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Museu Subaquático de Bonito valoriza artistas sul-mato-grossenses

Bonito, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Dois artistas naturais de Corumbá (MS) assinam as obras que compõem o cenário do Museu Subaquático de Bonito, inaugurado no último dia 09, dentro do parque de natureza da Nascente Azul. Na primeira exposição, chamada Ciclos, um circuito de estátuas submersas explora de forma crítica a relação entre a humanidade e a natureza.

Denilson Oliveira, 47, é artista plástico de vocação desde os 12 anos de idade, quando iniciou sua trajetória profissional produzindo peças de cerâmica. Anos depois, foi convidado por escolas de samba para produzir cenografias do Carnaval de Corumbá e também pelo artista e carnavalesco Joãosinho Trinta para estagiar no Carnaval do Rio de Janeiro.

Aos 43 anos, Denilson resolveu rumar para Bonito, onde trabalhou em pequenas obras para turistas e também para alguns empreendimentos da cidade, até que surgiu a oportunidade de construir as primeiras obras de arte para o Museu Subaquático de Bonito. As estátuas são frutos de uma boa parceria: enquanto Denilson esculpe as peças, a estrutura de arame inoxidável, que forma o esqueleto da obra, é trabalhada por Flavio Bertini.

Flavio é formado em cenografia e especializado em arte circense. Apaixonado por teatro, dança e circo, se mudou para Bonito há três anos em busca de obras maiores. Ele afirma que realizar as armações das obras do Museu Subaquático da Nascente Azul foi sua maior realização profissional, pelo reconhecimento de seu talento.

Durante a concepção do Museu Subaquático de Bonito, a ideia foi valorizar o trabalho de artistas locais, dando a eles mais visibilidade e um espaço em que pudessem se expressar livremente sobre temas como a sustentabilidade e a preservação da natureza. Durante o mergulho, entre uma rica diversidade de peixes, o visitante poderá admirar as estátuas submersas em cada detalhe e será convidado a refletir sobre importantes questões ambientais.

Os artistas Denilson Oliveira (esq.) e Flavio Bertini (dir.).

A exposição Ciclos expõe o egoísmo do homem em contraste com a benevolência da natureza, por meio do surrealismo e da utilização de símbolos visuais. A obra Manifesto, por exemplo, é inspirada em O Grito, de Edvard Munch, mas aparece aqui como um tronco de árvore, mostrando assim o desespero da natureza que clama por socorro frente à destruição causada pela humanidade. Já a estátua Gaia representa a Mãe Natureza, que gera e nutre a vida do planeta, na forma de um bebê que se desenvolve dentro de uma árvore.

Em uma demonstração perfeita da integração entre arte e natureza, as estátuas devem passar por um constante processo de petrificação, graças à ação do calcário e do magnésio encontrados em abundância nas águas de Bonito.

Nascente Azul

Rodovia Bonito Bodoquena, km 22 – Bonito/MS

Para aquisição do passeio ao Museu Subaquático de Bonito, entre em contato com as agências locais

Mais informações em: nascenteazul.com.br.

(Fonte: Assimptur)

Exposição ‘Color Bind’ investiga aproximações cromáticas de obras de artistas representados pela Galeria Kogan Amaro

São Paulo, por Kleber Patricio

“Pintura 348”, 2019 | Felipe Góes – acrílica e guache sobre tela – 42 x 50 cm.

A Galeria Kogan Amaro recebe, a partir do dia 11 de novembro, quinta-feira, a exposição coletiva Color Bind, que conta com curadoria de Marcello Dantas e obras de Felipe Góes, Fernanda Figueiredo, Isabelle Borges, Patricia Carparelli e Shizue Sakamoto, artistas representados pela Galeria Kogan Amaro. Dantas foi convidado pelo espaço para propor uma curadoria a partir das aproximações de cores das obras, revelando assim relações poéticas distintas entre elas.

