‘Eu parei de andar e aprendi a voar’ chega ao público com uma mensagem poderosa sobre autonomia e transformação


São Paulo
Fotos: divulgação.
Criada a partir de pesquisa em antropologia feita sobre a presença de práticas humorísticas no cotidiano e no ritual da aldeia Krahô Pedra Branca, a peça de teatro de sombras “O Homem que Dançou com a Batata” é atração no próximo dia 30 de julho, às 16 horas, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano). Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados a partir de segunda-feira, dia 25.
Durante o espetáculo somos apresentados a Pedro, um jovem curioso que toma conhecimento de uma história do tempo em que humanos e plantas falavam a mesma língua e da existência do homem que dançou com a Batata. O povo Krahô chama esse homem de hôxwa. A peça conta, com pitadas de realismo fantástico e com referências do naturalismo krahô, como conhecemos o homem que conheceu o homem que dançou com a Batata.
Neste contexto, a dramaturgia se torna um convite a uma viagem feita através das sombras por deslocamentos causados pela transmissão de conhecimentos feita por narrativas e danças entre humanos, plantas e formas animadas.
“O Homem que Dançou com a Batata” é o espetáculo de estreia da Cia. de Teatro Mônada e foi contemplado em 2021 por edital do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Parte da verba arrecadada com as atividades é revertida para a aldeia Pedra Branca, em parceria com a Associação Cultural Kajré.
Oficina | No domingo, 31 de julho, a Cia. de Teatro Mônada promove a oficina “Brincando de Sombra e Descobrindo o Mundo” para crianças de 8 a 12 anos. Os participantes irão descobrir como funciona o teatro de sombras na prática, em atividade que acontece das 9h às 12, no Casarão Cultural Pau Preto. As inscrições acontecem de forma online (confira o link abaixo).
“O Homem que Dançou com a Batata” é produzido por Ana Garbuio e Ártemis Produções, tem direção de Tatiane Souza, música de Fillipe Mil, cenário de Caio Marinho e design de Oru Florydo. O elenco é formado por José Olegário e Maurício Caetano.
Os ingressos estarão disponíveis a partir de segunda-feira, 25 de julho, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano). No sábado, dia 30, se ainda restarem ingressos, eles serão distribuídos ao público uma hora antes do início do espetáculo.
Serviço:
O Homem que Dançou com a Batata
Data: 30 de julho
Horário: 16 horas
Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano)
Endereço: Av. Eng. Fabio Roberto Barnabé, 5.924 – Jardim Morada do Sol
Duração: 45 minutos
Realização: Cia Mônada e Artêmis Produções
Informações: (19) 3936-2584
Brincando de Sombra e Descobrindo o Mundo – Oficina
Data: 31 de julho
Horário: 9h às 12h
Local: Casarão Cultural Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Inscrições: https://forms.gle/7RJA236xE46a1dzi6.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Foto: F. Barella.
A Confraria da Dança, de Campinas, oferece, no dia 23 de julho, sábado, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, uma oficina de dança para crianças, a apresentação de um vídeo baseado no espetáculo ‘Brinquedos e Inventos Para Dançar’ seguido de bate-papo com o grupo e também a disponibilização do vídeo em seu canal do YouTube a partir do dia 30/7. Além dessas ações, o grupo promove ainda atividades na Oficina Cultural Oswald de Andrade voltadas ao público adulto e apresentações e oficinas em Campinas, tanto de suas apresentações para as crianças quanto para o público geral.
Segundo os fundadores da Confraria da Dança, Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues, ‘Brinquedos e Inventos Para Dançar’ – que está desde 2006 no repertório do grupo e agora ganha uma adaptação para o formato de vídeo – tem uma relação forte com a língua portuguesa. Na obra, os intérpretes brincam com a sonoridade e o sentido das palavras, escapando de uma narrativa tradicional determinada por um começo, meio e fim. “As brincadeiras com corpo, palavras, sons e objetos são tratadas como dança. Inclusive trazemos muitas brincadeiras do cotidiano para a cena”, contam os idealizadores.
