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Roteiro Terra e Mar revela o melhor de Paraty em um único dia

Paraty, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Paraty tem praias, ilhas, trilhas e cachoeiras belíssimas. São tantas atrações, sendo muitas vezes difícil escolher um passeio que contemple todas as belezas naturais da região, ainda mais quando se dispõe de pouco tempo na cidade. A proposta do roteiro Terra e Mar, criado pela Néctar Experience, agência receptiva parceira do Sandi Hotel, é justamente mostrar o melhor de Paraty em um dia. “Das praias às cachoeiras, o passeio leva ao que há de mais bonito na região”, diz Gabriel Toledo, consultor de experiências da Néctar.

O passeio parte do cais de Paraty na lancha Mamanguá (a lancha da Pousada) em direção ao Saco do Mamanguá, conhecido como o “fiorde brasileiro”. “Ao longo da manhã, visitamos esse belíssimo fiorde tropical, parando em diversas praias para mergulho”, diz Gabriel.

Por volta de 12h30, a parada para o almoço é em Paraty Mirim, antigo sítio arqueológico à beira-mar onde fica também a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga de Paraty, de 1720.

Água doce e aguardente

“Após o almoço, deixamos a lancha e embarcamos em um Land Rover para uma experiência em terra que contempla o alambique da cachaça Coqueiro, o mais antigo em atividade, de 1803, seguindo depois para um banho de água doce na cachoeira do Tobogã”, conta Gabriel.

A Pousada do Sandi.

O principal atrativo da cachoeira do Tobogã, na estrada Paraty-Cunha, é uma grande pedra lisa por onde corre a água, formando um tobogã onde se pode escorregar até cair em uma piscina natural. Pouco acima da cachoeira fica o Poço do Tarzan, outra piscina natural. Perto dali, há ainda a possibilidade de conhecer um segundo alambique, o Engenho D’Ouro, para conhecer ainda mais a forte ligação de Paraty com produção de aguardente, com direito a degustação.

O roteiro, de 6 horas* de duração, termina no final da tarde com retorno ao Sandi Hotel, no Centro Histórico de Paraty. A parceria da Pousada com a Néctar Experience visa ampliar o conceito de hospitalidade e bem receber para além da hospedagem. “Queremos oferecer uma experiência completa em Paraty”, diz Sandi Adamiu, que administra a Pousada ao lado da mãe, Sandra Foz.

Além do roteiro Terra e Mar, a Néctar oferece um amplo menu de experiências, que inclui birdwatching (observação de aves), roteiros temáticos com foco em esporte, gastronomia, arte, crianças e TBC (Turismo de Base Comunitária). “Podemos personalizar os roteiros de acordo com o perfil e as preferências de cada hóspede, criando experiências exclusivas”, diz Gabriel Toledo.

*O roteiro Terra e Mar tem duração de 6 horas e custa R$300 por pessoa. Para reservas, acesse www.pousadadosandi.com.br ou +55 (11) 2503-0195.

(Fonte: Visarplan)

“House of the Dragon” estreia na HBO Max dia 21 de agosto

Miami, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/HBO Max.

O drama original da HBO de dez episódios “House of the Dragon” estreia domingo, 21 de agosto, na HBO Max e na HBO. Baseada em “Fogo & Sangue”, de George R.R. Martin, a série ambientada 200 anos antes dos eventos de “Game of Thrones” conta a história da Casa Targaryen.

O elenco principal reúne Paddy Considine, Matt Smith, Olivia Cooke, Emma D’Arcy, Steve Toussaint, Eve Best, Sonoya Mizuno, Fabien Frankel e Rhys Ifans. Também compõem o elenco Milly Alcock, Bethany Antonia, Phoebe Campbell, Emily Carey, Harry Collett, Ryan Corr, Tom Glynn-Carney, Jefferson Hall, David Horovitch, Wil Johnson, John Macmillan, Graham McTavish, Ewan Mitchell, Theo Nate, Matthew Needham, Bill Paterson, Phia Saban, Gavin Spokes e Savannah Steyn.

Veja as descrições dos personagens:

Créditos de “House of the Dragon”:

Cocriador/produtor executivo: George R.R. Martin

Cocriador/produtor executivo/escritor: Ryan Condal

Cocriador/produtor executivo/diretor: Miguel Sapochnik

Produtora executiva/roteirista: Sara Hess

Produtores executivos: Jocelyn Diaz, Vince Gerardis, Ron Schmidt

Diretores: Clare Kilner, Geeta V. Patel

Diretor/produtor executivo: Greg Yaitanes

Baseado em “Fogo & Sangue”, de George R.R. Martin.