Foram privilegiadas em sua seleção obras de predominância cromática. “Existem pelo menos 11 milhões de cores no mundo visível aos nossos olhos, mas a maior parte das pessoas só usam os nomes de onze cores no seu dia a dia. Ou seja, a linguagem verbal é uma ferramenta bastante inadequada para representar a linguagem das cores. Como falar sobre o inominável?”, provoca o curador.

As aproximações de cores foram analisadas via recursos digitais, considerando os componentes cromáticos de cada obra. Após essa etapa, os resultados foram comparados à sequência da escala Pantone, sistema globalmente aceito de identificação e sequenciamento de cores. A partir dessa tabela, as obras foram dispostas no espaço. “Há alguns anos comecei a pesquisar processos curatoriais que sejam como equações: sistemas que, uma vez formulados, estão abertos a apresentar resultados surpreendentes. O curador propõe uma forma conceitual de organização e, diante de um conjunto existente, aplica essa métrica para revelar algo sobre o qual nem ele mesmo tem controle sobre a resultante”, comenta Dantas.

“Um país do futuro – Catetinho”, 2021 | Fernanda Figueiredo –
acrílica sobre tela – 120 x 190 cm.

É necessário ressaltar que o processo da composição dessa mostra foi profundamente abstrato para Marcello Dantas, que é daltônico e não pôde, de fato, compreender o resultado apresentado, apesar de ter concebido sua lógica. “O daltonismo não é não ver as cores, mas sim ter dificuldade em dar nomes a elas quando justapostas lado a lado, exatamente o que eu estava propondo com essa equação: revelar como as cores conversam entre si sem uma intervenção do gosto humano”, explica. Com isso, a exposição revela ainda que a cor é uma linguagem própria que se infiltra na percepção humana de um modo subjetivo e que não tem uma explicação exata.

Sobre o curador | Marcello Dantas é um premiado curador interdisciplinar com ampla atividade no Brasil e no exterior. Trabalha na fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições, museus e múltiplos projetos que buscam proporcionar experiências de imersão por meio dos sentidos e da percepção. Nos últimos anos, esteve por trás da concepção de diversos museus, como o Museu da Língua Portuguesa e a Japan House, em São Paulo; Museu da Natureza, na Serra da Capivara, Piauí; Museu da Cidade de Manaus; Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; Museu do Caribe e o Museu do Carnaval, em Barranquilla, Colômbia.

O curador Marcello Dantas. Foto: Juliette Bayen.

Realizou exposições individuais de alguns dos mais importantes e influentes nomes da arte contemporânea, como Ai Weiwei, Anish Kapoor, Bill Viola, Christian Boltanski, Jenny Holzer, Laurie Anderson, Michelangelo Pistoletto, Rebecca Horn e Tunga. Foi também diretor artístico do Pavilhão do Brasil na Expo Shanghai 2010, do Pavilhão do Brasil na Rio+20, da Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006. Atualmente, é responsável pela curadoria da próxima edição da Bienal do Mercosul que ocorre em 2022, em Porto Alegre, e é curador do SFER IK Museo em Tulum, México. Formado pela New York University, Marcello Dantas é membro do conselho de várias instituições internacionais e mentor de artes visuais do Art Institute of Chicago.

Sobre os artistas | Felipe Góes (São Paulo, SP, 1983) trabalha com pintura buscando discutir a produção e percepção de imagens na contemporaneidade. Realizou exposições individuais na Galeria Kogan Amaro (São Paulo, 2019), Galeria Murilo Castro (Belo Horizonte, 2018), Instituto Moreira Salles (Poços de Caldas, 2017), Galeria Virgílio (São Paulo, 2016 e 2018), Central Galeria de Arte (São Paulo, 2014), Phoenix Institute of Contemporary Art (Arizona, EUA, 2014), Museu de Arte de Goiânia (Goiânia, 2012) e Usina do Gasômetro (Porto Alegre, 2012). Participou das exposições coletivas Mapping Spaces (Kentler International Drawing Space, New York, EUA, 2016), 2ª Bienal Internacional de Asunción (Assunção, Paraguai, 2017), Coletivo Terça ou Quarta + Acervo Municipal (Araraquara, 2014 – patrocínio: PROAC-ICMS), Arte Praia 2013 (Natal, 2013 – patrocínio: Funarte) e 20 e poucos anos – portfólio (Galeria Baró, São Paulo, 2011). Participou de residências artísticas no Phoenix Institute of Contemporary Art (Arizona, EUA, 2014) e Instituto Sacatar (Itaparica, BA, 2012).