Foto: divulgação.
A comunicação oral – a palavra em cena – é ingrediente presente na obra e acrescenta elementos que aproximam o público da linguagem corporal, enriquecendo o diálogo entre bailarinos e plateia. As coreografias são embasadas por brincadeiras com aliterações, associação de ideias – com os múltiplos sentidos que uma palavra ou frase pode ter –, assim como a multiplicidade de palavras existentes e passíveis de serem inventadas para descrever ou reinventar algo ou alguma ação.
Para criar a versão em vídeo, os artistas ficaram atentos aos movimentos de câmera, aproximações, recortes e mudanças de ângulos em substituição ao que era antes o olhar de cada espectador no espetáculo presencial. “Também nos preocupamos com a ligação entre cada uma das cenas para que o espetáculo não fique fragmentado”, contam. Para gerar esse efeito, foram utilizadas três câmeras em posicionamentos diferentes.
Cenografia e figurinos se caracterizam pela singeleza dos elementos, bem em consonância com a experiência de brincadeira de criança: um biombo de tecido colorido, uma grande caixa de papelão, um mini banco de madeira, uma cadeirinha, pequenas gavetas que se transmutam e rearranjam o espaço. Bolas de meia saltam da bacia e desenrolam uma gata Fubeca, caixa de ferramentas guarda uma coleção de pés. Fritadeiras de pastel servem para encaçapar bolas de meia e também como máscaras de esgrima, as espadas são colheres de pau, sombrinha , uma folha de papel, um capacete de bicicleta, uma chaleira e muitos outros elementos que se tornam objetos e animais criados de modo artesanal, relembrando também os antigos brinquedos de infância.
A trilha musical, composta e gravada exclusivamente para o espetáculo por Rafael dos Santos, explora as variáveis da composição e dos arranjos que se conectam com as cenas e embala a dança dos artistas por entre as histórias contadas, passando pela marcha, a valsa, o lundu, o maxixe, num jogo sonoro que transpassa pela música erudita à música popular brasileira.
Sinopse de Brinquedos e Inventos para Dançar
A Confraria da Dança convida a criançada para uma brincadeira de inventar movimentos e palavras, ligar pontos e emaranhar fios. Todos juntos embarcam numa história sem pé nem cabeça, ou melhor: com pés e cabeças dançando pra todo lado. Uma ideia puxa a outra e a dança contamina bacias, bolas de meia, pedacinhos de papel, colheres, canecas e chaleiras. Cada criança da plateia imagina o que quiser e reinventa o universo com Brinquedos e Inventos para Dançar.
Marcando os 16 anos da estreia deste espetáculo, a Confraria da Dança exibe o vídeo gravado em sua sede em junho de 2022 por meio do projeto contemplado pelo Edital ProAC nº 09/2021 – Público Infanto-Juvenil / #culturaemcasa da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
Ficha Técnica
Direção, dramaturgia, cenografia e figurino | Diane Ichimaru Criação e interpretação | Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues Trilha musical, composições originais, arranjo e execução ao piano | Rafael dos Santos Desenho de iluminação | Marcelo Rodrigues Operação de luz e som | Coré Valente Filmagem | ASA100 Produções Câmeras | Albert Moreira e Celso Saraiva Jr. Som direto |Guga Lourenço Edição | Albert Moreira Projeto gráfico | Lucas Ichimaru Assessoria de imprensa | Márcia Marques – Canal Aberto Produção executiva e coordenação geral | Confraria da Dança.
Sobre a Oficina ‘Dança, Ação, uma Pitada de Emoção’
Coordenação: Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues – Confraria da Dança
Público alvo: crianças acima de 7 anos e acompanhantes adultos | Número de vagas: 20 |Duração: 2 horas/aula | Seleção: Por ordem de inscrição no neste link.
