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Grupo de Teatro Estrada lança Curso Profissionalizante de Teatro em 2024

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Atores que compões o núcleo do Grupo de Teatro Estrada durante sua última apresentação no ano de 2023. Fotos: divulgação.

Comemorando a seu 28° ano de atividade, o Grupo de Teatro Estrada inaugura em 2024 o 1° Curso de Teatro Profissionalizante de Indaiatuba (SP), com uma proposta pedagógica inovadora e diferenciada, dentro da qual os alunos poderão desfrutar do convívio e da troca de experiências com profissionais ativos que são referência nas artes da cena.

Sob direção da dramaturga, diretora e arte-educadora Paloma Dourado, a escola contará com um corpo docente composto por especialistas renomados da cena teatral paulista e, ao longo de 4 semestres letivos, propiciará aos formandos certificação válida para a solicitação de DRT junto ao SATED, a fim de que possam trabalhar de maneira regulamentada no mercado da atuação.

Paloma Dourado é dramaturga, diretora, arte-educadora e está à frente do Grupo de Teatro Estrada desde 1996.

Para os que ainda estão indecisos pela carreira artística como profissão ou simplesmente desejam descobrir seus potenciais, extravasar a criatividade e desenvolver as habilidades comunicativas para impulsionar e agregar mais valor à suas vidas pessoais e profissionais, a escola permanecerá oferecendo o já tradicional curso livre com duração de 2 semestres.

As aulas terão início em fevereiro de 2024 e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (19) 99248-7063 ou acompanhando as postagens no Instagram do grupo em @grupodeteatroestrada.

Serviço:

Curso Profissionalizante

Indicado para aqueles que buscam nas artes da cena um projeto para a vida. As aulas são ministradas por profissionais renomados na cena paulista e, ao final do curso, o formando recebe a certificação válida para a solicitação do DRT, o registro que permite trabalhar profissionalmente em atuação.

Curso Livre

Indicado para aqueles que desejam descobrir seus potenciais, extravasar a criatividade e exercer o poder de comunicação. Pode ser feito como um passo inicial para quem ainda não tem a certeza sobre querer seguir uma carreira na atuação ou simplesmente quer usar estes conhecimentos para impulsionar e agregar mais valor à sua vida pessoal e profissional.

Início das aulas: fevereiro de 2024

Vagas limitadas

Endereço: Rua Cinco de Julho, 1552 – Centro (próximo ao Shopping Jaraguá) – Indaiatuba (SP)

WhatsApp: (19) 99248-7063

Instagram: https://www.instagram.com/grupodeteatroestrada/.

(Fonte: Grupo de Teatro Estrada)

Férias no Municipal – confira a programação de concertos e visitas especiais em janeiro e fevereiro de 2024

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Larissa Paz.

Janeiro promete uma diversidade de atividades culturais no Complexo Theatro Municipal. Em uma celebração multicultural, as atividades do Theatro se iniciam com o evento da Lavagem da Escadaria, no dia 20 de janeiro, sábado, às 12h. A Lavagem da Escadaria, inspirada nas tradições baianas e francesas, trará o Afoxé Omodé Oba e o bloco afro É Di Santo. Para uma celebração cultural única. Os ingressos são gratuitos e distribuídos com uma hora de antecedência. A duração aproximada é de 150 minutos.

Para os amantes da música erudita, o ano começa com a Orquestra Sinfônica Municipal, que, regida por Roberto Minczuk junto ao Coro Lírico Municipal e o Coral Paulistano, apresenta o concerto Catedrais Sonoras, dia 25 de janeiro, quinta, às 17h e, dia 26 de janeiro, sexta, às 20h, e 27 de janeiro, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos. A abertura da temporada homenageia o bicentenário do compositor austríaco Anton Bruckner com Te Deum e a Nona Sinfonia de Beethoven. Os ingressos custam de R$12 a R$66 (inteira) e a duração total é de aproximadamente 102 minutos, com intervalo.

Em continuidade ao projeto Teatro no Theatro, destaque para a peça “Consentimento”, nos dias 26 de janeiro, sexta-feira, às 19h, 27 de janeiro, sábado, às 19h, e 28 de janeiro, domingo, às 18h, na Cúpula do Theatro Municipal. Esta tragicomédia aborda as complexas relações entre casais amigos, principalmente advogados, explorando temas como casamento, traição e maternidade. Os ingressos são gratuitos e distribuídos 72h antes do espetáculo no site do Theatro, com classificação indicativa de 16 anos e duração de 120 minutos, incluindo um intervalo.

