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Livros: “Travessias no Atlântico negro – Tráfico, biografias e diáspora (África – Brasil), séculos XVII – XIX”

São Paulo, por Kleber Patricio

Um livro inteiramente dedicado a personificar os que até recentemente seriam meros anônimos nos debates acerca do tráfico atlântico e da escravidão nas Américas entre os séculos XVII e XIX: personalidades africanas invisibilizadas, afrodescendentes ilustres renegados, trajetórias coletivas, demografias, paisagens e cenários de Áfricas e de Brasis. Esses são alguns dos aspectos da obra “Travessias no Atlântico negro – Tráfico, biografias e diáspora (África – Brasil), séculos XVII – XIX” (Selo Negro Edições, 168 p., R$74,70), organizado por Valéria Costa. O prefácio é de Flávio Gomes, pesquisador referência no Brasil.

Os artigos resgatam, identificam e nomeiam, por meio de pesquisa minuciosa, ex-escravizados que ascenderam socialmente, escravizados senhores de outros cativos, ex-escravizados que se tornam revolucionários, mulheres que compram a alforria e legam bens a seus filhos e mulheres negras que procuram a justiça brasileira em casos de violência. A obra reúne pesquisadores contemporâneos determinados a ir além do registro quantitativo conhecido atualmente, apresentando conteúdo de grande contribuição acadêmica, mas ainda de maior interesse para subsidiar professores da educação básica, ativistas dos movimentos sociais negros e a todos que reconhecem e legitimam o real legado afro-brasileiro. Esse histórico está distribuído em 10 capítulos:

1 – As duas guerras: Henrique Dias entre a guerra holandesa e a luta contra os quilombolas – Rômulo Luiz Xavier Nascimento

2 – Para além da alforria: a população negra nos registros dos tabelionatos de Salvador (1690– 1816) – Cândido Domingues

3 – Escravos donos de escravos nos mares do tráfico negreiro (Bahia, século XVIII) – Daniele Santos de Souza

4 – Os pretos e mulatos no norte da América portuguesa: tráfico de escravizados e população negra na capitania do Maranhão (1750–1810) – Antonia da Silva Mota e Reinaldo dos Santos Barroso Junior

5 – Tráfico e escravidão africana na Paraíba (séculos XVIII e XIX) – Matheus Silveira Guimarães

6 – A trajetória de Francisco da Costa: de escravizado a revolucionário republicano – Marcus J. M. de Carvalho

7 – De filho para mãe: a trajetória da “preta cabinda” – Rita Maria da Conceição (Rio de Janeiro, 1814–1846) – Juliana Barreto Farias

8 – A morte do príncipe do Congo e o fim do tráfico de escravizados na África Centro Ocidental – Roquinaldo Ferreira e Lucilene Reginaldo

9 – Diásporas, família e africanidade no Rio Grande do Sul do século XIX – Paulo Roberto Staudt Moreira

10 – Duarte José Martins da Costa: um africano nas malhas da “rede miúda” do tráfico atlântico no século XIX – Valéria Costa.

“Cada capítulo revela a riqueza de nossos arquivos e a sensibilidade dos autores, que, com base em fragmentos históricos, recompuseram com maestria a trama complexa dos laços que unem a África e o Brasil, buscando compreender como africanos e seus descendentes ultrapassaram as limitações e a violência do cativeiro desde o século XVII. O resultado é uma obra comprometida a revelar as raízes do racismo estrutural que caracteriza a sociedade brasileira e o papel da desigualdade e da violência racial na formação do país. Leitura fundamental para compreendermos a dívida histórica do Brasil para com os descendentes dos mais de 5,5 milhões de africanos escravizados que chegam aos portos brasileiros durante os mais de quatro séculos de existência do tráfico de almas.” – do texto de orelha da obra, escrito por Mariana P. Candido, Professora e pesquisadora do Departamento de História da Universidade Emory (Atlanta, Estados Unidos).