Fernanda Figueiredo (Limeira, SP, 1978) estudou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie e Artes Visuais na Fundação Armando Alvares Penteado em São Paulo. A partir de 2005 trabalhou ativamente em uma dupla colaborativa em São Paulo, sendo o desenho e a pintura os meios que melhor refletem sua produção artística. Em 2015, quando se mudou para Berlim, começou a seguir sua carreira solo. Nesse período, passou a investigar o processo de construção da nacionalidade brasileira no século XX e o papel das artes visuais, escultura, arquitetura, paisagismo e design nesses eventos. Desde 2005, expôs em instituições como o MAM – Rio de Janeiro, MAM – Bahia, Galerie im Körnerpark e Kunstquartier Bethanien em Berlim. Desde então, recebeu diversos prêmios; entre eles, o Programa Rede Nacional Funarte de Artes Visuais e Goldrausch Künstlerinnenprojekt Stipendium do Berliner Senat e Europäischen Sozialfonds (FSE). Possui obras em coleções particulares e na coleção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Isabelle Borges (Salvador, BA, 1966) estudou Ciências Sociais na Universidade de Brasília entre 1985 e 1987. Entre 1988 e 1992 morou no Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Visual do Parque Lage e teve como professores Beatriz Milhazes, Daniel Senise e Charles Watson, entre outros. Em 1993 imigrou para a Alemanha, morou inicialmente em Colônia e trabalhou como assistente de atelier de Antonio Dias e da artista americana Jack Ox, que realizava um trabalho de pesquisa sobre Kurt Schwitters, artista dadaísta alemão. O contato com o trabalho de Schwitters teve forte influência no trabalho de Isabelle Borges, principalmente em suas séries de colagem. Entre 1996 e 1997 trabalhou como assistente de Sigmar Polke. Estudou na academia de Arte de Düsseldorf. No final de 1997, mudou-se para Berlim.

Patrícia Carparelli (São Paulo, SP, 1980) é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e faz pós-graduação em Arteterapia no Instituto Sedes Sapientiae, fazendo uso da técnica em suas obras. Duas de suas obras foram expostas no XXXII Salão de Artes Plásticas de Arceburgo e ganharam pequena medalha de prata e pequena medalha de bronze. Entre suas exposições, estão PONTES Arte/Formatto – São Paulo (2017) e 50 Artistas – 2ª edição Arte/Formatto – São Paulo (2016).

Shizue Sakamoto (Andradina, SP, 1969) trabalha com pintura e realiza uma pesquisa delicada de cores. Investiga a transitoriedade na relação entre as cores e entre a pintura e o observador que se revelam diante de um olhar distante da celeridade. Participou do curso Pintura: Prática e Reflexão, com Paulo Pasta, Processo Criativo, com Charles Watson no Instituto Tomie Ohtake e História da Arte, com Rodrigo Naves. Realizou exposições individuais na Galeria Kogan Amaro (SP, 2020), Galeria Tato (SP, 2017) e Galeria Deco (SP, 2011). Participou das exposições coletivas Novas Representações (Galeria Kogan Amaro, 2019), Coletiva (Auroras, SP, 2018); PMG (Galeria Tato, SP, 2017); 3° Salão de Arte Contemporânea de Ponta Grossa (Paraná, 2016); 46° Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (Piracicaba, 2014), Marcas do Tempo(Galeria Deco, SP, 2012), Vestígio Para o Futuro, Vestígios de 30 Anos (Galeria Deco, SP, 2012) e Grande Exposição de Artes Bunkyo (SP, 2010).