No dia 28 de janeiro, domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência de Guilherme Rocha, apresenta obras de Schumann e Tchaikovsky. A performance inclui a Abertura da ópera “Genoveva”, de Schumann, e a Sinfonia nº 4, de Tchaikovsky. Os ingressos variam de R$12 a R$33 (inteira), com duração total de aproximadamente 60 minutos, sem intervalo.

Abrindo o mês de fevereiro, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta o espetáculo “Era Romântica” nos dias 1/2, quinta-feira, às 20h, e 2/2, sexta-feira, às 20h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. O concerto contará com a participação do violoncelista romeno Andrei Ioniță e o destaque é para o Concerto para Violoncelo de Edward Elgar e a Sétima Sinfonia de Anton Bruckner. Os ingressos variam de R$12 a R$66 (inteira), com duração total de aproximadamente 120 minutos, incluindo intervalo.

A dança também terá seu espaço com “Corpos Velhos – Para Que Servem?”, que será apresentado no dia 7/2, quarta-feira, às 20h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. Este espetáculo reúne artistas pioneiros da dança cênica brasileira, explorando danças possíveis e destacando a resistência do fazer artístico como ato político, poético e subversivo. O encontro dos artistas Célia Gouvêa, Décio Otero, Luis Arrieta, Lumena Macedo, Marika Gidali, Neyde Rossi, Mônica Mion, Iracity Cardoso e Yoko Okada reúne no palco uma geração pioneira da dança cênica brasileira. Os ingressos variam de R$12,00 a R$33,00, com classificação livre e duração de 60 minutos, sem intervalo.

Já no dia 21/2, quarta-feira, às 18h, ensaio aberto, e 22/2, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo apresentará um repertório de Emilie Mayer e Fanny Mendelssohn. Os ingressos custam R$33 (inteira), com duração total de aproximadamente 50 minutos, sem intervalo.

Ainda no mês de fevereiro, a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência de Guilherme Rocha, apresenta o concerto com obras Renan Ladislau, Gustav Holst e Piotr Ilitch Tchaikovsky no dia 24/2, sábado, às 17h, no Espaço de Convivência da Praça das Artes. Os ingressos são gratuitos e a duração, de 60 minutos.

Encerrando fevereiro, no dia 28/2, quarta-feira, às 20h, e dia 29/2, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira, apresentará “Retorno a la Tierra”. As solistas Elodie Bouny e Emma Paz Noya participarão do concerto, que também incluirá composições de Carlos Chávez, Tatiana Catanzaro, Leo Brouwer, entre outros. Ingressos serão vendidos a R$33 (inteira), com classificação livre para todos os públicos e duração total de aproximadamente 60 minutos (sem intervalo).

Visitas Educativas

Durante todas as terças-feiras de janeiro, as portas do saguão do Theatro ficarão abertas para que o público possa visitar e conhecer a arquitetura e os elementos artísticos do espaço, no projeto Férias com o Theatro Municipal de Portas Abertas. Em janeiro, as visitas educativas que acontecem no período da manhã serão dedicadas às crianças e suas famílias. Cada visita temática conta uma história única, sempre relacionada com questões de caráter social, artístico e patrimonial envolvidas desde a construção do Theatro Municipal.

Em fevereiro, uma das visitas temáticas semanais se chama “Caminho do Vento”. Nela, o Núcleo de Educação convida seus visitantes a conhecerem um lugar bastante diferente: um percurso que começa no Theatro e segue até a parte externa, atravessando um túnel que faz parte do antigo sistema de ventilação que dá acesso à Fonte Carlos Gomes, na Praça Ramos de Azevedo. O trajeto apresenta leve dificuldade, com presença de escadarias e sem elevador. Essas visitas acontecem sempre às terças, em horários variados. A programação é gratuita e a retirada de ingressos acontece pelo site.

No dia 3/2, sábado, às 14h30, o Theatro realiza a visita “Linha, Forma e Cor”, na qual importantes exposições de arte que já aconteceram na casa são descobertas por meio de jogos e brincadeiras a partir da observação de elementos artísticos das pinturas modernistas. Programação gratuita e retirada de ingressos pelo site.

Já no dia 10 de fevereiro, sábado, às 10h, o Theatro Municipal realiza uma programação inspirada nos jogos de RPG. A visita História Viva convida o público a assumir diferentes papéis em uma história construída coletivamente no Theatro, tendo como ponto de partida seu evento de inauguração, em 1911. Ao vivenciar essas histórias, os visitantes terão a oportunidade de compreender as relações sociais do início do século passado e até mesmo pensar sobre como elas se dão nos dias de hoje. Apesar de o jogo ser baseado em uma história real, com personagens também reais, a imaginação é o ponto de partida para a atividade, tornando cada encontro uma experiência única. Gratuito – reserva de ingressos pelo site.

