“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
No dia 27 de abril, o MAM São Paulo faz o lançamento do catálogo da exposição “Ianelli 100 anos: o artista essencial”, que celebra o centenário de Arcangelo Ianelli, com textos em português e inglês e a reprodução integral de imagens das obras da retrospectiva. A publicação reúne textos assinados por Elizabeth Machado, presidente do MAM; Cauê Alves, curador-chefe do Museu; Denise Mattar, curadora da exposição; do crítico Mário Pedrosa e do historiador de arte Giulio Carlo Argan – o artigo deste último, inclusive, é inédito no Brasil –, além do poema “Arcangelo Ianelli – no limite do ver”, de Ferreira Gullar. Também estarão na publicação uma cronologia e um currículo do artista, além de vistas dos objetos que usava em seu ateliê. A mostra “Ianelli 100 anos: o artista essencial” fica aberta ao público até 14 de maio na Sala Milú Villela e o catálogo estará à venda na loja física MAM.
A trajetória de Arcangelo Ianelli está entrelaçada com a do MAM. Figura assídua desde o início da história do museu, o artista teve sua primeira exposição individual na instituição em 1961, pelas mãos de Mário Pedrosa, e a partir de 1969 participou de seis edições do Panorama de Pintura, sendo premiado em 1973. Em 1978, sua retrospectiva no museu reuniu mais 160 obras e recebeu o prêmio de melhor exposição do ano pela ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte.
Rubens Vaz Ianelli, filho do artista, conta que o MAM São Paulo era a segunda casa de seu pai. “Na década de 1970, quando mergulhou na profícua fase da geometria, Ianelli esteve particularmente próximo do MAM São Paulo. Seja através de suas pinturas, que atingiram uma depuração fina, ou da sua quase militância como artista dentro do cotidiano do museu. Com frequência, percorria a planta longilínea do museu em longas tardes de conversa com o amigo Paulo Mendes de Almeida, hoje, nome da biblioteca do museu”, ele relembra.
“Hoje, passados 45 anos, com sua trajetória agora concluída, retorna a esse mesmo museu sob um novo olhar, propiciando uma nova leitura, inserindo sua obra no panorama contemporâneo da arte”, comenta Kátia Ianelli, filha do artista.
“As novas gerações tiveram pouco contato com o trabalho de Arcangelo Ianelli, que possui uma produção em desenho, pintura e escultura fundamental para a compreensão da arte brasileira no século XX”, comenta Cauê Alves, curador-chefe do MAM. “A mostra que o MAM São Paulo apresenta, no ano seguinte ao centenário de nascimento de Ianelli, com curadoria de Denise Mattar, traz um recorte generoso da obra do artista e permite a compreensão de seu processo de criação. A exposição contribui tanto para a difusão de sua obra quanto para que o Museu de Arte Moderna de São Paulo cumpra sua missão de levar a arte moderna e contemporânea para o maior número de pessoas possível”, finaliza Alves.
O partido curatorial adotado nesta retrospectiva foi o de privilegiar a coerência da obra de Arcangelo Ianelli, mostrando que no jovem pintor de 1950 já está contido o artista de 1970; que o mural de 1975 abre caminho para a escultura dos anos 1990 e que nesse momento nascem também as grandes pinturas, realizadas até 2000. Para permitir ao visitante a compreensão desse processo, a exposição estabelece um percurso que se inicia com a produção dos anos 1970, retrograda até 1950 e volta traçando o percurso de 1960 a 2000.
“É possível ver, ao mesmo tempo, todas essas vertentes nascendo umas das outras”, explica Denise Mattar, curadora que foi amiga do artista e diretora do MAM São Paulo entre os anos de 1987 e 1989. “Ianelli foi um artista do fazer, obsessivamente dedicado ao métier e intransigente quanto ao lugar da pintura. Tendo feito o percurso habitual de sua geração realizou obras acadêmicas, seguidas por pinturas com acentos cezanianos que foram se tornando cada vez mais sintéticas, até o mergulho na abstração, que o encaminhou, sem volta, em busca da essência”, ela completa.