A organizadora | Valéria Costa é Professora adjunta do Departamento e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na área de História da África. Desenvolve pesquisas nas áreas de escravidão e diáspora africana no século XIX, religiões e cultura afro brasileira. Entre suas principais publicações, estão “Òmìnira — Mulheres e homens libertos da Costa d’África no Recife” (c.1846–c.1890), (São Paulo: Alameda, 2021) e “É do dendê! — Histórias e memórias urbanas da nação xambá no Recife” (1950–1992), (São Paulo: Annablume, 2009). Coorganizadora dos livros “Mulheres afro-atlânticas e ensino de História” (Rio de Janeiro: Malê, 2023) e “Religiões negras no Brasil — Da escravidão à pós-emancipação” (São Paulo: Selo Negro, 2016).

Título: Travessias no Atlântico negro – Tráfico, biografias e diáspora (África – Brasil), séculos XVII – XIX

Organizadora: Valéria Costa

Editora: Selo Negro Edições

Preço: R$74,70 (E-book: R$44,80)

Páginas: 168 (17 x 24 cm)

ISBN: 978-65-998837-6-7

Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890

Site: www.gruposummus.com.br.

(Fonte: Studio Graphico)

Galeria Nara Roesler São Paulo apresenta “Jose Dávila – Um pirata, um poeta, um peão e um rei”

São Paulo, por Kleber Patricio

Jose Dávila, “The fact of constantly returning to the same point or situation”, 2023, Silkscreen print and vinyl paint on loomstate linen, 210 x 344 x 6 cm. Foto: Agustín Arce.

A Galeria Nara Roesler apresenta “Um pirata, um poeta, um peão e um rei [A pirate, a poet, a pawn and a king]”, primeira exposição individual do artista mexicano Jose Dávila (Guadalajara, 1974) no Brasil. Marcando o início da representação do artista pela galeria, a mostra reúne trabalhos recentes de Dávila, com cerca de 20 obras, incluindo instalações, esculturas, pinturas e desenhos. Acompanhada de texto de Julieta González, a exposição revela aspectos intrínsecos da prática do artista, marcada por uma abordagem da linguagem e da tradição escultórica a partir de uma perspectiva centrada na articulação entre a “vontade construtiva” e os princípios físicos que regem a natureza.

O título da exposição faz alusão à ideia de transformação e mutação presentes na obra de Dávila e se refere ao modo como ele lida com os materiais, a partir de uma abordagem poética de uma música de Frank Sinatra (That’s Life). Segundo a afirmação do artista: “Uma pessoa pode ser um pirata, depois um poeta, também um peão e acabar sendo um rei… a mesma pessoa. […] Estou muito interessado na noção de que todas as coisas evoluem e se transmutam com o tempo: nós como pessoas, as coisas como objetos e materiais, o significado simbólico. Essa evolução constante é um campo fértil para o surgimento de novos significados, para que as mudanças sejam aceitas e para que novos começos aconteçam. Essa é uma qualidade e característica essencial da natureza da arte, a capacidade de transformação”, pontua Dávila.

Jose Dávila, “Acapulco chair stack”, 2021, metal, epoxi paint and boulders, 155,5 x 158 x 143 cm. Foto: Flavio Freire.

Embora o elemento central de sua poética seja o campo escultórico, não lhe interessam a estabilidade e o caráter muitas vezes “sólido” desse tipo de linguagem – sua atenção se dirige muito mais à impermanência e a instabilidade. “A maneira como abordo os materiais, por que os escolho e como os utilizo posteriormente está relacionada a esses conceitos, sintetizados no título da exposição, a partir de uma abordagem poética”, completa o artista. Isso fica visível em alguns trabalhos como “Esforço Compartilhado”, no qual Dávila, por meio de uma alça de catraca, une dois espelhos unilaterais de maneira oblíqua. O material responsável por puxar a alça para baixo e impedir que os espelhos caiam é um conjunto de pedras. Desse modo, o artista cria uma composição por meio de materiais completamente distintos e mesmo opostos, o que confere à mesma uma latente sensação de fragilidade e colapso iminente. O esforço dividido em cada parte, no entanto, é o que mantém os elementos unidos. Princípio semelhante se dá no trabalho “Cadeia Trófica”, cujo título remete ao processo de transferência de matéria e energia dentro de um ecossistema. Nesse conjunto, um espelho se mantém elevado de forma oblíqua e imponente, às custas da disposição de um bloco de concreto e um conjunto de pedras.