Já parou para pensar sobre quantas mãos fazem um espetáculo acontecer no Theatro Municipal? São muitos os trabalhadores envolvidos, das mais diversas áreas e com diferentes tipos de conhecimentos. No dia 17 de fevereiro, sábado, às 14h30, será realizada a visita “Mãos na Massa: quem faz o Theatro Municipal?” A programação permite que as crianças e suas famílias experimentem o trabalho de algumas dessas pessoas. E, é lógico, com muita diversão, colocando o corpo em ação dentro de espaços inusitados. Ingressos no site.

No dia 24 de fevereiro, sábado, às 10h, acontece a visita “(Re)entorno”. Nela, o público será convidado a caminhar e refletir sobre o entorno do Theatro Municipal de São Paulo, referência artística no centro da cidade. A partir da trajetória de artistas do circo, do hip-hop, da música e da literatura, marcaram sua presença em espaços como a Rua 24 de maio, Largo Paissandu, Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e Pátio São Bento. Após a caminhada, haverá uma troca de experiências e reflexões no Theatro Municipal. Gratuito e com retirada de ingressos pelo site.

De 7 de fevereiro a 26 de junho, todas as quartas-feiras, em dois horários: das 14h às 17h e das 18h30 às 21h30, o coletivo Ateliê Vivo ocupa a Sala de Exposições da Praça das Artes, realizando Ateliê Aberto Repertório das Mãos. Com encontros semanais de introdução ao mundo têxtil para investigar por meio das linhas, retalhos, desenhos e agulhas, o processo criativo da atividade aborda exercícios de desenho, tecelagem manual, estamparia, bordado em talagarça e colagem têxtil. Será colocada em prática a criatividade experimentando a partir de fios, cores e texturas em diferentes superfícies. Como resultado desses encontros será organizada uma exposição. Atividade gratuita e com limite de 25 participantes, por ordem de chegada.

Para mais informações sobre as atividades, acesse o site oficial do Theatro.

Serviço:

Theatro Municipal de São Paulo

Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP

Capacidade Sala de Espetáculos: 1503 pessoas.

(Fonte: Assessoria de imprensa do Theatro Municipal)

IMS apresenta exposições de Josef Koudelka, Jorge Bodanzky, Stefania Bril e Thomaz Farkas na sede de São Paulo e reabre centro cultural de Poços de Caldas em 2024

Brasil, por Kleber Patricio

Kadan (Eslováquia, então Tchecoslováquia, 1963). Foto: © Fundação Josef Koudelka.

Em 2024, o Instituto Moreira Salles exibirá, em sua sede de São Paulo, exposições de figuras centrais da fotografia e do cinema: o tcheco Josef Koudelka (1938), um dos principais nomes da fotografia humanista e poética mundial, o cineasta, roteirista e fotógrafo Jorge Bodanzky (1942), a fotógrafa Stefania Bril (1922–1992), consagrada também por sua atuação como crítica e curadora, e Thomaz Farkas (1924–2011), fotógrafo e cineasta que teve atuação marcante no cenário cultural brasileiro.

Depois de passar por obras de restauro e modernização, o IMS Poços reabre ao público em 13 de janeiro com uma exposição inédita sobre o fotoclubismo em Poços de Caldas e outra de fotografias de Madalena Schwartz, já apresentada no IMS Paulista, no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (Malba) e no Museo Nacional de Arte de La Paz. No segundo semestre, o IMS Poços receberá a exposição “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” (em cartaz até 31 de março no Museu de Arte Moderna da Bahia).

O IMS Poços reabre com mais acessibilidade e conforto. Foram instalados elevadores entre os dois andares e novos banheiros acessíveis a todos os visitantes. A sala de cinema, que também funciona como auditório para shows e concertos, foi totalmente renovada – ganhou poltronas mais confortáveis e um projetor de última geração.

O IMS Rio continua fechado para obras de restauro e reforma de sua sede na Gávea, mas estabelecerá parcerias na cidade, como fez ao longo de 2023. Inaugurada em dezembro de 2023, a exposição “Iole de Freitas, anos 1970 – Imagem como presença” segue em cartaz até 24 de março no Paço Imperial. Ela reúne uma série de trabalhos – principalmente fotos e filmes em super-8 e 16 mm – que a artista produziu na década de 1970, pouco vistos pelo público brasileiro; alguns deles, inéditos.