A curadoria reuniu obras que integram o acervo do MAM São Paulo e de instituições como Museu de Arte Contemporânea MAC-USP, Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Brasileira da FAAP e MASP, além de coleções particulares e de empresas como Santander e Itaú.
A exposição apresenta ao público pinturas e esculturas de Ianelli organizadas em oito núcleos de forma dinâmica, e não cronológica. “Pintar, para Arcangelo Ianelli, agora é suscitar o surgimento da cor”, anuncia o poema de Ferreira Gullar já no primeiro núcleo. A depuração da cor, algo que o artista assume até chegar à sua fase final, está presente de diferentes formas em todo o conjunto eleito pela curadoria.
A mostra traz, ainda, a intimidade do ateliê de Ianelli por meio de três dioramas com objetos usados em vida pelo artista, como pincéis, cavaletes, pigmentos, livros referenciais, entre outras peças que compunham o seu ambiente de trabalho.
“Ianelli 100 anos: o artista essencial” integra uma programação de comemorações do MAM, com os 75 anos do museu e 30 anos de seu Jardim de Esculturas e tem patrocínio do Bradesco e EMS.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de cinco mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades, que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Serviço:
Ianelli 100 anos: o artista essencial
Período: de 14 de fevereiro a 14 de maio de 2023
Curadoria: Denise Mattar
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Sala Milú Villela
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser.
*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.
Telefone: (11) 5085-1300
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado
http://www.mam.org.br/MAMoficial
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
Para os apaixonados por hambúrgueres, a cidade de São Paulo é um verdadeiro paraíso gastronômico. E para celebrar a diversidade de opções, a 6ª São Paulo Burger Gourmet selecionou as melhores hamburguerias da cidade para criar um menu especial, original e diferente de hambúrgueres e acompanhamentos.
Entre as hamburguerias participantes, a Taverna Medieval se destaca com seus hambúrgueres gigantes servidos em um ambiente amplo e lúdico, com garçons em trajes típicos e decoração inspirada na idade média. Entre as opções de hambúrgueres do festival está o Draconato, um hambúrguer de 180g de calabresa, queijo prato, rúcula, cebola roxa grelhada, raspas de limão siciliano e geleia de pimenta no pão australiano. O acompanhamento fica por conta da Cebola Crispy e do molho honey mustard.
Outra opção diferente está em Pinheiros, na Sandubinha do Bem. Os clientes poderão escolher entre o Sanduba de Lula à Dorê, com mini lula fresca à dorê, aioli especial de coentro, picles de cebola roxa e finalizado com coentro fresco; o Sanduba Barreado, prato típico do Paraná, com uma carne cozida lentamente, molho de tomate e especiarias, servido com vinagrete de banana no pão baguete; o Sanduba de Frango Caesar, com peito de frango suculento, molho caesar artesanal, seleção de alfaces, tomate fresco fatiado e finalizado com queijo parmesão ralado e a Copa Lombo, com sobrepaleta suína assada lentamente, compota de abacaxi com pimenta dedo de moça, maionese artesanal, cebola caramelizada e rúcula. Além disso, haverá opções de acompanhamentos, como a croqueta de porco, com carne suína desfiada, cebola caramelizada, bechamel e compota de abacaxi, e a clássica batata frita fininha e crocante, com molho especial da casa.
Outra hamburgueria conhecida pelo seu menu diferenciado é a Tradi Santana, que em seu processo de expansão vem democratizando o acesso aos seus deliciosos hambúrgueres em toda a cidade. Entre as opções de combos preparados para o festival está o Oráculo, que oferece um hambúrguer Angus da casa coberto por uma fusão cremosa de queijo cheddar inglês com pepperoni moído e servido no pão de hambúrguer artesanal selado na manteiga.