DESCRIÇÕES DOS PERSONAGENS

Elenco principal:

Paddy Considine como Rei Viserys Targaryen, escolhido pelos senhores de Westeros para suceder o Velho Rei, Jaehaerys Targaryen, no Grande Conselho em Harrenhal. Um homem caloroso, gentil e decente, Viserys deseja apenas levar adiante o legado de seu avô. Mas os bons homens não são necessariamente grandes reis.

Matt Smith como Príncipe Daemon Targaryen, irmão mais novo do Rei Viserys e herdeiro do trono. Um guerreiro incomparável e um domador de dragões. Daemon possui o verdadeiro sangue do dragão, mas dizem que sempre que um Targaryen nasce, os deuses jogam uma moeda para o alto.

Olivia Cooke como Alicent Hightower, filha de Otto Hightower, a Mão do Rei e a mulher mais bela dos Sete Reinos. Ela foi criada na Fortaleza Vermelha, perto do rei e de seu círculo mais interno e possui uma graça cortês e uma aguçada perspicácia política.

Emma D’Arcy como Princesa Rhaenyra Targaryen, a primogênita do rei carrega o puro sangue Valiriano e é uma domadora de dragões. Muitos diriam que Rhaenyra nasceu com tudo… mas ela só não nasceu um homem.

Steve Toussaint como Lorde Corlys Velaryon, “A Serpente Marinha”. Lorde da Casa Velaryon, uma linhagem Valiriana tão antiga quanto a Casa Targaryen. Como o mais famoso aventureiro náutico da história de Westeros, Lorde Corlys transformou sua casa em uma sede poderosa que é ainda mais rica que os Lannisters e afirma ter a maior estrutura marinha do mundo.

Eve Best como Princesa Rhaenys Targaryen, domadora de dragões e esposa do Lorde Corlys Velaryon, “A Rainha que nunca foi” (“The Queen Who Never Was”) foi preterida como herdeira do trono no Grande Conselho porque o reino favoreceu seu primo, Viserys, simplesmente por ser homem.

Fabien Frankel como Sr Criston Cole, descendente de Dornish e filho do mordomo do Senhor de Blackhaven. Cole não tem direito a terras ou títulos; tudo o que ele tem em seu nome é sua honra e sua habilidade excepcional com a espada.

Sonoya Mizuno como Mysaria, que chegou a Westeros sem nada, vendeu mais vezes do que pode se lembrar. Ela poderia ter desistido, mas ao invés disso, se ergueu para se tornar a aliada mais confiável – e mais improvável – do Príncipe Daemon Targaryen, o herdeiro do trono.

Rhys Ifans como Otto Hightower, que como “A Mão do Rei” serve fielmente tanto a seu rei como a seu reino. Para a Mão, a maior ameaça ao reino é o irmão do rei, Daemon, e sua posição como herdeiro ao trono.

Elenco adicional (em ordem alfabética):

Bethany Antonia como Baela Targaryen, filha mais velha de Laena Velaryon e cavaleira do jovem dragão Moondancer.

Bill Paterson como Lorde Lyman Beesbury, Lorde de Honeyholt e Mestre de Moeda no pequeno conselho do Rei Viserys.

David Horovitch como Grand Maester Mellos, voz da razão e conselheiro de confiança do Rei Viserys.

Emily Carey como jovem Alicent Hightower, filha de Otto Hightower, a Mão do Rei e a mulher mais bela dos Sete Reinos. Ela foi criada na Fortaleza Vermelha, perto do rei e de seu círculo mais interno; ela possui uma graça cortês e uma aguçada perspicácia política.

Ewan Mitchell como Aemond Targaryen, segundo filho de Viserys, sobrinho de Daemon, e meio-irmão de Rhaenyra.

Gavin Spokes como Lorde Lyonel Strong, Mestre das Leis do Rei Viserys e Senhor de Harrenhal.

Graham McTavish como Ser Harrold Westerling, que tem servido na Guarda Real desde os dias do rei Jaehaerys; ele é um exemplo de cavalheirismo e honra.