Exposições realizadas pelo instituto continuam suas itinerâncias no exterior. “Claudia Andujar – A luta Yanomami” fica em cartaz até 4 de março no Museu Amparo, no México, e de lá segue para o Museo de Arte Miguel Urrutia, em Bogotá, Colômbia, onde será inaugurada em 25 de maio. Exibida pela primeira vez no IMS Paulista, em 2018, a mostra já passou por Rio, Paris, Milão, Barcelona, Londres, Winterthur (Suíça) e Cidade do México. Já “Daido Moriyama – Uma retrospectiva” termina em 11 de fevereiro a temporada londrina, na The Photographers’ Gallery, e segue para o The Finnish Museum of Photography, em Helsinque (de 7/3 a 2/6), para terminar o ano na Photo Elysée, em Lausanne, Suíça (de 6/9/2024 a 12/1/2025).

No Cinema, destaque para duas mostras exibidas no IMS Paulista: a que homenageia a obra de Jorge Bodanzky, paulistano que elegeu a Floresta Amazônica como foco principal de seu trabalho, e a da cineasta nascida em Guadalupe Sarah Maldoror (1929–2020), cuja obra revela grande comprometimento com as lutas de libertação na África. Uma programação especial está sendo pensada também para a nova sala de cinema no IMS Poços – ao lado de produções selecionadas do circuito comercial, a coordenadoria de Cinema do IMS, liderada por Kleber Mendonça Filho, privilegiará o trabalho de cineastas locais. Além disso, uma mostra de filmes tendo salas de cinema como pano de fundo se estenderá ao longo do ano.

Na área de Educação, há vários projetos previstos para 2024. Entre eles, um curso para professores da rede pública interessados em cultura visual e expressões artísticas, em formato virtual e com 20 horas de duração. No Rio de Janeiro, o Escola Escuta, focado em formação com e para agentes culturais periféricos na cidade, se desenvolve em seis módulos: produção de exposições; elaboração de projetos culturais; cultura, corpo e cidade; montagem de portfólio; encontros sobre fotografia contemporânea; e a residência Laboratório de Imagens. As ações serão realizadas em três territórios: Maré, Rocinha e Honório Gurgel (Parque Madureira).

Em São Paulo, o IMS continua a parceria iniciada em 2022 com a Ocupação Penha Pietra’s, recebendo grupos de famílias da ocupação para visitas mediadas às exposições e oferecendo oficinas para crianças e adultos. E, em Poços de Caldas, o centro cultural prossegue com o Projeto Escola Perto, uma parceria com escolas da cidade tendo como objetivo conhecer a instituição, suas exposições e seus acervos, articulando interesses dos estudantes e professores. Confira abaixo as sinopses de exposições e mostras de cinema previstas para 2024:

São Paulo (SP)

IMS Paulista

A câmera de Jorge Bodanzky: conflito e resistência durante a ditadura brasileira, 1964–1985 (título provisório) – de 23 de março a 28 de julho de 2024

Exposição em homenagem à carreira do cineasta e fotógrafo Jorge Bodanzky (1942) com foco na produção realizada durante a ditadura militar brasileira (1964–1985). O período engloba a jovem produção fotográfica, as experimentações em super-8, as reportagens para tevês alemãs e alguns dos principais longas-metragens, como “Iracema” (1974), “Gitirana” (1975), “Os Mucker” (1978), “Jari” (1979), “Terceiro milênio” (1980) e “Igreja dos oprimidos” (1985). Com equipe enxuta e ideias abundantes, Bodanzky renovou o cinema brasileiro ao mesclar documentário e ficção para abordar os conflitos sociais e políticos do período em que o manto desenvolvimentista recobriu o país de violência e opressão. Nos 60 anos do golpe militar que calou o Brasil, a produção de Bodanzky é um convite urgente e atual para repensar a democratização do país e a renovação do cinema político. Curadoria de Thyago Nogueira. Curadora-assistente: Horrana Santoz. Pesquisa de Ângelo Manjabosco e Mariana Baumgartner. Em uma parceria entre áreas do IMS, o Cinema IMS organiza uma ampla retrospectiva da obra de Jorge Bodanzky (veja mais na rubrica Cinema).

Josef Koudelka – de 18 de maio a 15 de setembro de 2024

Com curadoria do próprio fotógrafo tcheco, a exposição reunirá duas séries famosas de Josef Koudelka, um dos grandes nomes da tradição da fotografia humanista: Ciganos e Exílios. Iniciadas respectivamente nas décadas de 1960 e 1970, as duas séries são apresentadas integralmente, com ampliações produzidas nas décadas de 1980 e 1990 sob a supervisão do artista.