O olhar apurado para o espaço e para a análise das forças físicas, tais como massa, equilíbrio e materialidade, se faz constantemente presente no trabalho de Dávila. Os elementos de sua poética são explorados por meio dos mais diversos suportes e linguagens, indo desde a escultura e a instalação, nas quais emprega materiais rígidos como pedras, vidro e concreto até materiais flexíveis como arame, papelão e fitas e correias, até elementos pictóricos.  Um procedimento recorrente em seu trabalho são as releituras que executa das produções de figuras consagradas da História da Arte, como Donald Judd e Roy Lichtenstein. Na exposição, poderão ser vistos trabalhos da série Homage to Square, na qual Dávila transforma a série de pinturas homônima de Josef Albers em móbiles cinéticos.

Jose Dávila, “The fact of constantly returning to the same point or situation”, 2023, Silkscreen print and vinyl paint on loomstate linen, 210 x 170 x 6 cm. Foto: Agustín Arce.

A pintura também entra no radar poético do artista, igualmente embasada na busca por situações impermanentes ou tensionadas. Na série The fact of constantly returning to the same point or situation, Dávila cria um conjunto de círculos com cores e consistências distintas. Quase sempre incompletos, ou enquadrados de maneira a não se poder percebê-los como um todo, eles acabam provocando no espectador a mesma sensação, que é a de incompletude e desorientação. Orden Discontinuo, série de impressões realizadas em diferentes tipos de papel, trazem composições e provocam sensações similares, porém, incorporando também as qualidades dos suportes em que se inserem, como dobras/rasgos e texturas.

Serviço:

Jose Dávila – Um pirata, um poeta, um peão e um rei

De 11 de novembro de 2023 a 10 de fevereiro de 2024

Galeria Nara Roesler São Paulo

Av. Europa, 655 – Jardim Europa – São Paulo – SP

T 55 (11) 2039-5454

info@nararoesler.art

Seg a sex | 10h–19h; sáb | 11h–15h.

(Fonte: Pool de Comunicação)

Santuário do Caraça é contemplado em projeto de monitoramento e preservação do lobo-guará

Minas Gerais, por Kleber Patricio

Aprovado em setembro pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por meio da Plataforma Semente, trabalho tem como foco entender a dinâmica populacional da espécie no Caraça. Foto: Pe. Lauro Palú.

O Santuário do Caraça é conhecido por sua história e suas belezas naturais, mas se destaca, também, por momentos únicos e marcantes, como a Hora do Lobo, protagonizada pelo lobo-guará, que vai até a escadaria do destino turístico desde maio do ano do ano de 1982 encantando turistas e visitantes. Por esse motivo, acabou se tornando mais do que uma vista ilustre no espaço turístico, mas um amigo muito querido e especial, conforme aponta o coordenador ambiental do Caraça, Douglas Henrique. Por todo esse cuidado e carinho com o canídeo, o complexo acaba de ser contemplado, por meio da Plataforma Semente, em um projeto de monitoramento da espécie, por intermédio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), para ajudar na preservação e cuidados com o animal.

De acordo com coordenador ambiental do Caraça, o trabalho tem como foco entender as ameaças regionais que os lobos vêm sofrendo. “O objetivo é monitorar o lobo-guará e conhecer de perto quais são os conflitos vividos pela espécie, mas de avaliar também, a possibilidade do uso da espécie em atividades turísticas, por meio de habituação, como a que o Caraça já faz há mais de 40 anos. Pretendemos diagnosticar a população, identificar as ameaças regionais, entender as áreas de uso dessa espécie e avaliar o comportamento em função dessa ambientação que acontece aqui. Esse projeto tem algumas ramificações e a principal delas é a avaliação da saúde desses animais, que são informações que carecem de pesquisas de médio a longo prazo. Alguns estudos apontam que vários lobos têm sofrido com zoonose, principalmente a sarna. Essa doença ocorre através do contato dos animais silvestres com animais domésticos doentes. O monitoramento dos lobos será realizado por meio de duas metodologias: o uso de rádio colar, que é um equipamento que vai nos mostrar quais os caminhos o animal percorre. Além disso, também serão utilizadas câmeras específicas, conhecidas como Trap – que possuem um sensor de calor e movimento, sendo disparadas automaticamente quando um animal passa na sua frente – espalhadas na natureza”, explica.

