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Osesp apresenta concertos com Stravinsky, Varèse e Tchaikovsky no programa

São Paulo, por Kleber Patricio

O maestro estoniano Arvo Volmer. Foto: Adelaide Symphony Orchestra.

Dando continuidade à Temporada 2021, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre quinta-feira (14/out) e sábado (16/out) na Sala São Paulo, desta vez sob as batutas do maestro estoniano Arvo Volmer, convidado frequente da Orquestra, e de Ricardo Bologna, que além de regente é timpanista solista da Osesp. A Orquestra retoma nestas datas o ciclo Stravinsky 50, que relembra as cinco décadas de morte do compositor russo Igor Stravinsky, com a apresentação de seu Jogo de Cartas – além da abertura-fantasia Romeu e Julieta, de Tchaikovsky (ambos comandados por Volmer), e da obra para 13 percussionistas Ionisation, do francês Edgard Varèse (regida por Bologna). A performance de sexta-feira (15/out), às 20h, será transmitida ao vivo direto da Sala São Paulo pelo YouTube da Osesp.

Ionisation foi uma das primeiras obras musicais escritas apenas para instrumentos de percussão, lembrando que ela possui piano em sua orquestração, mas ele também é um instrumento de percussão. De certa forma, a composição foi um divisor de águas daquela época [início da década de 1930], já que os timbres da percussão são o foco e ela é construída totalmente em função desses timbres e das ‘cores’ dos instrumentos, sua forma é determinada por esses elementos”, explica o instrumentista e maestro Ricardo Bologna.

“Nessa peça temos dois grandes tipos de timbres: o primeiro tipo são os instrumentos de notas longas, que ressoam bastante, como congos, tantãs, pratos e até sirenes de polícia. E há os timbres que contêm sons muito mais curtos, como bongôs, caixas, blocos de madeira, castanholas e barras de ferro. Varèse, engenhosamente, constrói a peça utilizando essas duas grandes categorias de timbres combinadas, com contrapontos e formas rítmicas diversas, como se os sons longos fossem uma ‘cama’ para os curtos. É uma peça inovadora e que traz a percussão para o primeiro plano, já que até aquela época a percussão erudita era restrita a obras orquestrais, não havia essa independência da percussão e, em Ionisation, esses instrumentos adquirem o papel de protagonistas. Isso influenciou outros compositores, como John Cage e Steve Reich, e um novo universo se abriu na música do século XX, em que a percussão ganhou um papel importante justamente pela questão do timbre, da ‘cor do som’. As músicas de Varèse têm muitos elementos que ajudaram no desenvolvimento das músicas eletrônica e concreta, justamente pelo emprego de instrumentos de percussão e do uso do ‘ruído musical’. Isso gerou ramificações não só para a música para percussão do século XX, mas também para as músicas eletrônica, eletroacústica e concreta”, finaliza Bologna.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como seu Diretor Musical e Regente Titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

Arvo Volmer | É um dos maestros mais aclamados da Estônia, cuja carreira é cercada por numerosas gravações de renome. Nascido na Estônia, estudou no Conservatório Nacional de Tallinn (atual Academia Estoniana de Música e Teatro) com Olev Oja e Roman Matsov, e no Conservatório Rimsky-Korsakov, em São Petersburgo, com Ravil Martynov. Estreou na Ópera Nacional da Estônia aos 22 anos, tornando-se regente associado e, em 2004, tornou-se diretor artístico e regente titular. Em 1989, recebeu o prêmio Nikolai Malko, em Copenhague, e, de 1994 a 2005, atuou como regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Oulu, na Finlândia. Entre 2004 e 2013, foi diretor musical e regente titular da Sinfônica de Adelaide, da qual se tornou principal regente convidado. Entre 2014 e 2020, foi diretor musical da Orquestra Haydn de Bolzano e Trento. Além de todas as maiores orquestras finlandesas e escandinavas, se apresenta regularmente com a BBC Philharmonic, Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham, Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin, Hamburg NDR Symphony Orchestra, Stuttgart Philharmonic Orchestra, Orchester Philharmonique de Radio France, Orquestra Nacional da França e a própria Osesp, entre outras. Em agosto de 2019, retorna ao Teatro Nacional de Ópera da Estônica como diretor artístico e regente titular.