Stefania Bril: desobediência pelo afeto – de 24 de agosto de 2024 a 26 de janeiro de 2025

Primeira exposição individual depois de quase cinco décadas da última mostra organizada com o trabalho da fotógrafa polonesa que emigrou para o Brasil nos anos subsequentes ao fim da Segunda Guerra. Stefania Bril (1922–1992) desenvolveu sua obra principalmente nos anos 1970 e teve importante atuação como crítica e curadora, trabalhando ativamente na construção de um circuito cultural para a fotografia no Brasil no contexto da abertura democrática. Com novas ampliações de suas fotos, muitas delas inéditas, além de vintages e materiais de arquivo, a exposição ressalta a particularidade de seu olhar fotográfico – que se dá em chave feminina, calcado no afeto e na desobediência às lógicas dominantes – e seu compromisso pedagógico de difusão da arte fotográfica. A curadoria é de Ileana Pradilla e Miguel Del Castillo, com assistência de curadoria de Pamela de Oliveira.

Centenário Thomaz Farkas (título provisório) – de 19 de outubro de 2024 a 9 de março de 2025

No ano do centenário de nascimento de Thomaz Farkas (1924–2011), o IMS apresenta uma grande retrospectiva que percorre de forma abrangente as principais vertentes da vida e da obra do fotógrafo húngaro, que chegou ao Brasil aos 6 anos e aqui atuou em diversas frentes no campo das artes e da cultura: fotografia, cinema e gestão e difusão cultural. A exposição articula três principais conjuntos de obras de Farkas: a produção fotográfica de juventude, representada pelo material que produziu para a sua exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1949, já indicativa dos caminhos que trilharia a seguir, além de sua produção em cores do período; a produção integral cinematográfica da Caravana Farkas, mergulho na territorialidade do país através do cinema documental dos anos 1960 e 1970; e o legado da coleção Thomaz Farkas/Galeria Fotoptica, formada entre 1979 e 1995 por mais de 750 obras de 150 fotógrafas e fotógrafos do país. Curadoria de Sergio Burgi, Rosely Nakagawa e Juliano Gomes, com assistência de curadoria de Alessandra Coutinho. Supervisão de João Fernandes.

IMS Paulista – Avenida Paulista, 2424 – São Paulo (SP)

Tel.: (11) 2842-9120

Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h.

Entrada gratuita.

Poços de Caldas (MG)

IMS Poços

Fotoclubismo em Poços de Caldas – Vestígios de uma história – de 13 de janeiro a 9 de junho de 2024

A exposição apresenta imagens de fotoclubes nacionais e estrangeiros encontradas no acervo do fotógrafo poços-caldense Limercy Forlin. Membro diretor do Foto Cine Clube de Poços de Caldas, Forlin guardou um conjunto significativo de ampliações que teriam sido parte do terceiro e último salão internacional, organizado em 1970 pelo Foto Cine Clube Poços-Caldense de Fotografia Pictorial. A mostra reúne mais de 100 fotografias dessa coleção, com destaque para a produção fotoclubista em Poços de Caldas, que teve como atores principais Roberto Thomas Arruda, Don Duane Williams, Vera Ferreira, Antônio Jayro Mota, Célio Barbosa, Dorival Pereira, José Asdrúbal Amaral Roberto de Andrade, Limercy e Zizi Forlin. A curadoria é de Teodoro Stein Carvalho Dias, com assistência de curadoria de Beatriz Matuck.

Madalena Schwartz: as metamorfoses – Travestis e transformistas na SP dos anos 70 – de 13 de janeiro a 9 de junho de 2024

Nascida em Budapeste, a fotógrafa Madalena Schwartz (1921–1993) teve atuação de destaque no meio cultural de São Paulo, onde se radicou em 1960. Dedicou seu primeiro ensaio de fôlego às personagens que conheceu na noite paulistana: artistas transformistas, andrógenos e travestis, num arco em que surgem desde nomes essenciais da época, como Ney Matogrosso e os Dzi Croquettes, até figuras hoje quase esquecidas. A curadoria é de Gonzalo Aguilar e de Samuel Titan Jr.

Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito – de 29 de junho a 17 de novembro de 2024

Ao longo de mais de sete décadas, Walter Firmo (1937) documentou inúmeras regiões do país enaltecendo seus personagens, sobretudo os negros, e múltiplas manifestações culturais e religiosas, além de retratos icônicos de grandes nomes da música popular, como Pixinguinha e Cartola. Fotografou em cor e preto e branco, produzindo, segundo suas próprias palavras, “um inventário da sociedade brasileira”. Grande e atraente amostragem do trabalho de Firmo, a exposição com curadoria de Sergio Burgi e curadoria adjunta de Janaina Damaceno chega a Poços de Caldas depois de passar pelo IMS Paulista, pelas unidades do CCBB de Rio, Brasília e Belo Horizonte e pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, onde fica em cartaz até 31/3. O catálogo da mostra acaba de vencer o prêmio Jabuti deste ano, na categoria Artes.