RPPN do Santuário do Caraça. Foto: Miguel Andrade.

Segundo Douglas Henrique, todo o trabalho com o Lobo-Guará será executado pelo Instituto Pró-Carnívoros. “Essa entidade é referência nos estudos de carnívoros do Brasil, especialmente o Lobo-Guará. Assim, o Santuário do Caraça contribuirá com informações cientificas sobre a espécie, já que aqui ela está dentro de uma unidade de preservação. No entanto, o seu entorno sofre constantes ameaças, seja do crescimento urbano e da monocultura de eucalipto, da mineração, das estradas e, por isso, queremos entender qual a importância dele no Caraça para a continuidade da espécie dentro do Quadrilátero Ferrífero e em Minas Gerais. Sabemos que a espécie está sempre se reproduzindo, mas queremos verificar se esses indivíduos estão sobrevivendo, para onde vão e o que acontece com eles”, completa.

Desmistificar lendas

Além disso, o coordenador ambiental do Caraça diz que o trabalho chega parar destituir qualquer tipo de narrativa a respeito da casta. “Outro aspecto muito interessante desse trabalho é de desmistificar as histórias e lendas ao redor do Lobo-Guará. Desta forma, as comunidades ao entorno serão sensibilizadas da importância dessa espécie nativa dentro do Santuário do Caraça, mas também nas proximidades. Isso porque ele é importante, já que é um dispersor de sementes e um animal que controla alguns roedores e serpentes. Ou seja, queremos mostrar a importância desse convívio equilibrado e ecológico. Assim, reforçamos que esse será um trabalho muito importante e que com certeza terá bons frutos para toda a região. Manter a espécie é preservar a nossa natureza”, conclui.

Santuário do Caraça

Santuário do Caraça.
Foto: Miguel Andrade.

O complexo é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Estadual. Foi escolhido como uma das Sete Maravilhas da Estrada Real. Conta com um amplo Conjunto Arquitetônico onde estão a primeira igreja de estilo neogótico do Brasil, o prédio do antigo Colégio (hoje Museu e Biblioteca), o hotel com 57 apartamentos e quartos, com capacidade para até 230 pessoas, e a Fazenda do Engenho, com 26 apartamentos. O local possui enorme diversidade de fauna e flora, com raridades de animais e plantas no meio ambiente. Na ampla diversidade de sua fauna, há 386 espécies de aves, 64 espécies de anfíbios, 54 espécies de répteis, 12 espécies de peixes e 76 espécies de mamíferos.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça faz parte de duas importantes reservas ecológicas: as Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço Sul e a da Mata Atlântica, onde há diversas espécies de flora e fauna, algumas encontradas somente no Complexo do Santuário do Caraça, que fica na transição entre Mata Atlântica e Cerrado, onde também há campos rupestres. Em suas serras há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão. O clima tem baixas temperaturas e elevada umidade do ar, comuns em ambientes de mata. O território do Complexo do Caraça integra a Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de BH, onde começam duas grandes bacias hidrográficas, a do rio São Francisco e a do rio Doce, que abastecem aproximadamente 70% da população de Belo Horizonte e 50% da população de sua região metropolitana.

Serviço:

Santuário do Caraça

Local: Estrada do Caraça, Km 9 – entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara (MG)

Fácil acesso pelas rodovias BR-381 e MG-436, além do da possibilidade de ir por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)

Taxa entrada: R$25 (em dias de semana)

Finais de semana, feriados e datas comemorativas: R$35 (por pessoa).

Idosos: 50% de desconto.