Sobre a Galeria Kogan Amaro | Localizada nas cidades mais populosas do Brasil e da Suíça, as unidades da galeria Kogan Amaro no bairro dos Jardins, em São Paulo, e no coração cultural de Zurique, na Rämistrasse, têm como norte a diversidade de curadoria e público: com portfólio composto por artistas de carreira sólida, consagrados internacionalmente, e também emergentes que já se posicionam no mercado de arte como promessas do amanhã. Sob gestão da pianista clássica Ksenia Kogan Amaro e do empresário, mecenas e artista visual Marcos Amaro, a galeria joga luz à arte contemporânea com esmero ímpar e integra as principais feiras de arte do mundo.

Serviço:

Color Bind

Curadoria: Marcello Dantas

Local: Galeria Kogan Amaro

Período expositivo: 11 de novembro de 2021 a 19 de dezembro de 2021

Horário: segunda à sexta, das 11h às 19h e aos sábados, das 11h às 15h.

No dia da abertura (11 de novembro, quinta-feira), o horário de visitação da Galeria será estendido até às 21h

Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista – São Paulo/SP

Informações: Telefone (11) 3045-0755/0944 ou e-mail

atendimento@galeriakoganamaro.com

Instagram: GaleriaKoganAmaro

Site: galeriakoganamaro.com.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Recitais na Sala São Paulo iniciam programação de novembro da Osesp

São Paulo, por Kleber Patricio

O Quarteto Osesp. Foto: Mariana Garcia.

Uma agenda dupla de recitais, entre quinta-feira (4/nov) e sábado (6/nov), dá início à programação de novembro na Sala São Paulo, com apresentações do pianista Hercules Gomes, um dos maiores talentos brasileiros do piano na atualidade, seguidas de performances do Quarteto Osesp com a acordeonista letã Ksenija Sidorova. Os concertos fazem parte da Temporada Osesp e do ciclo dedicado ao centenário de Astor Piazzolla, completado em março de 2021. As duas performances da sexta-feira (5/nov), às 18h30 e às 20h, serão transmitidas ao vivo direto da Sala São Paulo, no YouTube da Osesp.

Sozinho ao piano no palco da Sala, Hercules Gomes mostrará um repertório repleto de autores brasileiros, de nomes como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Radamés Gnatalli e Laércio de Freitas, além de Astor Piazzolla. Já o Quarteto Osesp, formado pelos músicos Emmanuele Baldini (violino), Davi Graton (violino), Peter Pas (viola) e Rodrigo Andrade Silveira (violoncelo), e que nestas três apresentações será acompanhado pela talentosa acordeonista letã Ksenija Sidorova, interpretará um programa com peças dos autores Zoltán Kodály, Sergey Akhunov, Pietro Roffi e Sergei Voitenko, além do já citado Piazzolla. Os ingressos para os concertos custam R$50,00 (cada) e as apresentações acontecem com um intervalo de 30 minutos entre cada.

Quarteto Osesp | Fundado em 2008, o Quarteto Osesp reúne o spalla da Orquestra, Emmanuele Baldini, o violinista Davi Graton, o violista Peter Pas e o violoncelista convidado Rodrigo Andrade Silveira. Desde sua fundação, o Quarteto Osesp tem sua própria série na Sala São Paulo, na qual são apresentadas obras clássicas e propostas inovadoras. Seu repertório é vasto, incluindo peças que vão da época barroca até compositores contemporâneos. Entre os artistas que já se apresentaram com o grupo estão Heinz Holliger, Antonio Meneses, Arnaldo Cohen, Emmanuel Pahud, Nathalie Stutzmann e Jean-Efflam Bavouzet, entre outros.

O pianista Hercules Gomes. Foto: Paulo Rapoport.