IMS Poços – Rua Teresópolis, 90 – Poços de Caldas, MG, Brasil

(35) 3722-2776

Horário de funcionamento: terça a sexta, das 13h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h

Entrada gratuita

Rio de Janeiro (RJ)

Paço Imperial

Iole de Freitas, 1970 – Imagem como presençade 2 de dezembro de 2023 a 24 de março de 2024

Inaugurada no fim de 2023 no Paço, a exposição reúne uma série de trabalhos que Iole de Freitas produziu na década de 1970 pouco vistos pelo público brasileiro e alguns inéditos. São fotos e filmes em super-8 e 16mm dos tempos em que a artista viveu em Milão e Nova York, num momento em que era parte ativa, na Itália, de um ambiente político de grande efervescência política e cultural. Há também instalações que a artista realizou no período, como as que apresentou em Milão, no Studio Marconi, e em Paris, na Bienal Jovem de 1975. São os primeiros trabalhos de uma artista, então na casa dos 20 anos, apresentados ao público brasileiro num conjunto abrangente e representativo da produção de Iole naquela década. Curadoria de Sônia Salzstein; assistência de curadoria de Leonardo Nones.

Paço Imperial – Praça XV de Novembro, 48, Centro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Horário de funcionamento: terça a domingo, das 12h às 18h

Entrada gratuita

Cinema

Projeto Jorge Bodanzky no IMS | IMS Paulista – em março de 2024

Em homenagem à carreira e às oito décadas do cineasta Jorge Bodanzky, o IMS apresenta uma retrospectiva completa de filmes de sua autoria como diretor, conjugada a algumas das obras em que trabalhou como fotógrafo e às suas experimentações em super-8. Estas últimas foram organizadas em novas montagens sob o comando do pesquisador Ewerton Belico e do montador Luiz Pretti, com eixos que se costuram pelas temáticas extraídas de seu arquivo em super-8: Um realizador viajante, curtas em diálogo destacado com outros cineastas, como Hector Babenco, Wolf Gauer e Klaus Brugger; Retrato em branco e preto, parte dos arquivos de viagens de Bodanzky alinhados com registros familiares e pessoais diversos dos anos 1970; Bodanzky repórter, articulação de materiais que se avizinham da reportagem documental, em especial produtos realizados para a televisão alemã; e Modos de ver, materiais relativos a artistas visuais como Emanoel Araujo, Donato Ferrari, Geraldo Orthof e Soho Suzuki, em linguagem mais próxima ao cinema experimental. Em uma parceria entre áreas do IMS, a fotografia contemporânea prepara uma exposição no mesmo período (leia acima).

Retrospectiva Sarah Maldoror | IMS Paulista – em dezembro de 2024

Cineasta nascida em Guadalupe, Sarah Maldoror foi uma das grandes contribuições às culturas cinematográficas de Angola e Moçambique, com frequência focando no papel da mulher nas lutas de libertação em seus territórios. Estudou cinema na ex-União Soviética, tendo iniciado a carreira durante as lutas de independência da África – seus filmes revelam um profundo comprometimento com a história das lutas de libertação. O longa “Sambizanga” (1972) trata da participação das mulheres nessas lutas através da jornada da protagonista. Antes, dirigiu na Argélia o curta “Monangambé” (1968), exibido em 1971 na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Também atuou no teatro – foi uma das fundadoras da companhia de teatro negra Les Griots, em Paris, em 1956.

Abertura da nova sala de cinema de Poços de Caldas – a partir de 13 de janeiro de 2024

Uma enxuta, mas substanciosa programação do circuito comercial está sendo especialmente pensada para Poços. A curadoria da nova sala, em um diálogo iniciado em janeiro de 2023 com agentes culturais, cineastas, gestores e produtores culturais, movimento hip-hop, movimento negro e congada caldense, entre outros, estabeleceu a cidade como o lugar de novidades, de estreias, de novas mostras e não apenas um reflexo do que acontece nos cinemas do eixo São Paulo-Rio. No fim de semana inaugural, dois importantes nomes estarão presentes com seus filmes: a sessão especial antes da estreia do filme “O dia que te conheci”, do cineasta mineiro André Novais (Filmes de Plástico), e a caldense Glenda Nicácio, com seu primeiro longa, “Café com canela”, junto a seu parceiro de direção Ary Rosa (da produtora Rozsa Filmes). Glenda Nicácio e Ary Rosa foram os homenageados da edição de 2023 da Mostra de Cinema de Tiradentes, uma das mais importantes mostras de cinema brasileiro contemporâneo do país. No entanto, a dupla, sobretudo Glenda, não é conhecida ou mesmo reconhecida em sua própria cidade, embora tenham uma profícua produção de filmes e de reescreverem os modos de roteiro, direção e produção de suas obras, num contexto especial dentro do Recôncavo Baiano. Ainda no fim de semana inaugural, curtas caldenses serão exibidos abrindo as sessões de longas, com apresentação de seus realizadores. Na programação estendida, uma mostra de filmes que tenham a sala de cinema como pano de fundo será apresentada ao longo do ano de 2024.