Moradores de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara possuem 50% de desconto. Entrada gratuita na 1ª quarta-feira de cada mês (mediante agendamento)

Site: www.santuariodocaraca.com.br

Reservas: centraldereservas@santuariodocaraca.com.br

Instagram: @santuariodocaraca

Facebook: www.facebook.com/santuariocaraca/.

(Fonte: Grupo Balo)

Prefeitura de Indaiatuba lança WEB TV SET e programa de Podcast

Indaiatuba, por Kleber Patricio

A Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação da Prefeitura de Indaiatuba lança, no dia 22 de novembro, às 19h, no auditório do Paço Municipal, a WEB TV SET e o Indaiatuba Podcast. O canal da TV no Youtube receberá o Podcast toda quarta-feira, às 19h e, ao longo da semana, o público poderá acompanhar os cortes de um minuto.

“Esse é mais um canal de informação que vem para ampliar a comunicação de tudo que acontece na cidade. A TV on-line é uma projeção que futuramente também contará com o canal aberto concedido pela EBC”, explica o prefeito Nilson Gaspar (MDB).

Cada programa terá duração de 40 minutos e começa a ser exibido no dia 29 de novembro. A cerimônia de lançamento vai utilizar novos recursos e uma linguagem diferente.

A proposta é apresentar entrevistados que possuem uma relação com a cidade e a região de forma descontraída para levar a melhor informação ao público. Enquanto isso, a WEB TV SET é o embrião do futuro lançamento da TV SET Digital, em canal concedido pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação, por meio da portaria nº 6.557 de 30 de agosto de 2022.

A TV estará disponível nas redes sociais a partir da noite de lançamento. O Sistema SET de Comunicação ainda engloba a Rádio SET, novo nome Rádio Educ, que também receberá uma remodelagem em sua plástica e programação.

Segundo a secretária de Relações Institucionais e Comunicação, Dra. Graziela Milani, esse é apenas o começo de um grande projeto. “Estamos felizes com a implantação desse projeto e, com o apoio do prefeito, Nilson Gaspar, que entende que a comunicação pública deve ser realizada com qualidade e estar sempre próxima da população, para levar conteúdo de interesse do cidadão. Começamos na versão on-line e mais pra frente teremos o prazer de convidar a todos, novamente, para conhecer a TV Digital. Nossa proposta é inovar por meio da linguagem, produção e formato e com isso estar cada vez mais em sintonia com Indaiatuba e os novos tempos”, comenta Graziela.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Banco do Brasil apresenta “Gente de Bem”, com a Cia. Comparsaria Teatral

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Espetáculo ‘Gente de Bem’, da Cia. Comparsaria Teatral, com texto de João Ximenes Braga. Fotos: Bel Pedrosa.

O livro “Necrochorume e outros contos”, de João Ximenes Braga, um dos mais importantes escritores da televisão brasileira, norteia a peça “Gente de Bem”, da Cia. Comparsaria Teatral e traz, pela primeira vez, um texto do autor para o teatro. São seis histórias curtas retiradas literalmente da publicação de 2021, que retrata personagens e situações típicas da classe média branca brasileira. O resultado mostra crônicas de nossa época escritas a quente, como apontamentos sobre absurdos registrados pelo autor no dia a dia, seja observando situações, diálogos, atitudes, o preconceito, os atavismos, o racismo, a homofobia e o conservadorismo das pessoas.

No elenco, além da diretora Adriana Maia, que também é atriz, mais 12 atores: Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça. A estreia acontece hoje, 17 de novembro, no Teatro III do CCBB do Rio de Janeiro, com temporada até 18 de dezembro, sempre às sextas, sábados e segundas às 19h, domingos às 18h.

“Quando vi um ensaio de ‘Gente de bem’, recorte de seis dos trinta contos de ‘Necrochorume’, fiquei surpreso com a teatralidade e o humor que a companhia descobriu nessa prosa. Os dois contos que fecham o espetáculo, porém, me deixaram apavorado. A companhia lhes trouxe tamanha virulência que eu não conseguia deixar de pensar que, em outros tempos, toda a trupe seria presa logo na noite de estreia. Graças a muita luta, não vivemos em outros tempos, mas nestes. Por outro lado, esta peça não nos deixa esquecer que os outros tempos continuam na coxia, esperando sua deixa para entrar em cena. E nos aniquilar”, ressalta João Ximenes Braga.

