhos em diferentes mídias, como desenhos, pinturas, esculturas e instalações. Sua pesquisa gira em torno dos materiais, onde explora questões como continuidade, tensão, leveza, rigidez e equilíbrio. Procura subverter seu uso, tentando controlar o incontrolável e transmitir de forma natural. Por meio de fenômenos óticos, seus trabalhos são produzidos nas retinas dos espectadores.
Com Sueli Espicalquis, construção e apagamento são presentes no processo de trabalho, com sobreposição de camadas, tendo interesse em vincular a cor à materialidade de tinta a óleo, com variações dadas pela mistura de cera de abelha e solventes. As imagens resultantes da justaposição de cores, numa geometria apropriada e formas orgânicas, remetem a paisagens vistas através de mapas digitais.
Obra de Daniel Mello.
Reunidos pela primeira vez em um mesmo espaço expositivo, os próprios criadores dão sua visão de como seus trabalhos conversam entre si. “Apresento uma série de pinturas/desenhos abstratos (…) sempre flertando com as potências que nascem das relações e contrastes entre cores, formas e símbolos”, define Daniel Mello. As pinturas de Sueli Espicalquis trazem “a guache e óleo sobre tela, com formas orgânicas e/ou de uma geometria apropriada, com ênfase na cor e fatura pictórica, dada pela mistura de solventes à espessa tinta a óleo, sobrepondo camadas de tinta, de forma que construção e apagamento de imagens convivem; assim, suponho haver interação (diálogo), entre essa e a produção dos artistas”. Para Gustavo Aragoni, “Meus trabalhos falam de gestualidade, de materialidade, de desenho e sobretudo, de processualidades. Acredito que estes sejam elementos comuns à prática dos artistas que participam da exposição e nesse sentido é possível se criar uma relação entre os trabalhos, que juntos podem produzir um efeito estético diverso, mas conceitualmente aproximados”. Por outro lado, Lucas Quintas explica: “Meu trabalho possui algumas interações, mas acredito que a com o espectador seja a mais relevante, pois através da sua movimentação ele se torna o fio condutor de novas descobertas de cores, e imagens, sendo a transformação da cor no tempo e espaço”.
Projeto Interações | Por falta de imunidade, foram excluídas as possibilidades de encontros. “A simples perspectiva de interação sugere contaminação. As relações dos últimos dois anos entre os artistas da Lona Galeria têm se mostrado fecundas e incomuns. O grupo vem mantendo constante contato, trocando ideias e analisando ações mútuas. O contato artístico é tanto antropofágico como apropriador; basta um olhar e a transformação já principia. Artistas se contaminam de propósito com ideias, imagens e conversas. Não há lugar para barreiras. Os processos artísticos interessam tanto quanto o resultado e as provocações constantes que surgem de todas as partes e, sejam na área criativa ou comercial, nos mantém em alerta constante”, explica o coordenador Duílio Ferronato.
Com Interações, pretendem discutir os processos e alcançar uma nova etapa de amadurecimento artístico, institucional e comercial. “Os dois primeiros anos nos mostraram diversas possibilidades, que firmamos nossa convicção de que incentivar o processo artístico é o que nos deixa animados para os próximos lances” ( Lona Galeria).
Serviço:
Exposição Interações 3
Artistas: Daniel Mello, Gustavo Aragoni, Lucas Quintas, Sueli Espicalquis
Período: de 15 de maio a 24 de julho de 2021
Horários: de quarta a sábado, das 13 às 18h
Local: Lona Galeria – Rua Brigadeiro Galvão, 990 – Barra Funda, São Paulo/SP
WhatsApp: (11) 99403-0023
Visitas com agendamento – mostra virtual disponível no site da galeria
Número de obras: 15
Técnicas: pinturas, desenhos e objetos.
Preço: sob consulta.
Site: http://www.lonagaleria.com
Instagram: https://www.instagram.com/lonagaleria/
Facebook: https://www.facebook.com/lonagaleria.