Harry Collett como Jacaerys Velaryon, filho mais velho de Rhaenyra Targaryen.

Jefferson Hall como Tyland Lannister, um político astuto e calculista, gêmeo do Lorde Jason Lannister.

Jefferson Hall como Lorde Jason Lannister, o Lorde de Casterly Rock e gêmeo de Sr Tyland Lannister.

John Macmillan como Sr Laenor Velaryon, filho de Corlys Velaryon e Rhaenys Targaryen.

Matthew Needham como Larys Strong, filho mais novo de Master of Laws Lyonel Strong, trazido à corte por seu pai.

Milly Alcock como Jovem Princesa Rhaenyra Targaryen, a primogênita do rei carrega o puro sangue Valiriano e é uma domadora de dragões. Muitos diriam que Rhaenyra nasceu com tudo… mas ela só não nasceu um homem.

Phia Saban como Helaena Targaryen, segunda filha de Viserys, irmã de Aegon e Aemond, meia-irmã de Rhaenyra.

Phoebe Campbell como Rhaena Targaryen, segunda filha de Lady Laena e irmã de Baela.

Ryan Corr como Sr Harwin ‘Breakbones’ Strong, Harwin como ‘Breakbones’, tido como o homem mais forte dos Sete Reinos. Sr Harwin é o filho mais velho do Mestre das Leis Lyonel Strong e herdeiro de Harrenhal.

Savannah Steyn como Lady Laena Velayron, filha de Corlys Velaryon e Rhaenys Targaryen.

Theo Nate como Sr Laenor Velaryon, filho de Corlys Velaryon e Rhaenys Targaryen.

Tom Glynn-Carney como Aegon Targaryen, filho primogênito do Rei Viserys.

Wil Johnson como Sr Vaemond Velaryon, irmão mais novo de Coryls Velaryon e comandante na marinha de Velaryon.

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Sobre a HBO Max | HBO Max™ é a plataforma de streaming direta para o consumidor da WarnerMedia, que oferece a melhor qualidade em entretenimento. A HBO Max apresenta a mais ampla variedade de séries, filmes e especiais para audiências de todas as idades de marcas icônicas como HBO, Warner Bros., DC, e também Max Originals e grandes sucessos do cinema, além de conteúdo para crianças e para a família. A plataforma foi lançada nos Estados Unidos em maio de 2020 e introduziu um nível de preço mais baixo, apoiado pela publicidade, em junho de 2021. A HBO Max começou seu lançamento global nos mercados da América Latina e do Caribe em junho, seguido por seus primeiros lançamentos europeus nos países Nórdicos e na Espanha, em outubro. Foi anunciado que a HBO Max continuará sua expansão europeia para um alcance global de 61 países em 2022.

(Fonte: Comunicação HBO Max Brasil)

“[ím]pares”: joias contemporâneas japonesas ganham destaque em exposição na Japan House São Paulo

São paulo, por Kleber Patricio

Peça de Naho Okamoto na Japan House São Paulo. Foto: Wagner Romano.

Metal, tecido, vidro, bambu, ratã, madrepérola, concha e até papel e casca de ovo são matérias-primas para as designers de joias japonesas Miki Asai, Naho Okamoto, Mariko Kusumoto, Emiko Suo e Nahoko Fujimoto criarem suas intrigantes peças, que estarão reunidas na exposição inédita “[ím]pares”, na Japan House São Paulo. A mostra apresentará a estética japonesa por meio de 75 criações inovadoras, entre colares, pingentes, brincos, anéis, pulseiras e broches a ocupar o térreo da instituição na Avenida Paulista entre 5 de abril e 12 de junho. A visitação é gratuita.

“Realizar uma exposição sobre a produção de joias e adornos japoneses era um desejo que vinha desde 2018. Depois de alguns anos de amadurecimento, pesquisas e descobertas, [ím]pares reúne uma amostra dessa produção atual, destacando mulheres designers que são pares em suas profissões, mas completamente únicas e distintas em suas criações, que incluem elementos e materiais tradicionais com estéticas extremamente atuais e fascinantes”, comenta a curadora e diretora cultural da Japan House São Paulo, Natasha Barzaghi Geenen.

O conceito de adorno e o costume de se enfeitar assumiram diferentes significados ao redor do mundo com o passar dos anos. No Japão, foi após a Era Meiji (1868-1912) que a produção e a indústria de joias começaram a se desenvolver seguindo os padrões ocidentais, evolução que resultou na estética atual.

