‘Eu parei de andar e aprendi a voar’ chega ao público com uma mensagem poderosa sobre autonomia e transformação


São Paulo
Experiência “Cogumelos Selvagens” no Parador. Fotos: divulgação.
A época dos tartufos atrai para o norte da Itália visitantes do mundo inteiro atrás da disputada iguaria. Mas não é preciso mais viajar para lá para ter uma experiência similar: a Serra Gaúcha tem assumido este papel no segmento do turismo gastronômico no Brasil, especialmente no outono, com a temporada dos cogumelos selvagens. É nesta época que o Parador, o primeiro e mais charmoso glamping do Brasil, promove duas experiências sazonais que aliam aventura, conhecimento e gastronomia.
Uma é o “Despertar dos Cogumelos Selvagens”, um evento gastronômico que o hotel já realiza há vários anos: ele reúne chefs e biólogos especializados em uma programação de 3 dias para que os hóspedes possam conhecer mais variedades de cogumelos e depois apreciar alguns pratos da alta gastronomia feitos com eles.
A outra experiência é um roteiro batizado de “Caçada aos Cogumelos Selvagens”, que existe desde 2021. Trata-se de um passeio que dever ser agendado no hotel: a bordo de um quadriciclo motorizado – individual ou duplo –, um guia leva os hóspedes aventureiros pelas florestas de pinus em busca dos cogumelos comestíveis, que brotam após as primeiras chuvas do outono, logo após um descanso misterioso sob o solo. Durante a caçada, uma aula de como aprender a identificar as espécies variadas de cogumelos, com a possibilidade de prová-los ali em seu habitat natural.
Um jantar no Alma RS fecha com chave de ouro esta programação. O restaurante do Parador já tem sua cozinha conectada com a natureza, com opções do cardápio que valorizam os ingredientes e produtos frescos da terra, do ar e da água, com o que existe de melhor em cada estação do ano. E, especialmente, para esta ocasião, o prato em destaque será o que leva os cogumelos caçados durante o passeio em seu preparo, assinado pelo renomado e premiado chef Rodrigo Bellora.
Serviço:
Despertar dos cogumelos selvagens:
PROGRAMAÇÃO
Terça-feira (24/5)
Cozinha Mata E Fogo
21h00 – Jantar de Boas Vindas no Alma RS, valorizando a cozinha do Rio Grande do Sul, utilizando ingredientes frescos de produtores regionais, elemento central será o mundo dos fungos com participação especial do Chef convidado Altemir Pessali.
Quarta-feira (25/5)
Os Cogumelos – Capitulo 1
09h00: Exploração guiada pelas matas de pinus em busca de cogumelos selvagens com os especialistas Altemir Pessali.
11h00: No próprio habitat dos cogumelos, haverá um aperivo com degustação.
14h00: Churrasco campeiro onde a carne é assada no fogo de chão.
20h00: Jantar no Restaurante AlmaRS com 2 pratos especiais feitos com cogumelos.
Quinta-feira (26/5)
Os Cogumelos – Capitulo 2
09h00: Trilha em mata nativa com o biólogo João Travi contemplando campos, matas de araucárias, rios e banhados. Além do mundo dos fungos, serão observadas a fauna e flora local.
11h00: – Identificação e usos dos diferentes cogumelos: Entender a biodiversidade destas matas e identificar os tipos, usos, famílias e entender um pouco mais sobre o mundo dos fungos.
Convidados:
Rodrigo Bellora (chef Alma e Coletor de cogumelos)
Altemir Pessali (chef e Coletor de cogumelos)
Jair Putzky (Biólogo especialista em cogumelos)
João Pedro Travi (Biólogo especialista na fauna e flora Rio Grandense)
Caçada aos cogumelos selvagens
Passeio de 1 hora e meia pelas florestas de pinus para caçar cogumelos
Preço: R$510,00 em quadriciclo individual/R$850,00 em quadriciclo duplo (inclui guia, equipamento de segurança); opcional de R$100,00 para um jantar com prato de cogumelos elaborado pelo chef Rodrigo Bellora.