“A criatividade das hamburguerias participantes do 6º São Paulo Burger Gourmet é impressionante, com uma explosão de sabores diferentes em cada opção de menu. É uma experiência gastronômica única para os amantes de hambúrguer que buscam novidades e aventuras culinárias”, acrescenta Fernando Reis, idealizador da Brasil Restaurant Week.
Saiba mais | No site, é possível conferir a lista de todos os restaurantes participantes desta edição, assim como os menus e horários e eventual reserva obrigatória. Todas as novidades desta edição estão também em destaque no @burgergourmetbrasil. Acompanhe também @restaurantweekbrasil.
Heranças Gastronômicas
Com patrocínio do Nubank, Baden Baden e Barilla, a trigésima edição do evento em São Paulo tem como inspiração as nossas ‘heranças gastronômicas’ – ou seja, as raízes da cozinha brasileira, que é constituída de várias influências culturais, regionais e até mesmo ancestrais.
“Cada restaurante se inspirou num universo plural de influências, seja nas suas origens, seja nos pratos típicos, assim como em suas histórias, técnicas, insumos, formas de preparo e até mesmo nas receitas de família”, explica Reis. O cliente, por sua vez, além de provar novos sabores e aromas, agora tem oportunidade de conhecer a história desses pratos, as influências dos restaurantes e as singularidades de cada região de origem.
Viés transformador | Um papel importante na ação social
Além de estimular o mercado gastronômico, a São Paulo Restaurant Week também mira a transformação social. A cada menu vendido durante o festival, será estimulada a doação de R$2 reais para o Projeto Chef Aprendiz, que aposta na gastronomia como ferramenta para capacitar jovens entre 17 e 20 anos em situação de vulnerabilidade social. A doação pode ser feita diretamente para a instituição por meio do cardápio em QR Code disponibilizado nas mesas dos restaurantes. Saiba mais aqui.
Sobre a Restaurant Week
Presente em mais de 20 cidades brasileiras, a Brasil Restaurant Week é, há 16 anos, um dos maiores e mais esperados festivais gastronômicos do mundo. O objetivo é criar oportunidades e acesso à boa gastronomia, movimentando e aquecendo esse mercado em períodos de baixa sazonalidade. Assim, durante o evento, os principais restaurantes preparam um menu especial, temático, com harmonizações diferenciadas e valor fixo para levar aos clientes experiências prazerosas.
Serviço:
Data: 30 de março a 30 de abril
1 a 7 de maio | semana exclusiva Nubank Ultravioleta
Participam 38 hamburguerias
Valor: Os Burgers têm preço fixo de R$39,90.
Ação Social: R$2 por menu para @chefaprendiz
Curta e acompanhe as novidades: @restaurantweekbrasil e @burgergourmetbrasil.
(Fonte: Máquina Conh&Wolfe)
Em abril, o Cinema do IMS apresenta a mostra Demarcação das telas e revolução das imagens: celebrando a produção audiovisual indígena no Brasil. A retrospectiva se debruça sobre as últimas décadas de produção cinematográfica de autoria e coautoria indígena no Brasil e é um desdobramento da exposição “Xingu: contatos”, que esteve em cartaz no IMS Paulista até 9 de abril.
Com curadoria de Graci Guarani, Takumã Kuikuro e Christian Fischgold, será apresentada uma seleção de 30 filmes dirigidos ou codirigidos por cineastas indígenas de todas as regiões do país. A mostra acontece na cidade de São Paulo a partir do dia 25 de abril e segue ao longo do mês de maio. A programação também inclui debate com os curadores da mostra, após a sessão “Cinema indígena e meio ambiente”. O bate-papo acontece no cineteatro do IMS Paulista, no dia 25 de abril, às 19h30.
O objetivo da retrospectiva é reforçar a importância política, social, econômica e estética do cinema para os povos indígenas apresentando uma extensa variedade de linguagens, divididas em seis eixos temáticos: Imagens-espírito, Resistência política, Meio ambiente, Animações, Linguagens artísticas e Clássicos.