(Fonte: Instituto Moreira Salles)

MIS Campinas recebe lançamento de livro que retrata a história do Palácio dos Azulejos

Campinas, por Kleber Patricio

Livro faz parte da Coleção Conhecer Para Cuidar. Foto: divulgação.

O Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) sediou no dia 19 de dezembro o evento de lançamento e entrega do livro “Campinas e o Palácio dos Azulejos – de Solar a Museu”. Os autores do livro são Alexandre Sonego, Ana Villanueva e Hélia Brito.

O Palácio dos Azulejos, que atualmente abriga o MIS, foi o patrimônio escolhido para ser representado no livro da Coleção Conhecer Para Cuidar, considerada uma das mais importantes e inovadoras iniciativas de educação patrimonial e de estímulo ao turismo cultural sustentável do Brasil. Já representou 34 patrimônios culturais de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais por meio de maquetes de papel.

O coordenador de Extensão Cultural, Douglas Menezes, responsável pela gestão de todos os museus municipais, afirma que o livro é uma obra notável, representando um projeto consolidado de grande relevância. “Com distribuição gratuita, o livro do projeto Conhecer para Cuidar, destaca-se por valorizar o rico patrimônio cultural da edificação e da cidade de Campinas, oferecendo aos visitantes uma imersão educativa por intermédio de seu conteúdo descrito e pela surpreendente maquete do Palácio dos Azulejos disponível no livro para ser montada. Recomendo a leitura e apreciação do material que pude acompanhar a elaboração e desenvolvimento do projeto”.

Alexandre Sonego, um dos autores, sente-se lisonjeado pelo convite, mas com a responsabilidade e desafio de aproximar este importante equipamento cultural campineiro, o Palácio dos Azulejos e MIS – Museu da Imagem do Som do público infanto-juvenil, que terão acesso a este material. “Considerei a iniciativa da Asas Produções louvável por desenvolver este projeto em diferentes lugares do Brasil e principalmente por garantir a distribuição gratuita dos livros. Tenho uma premissa, parafraseando Santo Agostinho, que diz que ‘não se ama o que não se conhece’; dessa forma, projetos como este permitem que nossas crianças e adolescentes, bem como suas famílias, possam ter contato com a História e Patrimônio Nacional”.

Montagem de maquetes

Em cada cidade por onde a edição do projeto Conhecer Para Cuidar passa, é realizada uma programação. Em Campinas, serão quatro dias de atividades. Esse é um dos momentos de entrega do Projeto à comunidade. A programação engloba a realização das “Vivências Conhecer Para Cuidar”. Nelas, os participantes realizarão a montagem de maquetes em miniatura de papel do Palácio dos Azulejos. Essa interação promove a aproximação do público com o patrimônio representado, propiciando uma ligação afetiva e despertando a atenção para a importância da preservação dos bens públicos.

Já durante as “Interações Digitais Colaborativas”, os participantes utilizam o “Aplicativo Digital Conhecer Para Cuidar” para acesso às informações adicionais (sobre o Palácio dos Azulejos e o MIS-Campinas) a partir de cartas de interação. O aplicativo instalado nos tablets do projeto “lê” as cartas interativas e disponibiliza, de forma lúdica e consistente, interações inovadoras. As atividades de entrega atingem, durante os quatro dias, aproximadamente 1.280 pessoas de forma direta. Serão realizadas quatro “Vivências” e “Interações Digitais” por dia. Cada horário tem duração de 105 minutos e vaga para até 80 participantes. As atividades são gratuitas.

O Projeto Conhecer Para Cuidar conta com o patrocínio da Empresa Gontijo de Transportes, o apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campinas, do Museu da Imagem e do Som (MIS-Campinas), é executado por meio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC ICMS e ProAC Direto) e realizado pela Asas Empreendimentos Culturais.