Sinopse: Uma pitada de “prosa de corpo” para a criançada embarcar numa gostosa brincadeira de inventar e dançar. Os coordenadores da oficina propõem um jogo em constante transformação para criar movimento e comunicação pelo corpo. Exercícios de alongamento, aquecimento e desbloqueio muscular são introduzidos de forma lúdica, em meio a brincadeiras. A conscientização e exploração das estruturas ósseas e musculares além do estímulo aos sentidos, à emoção, às qualidades e fluxos de energia são desenvolvidos, resultando numa gostosa brincadeira dançada.
Sobre a Confraria da Dança
Fundada em 1996 por Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues, a Confraria da Dança está sediada na cidade de Campinas/SP, tendo completado 25 anos de atividades relacionadas à pesquisa, criação e produção artística. Honrando o termo “confraria” – conjunto de pessoas que se associam tendo em vista interesses e objetivos comuns – realiza parcerias com artistas das áreas da dança, teatro, música e artes plásticas.
Sua atuação artística ocorre, prioritariamente, fora da capital, seus projetos contemplam ações na própria cidade/sede e em outras cidades de pequeno e médio porte do interior do Estado de São Paulo, difundindo a dança através de atividades de formação e fruição artística, traçando um crescimento radial em seu campo de ação junto à comunidade, promovendo acessibilidade comunicacional e atingindo público leigo de todas as idades, estudantes de arte em processo de formação e artistas profissionais. A Confraria da Dança acumula em seu percurso premiações da APCA, da Funarte/ MINC, Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, Cultura Inglesa, Sesi SP, Itaú Cultural/Rumos Dança.
Serviço:
‘Brinquedos e Inventos para Dançar
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo/SP
Dia 23 de julho de 2022, sábado, das 11h às 13h
Oficina ‘Dança, Ação, uma Pitada de Emoção’
Link para inscrição
Dia 23 de julho de 2022, sábado, 15h
Vídeo de ‘Brinquedos e Inventos para Dançar’ seguido por conversa dos artistas com o público presente
YouTube Confraria da Dança
Lançamento de ‘Brinquedos e Inventos Para Dançar’ no canal da Confraria da Dança: dia 30 de julho de 2022, sábado, 16h.
(Fonte: Canal Aberto Comunicação)
Durante a exposição, público poderá admirar 67 modelos dos bonecos, que são símbolo da cultura japonesa. Foto: divulgação.
Em parceria com a Fundação Japão, o Museu da Imigração (MI) inaugurará a exposição temporária “NINGYŌ: Arte e Beleza dos Bonecos Japoneses” no dia 27 (quarta-feira), às 11h. A produção permanecerá em cartaz até 18 de setembro.
Em tradução literal, Ningyō significa “forma humana” e é parte indispensável da cultura do Japão. Com o objetivo de oferecer uma introdução detalhada sobre essa tradição de mais de 200 anos, a mostra apresentará desde Katashiro e Amagatsu, considerados os arquétipos de bonecos no Japão, até os exemplares locais, que refletem o clima e as histórias de todo o país. Como complemento, a proposta contará, ainda, com os de vestir, hoje adorados como brinquedos, além dos de ação, apreciados em todo o mundo.
Ao todo, estarão expostos 67 modelos, selecionados e divididos em quatro seções: “Ningyō como forma de oração pelo crescimento das crianças”, “Ningyō como obra de arte”, “Ningyō como arte folclórica” e “Disseminação da cultura Ningyō”. Aqueles que prestigiarem terão a oportunidade de compreender como esses objetos em forma humana, que já foram reconhecidos como símbolos de grandes conquistas das artes modernas, marcam o país oriental de maneira tão intrínseca desde meados do século 17.
Desta forma, o público será apresentado às diversas referências dessas réplicas do humano em vários momentos da história do Japão, desde a corte imperial até a vida de pessoas comuns em tempos atuais. Assim, os visitantes terão a dimensão do impacto dessa produção artística na vida cotidiana da população de tal nacionalidade, bem como da ampla variedade de bonecos japoneses e, a partir de cada uma das quatro perspectivas, entender os principais tipos e culturas por trás dessa antiga tradição.