Hercules Gomes | Considerado um dos mais representativos pianistas brasileiros da atualidade, Hercules Gomes se destaca pelas fortes influências de ritmos brasileiros, jazz e da música erudita presentes em seu estilo. Natural de Vitória (ES) e radicado em São Paulo, é bacharel em música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Já se apresentou em alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil e no exterior, como o Festival Piano, Piano (Buenos Aires, Argentina), o Festival Internacional Jazz Plaza (Havana, Cuba), o Brazilian Music Institute (Miami, EUA), o Festival de Inverno de Campos do Jordão (São Paulo, Brasil) e o Savassi Festival (Belo Horizonte, Brasil). No Brasil, foi vencedor do 11º Prêmio Nabor Pires de Camargo e do 1º Prêmio MIMO Instrumental. Como solista já atuou com orquestras como a Jerusalem Symphony Orchestra, Osusp, Orquestra Jovem Tom Jobim e Orquestra Sinfônica de Campinas. Em 2015 participou do projeto Gravação dos Concertos Cariocas, de Radamés Gnattali, no qual interpretou o Concerto Carioca nº 2 com a Orquestra Sinfônica de Campinas. Em 2013 lançou seu primeiro trabalho solo, intitulado Pianismo, com composições próprias e arranjos que trazem fotografias panorâmicas do piano brasileiro, e em 2018 lançou seu segundo álbum, No Tempo da Chiquinha, em comemoração aos 170 anos da pianista e compositora Chiquinha Gonzaga. Em 2020 lançou o álbum Tia Amélia Para Sempre, em homenagem à compositora Amélia Brandão Nery, a Tia Amélia.

A acordeonista Ksenija Sidorova. Foto: Dario Acosta.

Ksenija Sidorova | Encorajada a tocar acordeão por sua avó, que fazia parte de uma longa tradição de acordeonistas folclóricos, a musicista Ksenija Sidorova, natural da Letônia, no leste europeu, começou a estudar o instrumento aos seis anos de idade sob a orientação de Marija Gasele, em sua cidade natal, Riga. Sua busca por mais contato tanto com o repertório clássico quanto com o contemporâneo levou-a a Londres, onde ela se tornou uma estudante premiada na graduação e na pós-graduação da Royal Academy of Music, estudando sob a tutela de Owen Murray. Em maio de 2012, tornou-se a primeira vencedora do International Award da Bryn Terfel Foundation e, em outubro de 2015, se apresentou no Royal Albert Hall ao lado de Sting, nas comemorações de aniversário da tradicional casa de espetáculos. Sidorova foi vencedora dos prêmios Martin Musical Scholarship and Friends of the Philharmonia Award, da Philharmonia Orchestra, e do Worshipful Company of Musicians Silver Medal. Desde 2016, ela é uma associada da Royal Academy of Music, em Londres, Inglaterra.

PROGRAMAS

TEMPORADA OSESP: HERCULES GOMES

HERCULES GOMES PIANO

Chiquinha GONZAGA | Gaúcho

Alexandre LEVY | Tango Brasileiro

Ernesto NAZARETH | Odeon

Astor PIAZZOLLA | Sylfo y Ondina – Fugata [arranjo de Laércio de Freitas]

Amélia Brandão NERY | Muísca

Bené NUNES | Gostosinho

Carolina Cardoso DE MENEZES | Primavera em Flor

Astor PIAZZOLLA | Years of Solitude

Zequinha de ABREU | Tico-tico no Fubá

Radamés GNATTALI

Canhoto

Estudo em Forma de Choro

Astor PIAZZOLLA | Revirado

Laércio DE FREITAS | Teclas e Dedos

TEMPORADA OSESP: QUARTETO OSESP E KSENIJA SIDOROVA

QUARTETO OSESP

KSENIJA SIDOROVA ACORDEÃO

Zoltán KODÁLY | Quarteto nº 2, Op. 10

Sergey AKHUNOV | Duas Chaves Para um Poema de Brodsky

Pietro ROFFI | Noturno

Sergei VOITENKO | Revelação

Astor PIAZZOLLA

Tanti Anni Prima (Ave Maria)

Chau Paris

Five Tango Sensations: Seleção.