“Atualmente, cerca de 90% das comunidades indígenas brasileiras possuem seu próprio cineasta. Esses artistas transformaram suas comunidades em poderosos centros de produção de imagens e ocuparam uma posição importante no intercâmbio da produção simbólica, fortalecendo significativamente uma cadeia produtiva com diversas possibilidades de formação e atuação”, comentam os curadores da mostra.
Entre os títulos apresentados, estão “Zawxiperkwer Ka’a – Guardiões da floresta” (2019), de Jocy Guajajara e Milson Guajajara, “ATL – Acampamento Terra Livre” (2017), de Edgar Kanaykõ Xakriabá, “Kaapora – O chamado das matas” (2020), de Olinda Muniz Wanderley, e “Yarang Mamin” (2019), de Kamatxi Ikpeng, que trazem uma perspectiva da importância do audiovisual como ferramenta para a luta política, a proteção do território, a reivindicação de direitos e a relação das comunidades indígenas com o meio ambiente.
Outros destaques são os clássicos do cinema indígena brasileiro realizados nas décadas de 1990 e 2000, como “Wapté Mnhõnõ – A iniciação do jovem Xavante” (1999), de Divino Tserewahú, e “Shomõtsi” (2001), de Wewito Piyãko, além de produções contemporâneas e mais recentes, como “Tamuia” (2021), de Denilson Baniwa, e “Karaiw a’e wà” (2022), de Zahy Tentehar.
Também serão exibidos trabalhos que ressaltam a apropriação das linguagens técnicas dos filmes de animação como exemplos do acionamento das culturas visuais indígenas, que dialogam com um público ainda mais abrangente.
Para os curadores da mostra, a ideia foi “priorizar a diversidade temática, territorial, de deslocamentos e pertencimentos das obras selecionadas. Se a literatura e as artes visuais indígenas consolidaram nomes singulares de qualidade indiscutível, foi o trabalho com o audiovisual que melhor se integrou à paisagem social das comunidades indígenas no Brasil, uma vez que se trata das formas de ouvir e enxergar (áudio/visual) o que está no princípio de suas culturas”.
Serviço:
Mostra de filmes Demarcação das telas e revolução das imagens: celebrando a produção audiovisual indígena no Brasil
Programação completa: clique aqui
IMS Paulista
Início: 25 de abril
Avenida Paulista, 2424
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia)
Os ingressos das sessões do IMS Paulista podem ser adquiridos neste site e na bilheteria do centro cultural, para sessões do mesmo dia.
(Fonte: IMS Paulista)
Pela primeira vez, a cantora, compositora e vencedora do Grammy Latino, Liniker, será a estrela de dois concertos íntimos a luz de velas no Teatro Bradesco em abril. Fotos: divulgação.
Os Concertos Candlelight, uma série de espetáculos musicais intimistas em ambientes cercados por milhares de velas original da Fever, apresentará, pela primeira vez, dois concertos com a vencedora do Grammy Latino Liniker. Os concertos aconteceram no Teatro Bradesco nos dias 25 e 26 de abril às 21h.
Nascida em Araraquara, no interior de São Paulo, a cantora e compositora Liniker ficou conhecida no Brasil e internacionalmente ao lançar o EP “Cru” (2015) e os discos “Remonta” (2016) e “Goela Abaixo” (2019) – ao lado da banda Caramelows. Em 2021, lançou também o seu primeiro disco-solo, “Indigo Borboleta Anil”, que recebeu três indicações ao Grammy Latino 2022 e levou o prêmio de “Melhor álbum de música popular brasileira”, tornando-a a artista brasileira com mais indicações ao prêmio neste ano e a primeira artista transgênero a ganhar um Grammy.
As sessões musicais apresentadas pela Fever, que também já trouxe um concerto Candlelight com Anavitória no Brasil, trará o melhor da música de Liniker em um ambiente íntimo à luz de velas.