Serviço:
Inauguração da “Exposição NINGYŌ: Arte e Beleza dos Bonecos Japoneses”
Data: 27 de julho
Horário: 11h
Local: Museu da Imigração
Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP
Tel.: (11) 2692-1866
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados
Acessibilidade no local | Bicicletário na calçada da instituição | Não possui estacionamento | Próximo à estação Bresser-Mooca. www.museudaimigracao.org.br
(Fonte: Museu da Imigração)
Risoto de abóbora do Néctar Vegetais é opção no festival. Fotos: divulgação.
Chefs e restaurantes de Sorocaba marcam presença no Festival Gastronômico que acontece dias 23 e 24 de julho no Iguatemi Esplanada, localizado na divisa entre Sorocaba e Votorantim (SP). Nesta edição, chefs e restaurantes da região de Sorocaba que se tornaram referência em alta gastronomia trazem ao Festival Gastronômico uma grande diversidade de pratos entre doces, carnes, massas e caldos, tudo reunido num ambiente repleto de aromas e sabores localizado no Piso Votorantim da Ala Sul do Iguatemi Esplanada. Entre os nomes confirmados, estão 15Coffe, Amiiici, Colombina, Fábio Yamada, Lady Olive e Tita.
Entre os destaques gastronômicos do Festival estão o drink negroni, sucesso no Amiiici, a morambina, da Colombina, o tiramissú do chef Fábio Yamada, as pizzas da Lady Olive e as quiches da Tita. O Festival traz ainda pratos de restaurantes como Pobre Juan, Truck da Roça, Gelato Borelli, Artesano’s Burguer, Estalar do Fogo, Maria Lhama e Néctar Vegetais.
Repertório musical
Jazz, Sou & Blues, Surf Music e Rock estão no repertório musical do Festival Gastronômico e as apresentações ficam a cargo de nomes como Leo Mahuad, The Four Brasil, Sérgio Duarte Trio, que traz ao festival os clássicos Jazz e do Classic Rock e do André Youssef Trio, que irá apresentação o melhor do blues.
Prato do Pobre Juan para o festival.
O Festival Gastronômico acontece dias 23 e 24 de julho e estará aberto ao público no sábado das 12h às 22h e no domingo das 12h às 20h no estacionamento do Piso Votorantim da Ala Sul, próximo à loja Casa do Pão de Queijo. A entrada para o evento custa R$10,00. Os ingressos podem ser adquiridos com antecedência no link https://bileto.sympla.com.br/event/75052/d/149180/s/980453.
Serviço:
Festival Gastronômico – Edição de Inverno do Iguatemi Esplanada
Data do evento: 23 e 24 de julho
Horário: das 12h às 22h no sábado e das 12h às 20h no domingo
Local: Estacionamento do Piso Votorantim da Ala Sul, próximo à loja Casa do Pão de Queijo
Ingressos: R$10,00 – https://bileto.sympla.com.br/event/75052/d/149180/s/980453
Observação: É vedada a venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos.
Endereço: Ala Sul: Av. Gisele Constantino, 1850 – Parque Bela Vista – Votorantim
Endereço: Ala Norte: Av. Izoraida Marques Peres, 401 – Altos do Campolim – Sorocaba
Informações: (15) 3219-9900 / www.iguatemiesplanada.com.br.
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(Fonte: VPO Comunicação Integrada)
Giselle Beiguelman, Meio monumento, 2022. Crédito da imagem: Divulgação.