Período: até junho, todos os dias, às 16h00
Parador
Estrada do Faxinal, s/n° – Morro Agudo – Cambará do Sul/RS
Mais informações e reservas: (54) 3295-7575
parador@casadamontanha.com.br – reservas@casadamontanha.com.br
www.paradorcasadamontanha.com.br
Sobre o Parador | Parador é um hotel estilo glamping (junção de glamour com camping) localizado em Cambará do Sul (RS), próximo aos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral e seus belíssimos cânions. Oferece hospedagem em cabanas, suítes e casulos, com todo conforto. Integra o Casa Hotéis, coleção de hotéis de charme do Rio Grande do Sul que oferece hospedagem de alto padrão e atendimento personalizado para os hóspedes. Fundado em 1997, o Casa Hotéis conta com quatro empreendimentos no estado: os hotéis Casa da Montanha, Petit Casa da Montanha e Wood, em Gramado, e o Parador, em Cambará do Sul.
(Fonte: B4Tcomm)
Foto: Fernando Dias.
Afinal, o que é a loucura? Essa pergunta dá o tom do espetáculo “Em Busca de Judith”, que faz sua temporada de estreia no Itaú Cultural entre os dias 5 e 15 de maio, com sessões de quinta a sábado, às 20h e, aos domingos, às 19h. Os ingressos são gratuitos e podem ser reservados direto pelo site do Itaú Cultural.
Para quem não estiver em São Paulo no período, é possível entrar em contato com a obra de outra maneira. Será exibida online a peça-filme que serviu de base para a montagem presencial, filmada em pavilhões da antiga Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. No online, “Em Busca de Judith” integra o Palco Virtual Ancestralidades e poderá ser assistido no Youtube do Itaú Cultural – www.youtube/itaucultural.
O espetáculo estreia no Mês da Luta Antimanicomial. A data celebra a mudança na forma de lidar com a saúde mental. Chamado de Reforma Psiquiátrica, o movimento iniciado na década de 1970 foi responsável por deslocar dos hospitais para a comunidade os tratamentos para os transtornos mentais, criando dispositivos que são fundamentais para a assistência e a luta contra os estigmas, como os CAPS e as residências terapêuticas.
Idealizado por Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes, o trabalho resgata uma história familiar muito importante para a atriz. Até os 32 anos, a artista acreditava que a sua avó paterna, Judith, havia morrido em um acidente de carro, quando seu pai ainda era um bebê. No entanto, a realidade era bem diferente.
Na verdade, a matriarca foi internada compulsoriamente por seu marido em um hospital psiquiátrico, aos 28 anos. Ela passou 13 anos na instituição, até sua morte, aos 42. Quando Jéssica descobriu esse fato, sentiu que era sua missão descortinar essa história. Afinal, era injusto mais uma jovem mulher preta, mãe de cinco filhos, ter sua voz silenciada de uma maneira tão brutal. “Meu avô nunca se casou com ela no papel. Na verdade, ele a traiu e se casou com uma mulher branca. Desconfiamos que ela enfrentou uma depressão pós-parto, mas não havia esse diagnóstico nos anos 40”, comenta Jéssica.
O desenvolvimento da peça começou em 2018, quando Jéssica e Pedro ingressaram na residência artística do Museu Bispo do Rosário, chamado de Programa Casa B. A dupla pesquisou o universo da saúde mental, a história de Judith e sua interface com a arte durante três anos. Nesse período, trocaram experiências com os artistas residentes do Ateliê Gaia, além de acessar vários materiais de pesquisa e contar com o apoio da curadora pedagógica do Museu Bispo do Rosário Diana Kolker, orientadora durante a construção desse trabalho.
Enquanto construía a dramaturgia, a atriz debruçou-se sobre livros como “Holocausto brasileiro” (2013), da jornalista Daniela Arbex, sobre o Hospital Colônia de Barbacena, e “Mulheres e Loucura: Narrativas de Resistência” (2020), de Melissa de Oliveira Pereira. Além disso, promoveu debates em seu canal do YouTube com o psicólogo Lucas Veiga, com a psicóloga e doula Luiza Ferreira e com a própria Diana Kolker.
“Precisamos racializar a história da luta antimanicomial, especialmente no caso das mulheres, que sempre escutam que estão ficando loucas. E pensarmos sobre saúde mental em uma época em que estamos generalizadamente doentes, com insônia, bruxismo, burnout e depressão, é fundamental. Afinal, o que é a loucura?”, completa.
Espetáculo como ebó
Segundo Jéssica, “Em Busca de Judith” é muito mais do que um espetáculo teatral. A conexão espiritual – e até ancestral – dela foi tão grande, ao longo do processo, que é quase como um ebó, ritual de oferenda aos Orixás para equilibrar diferentes aspectos da vida e até desfazer nós.