Os espetáculos nos dias 25 e 26 de abril terão uma duração de 90 minutos com abertura de portas 30 minutos antes do concerto. Os ingressos, com valores a partir de R$150, podem ser adquiridos exclusivamente no site ou app da Fever, a principal plataforma global de descoberta de entretenimento ao vivo.
Os concertos Candlelight são uma série de concertos de música originais criados pela Fever com o objetivo de democratizar o acesso à cultura, permitindo que pessoas de todo o mundo desfrutem de apresentações de música ao vivo à luz de velas tocadas por músicos locais em vários espaços deslumbrantes iluminados por milhares de velas. Candlelight foi inicialmente concebido como uma série de música clássica com concertos apresentando obras dos maiores compositores como Vivaldi, Mozart e Chopin. Agora, a lista cada vez maior de programas inclui uma grande variedade de temas e gêneros, incluindo homenagens a artistas contemporâneos como Queen, ABBA, Coldplay e Ed Sheeran, além de shows dedicados ao K-Pop, trilhas sonoras de filmes e muito mais. Essa experiência multissensorial também evoluiu para apresentar diferentes elementos, como bailarinos ou artistas aéreos, além de outros gêneros, como jazz, soul, ópera, flamenco e muito mais. Os concertos Candlelight estão presentes em mais de 100 cidades em todo o mundo, com mais de três milhões de participantes até o momento.
Candlelight: Liniker à luz de velas
Data e hora: 25 e 26 de abril às 21h
Artistas: Liniker – voz, Vitor Arantes – piano, Ana Karina – baixo
Duração: 60 minutos (abertura de portas 30 minutos antes e não será permitida a entrada na sala após o fechamento das portas)
Ingressos: a partir de R$150 pela Fever
Localização: Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500, Loja 263, 3° Piso, Perdizes, 5005-900)
Idade: a partir dos 8 anos. Menores de 16 anos deverão ser acompanhados por um adulto.
Sobre a Fever
A Fever é a principal plataforma global de descoberta de entretenimento ao vivo que ajuda, desde 2014, milhões de pessoas a descobrirem as melhores experiências nas suas cidades. Com a missão de democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento na vida real através da sua plataforma, a Fever inspira os utilizadores a aproveitarem experiências locais exclusivas e eventos, desde exposições imersivas, peças de teatro interativas e festivais até pop-ups de degustações moleculares, enquanto capacita criadores com dados e tecnologia para criar e expandir experiências em todo o mundo.
Sobre Liniker
Nascida no interior de São Paulo, a cantora e compositora Liniker ficou conhecida em 2015, no Brasil e internacionalmente, ao colocar na internet o EP Cru, lançado sob a alcunha de Liniker e os Caramelows. De lá pra cá lançou os discos “Remonta” (2016) e “Goela Abaixo” (2019 – indicado ao Grammy Latino). Em 2021, viveu a protagonista Cassandra, na série “Manhãs de Setembro”, da Prime Vídeo, além de lançar também o seu primeiro disco-solo, “Indigo Borboleta Anil”, que tem a participação de Milton Nascimento, da Orquestra Jazz Sinfônica, de Letieres Leite e da Orkestra Rumpilezz, entre outros. O álbum recebeu três indicações ao Grammy Latino 2022 e levou o prêmio de “Melhor álbum de música popular brasileira”, tornando Liniker a artista brasileira com mais indicações ao prêmio neste ano e a primeira artista transgênero a ganhar um Grammy.