“Sob as cinzas, brasa” é o título e conceito proposto pelos curadores Claudinei Roberto da Silva, Vanessa Davidson, Cristiana Tejo e Cauê Alves para a 37ª edição do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, que tem patrocínio da EMS, da Unipar e do Instituto Cultural Vale. A curadoria levanta soluções artísticas que refletem sobre o enfrentamento do cenário de emergência das pautas sociais e ambientais no Brasil, se comprometendo com a promoção de igualdade étnica, de gênero e classe. Composta por 26 artistas, a edição deste ano traz um número significativo de obras inéditas e comissionadas, voltadas à diversidade e pluralidade da produção artística, mas que ao mesmo tempo dialogam e criam aproximações entre si.
Para os curadores da 37ª edição do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, “A experiência com a arte pode retomar nossa capacidade de projetar o futuro, de imaginar utopias, já que estamos no meio da catástrofe tentando apagar incêndios – e incendiando símbolos coloniais. Para algumas sociedades arcaicas, o futuro está justamente no passado, na relação com os ancestrais, ou seja, distante da visão vanguardista moderna de estar à frente do próprio tempo. Enquanto as brasas queimam sob as cinzas, diversos artistas recontam histórias, propõem diálogos a partir de suas próprias vivências, de suas origens, repertórios, da terra, do barro, da borracha, do desenho, de objetos cotidianos, da tinta e da tela, do vídeo, de narrativas, de histórias, da arte, de mapas, de bandeiras, de monumentos e de corpos”.
“Eu não sou daqui”, 2014. Crédito da imagem: Tracy Collins.
A proposta é refletir sobre a simbologia da brasa como resiliência, instigando as formas de renascimentos que refletem sobre a construção simbólica ancestral e atual. As instalações, fotografias, pinturas, vídeos e esculturas expostas são manifestações poéticas que propõem enfrentar os desafios das relações humanas, sociais, políticas e geográficas. Para contemplar esta edição, o Museu de Arte Moderna de São Paulo buscou expandir suas fronteiras, utilizando como parte do circuito de obras o espaço do Jardim das Esculturas, com obra de Jaime Lauriano, e firmando parceria com o Museu Afro Brasil que recebe as obras dos artistas Davi de Jesus do Nascimento e Lídia Lisboa. “A parceria com o Museu Afro, inédita no contexto dos Panoramas, vem ao encontro da intenção do MAM de dar continuidade a parcerias com as instituições vizinhas no Parque, assim como foi o caso com o MAC USP, na mostra ‘Zona da Mata’, e com a Bienal, na exposição ‘Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea’”, comenta a presidente do MAM, Elizabeth Machado.
A programação educativa, que inclui ativações nas obras, conversas com artistas, visitas mediadas e oficinas, durante esses seis meses de Panorama, fica a cargo do MAM Educativo, que convida o público a participar de discussões sobre patrimônio, história e território na obra de Giselle Beiguelman, mostra de filmes curada pela dupla de artistas RODRIGUEZREMOR e oficina de construção de uma Japamala de cerâmica, entre outras atividades. Algumas iniciativas já estão disponíveis para consulta no site do museu, em mam.org.br/agenda.
carvão [charcoal]. Crédito da imagem: Gustavo Torrezan.
Em “Sob as cinzas, brasa”, diversos artistas discutem símbolos nacionais, território, cartografia e trazem referência ao centenário da independência, semana de 22 e identidade nacional. Gustavo Torrezan reflete sobre as estruturas de poder que configuram historicamente as organizações coletivas, bem como suas constituições culturais e identitárias. Para o Panorama, o artista traz obras que abordam a ideia da bandeira nacional e a relação com o carvão, resultado do fim da brasa. Jaime Lauriano convoca a examinar as estruturas de poder contidas na produção da História, evidenciando as violentas relações mantidas entre instituições de poder e controle do Estado. No Panorama, o artista apresenta pinturas inéditas e instalação com mudas de pau-brasil distribuídas no Jardim de Esculturas. Ana Mazzei também parte de pesquisa sobre momentos históricos e suas representações na história da arte, construindo estruturas que, a partir da interação do público, reposicionam esses símbolos de poder. Marina Camargo expõe um mapa da América Latina feito de borracha, explorando a noção de um país maleável, esgarçado, flexionado para vários lados.