O regente e timpanista solista da Osesp Ricardo Bologna. Foto: Caio Duarte.

Ricardo Bologna | Dono de intensa atividade como solista e camerista em concertos pelo Brasil e exterior, Ricardo Bologna é timpanista solista da Osesp e professor do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da USP. De 2008 a 2011, foi regente titular da Orquestra Jovem Municipal de São Paulo e, de 2012 a 2015, regente principal da Orquestra Sinfônica da USP. Tem formação pela Unesp, pela Haute École de Musique de Genève (Suíça) e pelo Conservatório de Rotterdam (Holanda). Integra também o conjunto Percorso Ensemble.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: VOLMER E BOLOGNA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARVO VOLMER REGENTE

RICARDO BOLOGNA REGENTE

Edgard VARÈSE | Ionisation

Igor STRAVINSKY | Jogo de Cartas

Pyotr I. TCHAIKOVSKY | Romeu e Julieta: Abertura-Fantasia.

Serviço:

14 de outubro, quinta-feira, às 20h

15 de outubro, sexta-feira, às 20h – Concerto Digital

16 de outubro, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP

Taxa de ocupação limite: 638 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$50,00 e R$100,00

Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/

(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Cartões de crédito: VISA, Mastercard, American Express e Diners.

Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

IMPORTANTE: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 — ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas —a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.

Como apresentar o certificado de vacinação:

1 – Levando o comprovante original em papel;

2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.

Informações úteis:

– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.

– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.

– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.

– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

 (Fonte: Fabio Rigobelo| Fundação Osesp)

TV Cultura exibe documentário em homenagem a Paulo Freire no Dia dos Professores

São Paulo, por Kleber Patricio

O educador Paulo Freire. Foto: divulgação.

No Dia dos Professores, sexta-feira (15/10), a TV Cultura exibe o documentário Paulo Freire, 100 anos, em homenagem ao patrono da educação brasileira. Produzido pelo departamento de jornalismo da emissora e apresentado pelo jornalista e diretor Leão Serva, o programa vai ao ar a partir das 20h.

O livro Pedagogia do Oprimido é um marco na obra de Paulo Freire, um grande pensador brasileiro das ciências humanas e um dos mais reconhecidos em todo o planeta. Ele foi professor das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e Cambridge, na Inglaterra, e teve mais de 40 títulos de doutor honoris causa em universidades como Oxford, na Inglaterra, e Coimbra, em Portugal.

Paulo Freire, 100 Anos traz os principais estudiosos da obra do educador para explicar a sua importância e, ao mesmo tempo, os motivos dele estar sendo vítima de tantos ataques extremistas.

Mario Sergio Cortella comenta os motivos pelos quais Paulo Freire é tão odiado pela direita e tão reconhecido por educadores em todo o mundo. “Há duas questões. Paulo Freire jamais seria contra que alguém contra ele fosse. Ele era um democrata. Acho que em alguns momentos ele até riria, mas levava muito a sério quem tinha argumentos contra ele”, explica Cortella.

O professor, filósofo e pedagogo Dermeval Saviani e o diretor de Educação de Jovens e Adultos do Colégio Santa Cruz, Fernando Frochtengarten, também comentam a repulsão de membros do governo atual ao educador.

Sérgio Haddad, autor de biografia de Paulo Freire, conta a trajetória do patrono brasileiro que nasceu em Pernambuco e chegou a passar fome. “Ele se formou em direito, mas não gostou e acabou indo para a educação, área em que já atuava”, explica.