Serviço:

4 de novembro, quinta-feira, às 18h30 e às 20h

5 de novembro, sexta-feira, às 18h30 e às 20h – Concertos Digitais

6 de novembro, sábado, às 15h30 e às 17h

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP

Taxa de ocupação limite: 638 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: R$50,00

Bilheteria (INTI): clique aqui

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Cartões de crédito: VISA, Mastercard, American Express e Diners.

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

IMPORTANTE: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 – ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas – a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.

Como apresentar o certificado de vacinação:

1 – Levando o comprovante original em papel;

2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.

Informações úteis:

– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.

– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.

– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.

– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

(Fonte: Fabio Rigobelo | Fundação Osesp)

Teatro Castro Mendes recebe musical “Brincando com a Broadway” no dia 3 de novembro

Campinas, por Kleber Patricio

Peça conta a história de Zirabér, uma faxineira que sonha em ser cantora. Crédito da foto: D’color Produções Culturais.

A cidade de Campinas recebe, no dia 3 de novembro, o espetáculo Brincando com a Broadway – Aos Cantos e Encantos dos Musicais. O musical, que conta com interpretações ao vivo que relembram os maiores sucessos do famoso teatro de Nova York, acontece às 20h, no Teatro Castro Mendes e tem entrada gratuita, bastando apenas fazer um cadastro prévio online.

O espetáculo foca na história de Zirabér, uma imigrante do interior de Minas Gerais que se muda para São Paulo e consegue um emprego de faxineira em um teatro. Entre uma limpeza aqui e outra ali, ela também faz o papel de camareira de atrizes muito conhecidas, o que desperta nela devaneios sobre como seria sua vida se fosse famosa. Com um toque cômico revela, inclusive, o sonho de ser cantora.

Com uma interação performática entre os artistas e as imagens projetadas ao fundo do palco, as músicas executadas ao vivo vão desde números de grande sucesso da Broadway, como Cabaret, A Bela e a Fera e A Hurt Full of Love (Les Miserables) até músicas mais atuais, como Let it Go, do filme Frozen. Um dos destaques é a interpretação de canções da luso-brasileira Carmen Miranda. Além disso, os espectadores serão presenteados com um livro ilustrado inspirado na peça e narrado com a linguagem tão característica de Zirabér – acompanhado, ainda, de curiosidades sobre os musicais da Broadway.

Ingressos | Para assistir a peça, que tem entrada gratuita e classificação livre, é preciso se cadastrar neste link. Depois, é só apresentar os ingressos gerados na entrada do evento. O Teatro Castro Mendes fica na Rua Conselheiro Gomide, 62, Vila Industrial – Campinas (SP).

Covid-19 | Os espetáculos seguem protocolos de segurança para manter a diversão segura, como a capacidade reduzida, aferição de temperatura, exigência do uso de máscara e sinalizações de distanciamento. Saiba mais aqui.

Teatro traz clássicos musicais da Broadway.

A peça Brincando com a Broadway é viabilizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal e tem patrocínio da empresa Accord Farmacêutica, com apoio cultural do Teatro Castro Mendes e da Prefeitura Municipal de Campinas. A realização é da D’Color Produções Culturais, que atua há mais de 10 anos no mercado de produção cultural, assessorando, planejando e executando projetos culturais para o desenvolvimento social, em parceria com instituições, produtoras e artistas dos mais diversos segmentos. Mais informações pelo telefone (19) 3256-4500 ou pelo e-mail contato@dcolor.art.br.

Serviço:

Brincando com a Broadway – Aos Cantos e Encantos dos Musicais

Dia: 3 de novembro

Hora: 20h

Ingresso gratuito: neste link (a partir de 27/10)

Classificação livre

Local: Teatro Castro Mendes – Rua Conselheiro Gomide, 62 – Vila Industrial – Campinas/SP –  mapa aqui

Informações: (19) 3256-4500 | contato@dcolor.art.br

O projeto Brincando com a Broadway é viabilizado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, com patrocínio da empresa Accord Farmacêutica e apoio cultural do Teatro Castro Mendes e da Prefeitura Municipal de Campinas.