(Fonte: Sherlock Communications)
O mês de maio celebra alguns aniversários marcantes no Theatro Municipal de São Paulo. Após 104 anos de sua estreia no Theatro Municipal de São Paulo e 23 anos após sua última montagem neste teatro, a maior casa de óperas do Brasil recebe a partir do dia 12/5, sexta-feira, às 20h, a montagem da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, com concepção geral do líder indígena, ambientalista, filósofo e escritor Ailton Krenak. A direção musical é do maestro Roberto Minczuk, a direção cênica fica a cargo da premiada diretora Cibele Forjaz (Teatro Oficina Uzyna Uzona e Cia. Livre) e a direção de arte, do artista Denilson Baniwa e da cenógrafa e figurinista Simone Mina.
“O Guarani”, ópera em quatro atos de Carlos Gomes, tem seu libreto assinado por Antonio Scalvini e Carlo D’Ormeville e foi inspirado no romance de José de Alencar. Além de sua abertura ser muito conhecida como o tema do programa radiofônico oficial estatal A Voz do Brasil, desde a estreia do programa, em 1935, a obra original carrega em si o romantismo e a busca identitária da obra literária que o inspirou.
Na história, a jovem Cecília, de 16 anos, filha de um nobre português, se apaixona por Peri, um jovem indígena de 18 anos. O amor os une e a união desafia questões culturais. Também estão presentes no enredo a história da disputa entre os povos das tribos Aimoré e Guarani e o interesse econômico da Espanha na colônia portuguesa – esse, na figura de Gonzales, aventureiro que se interessa por Cecília. Mas, também e sobretudo, pelo domínio das terras dos indígenas.
A ópera estreou em 1870 no Teatro Scala de Milão e montá-la em 2023 requer atualizações. Com este intuito, como explica a diretora geral do Theatro Municipal de São Paulo, Andrea Caruso Saturnino, “assumimos o desafio de reunir um coletivo multicultural, incluindo pessoas com experiência fora do ambiente da ópera que se prontificaram a mobilizar imagens, sons e textos no propósito de revelar outras possibilidades do libreto inspirado em José de Alencar”. Assim, somam-se os saberes da casa com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coro Lírico, sob a direção musical do maestro Roberto Minczuk, à concepção geral de Ailton Krenak e a participação de uma Orquestra e Coro Guarani, além de artistas indígenas, como o artista, curador, designer e ilustrador Denilson Baniwa, responsável pela cenografia e co-direção de arte. A direção cênica fica a cargo de Cibele Forjaz e soma-se ao trabalho de dramaturgista de Ligiana Costa, ao de direção de arte e cenografia de Simone Mina e ao de assistência musical de Lívio Tragtenberg.
Entre os intérpretes de Peri, destacam-se o brasileiro Atalla Ayan e o chileno Enrique Bravo nos diferentes elencos das récitas e, como Gonzales, se alternam os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e David Marcondes. Ceci, que já foi interpretada por grandes divas, entre elas a grande Bidú Sayão, em 1936, terá como intérpretes a soprano bielorrusa Nadine Koutcher e a gaúcha Debora Faustino.
Para o maestro Roberto Minczuk, “O Guarani” é uma obra que tem um brilho único, tanto para as vozes protagonistas de Cecília e Peri, quanto para todos os demais personagens da ópera: “Traz partes virtuosísticas, empolgantes e sublimes para o Coro e também para a Orquestra. É uma ópera de um poder único e de uma vivacidade, que promete impressionar o público que a assiste”.
Presente em cena, ainda, e de acordo com a polifonia da pessoa humana em diversos povos indígenas, o ator David Vera Popygua Ju interpreta Peri-Eté, um Guarani “verdadeiro” que se relaciona com os cantores líricos. Em cena também, a atriz, artista, ativista e poeta Zahy Tentehar Guajajara, do povo Tentehar-Guajajara, nascida na Aldeia Colônia, Reserva Indígena Cana Brava no Maranhão. “São Paulo é uma terra guarani e, para a maior parte das pessoas, eles são invisíveis. Mas, na ópera, seu canto estará presente”, diz Cibele Forjaz, diretora cênica convidada. Uma orquestra indígena, com instrumentos de sua cultura, seu coro e sua dança, também estará presente em momentos específicos da récita.