Sobre o projeto de alfabetização de Paulo Freire em Angicos, cidade do Rio Grande do Norte, Marcos Guerra, coordenador em Angicos, comenta: “Paulo dizia que estamos numa estrutura de dominação, numa pedagogia do silêncio. O aluno ouve o que o professor manda e ele pratica o que o professor disse. Mas Angico revirou a coisa de cabeça para baixo”, diz.

Exílio | Paulo Freire foi preso pela ditadura militar por ser considerado subversivo, perigoso, inimigo do povo e de Deus. Seu exílio de 16 anos começa pela Bolívia, em 1964, ano do Golpe Militar, e enriquece sua obra, fazendo o educador crescer para o mundo. No Chile, ele concebeu a teoria da pedagogia do oprimido e na Suíça, onde trabalhava para o Conselho Mundial de Igrejas, ganhou projeção mundial e participou também da alfabetização de populações pobres no continente Africano.

Com a anistia e o retorno ao Brasil, Paulo Freire continuou a produzir obras importantes como Pedagogia da Esperança. Ele voltou à universidade como professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) e teve a experiência de ser Secretário Municipal de Educação da maior cidade da América do Sul. A chegada foi em 1980, um ano após a anistia que pôs fim aos anos de chumbo da ditadura militar.

O professor e ator Guilherme Terreri Lima Pereira, que interpreta a drag queen Rita Von Hunty, também participa da edição e comenta sobre o pensador: “A intervenção proposta por Paulo Freire é uma educação comprometida com a transformação do mundo”. Lima Pereira explica ainda que, ao interpretar a drag queen Rita Von Hunty, ele faz com que a experiência lúdica da educação mova novos afetos em quem participa dela. “Eu acredito que novos afetos possam gerar novos efeitos e que com novos afetos e novos efeitos, a gente possa construir novos mundos”.

Por fim, o documentário traz um comentário do patrono da educação sobre sonhos: “Acho que não é possível existir humanamente sem sonhos, sem utopias. Sonhos enquanto projetos, enquanto programa, curiosidade, enquanto querer ser diferente”.

(Fonte: Assessoria de imprensa/TV Cultura)

Violeiro Ricardo Vignini lança o álbum “Raiz”

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: www.ricardovignini.com.br

Raiz é o álbum mais recente álbum do violeiro Ricardo Vignini, dedicado inteiramente aos ritmos tradicionais caipiras como cururus, cateretês, chamamés e pagodes de viola. A inspiração veio dos CDs de solos de viola do Índio Cachoeira, que Vignini produziu, dos álbuns do Gedeão da Viola, Zé do Rancho, Bambico, Helena Meireles e, claro, dos solos instrumentais do Tião Carreiro. Participam do álbum Raiz Antônio Porto no baixo e violões, Rafael Schmidt e Ney Couteiro também no violão e Fábio Tagliaferri na viola de arco.

O lançamento do álbum Raiz será no dia 29 de outubro em todas as plataformas de streaming, CD físico e também um e-book com as transcrições das partituras e tablaturas escrito pelo violeiro Domingos Salvi, com distribuição pelo selo Folguedo de Vignini junto com a Tratore. O e-book e CD físico também podem ser adquiridos pelo site www.ricardovignini.com.br.

O projeto foi contemplado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério do Turismo, Governo Federal.

CD Raiz

Tinha Carreiro / Olemir Candido

Chá de Gengibre / Ricardo Vignini e Rafael Schimidt

Último Adeus /José Fortuna e Carreirinho

De Butuca / R. Vignini

Batuque no Ranchão / Zé Mulato e Tião do Carro

Virei Jacaré / R. Vignini

Seleção Índio Cachoeira (Violinha Fandangueira, Artista Caboclo e Ecologia Brasileira) / Índio Cachoeira e Cuitelinho

Estrada Velha / R. Vignini

Paixão de Carreiro / Olivaldo

Rastarapé / R. Vignini

Dr Cateretê / R. Vignini

Moedão / R. Vignini e Juca Filho

Desse Mato sai Coelho / Marcelo Berzotti

Foto: Rita Perran.