Peça de Emiko Suo na Japan House São Paulo. Foto: Wagner Romano.

Para além das associações mais imediatas sobre design japonês no Brasil – predominância de linhas retas de estilo minimalista –, as obras selecionadas pela curadoria, 15 de cada artista, exuberância das formas, escala, texturas, cores, de peças articuladas ou ainda de uma estética lúdica. “Cada uma das designers de joias traduz, à sua maneira, a sutileza e força de um adorno. Acessórios são, por definição, não essenciais; porém, podem atuar de maneira extremamente decisiva e pessoal na construção da representação identitária para transmitir diferentes mensagens de acordo com o uso e combinação feita por cada pessoa”, comenta Natasha.

O nome da exposição, “[ím]pares”, reflete a dualidade entre os estilos únicos das cinco designers e o fato de todas serem pares na profissão, área onde muitas mulheres são atuantes junto com designers homens que criaram marcas de joalherias de luxo internacionalmente reconhecidas. A expografia é do escritório Metro Arquitetos.

Na exposição, estão Mariko Kusumoto (cujo trabalho com tecido moldado para lembrar flores e corais já chamou a atenção de Jean Paul Gaultier) e Naho Okamoto, dona da SIRI SIRI (uma das grandes marcas de joalheria japonesa, que desenvolve um trabalho de economia sustentável junto a artesãos locais), dois nomes cujos talentos e projeções já ganharam o mercado internacional. A seleção também destaca artistas como Miki Asai (reconhecida por seu trabalho delicado inspirado no conceito do wabi sabi – busca do belo na imperfeição), Emiko Suo (com duas séries de trabalhos em metal expostas na exposição, uma dedicada às linhas e outra às malhas de metais, que ganham aparência de tecido por serem revestidas com cerâmica) e Nahoko Fujimoto (seu trabalho com estruturas metálicas móveis e ímãs dá origem a peças inspiradas na natureza que se abrem e ganham volume).

Sobre as designers:

Miki Asai | As peças de Miki Asai buscam a beleza por meio da imperfeição, explorando e exemplificando o conceito do wabi sabi. Para isso, ela usa materiais como casca de ovo, pequenos metais, laca japonesa e até pequenos pedaços de conchas e papéis, na criação de superfícies feitas de pedras minerais em pó, cujos efeitos contrastam com sua solidez e permanência. Sua produção já foi premiada pela Japan Jewellery Designers Association (JJDA), em Tóquio, e pelo The Goldsmith’s Center (Londres), uma das instituições mais importantes no campo da produção artística em nível global.

Naho Okamoto (SIRI SIRI) | Idealizadora e proprietária da SIRI SIRI, marca considerada uma das mais importantes da atualidade no setor de moda e design no Japão, Okamoto trabalha em colaboração com artesãos e produz peças com o máximo cuidado e atenção às técnicas tradicionais japonesas, como o estilo de faceta Kiriko e os trabalhos em vime que serão exibidos na exposição na Japan House São Paulo. Além da relevância comercial, qualidade e designs diferenciados, a empresa sediada em Tóquio possui políticas de sustentabilidade ligadas ao uso de materiais naturais e preservação do artesanato local, além de um programa de desenvolvimento e capacitação para jovens artesãos.

Mariko Kusumoto | Trabalhando principalmente com tecidos, fibras, resina e metal, Kusumoto produz peças etéreas, mesclando referências japonesas com outras ocidentais para criar joias e obras de arte leves, delicadas e inspiradas pela natureza. Sua produção é inteiramente artesanal e se destaca por seu aspecto lúdico vindo das cores, texturas e formas exuberantes. Usando técnicas de termofixação, ela dá ao tecido uma nova identidade, remodelando-o em formas tridimensionais de uma delicadeza lúdica. Durante esse processo, a designer fica atenta ao acaso e possíveis imperfeições que possam aparecer, incorporando-as em suas criações, uma postura muito semelhante ao conceito wabi-sabi. Dentre os destaques de seu trabalho está uma colaboração com Jean Paul Gaultier para a Paris Fashion Week, em 2019, além de exposições nos Estados Unidos, Portugal e Alemanha.