As obras de Denilson Baniwa interagem com a arquitetura do Theatro e compõem o conceito no qual se desenrola a ação. Na terra explorada, mundo-mercadoria e mundo-natureza se contrapõem visualmente, relacionando ouro e corpo, sangue e petróleo e evidenciando uma exploração agressiva, irreversível e que segue em curso até os dias atuais. “É uma obra de mais de cem anos e é a primeira vez que tem pessoas indígenas a reelaborando e pensando a partir de uma perspectiva atual. Enquanto Ailton Krenak elabora o discurso e a função da ópera para a cultura e sociedade brasileira, estou feliz de estar junto, elaborando a imagem. Significa pensar a ópera e o livro como parte da formação da imagem que as pessoas têm da população indígena”, ressalta Baniwa.
Na montagem de “O Guarani” de 2023, as questões de identidade presentes no original se rearticulam sem deixar de fazer reverência à importância histórica da obra de Carlos Gomes e a de José de Alencar. “Estamos fazendo uma montagem de ‘O Guarani’ preservando Carlos Gomes e atendendo também ao apelo de Mário de Andrade a que salvemos Peri, revelando possibilidades do libreto à luz de outras leituras da antropologia e das artes onde os indígenas despontam nesse século 21, com disposição a tomar a palavra, sem licença ou sem temor da crase (!) – que, como já foi dito, não foi feita para humilhar a ninguém”, explica Ailton Krenak.
“A encenação está longe de ser romântica, mas respeita e incorpora a força simbólica e icônica dessa primeira grande ópera brasileira”, pontua Cibele Forjaz. “É uma releitura viva, para o momento presente, consciente de que estamos num país multiétnico, plurilinguístico, com culturas diversas que têm o direito de permanecerem diversas e de serem assim reconhecidas e valoradas”, completa.
Ailton Krenak é ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas e organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. Escreveu vários livros; entre eles, “Ideias para adiar o fim do mundo“, “O amanhã não está à venda“, “Lugares de origem” e “A vida não é útil”, obras em que compartilha reflexões e opiniões acumuladas em suas viagens pelo Brasil e pelo e pelo mundo acerca dos principais problemas socioambientais da contemporaneidade. O nome Krenak significa, em sua etimologia, cabeça (kre) da terra (nak). Os Krenak ou Borun são os últimos “Botocudos do Leste”.
Denilson Baniwa é um artista brasileiro, curador, designer, ilustrador, comunicador e ativista dos direitos indígenas. Compõe sua obra trespassando linguagens visuais da tradição ocidental com as de seu povo utilizando performance, pintura, projeções a laser e imagens digitais. É conhecido como um dos artistas contemporâneos mais importantes da atualidade por romper paradigmas e abrir caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional. Realiza palestras, oficinas e cursos, atuando fortemente no Movimento Indígena Brasileiro. É considerado um artista antropófago, pois se apropria de linguagens ocidentais para descolonizá-las em sua obra. Tem sua trajetória consolidada como referência, rompendo paradigmas e abrindo caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.
Com quase 40 anos de história de teatro profissional, em especial dentro dos coletivos A Barca de Dionísos, de 1985 a 1991, Teatro Oficina Uzyna Uzona, de 1992 a 2001, e Cia. Livre, na qual é diretora artística desde 1999, Cibele Forjaz tem em sua pesquisa e trabalho teatral ao longo das últimas duas décadas um forte diálogo com as narrativas ameríndias e diversas questões que relacionam teatro contemporâneo brasileiro e povos indígenas. Seu projeto de pós-doutorado “A morte e as Mortes do Rio Xingu” foi realizado no Programa de Pós Graduação em Antropologia Social (PPGAS/ FFLCH / USP), na linha de pesquisa da Antropologia das Formas Expressivas e sob supervisão de Pedro Cesarino. Em 2018, Cibele Forjaz realizou um estudo de campo no Rio Xingu junto aos povos Araweté; Kayapó Mebengokré; Kamayurá (MT); Xipaia (Altamira); Juruna (Volta Grande do Rio Xingu) e Yudjá (Tubatuba/MT). Ainda em 2018, colabora como pesquisadora e orientadora de direção no Projeto “Margens: Sobre rios, crocodilos e vagalumes” sobre a barragem de Belo Monte, que dá origem ao espetáculo “Altamira 2042”. Em 2019, volta para Tubatuba para terminar a pesquisa de campo e, a partir de março, dirige e atua no espetáculo “Os Um e os Outros”, peça de Bertolt Brecht que estreou em junho deste mesmo ano nas aldeias Kalipety, Tenondé Porã e Krukutú (povo Guarani M’Bya).