Outro aspecto importante da montagem é a música. Com trilha sonora ao vivo executada por Alysson Bruno (percussão e voz) e Muato (voz, baixo, guitarra e violão), a peça também é embalada pela potente voz de Jéssica Barbosa, que interpreta canções carregadas de afeto e emoção. A direção musical é de Pedro Sá Moraes. “As canções são momentos de reflexão, de respiro. Ao mesmo tempo, essa musicalidade conversa com a pesquisa de doutorado do Pedro, que investiga o quanto a música traz um ritmo para a fala – e como se constrói um tipo de espetáculo em que o texto é atravessado pelas canções”, comenta a idealizadora. Há também muitas referências a elementos relacionados à estética negra, como a capoeira e a própria dança executada em cena. “Nossa historiografia pessoal se dá no coletivo. Por isso, tem muita coisa do coletivo que se dá pela busca pessoal. O quintal é o mundo. Se houve X pessoas internadas no manicômio Y, todos temos responsabilidade sobre isso”, acrescenta.
Para os espectadores mergulharem nessa realidade dos hospitais psiquiátricos, serão projetados trechos da peça-filme durante o espetáculo presencial. É a chance de conhecer os escombros da Colônia Juliano Moreira e dar um significado para aquilo.
Sinopse
Até os 32 anos, Jéssica Barbosa acreditava que Judith Alves Macedo, sua avó paterna, havia falecido em um acidente de carro. A história que lhe era contada desde a infância ganhou uma reviravolta quando a atriz se deparou com uma fotografia num livro e ouviu um relato familiar, gatilhos que dispararam nela a busca pela história real de Judith.
A mulher negra, mãe de cinco filhos, fora internada compulsoriamente em um hospital psiquiátrico, onde permaneceu até a sua morte, em 1958. É sobre as buscas e descobertas dessa história, permeada pelo silenciamento das vozes femininas e questões que atravessam o sistema manicomial que trata “Em Busca de Judith”, espetáculo idealizado por Jéssica e Pedro Sá Moraes, que também assina a direção.
FICHA TÉCNICA
Idealização e dramaturgia: Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes
Atriz: Jéssica Barbosa
Músicos/performers: Alysson Bruno e Muato
Direção e direção musical: Pedro Sá Moraes
Supervisão de direção e criação da iluminação: Fabiano de Freitas Dadado
Direção de movimento e preparação corporal: Leandro Vieira
Figurino: Cris Rose
Cenografia: Ana Rita Bueno
Produção: Corpo Rastreado
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques.
Serviço:
Presencial
“Em Busca de Judith”
De 5 a 15 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h
Duração: 70 minutos Classificação: 12 anos
Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – Bela Vista – São Paulo (SP)
Ingresso: grátis (os ingressos devem ser reservados pela INTI – acesso pelo site www.itaucultural.org.br).
Formato peça-filme no Palco Virtual Ancestralidades
“Em Busca de Judith”
A programação do Palco Virtual Ancestralidades faz link com a plataforma Ancestralidades https://www.ancestralidades.org.br, lançada em novembro de 2021 pelo Itaú Cultural e a Fundação Tide Setubal. Neste ambiente digital, voltado às heranças culturais do Brasil, o público poderá conferir texto reflexivo sobre o espetáculo.
De 1º de maio, a partir das 19h, até às 23h59 do dia 29 de maio, sob demanda
Duração: 60 minutos Classificação: 12 anos
Local: Youtube do Itaú Cultural www.youtube/itaucultural
Ingresso: grátis.
(Fonte: Canal Aberto Comunicação)
Desfile durante a Festa da Flor, na Ilha da Madeira. Crédito da foto: Francisco Correia.
A primavera já chegou no Hemisfério Norte e, na Ilha da Madeira, charmoso destino português localizado em meio ao Oceano Atlântico, é motivo para celebração. Após dois anos sem comemorações no mês de maio (a última edição foi promovida no outono), o destino volta a realizar o seu evento mais emblemático na data tradicional: a Festa da Flor, que acontece de 5 a 29 de maio de 2022.
A celebração homenageia a chegada da estação das flores com uma programação intensa. Isso porque, graças às condições climáticas do arquipélago, ali nascem e crescem espécies de flores de diversas partes do mundo.