Emiko Suo | Emiko Suo se destaca no trabalho com metal, utilizando fios metálicos extrafinos, materiais de malha, entre outros, para explorar suas propriedades de tensão e leveza. O domínio de técnicas sofisticadas e complexas de metalurgia, aprendidas com seu pai durante a infância e posteriormente aperfeiçoadas na Tokyo University of the Arts, fizeram seu trabalho ser reconhecido tanto no Japão quanto internacionalmente desde a década de 1990.

Nahoko Fujimoto | Suas peças mostram um interesse pela tridimensionalidade, explorada utilizando papéis delicados e ímãs, que permitem que as peças, geralmente orgânicas e com referências diretas a elementos da natureza, como pássaros, conchas ou folhas, ganhem movimento.

Serviço:

Exposição “[ím]pares”

Apoio: Japan Jewellery Designers Association (JJDA)

Período: de 5 de abril a 12 de junho de 2022

Local: Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52 (térreo)

Horário: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h.

Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/.

A exposição conta com recursos de acessibilidade.

Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:

Site: https://www.japanhousesp.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/japanhousesp

Twitter: https://www.twitter.com/japanhousesp

YouTube: https://www.youtube.com/japanhousesp

Facebook: https://www.facebook.com/japanhousesp

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp.

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)

A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.

(Fonte: Suporte Comunicação)

Coro Contemporâneo de Campinas e Sinfônica da Unicamp realizam concerto de Páscoa

Campinas, por Kleber Patricio

O Coro Contemporâneo de Campinas (CCC) e a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) realizam entre os dias 6 e 8 de abril o Concerto de Páscoa “Stabat Mater”, com apresentações em diferentes igrejas de Campinas e Mogi Mirim, com regência do maestro Angelo José Fernandes. O concerto traz um repertório composto por dois Stabat Mater com texto adequado à Semana Santa, tradicional celebração da Igreja Católica que aborda as dores de Maria, Mãe de Jesus, durante a crucificação e morte de seu Filho. Stabat Mater compõe parte de um canto litúrgico católico que remonta ao século XIII.

O primeiro Stabat Mater é de G. B. Pergolesi para Soprano e Alto solo, coro feminino, orquestra de cordas e órgão. Já o segundo Stabat Mater traz J. J. E. Lobo de Mesquita para quarteto solista, coro misto, orquestra de cordas e órgão.

As apresentações serão gratuitas. Dias 6 e 8 em Campinas, às 19h30, nas Igrejas Santa Isabel e do Carmo, respectivamente, e dia 7 de abril, às 20h, na Matriz de Mogi Mirim.

PROGRAMA

Coro Contemporâneo de Campinas e Orquestra Sinfônica da Unicamp

Stabat Mater

Regência: Angelo J. Fernandes

Primeira parte

G. B. Pergolesi (1710-1736) – Stabat Mater

I. Coro: Stabat Mater dolorosa

II. Aria (Soprano): Cujus animam gementem

III. Coro: O quam tristia et afflicta

IV. Aria (Alto): Quae moerebat et dolebat

V. Dueto e coro: Quis est homo, qui non fleret

VI. Aria (Soprano): Vidit suum dulce natum

VII. Aria (Alto): Eja mater fons amoris

VIII. Coro: Fac, ut ardeat cor meum in amando Christum Deum

IX. Dueto e Coro: Sancta Mater istud agas

X. Aria (Alto): Fac, ut portem Christi mortem

XI. Dueto: Inflammatus et accensus per te

XII. Coro: Quando corpus morietur

Solistas: Marília Carvalho, soprano (dias 6 e 8)

Sarah Migliori, mezzo-soprano (dias 6 e 8)

Rebeca Oliveira, soprano (dia 7)

Rafaela Duria, soprano (dia 7)

Segunda parte

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805) – Stabat Mater

(Sequência de Nossa Senhora das Dores)

I. Stabat Mater (Moderato)

II. Eia Mater (Andante)

III. Amen (Allegro)

Solistas: Rebeca Oliveira, soprano (dias 6 e 8)

Marília Carvalho, soprano (dia 7)

Rafaela Duria, soprano (dias 6 e 8)

Sarah Migliori, mezzo-soprano (dia 7)

Clóvis Português, tenor

Daniel Luiz, barítono.