Maio efervescente
No mesmo período, de 15 a 24 de maio, o Theatro Municipal deve ainda receber o projeto Ópera Fora da Caixa, com a opereta-jazz “Blue Monday”, de George Gershwin, que contará com o Coral Paulistano e bailarinos do Balé da Cidade de São Paulo, ambos corpos artísticos fixos da casa, envolvidos na produção.
Ainda em 15 e 16 de maio, o Fórum de Comunicação e Marketing da Ópera Latinoamérica tem seu prelúdio acontecendo na casa: a 16ª Conferência Anual da Ópera Latinoamérica, nos dias 15 e 16 de maio. O Fórum OLA de Comunicação e Marketing abordará as oportunidades e desafios relacionados aos novos ambientes digitais e de inteligência artificial, bem como novas formas de desenvolver comunidades públicas que revelam o impacto que as organizações culturais têm sobre as pessoas. Os debates serão transmitidos pela internet ao vivo, com tradução consecutiva.
“É uma alegria chegar a dois anos de gestão com uma programação tão vívida e fazer de maio um mês em que duas óperas que agregam todos os nossos corpos artísticos estejam em cartaz. E, também, trazer nesse mesmo período profissionais que debatam os novos desafios que envolvem comunicar e divulgar todo o universo operístico para um fórum que o Complexo Theatro Municipal recebe e transmite para toda a comunidade. Uma verdadeira ebulição no que a casa faz de melhor”, diz Andrea Saturnino, diretora geral do Complexo Theatro Municipal de São Paulo.
Serviço:
Ópera “Il Guarany” – “O Guarani”, de Carlos Gomes
Libreto de Antonio Scalvini e Carlo D’Ormeville
Theatro Municipal – Sala de Espetáculos
12/5/2023 – 20h
13/5/2023 – 17h
14/5/2023 – 17h
16/5/2023 – 20h
17/5/2023 – 20h
19/5/2023 – 20h
20/5/2023 – 17h
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORO LÍRICO MUNICIPAL
ORQUESTRA E CORO GUARANI
Roberto Minczuk, direção musical
Ailton Krenak, concepção geral
Cibele Forjaz, direção cênica
Denilson Baniwa, codireção artística e cenografia
Simone Mina, codireção artística, cenografia e figurino
Livio Tragtenberg, assistente musical
Ligiana Costa, dramaturgismo
Aline Santini, design de luz
Vic von Poser, design de vídeo
João Malatian, assistente de direção
Dias 12, 14, 17 e 20
Atalla Ayan, Peri
Nadine Koutcher, Ceci
Rodrigo Esteves, Gonzales
Dias 13, 16 e 19
Enrique Bravo, Peri
Débora Faustino, Ceci
David Marcondes, Gonzales
Todas as datas
David Vera Popygua Ju, Peri (ator)
Zahy Tentehar Guajajara, Ceci (atriz)
Lício Bruno, Cacique
Guilherme Moreira, Don Alvaro
Andrey Mira, Don Antonio
Carlos Eduardo Santos, Ruy
Orlando Marcos, Pedro
Gustavo Lassen, Alonso.
(Fonte: Theatro Municipal de SP)