Instagram: dcolorcultura | Facebook: dcolorproducoes.

(Fonte: Armazém da Notícia)

Geopark Araripe: primeiro geoparque do Brasil completa 15 anos

Ceará, por Kleber Patricio

Geossítio Ponte da Pedra, no Geopark do Araripe. Foto: Arquivo SGB-CPRM.

O primeiro geoparque chancelado pela Unesco no Brasil completou 15 anos em setembro. O Geopark do Araripe, localizado no Ceará, entrou para a Rede Global de Geoparques (GGN) no ano de 2006 e desde então segue sendo o único projeto brasileiro a fazer parte desta lista. Outras áreas do nosso país vêm pleiteando uma vaga nesse rol de locais de elevado valor geológico e paleontológico. Possivelmente teremos uma série de geoparques brasileiros chancelados pela Unesco no futuro, mas até lá, destaca-se o pioneirismo do Geopark do Araripe.

Para Joana Sanchez, representante da Comissão de Geoparques da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), a chancela é importante para o país, pois traz um reconhecimento para um patrimônio geológico excepcional como o de Araripe. “A bacia do Araripe conta com a maior larga strata de fósseis; é impressionante todas as camadas de rochas apresentarem algum tipo de fóssil e contarem uma história geológica fenomenal. Ser reconhecido como geoparque Unesco traz um status de que temos potencial, de que temos história e conhecimento e nos coloca no mesmo patamar que todos os locais do mundo”, completou a professora.

O Geopark Araripe foi criado com o auxílio de diversos órgãos e instituições, incluindo o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Ele leva esse nome pelo seu território fazer parte da Bacia Sedimentar do Araripe. O local possui uma área de 3.789 km² (IBGE/Funceme, 2001) que são distribuídas pelos municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri (CE). O geoparque faz parte de uma região muito importante para registro geológico do período Cretáceo, com destaque para seu conteúdo paleontológico, com registros entre 150 e 90 milhões de anos, que apresenta um excepcional estado de preservação e revela uma enorme diversidade paleobiológica.

O Geopark do Araripe, representado pela linha vermelha no Mapa do Ceará. Foto: Arquivo SGB-CPRM.

Os principais objetivos do Geopark Araripe são proteger e conservar os sítios de maior relevância geológica e paleontológica, territorialmente denominados geossítios. Além disso, o mesmo possui uma relação importante com a educação, turismo e desenvolvimento. O geoparque tem como um de seus braços o setor de educação ambiental, no qual tem o objetivo de proporcionar, à população local e aos visitantes, oportunidades de conhecer e compreender os estudos e tudo que acontece dentro do parque. Dessa maneira, esse setor lidera diversos projetos como: Geopark nas Escolas, Geopark nas Comunidades, Oficinas Pedagógicas, Colônia de Férias e muito mais.

Outros setores do geoparque são o Geoturismo e a Geoconservação. No primeiro, o objetivo é incentivar um turismo de qualidade, baseado nas múltiplas valências do território, por meio de uma estratégia de promoção e divulgação de nível internacional. Todos os municípios envolvidos com o geoparque têm um potencial enorme para o turismo; no entanto, a região que se destaca é a do Cariri, que vem cada vez mais se consolidando como destino para turistas por conta de todas as suas qualidades e diversidades de atrações, que vão desde a parte cultural até o turismo religioso e natural.

Por sua vez, a geoconservação, crucial para assegurar a salvaguarda do geopatrimônio brasileiro, tem assim a ideia de garantir os cuidados com esse patrimônio; porém, utilizando-o de maneira racional e sustentável. Dessa maneira, esse trabalho é essencial para a proposta do geoparque de ensinar e divulgar a todos a sua história, seus patrimônios e natureza.