“As histórias construídas por Ximenes nos obrigam a olhar a sordidez humana sob o ponto de vista do opressor, e é preciso encarar esse opressor, só assim encontraremos caminhos possíveis para desconstruir a ‘branquitude’”, observa Adriana Maia.

A diretora geral aposta numa teatralização construída a partir da performance do ator-narrador – um recurso cênico do teatro épico contemporâneo que permite ao ator transitar entre o ato de narrar e o jogo da representação, assumindo por vezes a função de personagem-narrador e, outras, de narrador-personagem – que se coloca como um veículo de passagem entre texto e espectador. Ele manuseia a matéria-prima, que são as ideias, as situações e os sentimentos contidos no texto, e dá a ela uma forma “incompleta”, como se fosse uma escultura inacabada que contém nela a proposta de várias formas diferentes e, então, entrega a escultura ‘inacabada’ ao público para que ele possa, a partir de sua percepção pessoal, concluir a obra.

Gente de Bem, da Cia. Comparsaria Teatral | Gente de Bem aposta no humor crítico, no olhar certeiro que aponta para o que há de mais ridículo nesses personagens, transformando o riso em reflexão. A escolha pelo viés do humor é uma escolha política. O humor penetra por poros que a razão talvez não alcance. Asco, Uísque, Café, Soro, Esgoto, Urina, seis contos de João Ximenes Braga que nos convidam a refletir sobre nós e nossa sociedade.

Sobre João Ximenes Braga | João Ximenez Braga é carioca, jornalista, escritor e roteirista.

Foi colunista do jornal O Globo, escrevendo crônicas sobre Nova York, cidade onde morou por quatro anos. No retorno ao Brasil, passou a escrever sobre cultura e comportamento. Como roteirista, escreveu, juto com Claudia Laje, a novela “Lado a Lado” – Prêmio Emmy Internacional de Melhor novela de 2013. Escreveu também, como colaborador, “Paraíso Tropical” e “Insensato coração”, novelas de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Em 2021, publicou o livro de contos “Necrochorume” pela editora 7 Letras. Desse livro foram extraídos os contos encenados em Gente de Bem. Em 2010, publicou “A Dominatrix Gorda” pela editora Rocco. A exemplo de grandes cronistas, como Lima Barreto e Joao do Rio, João Ximenez Braga fez da urbe tema de suas crônicas em “A Dominatrix Gorda” para falar não apenas do Rio, mas também de Berlim, Londres, Viena, Nova York e São Paulo. Outros livros publicados: em 2003 “Porra” (editora Objetiva); em 2005, “Juízo” (editora 7 letras) e, em 2009, “A mulher que transou com o cavalo e outras histórias” (editora língua geral).

Sobre o CCBB RJ

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico projetado pelo arquiteto do Império Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e pensamento. Em 34 anos de atuação, foram mais de 2.500 projetos oferecidos aos mais de 50 milhões de visitantes. Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Aos domingos, das 8h às 9h, o prédio e as exposições abrem em horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes.

Ficha Técnica

Elenco: Adriana Maia, Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça

Texto: João Ximenes Braga

Direção: Adriana Maia

Direção Musical: André Poyart

Cenografia e objetos: Cia Comparsaria Teatral

Figurinos: Nello Marrese (colaboração)

Iluminação: Anderson Ratto

Designer Gráfico: Cristina Resende de Almeida

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Direção de Produção: Dadá Maia

Uma produção de Ciranda de 3 – Trupe Produção e Comparsaria Teatral @comparsariateatral.

Serviço:

Gente de Bem

Espetáculo da Cia. Comparsaria Teatral

Temporada – 17 novembro a 18 de dezembro de 2023

Sexta, sábado e segunda às 19h; domingo, às 18h

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 80 minutos

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – Teatro III

Capacidade: 86 lugares

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Mais informações em bb.com.br/cultura

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Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada pagando com Ourocard.

(Fonte: Assessoria de imprensa CCBB RJ)