A relação com a terra e o solo é uma temática abordada por vários artistas presentes na exposição, como é o caso de Celeida Tostes, artista já falecida que trabalhou o uso do barro na exploração de símbolos arquetípicos, relacionados ao feminino e à fertilidade. Bel Falleiros parte da simbologia da natureza explorada para compreender como as paisagens construídas contemporâneas (mal) representam as diversas camadas de presença que constituem um lugar. Lídia Lisboa trabalha com escultura – sobretudo em argila – gravura, pintura, costura e crochê. Para o Panorama traz os seus cupinzeiros na Sala de Vidro do MAM e também no hall do Museu Afro Brasil, evocando a simbologia ambígua do cupim, que é a primeira vida a brotar em uma terra devastada, mas que ao mesmo tempo também a destrói. A dupla RODRIGUEZREMOR interroga fronteiras impostas visíveis e invisíveis, como a separação de natureza e cultura, de arte contemporânea e arte popular, de arquitetura, tecnologia. Na mostra, debruçam-se sobre o fazer com o barro e apresentam o processo de Dona Dagmar, ceramista do sertão da Bahia, como também convidam o público a participar da construção de outra obra em cerâmica, por meio do programa MAM Educativo.
Eder Oliveira. Crédito da imagem: Octavio Cardoso.
Laryssa Machada constrói imagens enquanto evocações de descolonização e novas narrativas de presente/futuro com estética afro futurista e dimensão ritualística. Xadalu, artista que também é integrante da edição atual do Clube de Colecionadores do MAM, traz quatro pinturas inéditas que contam narrativas de cosmologias da história guarani.
Camila Sposati apresenta instalação que evoca a dimensão sonora ao exibir instrumentos feitos em barro. Davi de Jesus do Nascimento parte de sua pesquisa acerca da ancestralidade ribeirinha para apresentar um conjunto de obras inéditas, com desenhos no MAM e uma instalação no Museu Afro Brasil.
Tadáskía propõe desenhos abstratos em grande escala e outros menores, que evocam uma ludicidade própria a sensibilidade tropicalista onde a simbologia do fogo e de entidades de matriz africana tem um espaço especialmente destacado pela artista.
“Terra 02”, de Maria Laet.
Maria Laet produz obras com a terra e o barro. Para o Panorama, apresenta registros de uma ação vinculada ao solo e também esculturas inéditas.
Patrimônio, monumento e arquitetura também são temas explorados pelas produções dos artistas de “Sob as cinzas, brasa”. Érica Ferrari produz instalações a partir de pesquisa em torno das relações entre arquitetura, espaço e história do próprio Parque Ibirapuera, investigando a memória dos gestos cravados na história. Giselle Beiguelman pesquisa as estéticas da memória na atualidade, com ênfase nas políticas de esquecimento, e os processos de atualização do colonialismo pelas tecnologias digitais. Sua obra no Panorama atua como uma arena que abrigará encontros de discussões sobre a construção da memória e patrimônio dos monumentos colonialistas. Laís Myrrha produz obras com fragmentos e estruturas arquitetônicas. Para o Panorama, a artista traz obra que investiga a própria arquitetura da Marquise do Parque Ibirapuera, projetada por Oscar Niemeyer e que abriga o MAM.
RodriguezRemor – “japamala”.Crédito: Residência Entre Nós – Patricia Sales.
Eneida e Tracy Collins pesquisam a história e estética africana e afro-brasileira e apresentam a videoinstalação “Eu não sou daqui” onde questionam o colonialismo e suas práticas pseudamente científicas.
Alguns artistas ainda investigam o que os curadores chamam de vocábulos caboclos, como André Ricardo e Sérgio Lucena, que apresentam pinturas abstratas com elementos que remetem à matriz afro-brasileira. Luiz 83 traz elementos da cultura da arte de rua, reelabora a maneira dessa sensibilidade certa ideia de construtivismo sedimentada pelo cânone, ao expor esculturas que tridimensionalizam a “tag”, assinatura gráfica urbana.