Serviço:

Stabat Mater | Coro Contemporâneo de Campinas e Orquestra Sinfônica da Unicamp

6 de abril, às 19h30 – Igreja Santa Isabel (Barão Geraldo, Campinas)

7 de abril, às 20h00 – Igreja Matriz São José (Mogi Mirim)

8 de abril, às 19h30 – Basílica Nossa Senhora do Carmo (Campinas)

Evento gratuito.

 (Fonte: Unicamp)

O potencial dos sistemas agroflorestais para conciliar bem-estar humano e conservação ambiental na Amazônia

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real.

Percorrer algumas áreas agrícolas da Amazônia pode causar uma certa surpresa ao visitante. No mosaico de pastos e roças, que são mais comuns na região, a paisagem pode se tornar mais verde, densa e variada. Neste caso, visualizam-se árvores frondosas, como a castanheira, compartilhando espaço com cultivos, tais quais os do açaí, andiroba, copaíba, cupuaçu, cacau e banana, e ainda culturas anuais, como o milho e a mandioca. Essas paisagens compõem as chamadas Agroflorestas, Sistemas Agroflorestais (SAFs) ou simplesmente Consórcios, como as comunidades locais as denominam.

Elas não representam algo novo, pelo contrário. As comunidades locais da Amazônia vêm praticando sistemas integrados e diversificados ao longo dos séculos, desde o período pré-colombiano, mesmo antes da domesticação de espécies nativas para agricultura. Entretanto, a novidade das últimas décadas é o esforço empreendido por instituições de pesquisa, como Embrapa, Universidades, Organizações Não-Governamentais, junto a segmentos da produção familiar e comunidades tradicionais para expandir a implantação destes sistemas em substituição aos monocultivos de baixa produtividade. Basicamente, busca-se ampliar o potencial destes espaços de produção por meio da diversificação das espécies cultivadas em substituição aos sistemas de baixa produtividade e alta degradação ambiental que predominam na região.

A urgência é grande frente às múltiplas crises enfrentadas na Amazônia – climática, hídrica, alimentar e de direitos de Povos Indígenas e Comunidades Locais (PICL) – e que transbordam para outras regiões do Brasil. A transição para formas mais sustentáveis de produção agropecuária – i.e., que conservem o meio natural, minimizem as mudanças climáticas, reduzam impactos sobre a biodiversidade e beneficiem os PICLs – deve estar no centro das preocupações brasileiras. As agroflorestas, se bem planejadas e manejadas, pontuam em todos estes aspectos: aumentam biodiversidade, estoques de carbono e têm grande potencial para restaurar áreas agrícolas degradadas. Portanto, motivos não faltam para realizar o máximo desse potencial.

São ainda relativamente poucos os estudos sobre o potencial socioeconômico das agroflorestas. Ainda assim, as avaliações existentes vêm mostrando, de forma muito consistente, que os SAFs são altamente viáveis e que seus indicadores socioeconômicos são muito positivos. Abordamos alguns deles a seguir, a título de exemplo.

No município de Tomé-Açu, Pará, agricultores ligados à Cooperativa CAMTA (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu) desenvolvem SAFs nos quais áreas de 10 a 20 hectares (ha) produzem rendimentos comparáveis à pecuária bovina em pastagens de 400 a 1.200 ha. Esses SAFs geram mais empregos por unidade de área do que a pecuária extensiva à pasto. Além disso, tem se mostrado muito mais rentáveis do que a agricultura de corte-e-queima para comunidades de produtores familiares em áreas no médio Tapajós, no Pará.

Em Rondônia, um sistema agroflorestal do Projeto RECA (Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado), os pesquisadores também mostraram resultados igualmente promissores. O RECA, juntamente com a CAMTA, constituem exemplos bem-sucedidos de agroflorestas na Amazônia. Em um dos SAFs estabelecidos no RECA – composto por copaíba, andiroba, cupuaçu, pupunha e bananeira – os empreendedores tiveram retorno financeiro desde o 2º ano de implantação, a partir da renda da comercialização da banana. Esse resultado foi uma novidade, uma vez que SAFs com espécies perenes geralmente demandam de 8 a 12 anos para obtenção de retorno econômico positivo aos investimentos. Neste caso, o valor presente líquido, calculado para 20 anos, representou cerca de R$41.300,00, com a renda anual de cerca de R$4.200 por hectare.