Conheça os autores:

Alexandre Sonego de Carvalho é escritor, pesquisador, professor, filmmaker, gestor cultural e educacional. Possui graduação em Pedagogia – Unesp (2005) e Letras pela Unitoledo (2011), Especialista em Artes Visuais, Intermeios e Educação, pela Unicamp e em Ética, Valores e Cidadania na Escola pela USP. Mestre em Educação pela PUC-Campinas e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP/University of Leeds-UK tendo como objeto de pesquisa o MIS de Campinas.

Ana Villanueva é arquiteta, professora, pesquisadora, escritora e sócia proprietária da empresa Pátina Arquitetura e Consultoria. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas (1987), Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP (1997) e Doutora em História pela Unicamp (2010). Possui publicações nacionais e internacionais. Coordenou o Setor de Patrimônio Cultural de Campinas com destaque para projetos de restauro; dentre eles, o restauro do Palácio dos Azulejos. Servidora pública aposentada da Prefeitura Municipal de Campinas, tendo atuado como arquiteta na Coordenadoria do Patrimônio Cultural, no Museu da Imagem e do Som e no Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, é autora do livro Arquitetura Neoclássica em Campinas. Recentemente concluiu pesquisa de Pós Doutorado em História na Unicamp.

Hélia Brito é analista pedagógica de História, produtora de Conteúdo Pedagógico e autora de livros didáticos. Atua desde 2017 no ramo editorial e possui conhecimento de toda a cadeia de produção de materiais didáticos. Licenciada em História (Unibh – 2016) e especialista em Gestão Estratégica de Escolas (PUC Minas – 2021).

Mais informações: contato@conhecerparacuidar.com.br.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)

Sul e Sudeste lideram perda de manguezais no Brasil em oito anos

Brasil, por Kleber Patricio

Estudo identificou perda de 34 km de manguezais; No detalhe, manguezais em Florianópolis (SC) próximo aos grandes centros comerciais. Foto: Pedro Walfir Souza-Filho/Arquivo pesquisadores.

Estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto Tecnológico Vale (ITV) e a empresa Soluções em Geoinformação (Solved) a partir de sensoriamento remoto revela que os manguezais das regiões Sul e Sudeste do Brasil perderam 34 quilômetros quadrados de sua extensão em apenas 8 anos. Essa redução representa 4% da cobertura total desse bioma na área em questão e pode ser um alerta para ampliar os cuidados com o ecossistema. Os resultados estão descritos em artigo científico publicado na sexta (22) na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências”.

Os pesquisadores submeteram imagens de satélites radares e ópticos e dados coletados em campo a uma Análise Baseada em Objetos Geográficos (GEOBIA), método que classifica as imagens nas seguintes categorias: corpos d’água, terra firme e manguezais. Segundo um dos autores do estudo, Pedro Walfir Souza-Filho, da UFPA e do ITV, a técnica escolhida é mais precisa do que aquelas baseadas apenas em imagens de satélites ópticos. “Ela reúne pixels semelhantes baseadas na classificação do conteúdo. Assim, ela forma uma visualização mais integrada”, explica o cientista.

Os resultados revelaram a perda de 34 quilômetros quadrados de manguezais nas regiões Sul e Sudeste entre 2008 a 2016; ou seja, a cobertura total passou de 823 para 789 quilômetros quadrados em oito anos. A diminuição foi observada em todos os cinco estados do Sul e Sudeste banhados pelo mar, com exceção do Rio de Janeiro. “Os manguezais têm um papel importante na proteção costeira em resposta a eventos extremos, na conservação de habitats marinhos e da vida selvagem, além de capturar grandes quantidades de carbono da atmosfera”, destaca Souza-Filho.

Em comparação com outras regiões do Brasil, o Sul e o Sudeste foram os mais afetados pela perda de manguezais no período estudado. No Nordeste, as áreas cobertas por esse bioma permaneceram estáveis entre 2008 a 2016, enquanto, no Norte, elas cresceram cerca de 10%. Baseados em observações e análises, os pesquisadores levantaram hipóteses para explicar essa diferença e atribuíram a redução na cobertura principalmente à ocupação da zona costeira com aumento de urbanização e de atividades portuárias.

Para os pesquisadores, o método utilizado no estudo é uma ferramenta eficaz para o monitoramento dos manguezais e os dados podem colaborar para uma proteção mais acentuada desse ecossistema. “Os resultados podem ser utilizados como referência para o estabelecimento de políticas de conservação, principalmente em função do mapeamento das áreas de manguezais estáveis”, salienta Souza-Filho.

Os cientistas pretendem seguir estudando o tema para contribuir com a compreensão e a preservação das áreas de mangue no Brasil. “Continuamos desenvolvendo pesquisas na região estudada e atualizando o mapeamento anualmente para que possamos observar as tendências atuais”.

(Fonte: Agência Bori – Coleção Ressoa Oceano)