Éder Oliveira desenvolve sua investigação artística na relação entre os temas retrato e identidade, com foco no indivíduo amazônico. Traz ao Panorama pinturas que afirmam a identidade cabocla e o corpo negro.
RodriguezRemor, “Dagmar Filha do Barro” – fotografia. Crédito: RodriguezRemor.
Marcelo D’Salete revitaliza o desenho e resgata a história pretérita dos afro-brasileiros a partir dos quadrinhos que ele eleva ao incorporar neles o universo da arte de rua, pichação e cultura pop.
Nô Martins articula as linguagens da pintura, instalação e performances, por meio das relações interpessoais cotidianas, principalmente a convivência da população negra no cotidiano urbano. Traz a instalação “Danger” que levanta discussão sobre a violência do Estado a partir das suas polícias, além de pinturas comissionadas especialmente para o Projeto Parede.
Sidney Amaral aborda temas étnico-raciais, incluindo a condição da população negra e, em particular, do homem negro no Brasil. Falecido prematuramente (2014), o artista reflete em suas obras o racismo estrutural brasileiro e suas consequências na história.
Glauco Rodrigues, artista falecido em 2004 que trabalhou o “tropicalismo crítico”, estará representado no Panorama com uma pintura que investiga a identidade nacional a partir da apropriação de símbolos nacionais.
Serviço:
37º Panorama da Arte Brasileira – sob as cinzas, brasa
Curadoria: Cauê Alves, Claudinei Roberto da Silva, Cristiana Tejo e Vanessa Davidson
Período expositivo: de 23 de julho 2022 a 15 de janeiro de 2023
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Telefone: (11) 5085-1300
Ingresso: R$25,00. Gratuidade aos domingos. Agendamento prévio necessário.
Ingressos serão disponibilizados online em www.mam.org.br/ingresso.
Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de SP, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.
Local: Museu Afro Brasil
Período expositivo: de 23 de julho a 23 de outubro de 2022
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 10 / Estacionamento pelo Portão 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até 18h)
Telefone: (11) 3320 8900
Ingresso: R$15,00 (meia-entrada R$7,50). Gratuidade às quartas.
Ingressos serão disponibilizados online em https://museuafrobrasil.byinti.com/#/ticket/.
Meia entrada para estudantes em visitas autônomas; jovens de baixa renda, com idade de 15 a 29 anos, mediante apresentação do ID Jovem; pessoas com idade a partir de 60 anos; aposentados. Gratuidade para crianças até 7 anos; grupos provenientes de escolas públicas e de instituições sociais sem finalidades lucrativas que atuam com pessoas com deficiência e/ou em situação de vulnerabilidade social; professores, coordenadores e diretores, supervisores, quadro de apoio de escolas públicas (federais, estaduais ou municipais) e quadro da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital), com gratuidade estendida ao cônjuge ou companheiro(a), filhos e menores tutelados ou sob guarda que acompanharem a visita; policiais militares, civis e da Polícia técnico-científica da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital), com gratuidade estendida ao cônjuge ou companheiro(a), filhos e menores tutelados ou sob guarda que acompanharem na visita; profissionais da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, mediante apresentação do crachá; profissionais dos museus da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, mediante apresentação do crachá; guias de turismo credenciados; profissionais filiados ao ICOM, mediante apresentação de carteirinha; pessoas com deficiência, com gratuidade estendida a 1 acompanhante.
Acesso para pessoas com deficiência
Ar-condicionado.
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil é uma instituição pública administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu diretor curador, Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil é um espaço de história, memória e arte.
Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias, atividades educativas, além de uma ampla programação cultural.
www.instagram.com/museuafrobrasil
www.facebook.com/museuafrobrasil.oficial
www.youtube.com/user/museuafrobrasil1.
(Fontes: a4&holofote comunicação e VFR Comunicação)