Os eventos mais marcantes já têm espaço no primeiro final de semana, como o Cortejo Infantil, em que crianças madeirenses desfilam e colocam flores em um mural chamado de “Muro da Esperança”, e o Grande Cortejo da Flor, um dos acontecimentos mais aguardados da ocasião, em que centenas de pessoas e carros alegóricos decorados com flores atravessam o centro de Funchal, a capital da Madeira, mostrando a exuberante e diversificada flora local ao som de incríveis apresentações musicais.
Foto: José Mendes.
A festa tradicional também tem outras atrações, como o Mercado das Flores, onde é possível conhecer inúmeras espécies, a Exposição das Flores, com flores cultivadas com muito esmero, que posteriormente são avaliadas por um júri especializado, os tapetes de flores que colorem o centro de Funchal em uma belíssima forma de expressão artística, além de workshops e mostras e artesanato.
Mais informações sobre a Festa da Flor estão disponíveis no site https://www.madeiraallyear.com/eventos-2/festa-da-flor/.
Sobre a Ilha da Madeira
Considerado o melhor destino insular do mundo, a Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo as principais e únicas habitadas Madeira e Porto Santo. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes, onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações, acesse www.madeiraallyear.com.
(Fonte: AFT Comunicação Digital)
Foto: divulgação.
A Prefeitura de Indaiatuba, por meio do Funssol (Fundo Social de Solidariedade), realiza até 6 de maio o Bazar de Dia das Mães, das 9h às 16h. A exposição, que acontecerá no Paço Municipal em frente ao Fundo Social, conta com uma variedade de peças, como pano de prato, peso de porta, aventais, cestinha, carteira, bolsa de bebê, babador, cestinha e nécessaire, dentre outros objetos. Será aceito apenas dinheiro.
As peças expostas foram confeccionadas pelo Projeto Tesoura Encantada com a finalidade de angariar recursos que serão revertidos às ações do Funssol. Os valores dos itens variam de R$5,00 até, no máximo, R$100,00. Além do bazar voltado para o dia das mães, também será realizada a Exposição de Dia das Mães do dia 5 até 25 de maio, no saguão da Prefeitura. Será colocada uma mesa decorada de inspiração e dicas de mesa posta, elaboradas pela professora Edileny Gomes de França com artigos produzidos pelos alunos.
Serviço:
Bazar de Dia das Mães
Data: de 2 até 6 de maio
Horário: das 9h às 16h.
Local: em frente ao Funssol (Prefeitura de Indaiatuba)
Exposição de Dia das Mães
Data: de 5 até 25 de maio
Horário: das 8h às 17h
Local: saguão da Prefeitura de Indaiatuba
Endereço: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 2800 – Jardim Esplanada.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Fotos: divulgação.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período entre 2021 e 2030 como a Década de Restauração de Ecossistemas e espera que milhões de hectares sejam recuperados e contribuam no enfrentamento à crise climática. Trata-se de um movimento global para sensibilizar governos, empresas, grupos e indivíduos da sociedade civil para recuperação de áreas degradadas e redefinir o manejo dos recursos naturais na perspectiva da sustentabilidade.
Iniciativas na Amazônia estão alinhadas com a expectativa da ONU. É o caso do projeto Florestas de Valor, desenvolvido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. A iniciativa busca fomentar no Pará negócios comunitários e apoiar a estruturação de cadeias produtivas de produtos da sociobiodiversidade por meio de atividades sustentáveis e regenerativas.
As ações do projeto ocorrem na região sudeste do estado, no município de São Félix do Xingu, e na região norte do Pará, em Oriximiná e Alenquer. A expectativa é de contribuir com a permanência dos produtores em seus territórios, impedir o avanço do desmatamento e regenerar áreas degradadas, além de gerar renda e cooperar com a redução dos impactos das mudanças climáticas.
O projeto é executado em áreas com sistemas agroflorestais (SAFs), que regeneraram áreas degradadas do bioma amazônico e recuperam a fertilidade do solo. As atividades desenvolvidas miram a fixação de carbono, a redução de emissões de gases do efeito estufa e a manutenção de estoques de carbono por meio da implantação de sistemas produtivos sustentáveis e da valorização da floresta em pé.
Entre os produtos-alvo do projeto, destaque para a castanha-do-Brasil, óleo de copaíba, sementes de Cumaru, pimenta em pó indígena, cacau e polpa de frutas. Os produtores são apoiados no acesso a políticas públicas de mercados institucionais para produtos da agricultura familiar.