Festa Cultural do Cariri. Foto: Geopark Araripe.

O reconhecimento mundial do Geopark Araripe, segundo Rafael Soares, pesquisador do setor de Geoconservação do mesmo, também demonstrou que a prática de fazer de um geoparque o programa de desenvolvimento territorial sustentável para um território funciona. E assim, ela pode ser produzida também em outros locais – claro, consideradas as diferentes especificidades locais e regionais.

De fato, a entrada do mesmo na Rede Global de Geoparques abriu espaço para outros trabalhos no Brasil começarem a serem produzidos tendo o Geopark Araripe como exemplo. Para Rafael Soares, a chancela da Unesco representou “um despertar para essa possibilidade de expansão do nosso trabalho enquanto geocientistas. A comunidade geológica e  das demais geociências, suas principais organizações e sociedades, começaram a perceber novos horizontes e, felizmente, resolveram investir nisso, acreditando firmemente nos desdobramentos positivos possíveis que o Programa de Geoparques da Unesco poderia trazer aos territórios mais diversos.”

Dentro do Geoparque existem 9 geossítios que os visitantes podem conhecer. Geossítios são locais bem delimitados graficamente e que concentram formações geológicas com grande valor. Por exemplo, o Geossítio Floresta Petrificada do Cariri, local onde se encontram fragmentos de troncos petrificados com aproximadamente 145 milhões de anos.

Geossítio Floresta Petrificada do Cariri. Foto: Luis Carlos Bastos Freitas/SGB-CPRM.

Toda essa maravilha geológica pertencente ao Geopark Araripe festeja, neste ano de 2021, os 15 anos de reconhecimento mundial da Unesco. O local se tornou motivo de orgulho para todos os que trabalham com a geodiversidade e proteção das riquezas naturais pertencentes ao nosso país. Contudo, manter o título não é algo fácil. A Unesco por vezes faz uma reavaliação de toda a sua rede buscando proteger as mesmas, o que aumenta ainda mais o simbolismo da data comemorativa. Segundo a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil Lígia Maria Ribeiro, o trabalho feito para manutenção da chancela envolveu lidar com diversas questões importantes e complexas no território, mas sobretudo um compromisso de desenvolvimento sustentável em parceria com as comunidades locais. “O sucesso do Geoparque Araripe em manter o título é louvável e um marco que já trouxe resultados no sentido de que novas iniciativas aconteçam em outras partes do Brasil. Felizmente já temos pelo menos dois novos Geoparques aspirantes em território Brasileiro, o Seridó (RN) e o Cânions do Sul (RS). Os 15 anos de experiência do Geoparque Araripe têm sido um exemplo de que manter uma iniciativa assim é possível e com importantes resultados em termos de conservação e divulgação da geodiversidade alinhadas ao desenvolvimento sustentável local”, completou a pesquisadora.

A descoberta paleontológica mais recente e significativa do Brasil é da Bacia do Araripe. O fóssil Ubirajara jubatus, um dinossauro de 120 milhões de anos que habitava o Nordeste do Brasil. O governo brasileiro busca a repatriação do fóssil, que atualmente se encontra em um museu no sudoeste da Alemanha. Os pesquisadores estrangeiros se negam a devolver o exemplar, que carrega a evidência do primeiro dinossauro com penas.

E não é o primeiro caso. Em 2019, sete fósseis procedentes da Bacia do Araripe que foram apreendidos na Colômbia em 2017 foram repatriados com ajuda do Serviço Geológico Colombiano e entregues ao Serviço Geológico do Brasil. As amostras foram entregues ao Museu de Ciências da Terra, que abriga a maior coleção de fósseis da América Latina.

Quer conhecer mais sobre o Geopark Araripe? Acesse o site deles.

Quer conhecer mais sobre outros geossítios e propostas de Geoparques? Acesse o cadastro de sítios geológicos da SGB-CPRM.

(Fonte: Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM)