Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
A Japan House São Paulo anuncia a prorrogação da exposição ‘A vida que se revela’ por mais um mês. A mostra, que apresenta quatro séries de fotografias intimistas produzidas pelas fotógrafas japonesas Rinko Kawauchi (1972) e Tokuko Ushioda (1940), terá seu período estendido até 4 de maio, sempre com entrada gratuita.
Vista por mais de 192 mil pessoas até o momento, a exposição exibe registros de momentos familiares e da intimidade dos lares japoneses a partir dos olhares singulares dessas duas importantes fotógrafas. A mostra é realizada em parceria com o Kyotographie International Photography Festival 2024, um dos mais importantes festivais de fotografia do Japão.
“São formas muito poéticas de mostrar esses cotidianos, com um olhar bem cuidadoso e muito pessoal para os pequenos detalhes e momentos, alguns comuns, outros inusitados e até divertidos. O que a gente espera é que o público se aproxime desse dia a dia, que crie uma certa intimidade com a vida dessas duas mulheres, que nada mais é do que a vida de uma pessoa comum no Japão e que pode ter tanto em comum com as nossas vidas aqui, do outro lado do mundo”, comenta Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo.
Serviço:
Exposição A vida que se revela
Período: 19 de novembro de 2024 a 4 de maio de 2025
Local: Japan House São Paulo, segundo andar – Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais) no site.
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)
A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações.
(Com Bruna Janz/Suporte Comunicação)
O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, a partir de 11 de abril, a exposição ‘Hulda Guzmán: frutas milagrosas’, primeira mostra individual da artista dominicana Hulda Guzmán (Santo Domingo, República Dominicana, 1984) em um museu.
Em suas telas, a artista subverte a tradição da pintura de paisagem ao negar sua representação exótica e idílica, escolhendo, ao contrário, tratar a natureza como um território protagonista no qual todos os elementos encontram-se em relações de interdependência. Relações de afeto e os arredores do lugar onde vive são temas recorrentes em suas telas, em que cenários tropicais e fantásticos são habitados por um elenco diverso de personagens — reais ou imaginários.
Hulda Guzmán – Fiesta em el batey [Festa no batey], 2010-11 – Acrílica sobre tela [Acrylic on canvas], 178 x 284 cm – Centro Cultural Eduardo León Jimenes, Santiago de los Calalleros, Republica Dominicana. Cortesia [Courtesy of] Hulda Guzmán.
Com curadoria de Amanda Carneiro, curadora, MASP, a mostra tem como ponto de partida a tela ‘Come Dance—Asked Nature Kindly [Venha dançar—convidou a natureza gentilmente]’, incorporada ao acervo do MASP em 2020, no contexto do ciclo curatorial dedicado às Histórias da dança. A pintura retrata uma grande festa em meio a uma densa e vibrante floresta tropical, na qual figuras humanas interagem de diversas formas: a artista abraça uma árvore, uma criança repousa ao lado de um cachorro, pessoas dançam, se banham e se beijam. O título da obra reforça a reciprocidade, pois a dança não se limita à alegria do movimento, é também uma coreografia de interdependência, um gesto que evidencia que a vida na Terra não pode prosperar no isolamento ou na dominação. Além deste trabalho, a exposição também apresenta outras 17 pinturas, entre as quais 8 são obras inéditas confeccionadas especialmente para a ocasião.
Hulda Guzmán, ‘please awake’— asked nature kindly, 2019. Cortesia [Courtesy of] Hulda Guzmán e [and] Alexander Berggruen, Nova York [New York].
“O trabalho de Guzmán é muitas vezes uma combinação de observação direta e colagem de figuras e personagens, compondo cenas que transitam entre o íntimo e o inesperado. Em seus quadros, familiares, amigos e animais dividem espaço com personagens que ela garimpa em fontes diversas, como pinturas de diferentes autorias, fotos ou vídeos encontrados em redes sociais”, afirma Amanda Carneiro.
Ricas em detalhes, texturas e cores, as pinturas de Guzmán convidam o público a uma observação atenta, revelando múltiplas camadas visuais e narrativas. A paisagem, protagonista monumental de sua obra, abriga cenas de interações entre diversos personagens ligadas aos prazeres, à sociabilidade e à alegria, evidenciando a indissociabilidade entre vida humana e natureza. Assim, o ambiente natural emerge simultaneamente como cena e cenário, ampliando as possibilidades de leitura desse gênero da pintura na contemporaneidade.
Hulda Guzmán, Find Me in All Things, 2025. Cortesia [Courtesy of] Hulda Guzmán, Alexander Berggruen, Nova York [New York] e [and] Stephen Friedman Gallery, Londres, Inglaterra.
Sobre a artista
Hulda Guzmán (Santo Domingo, República Dominicana, 1984) estudou belas artes e ilustração na Escuela de Diseño Altos de Chavón, na República Dominicana, e concluiu o bacharelado em artes visuais na Escuela Nacional de Artes Plásticas, na Cidade do México. Já expôs em instituições como Fine Arts Center at Colorado College (Colorado Springs), Denver Art Museum, Art Museum of the Americas (Washington, D.C.), Museo de Arte y Diseño Contemporáneo (San José, Costa Rica), Museo de Arte Moderno (Santo Domingo) e Pérez Art Museum (Miami). Em 2019, integrou o pavilhão da República Dominicana na 58ª Bienal de Veneza.
Acessibilidade
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil – com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral.
Catálogo
Por ocasião da mostra, será publicado um catálogo bilíngue, em inglês e português, reunindo imagens e ensaios comissionados que abordam a trajetória de Hulda Guzmán, resultando na primeira grande publicação sobre sua obra. O livro tem organização editorial de Amanda Carneiro, curadora, MASP, e textos de Carneiro, Tobias Ostrander e Elena González. A edição apresenta mais de 100 imagens, com ampliações que ressaltam tanto detalhes da obra da artista quanto ilustrativas de referências.
Realização e apoio: Hulda Guzmán: frutas milagrosas é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, ProAC ICMS e tem apoio de Lefosse.
Serviço:
Hulda Guzmán: frutas milagrosas
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP
11/4 — 24/8/2025
1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada).
Site oficial | Facebook | Instagram
(Fonte: Assessoria de imprensa MASP)
Nesta sexta-feira (11/4), a Orquestra Brasil Jazz Sinfônica realiza o segundo concerto de 2025 no Teatro Cultura Artística, que retornou à cena cultural paulistana. Sob regência do maestro João Maurício Galindo, a apresentação tem início às 20h e conta com músicas de Pixinguinha, Tom Jobim, Dorival Caymmi e muitos outros. Os ingressos estão à venda na plataforma INTI e custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).
A Orquestra se apresentará em uma formação intimista e inovadora, denominada Quarteto de Jazz + Cordas, combinando a tradicional seção de cordas com a chamada ‘cozinha’ – composta por baixo, guitarra, piano e bateria, e também percussão popular e erudita. Esta configuração promete uma experiência sonora única, que evidencia a versatilidade da Orquestra em transitar entre diferentes formatos e propostas musicais.
O repertório do concerto destaca a amplitude artística da Brasil Jazz Sinfônica, percorrendo desde clássicos norte-americanos como ‘Nice Work If You Can Get It’, de George Gershwin, passando pelo tango argentino de Astor Piazzolla e Richard Galliano, até chegar a ícones da música brasileira como Pixinguinha, Tom Jobim, Guinga e Dorival Caymmi. Esta diversidade demonstra a capacidade da orquestra de dialogar com múltiplas influências e estilos musicais, criando pontes entre o erudito e o popular, entre o internacional e as raízes nacionais, culminando com a execução do choro ‘Odeon’ de Ernesto Nazareth.
O concerto conta com arranjos assinados por renomados músicos como Cyro Pereira, Nelson Ayres, Gilson Peranzzetta, Fábio Prado e Tiago Costa, além de composições originais de Paulo Henrique Costa e Breno Oliveira. A qualidade destes arranjadores reflete o compromisso da Orquestra com excelência artística e inovação musical. Este evento não apenas celebra a música brasileira e internacional em seus diversos matizes, mas também simboliza a importante retomada do Teatro Cultura Artística como espaço vital para as artes em São Paulo, reafirmando seu papel na cena cultural da cidade após período de restauração.
Repertório:
– Nice Work If You Can Get It – George Gershwin (arranjo de J. Tamosaites);
– Libertango – Astor Piazzolla (arranjo de Bel Rebello);
– Tango pour Claude – Richard Galliano (arranjo de Stéphane Rougier);
– Por una Cabeza – Alfredo Lepere (arranjo de Cíntia Zanco);
– Carinhoso – Pixinguinha (arranjo de Cyro Pereira);
– Luiza – Tom Jobim (arranjo de Cyro Pereira);
– Caiu do Céu – Guinga (arranjo de Gilson Peranzzetta;
– Reflexões sobre uma valsa de Jobim – Paulo Henrique Costa;
– Cordel Nordestino – Breno Oliveira;
– Concerto de Bateria – Pixinguinha (arranjo de Fábio Prado);
– Doralice – Dorival Caymmi (arranjo de Tiago Costa);
– Canto da Ema – João do Valle (arranjo de Tiago Costa);
– Odeon – Ernesto Nazareth (arranjo de Nelson Ayres).
Serviço:
Diálogos Musicais: BJS Quarteto de Jazz + Cordas
Regência: João Maurício Galindo
Data: 11 de abril (sexta-feira)
Horário: 20h
Duração: 70 minutos
Local: Teatro Cultura Artística
Endereço: Rua Nestor Pestana, 196 – Consolação
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)
Vendas: plataforma INTI.
(Com Gelse Montesso/TVCultura)
Obras do artista plástico Márcio Périgo na mostra ‘Somos Memória’ na Fundação Stickel. Fotos: Juan Esteves.
O artista plástico Márcio Périgo apresenta a mostra ‘Somos memórias’ a partir do dia 12 de abril de 2025 (sábado), das 11h às 16h, na Fundação Stickel, na Vila Olímpia, em São Paulo. Com texto crítico da Agnaldo Farias, a exposição conta com 66 gravuras em metal, Buril e água tinta do período de 2020-2024, em que o artista procura uma aproximação com os desenhos geométricos corporais e utensílios dos indígenas brasileiros, com as cores naturais de terra, cálcio e carvão.
A inspiração para este trabalho vem de um personagem citado pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922–1997) em seu livro ‘Diário Índios: Os Urubus-Kaapor,’ de cujo nome é Anakanpukú, que tem uma ótima memória, tão prodigiosa e a serviço de sua comunidade: “Ele conhece uma genealogia de oito gerações que remonta aos anos de 1800 e envolve uma parentela de mil nomes”.
O artista, que tem obras no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, pesquisa e se interessa cada vez mais por pinturas e gravuras rupestres do território brasileiro, pois considera que aí estão as origens e a força da existência de uma cultura pré-colombiana. “Busco, assim, me avizinhar-me da maneira com o que esses povos se expressavam há centenas de anos. Este é meu interesse quando da leitura desses trabalhos: saber quando, porquê, como e em que condições essas obras foram feitas”, afirma Périgo.
Sobre o artista
Márcio Périgo nasceu em 1949, em São Paulo/SP, onde vive e trabalha. Iniciou seu trabalho em gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado em 1972. Em 1977, obteve o título de Bacharel em Comunicação Visual, quando apresentou um painel voltado a um estudo gráfico da obra Grande Sertão-Veredas, de João Guimarães Rosa. Obteve o título de mestre na área de Poéticas Visuais, com a dissertação ‘A Matéria da Sombra’, em 2001. Em 2009, obteve o título de doutor apresentando a tese ‘Caos Aparente – Sinais gráficos’.
No ano de 1974, realizou uma viagem de estudos nos Andes, onde pesquisou a paisagem e seu entorno com desenhos que se tornaram significantes em seu trabalho em gravura até os anos 1980. Seu entendimento dessa experiência foi que o desenho de uma linha, ao definir um espaço, não pode ser mais denso que o próprio espaço.
Sua primeira exposição individual, realizada em 1977, foi a convite do Prof. Pietro Maria Bardi, no MASP. Exposições coletivas no exterior são: Mendonza, Argentina na Mostra de Grabadores Brasileños; em Porto Rico, EUA na V Bienal Del Grabado Latino-americano; Art in New York, USA, com gravuras na La Jeune Gravure Contemporaine; no Grand Palais de Champs Elisées em Paris, França; 17a Biennale Internationale de Gravure na Moderna Galerija, em Liubliana, antiga Iugoslávia; Centro Internazionale della Gráfica em Veneza, Itália; V Exhibition Internazionale di Gráfica na Accademia di Belle Arti na Catania, Itália. Em 1989, da 18a Bienalle Internazionale, novamente em Liubliana; 2a Bienal de Gravura de Amadora, Portugal e de uma exposição coletiva no Museu de la Estampa da cidade do México, México, em 1990. Mostras coletivas e individual no Brasil são: I Salão Nacional Universitário de Artes Plásticas, realizado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, RJ, promovido pela Funarte.
Atualmente é professor aposentado de Práticas de Oficina e Gravuras no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas e participou como Membro do Conselho na Comissão de Graduação e no Centro de Pesquisa em Gravura e orientou trabalhos de alunos de artes visuais na pós-graduação na mesma instituição.
Ultimamente vem participando de mostras coletivas e destacando algumas individuais: Marcio Périgo no acervo da Pinacoteca SP em 2005 e Marcio Périgo Obra Gráfica na Caixa Cultural SP em 2012, Mapa dos Apagamentos no Espaço 1338 em 2018, premiado no 15o Salão Bunkio em São Paulo e no 50o Salão Primavera em Resende/RJ e, também neste ano, exposição de desenhos na Graphias Casa da Gravura/ SP. Em 2024 a exposição Convergências e singularidades na galeria GARE/SP e Correspondência 3 no Espaço Nexus-Maria Villares. https://graphias.com.br/novo/artista/marcio-perigo/
Sobre a Fundação Stickel
É uma instituição sem fins lucrativos com mais de 65 anos de história. Desde 2012, seu lema é ‘Arte Transforma’. Desenvolve ações que despertam a curiosidade, a criatividade e o sentimento de pertencimento por meio de cursos gratuitos, palestras, exposições, publicação de livros e fomento a artistas. Assim, tem por missão transformar a sociedade brasileira por meio da arte, com ética, transparência e respeito aos processos de aprendizado. Quer que a jornada da inclusão sociocultural desperte novos potenciais em jovens e adultos para que se tornem agentes dessa transformação. https://www.fundacaostickel.org.br/
Serviço:
Mostra Somos Memória, de Márcio Périgo
Texto crítico: Agnaldo Farias
Abertura: 12 de abril de 2025 (sábado), 11h às 16h
Visita: 14 de abril a 24 de maio de 2025
Terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e aos sábados, das 11h às 15h
Quanto: gratuito e livre
Fundação Stickel
Rua Nova Cidade 193 – Vila Olímpia – São Paulo, SP
Tel: (+55 11) 3083-2811
e-mail: adm@fundacaostickel.org.br
Site: https://www.fundacaostickel.org.br/
Redes sociais:
Márcio Périgo @marcioperigo
Agnaldo Farias @agnaldo_farias
Fundação Stickel @fundacao.stickel.
(Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)
Ativistas da causa animal desceram de rapel no Viaduto da Sumaré neste domingo (6), em São Paulo, usando máscaras de porco e segurando cartazes que pediam o fim das gaiolas de gestação. A ação foi realizada pela ONG Sinergia Animal e direcionada à Aurora Alimentos, terceira maior produtora de carne suína do Brasil, denunciando práticas controversas em sua cadeia de produção.
No alto do viaduto, ativistas abriram uma faixa com os dizeres: ‘Aurora Alimentos: Produção Baixo Nível!’. A mensagem faz referência à recente edição do relatório Porcos em Foco, que avalia e classifica o progresso em bem-estar animal das maiores empresas de suinocultura do país. A Aurora ficou entre as piores colocadas por não ter banido completamente o uso de gaiolas de gestação para porcas grávidas em novas unidades e ainda permitir o corte de orelhas, um procedimento doloroso realizado sem anestesia ou analgesia em leitões recém-nascidos.
“É lamentável que uma empresa desse porte ainda permita práticas que causam tanto sofrimento aos animais em sua cadeia de produção. Na ação de hoje, descemos simbolicamente como o nível de bem-estar da Aurora Alimentos para expor a realidade às centenas de pessoas que passavam embaixo do viaduto”, comparou Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal no Brasil.
Milhares de porcas no Brasil, conhecidas como matrizes, gestam os milhões de leitões usados anualmente para abate pela indústria da carne. As fêmeas reprodutoras são comumente mantidas em gaiolas de metal por semanas ou meses, praticamente imobilizadas, sem espaço para caminhar ou sequer se virar. A prática causa intenso sofrimento físico e psicológico aos animais, sendo banida no Reino Unido, na Noruega e em diversos países. Já os leitões enfrentam uma série de mutilações nos primeiros dias de vida, como o corte de orelhas — um procedimento ultrapassado feito para identificação dos animais.
A Sinergia Animal cobra que a Aurora adote métodos mais éticos e assuma um compromisso público de acabar com o corte de orelhas e banir totalmente as gaiolas de gestação em novas unidades, nos moldes dos já adotados por suas principais concorrentes, BRF e JBS. “A Aurora impacta a vida de mais de 7,6 milhões de animais por ano e tem a responsabilidade de evoluir para um sistema de produção mais ético, atendendo aos anseios de consumidores cada vez mais conscientes. O mercado está mudando e, infelizmente, a Aurora está ficando para trás”, argumentou a diretora.
A ação integra uma campanha nacional lançada em 2024. A organização busca diálogo direto com a Aurora Alimentos, propondo soluções viáveis para eliminar essas práticas de sua cadeia de produção.
Para saber mais, acesse: www.AuroraFazPior.com.
Vídeo: https://drive.google.com/file/d/186g__Ne6yhF66er56-hYa258EMPEfmhb/view?usp=sharing&t=28.
Sobre a Sinergia Animal | A Sinergia Animal é uma organização internacional que trabalha em países do Sul Global para diminuir o sofrimento dos animais na indústria alimentícia e promover uma alimentação mais compassiva. A ONG é reconhecida como uma das mais eficientes do mundo pela renomada instituição Animal Charity Evaluators (ACE).
(Com Jéssica Amaral/DePropósito Comunicação de Causas)