De acordo com Léo Ferreira, coordenador do projeto, a iniciativa vai implantar 180 hectares entre sistemas produtivos sustentáveis e reconversão produtiva de áreas degradadas, combinando técnicas de Sistema Silvopastoril Intensivo, Sistemas Agroflorestais e Roça sem Fogo. Além disso, o projeto realiza atividades de capacitação em boas práticas de produção, facilitação de parcerias comerciais e assessoria aos empreendimentos comunitários. “Nossa expectativa é que o projeto contribua com a consolidação de práticas agropecuárias sustentáveis, conciliando produção e conservação, bem como fortaleça nas regiões abrangidas, a economia florestal dos produtos da sociobiodiversidade, gerando renda a partir de atividades sustentáveis que mantém a floresta em pé”, conta Léo Ferreira.
Impactos
O projeto permite a continuidade da parceria entre o Imaflora, a Petrobras e os territórios, que tem gerado frutos promissores, tanto do ponto de vista da geração de renda e do desenvolvimento territorial, quanto da restauração. Quem conta a experiência é a presidente da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF), de São Félix do Xingu, Maria Josefa Machado Neves, 51 anos: “nós, como pequenos produtores, temos que fazer a nossa parte, mas também é preciso ter apoio. Eu tiro o sustento da minha família da agricultura e foi a partir das parcerias que entendi que era preciso me organizar e lutar para alcançar meus objetivos, que não são individuais, mas coletivos”, comenta Josefa.
A associação conta com 32 filiações. As ações em parceria com o Imaflora renderam ao grupo a construção de uma agroindústria de despolpamento de frutas e um viveiro de mudas. “São conquistas que geram impactos para toda a região, tanto do ponto de vista da comercialização dos produtos e da renda, mas também da restauração florestal”, argumenta Josefa.
Região estratégica
Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Pará é o estado que apresenta maior número de Áreas Protegidas no ranking de ameaça e pressão por desmatamento na Amazônia Legal. Segundo os números obtidos pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), no ranking das 10 mais ameaçadas, metade fica no Pará.
De acordo com Eduardo Trevisan, gerente do programa Florestas de Valor do Imaflora, as bacias do Xingu, do Tapajós e a região norte do estado do Pará estão especialmente ameaçadas pelo desmatamento e garimpo ilegais. “As áreas protegidas têm papel fundamental na geração de serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima e frequência de chuvas. A atuação do Imaflora busca oferecer aos produtores, associações, cooperativas e poder público alternativas de geração de renda que possam conciliar a conservação da floresta com a produção sustentável nos territórios do entorno e no interior de áreas protegidas”, explica Eduardo.
Embora a atuação do projeto não seja exclusivamente no interior de Áreas Protegidas, Eduardo acredita que o trabalho de conservação feito pelo projeto incide diretamente nesses territórios, sobretudo quando a atuação é direta na área do entorno.
Contexto territorial
São Félix do Xingu possui mais de 84 mil km² e é o sexto município mais extenso do país. No último censo, registrou cerca de 128 mil habitantes. As atividades agropecuárias usualmente praticadas no território apresentam baixa produtividade por hectare e geram avanço sobre os remanescentes florestais, principalmente para ampliação de áreas de pastagens para a pecuária extensiva. É reconhecido como o município com o maior número de cabeças de gado do Brasil. As ações do projeto no município incluem a promoção de boas práticas na agricultura principalmente com foco na produção de cacau para proporcionar maior qualidade e produtividade, fortalecendo essa cultura, apoiar ações de formação de jovens e mulheres e o fortalecimento de negócios comunitários.
Na região norte do Pará, a agricultura local utiliza das técnicas de corte e queima com avanço sobre áreas de floresta, uso do fogo para limpeza das áreas e plantio de espécies de ciclo curto como a mandioca. O extrativismo de produtos florestais não madeireiros é importante do ponto de vista econômico e seu fortalecimento com a valorização da floresta em pé é a principal alternativa de desenvolvimento local sustentável que concilia benefícios econômicos à população local compatíveis com a manutenção das extensas florestas da região. As ações do projeto estão focadas na adoção de técnicas sustentáveis na agricultura e no extrativismo, apoio a cooperativas e negócios comunitários e na valorização dos produtos locais como estratégia de conservação.
Sobre o Imaflora | O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) é uma associação civil sem fins lucrativos criada em 1995 sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica associada a boas práticas de manejo e à gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer a diferença nas regiões em que atua, criando modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em diferentes municípios, regiões e biomas do país. Site: www.imaflora.org.
(Fonte: Imaflora)