Mas como esses benefícios dos SAFs se comparam a outros sistemas agropecuários em curso na região? Usamos aqui um estudo da Rede Amazônia Sustentável (RAS), que comparou a variação da renda entre propriedades que adotam diferentes atividades agrícolas, em 2011, em Santarém e Paragominas, no Pará. A renda anual média por hectare em propriedades com cultivos perenes mais especializados, como frutas e pimenta-do-reino, foi cerca de quatro vezes superior à produção de soja e cerca de nove vezes – isso mesmo, NOVE vezes – superior à renda das propriedades com pecuária na região do estudo.

Apesar das vantagens dos sistemas agroflorestais, existem diversos obstáculos a sua adoção em larga escala pelos produtores familiares, que respondem por 83% dos 919.057 estabelecimentos na Amazônia Legal. Entre esses, se destacam os elevados custos de implementação inicial dos SAFs, as dificuldades de acesso e inadequação das linhas de crédito rural, dos serviços de assistência técnica e extensão rural e de acesso aos mercados para a comercialização desses produtos.

Por outro lado, há um momentum crescente em direção a uma nova bioeconomia da floresta e seus ecossistemas na Amazônia que preconiza todo um ambiente de inovação e integração da ciência com os conhecimentos tradicionais. Na visão dos amazônidas, esta inovadora Bioeconomia envolve, por exemplo, novos bioprodutos com maior valor agregado, novas formas de produção ou de cooperação social, ao mesmo tempo em que conserva os ecossistemas e o conhecimento tradicional. É certo que tal produção inovadora amplia extraordinariamente as oportunidades e o potencial das agroflorestas de contribuir para um processo de desenvolvimento inclusivo, com maior equidade e que concilia bem-estar humano com a conservação da biodiversidade.

Entretanto, não sejamos ingênuos: a realização desse potencial só será possível com mudanças profundas da realidade do interior amazônico. São essenciais as políticas públicas e grandes investimentos estruturais em pilares fundamentais: educação, saúde, pesquisa científica aplicada, assistência técnica contínua e de qualidade, ampliação do acesso ao crédito, prioridade para a implementação de uma infraestrutura sustentável dos modais de transporte, além da ampliação do acesso à comunicação rural.

Esses avanços fundamentais serão facilitados pela cooperação entre países amazônicos e não-amazônicos, bem como entre instituições de diversas origens e setores. A interrupção dos atuais incentivos para atividades predatórias é um ponto de partida fundamental para a emergência deste ambiente de inovação. As mudanças são urgentes e precisamos implementá-las em tempo recorde.

Sobre os Autores

Joice Ferreira é Ecóloga, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, co-fundadora da Rede Amazônia Sustentável (RAS). Na Embrapa, é membro do comitê gestor do Portfólio em Serviços Ambientais. É professora da pós-graduação na Universidade Federal do Pará. Sua pesquisa foca na interface entre os usos da terra e a conservação de Serviços Ambientais e Biodiversidade na região Amazônica. Joice é autora dos capítulos 27, 28, 29 e 30 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Judson F. Valentim é agrônomo, pesquisador da Embrapa Acre, presidente do Comitê Gestor do Portfólio Amazônia. Sua pesquisa tem foco em inovações e no suporte à formulação de políticas públicas para intensificação sustentável dos sistemas de produção agropecuários na Amazônia. Judson é autor dos capítulos 11, 27, 28, e 29 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Carlos Eduardo Young é Economista, Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua na área de instrumentos econômicos para a política ambiental, valoração de serviços ecossistêmicos, macroeconomia do meio ambiente e contabilidade verde. Carlos é autor do capítulo 30 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.

Sobre o Painel Científico para a Amazônia (PCA) | O Painel Científico para a Amazônia é uma iniciativa inédita convocada pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN), lançado em 2019 e inspirado no Pacto Leticia pela Amazônia. O PCA é composto por mais de 200 cientistas e pesquisadores proeminentes dos oito países amazônicos e Guiana Francesa, além de parceiros globais que apresentaram em 2021 um relatório inédito com uma abordagem abrangente, objetiva, transparente, sistemática e rigorosa do estado dos diversos ecossistemas da Amazônia e papel crítico dos Povos Indígenas e Comunidades Locais (IPLCs), pressões atuais e suas implicações para o bem-estar das populações e conservação dos ecossistemas da região e de outras partes do mundo, bem como oportunidades e opções de políticas relevantes para a conservação e desenvolvimento sustentável.

(Fonte: Agência Bori)