Ricardo Vignini por Juca Filho | Ricardo Vignini é um violeiro diferenciado. Da raiz à antena, o cara vai em todas. De Tião Carreiro a Jimi Hendrix, nada escapa a esse endiabrado operário das dez cordas. Sempre em busca da originalidade através de variadas abordagens e performances, Vignini leva a viola brasileira para passear pelo mundo, testando os limites e possibilidades do instrumento de um jeito que vai além do usual. É um violeiro que não se encontra muito facilmente por aí, mesmo numa cena como a atual, cheia de bons especialistas.

Proativo e inquieto, seus trabalhos são inúmeros e sempre originais. Entre várias empreitadas musicais de variadas matizes, Vignini manteve um duo acústico “de raiz” com o grande e saudoso mestre violeiro Índio Cachoeira, a quem produziu e com quem tocou pelo mundo afora, além de ministrar, por muitos anos, um curso de viola muito prestigiado, em SP. Também mantém com o violeiro mineiro Zé Helder, outro duo bastante original, o “Moda de Rock”, que traduz para viola o repertório de grandes ícones do rock como Hendrix, Led Zeppellin, Stones, Black Sabbath, Iron Maiden, Pink Floyd, Ramones, AC DC e com quem já dividiu o palco com grandes guitar heroes brasileiros, como Pepeu Gomes e Robertinho do Recife, entre outros (sem esquecer, de vez em quando, de mandar um pout-pourri de Tião Carreiro, “pro pessoal saber que, antes de tocar aquilo tem que saber tocar isso”).

Capa do álbum “Raiz”. Foto: divulgação.

Como se não fosse pouco, Vignini ainda coloca, há muitos anos, suas dez cordas canhotas a serviço do “Matuto Moderno”, banda que veste vários gêneros “matutos” como a catira e a folia de reis, com arranjos de alto impacto, chegados ao pop, inclusive com o uso da viola eletrificada e outros babados. Aliás, é com a viola elétrica, ou “viola-guitarra” (nome que, para muitos do meio, já seria, por si só, um sacrilégio), que Vignini performa, no formato “power trio”, o ótimo Sessões Elétricas Para Um Novo Tempo, um dos três CDs que ele produziu na pandemia, até agora. Os outros foram Cubo e Reviola, onde eu tenho a alegria de ter uma parceria com ele, a música “Moedão”, que não é a primeira porque, além disso tudo, Ricardo Vignini ainda compôs a música original e dividiu comigo a direção musical do curta-metragem “Toca Pra Diabo”, de 2013, escrito por mim e dirigido por João Velho. No meio disso tudo ainda grava com bastante gente, incluindo Lenine. E a coisa não para por aí, a discografia completa do sujeito ainda conta com vários trabalhos, seja com o Moda, o Matuto ou solos, como “Na Zoada do Arame”, “Rebento” e “Viola de Lata”. Para concluir vale dizer que, apesar de ser um estilista dedicado a evoluir um único instrumento, Ricardo Vignini é, na verdade, um artista múltiplo porque nas suas mãos a viola tem sete vidas. E vale por sete instrumentos. (Juca Filho, Set21)

Vídeo da música Chá de Gengibre (Ricardo Vignini e Rafael Schimidt): https://youtu.be/3KzqKRNtd0g.

(Fonte: Graciela Binaghi Assessoria de Imprensa)

Yin e Yang do cérebro, respiração meditativa tradicional e realidade virtual para controle da dor

Michigan, por Kleber Patricio

Foto: Pesquisadores/University of Michigan.

Há muito se sabe que a respiração consciente e meditativa ajuda em vários problemas de saúde, incluindo a dor. Com esse objetivo, pesquisadores da Universidade de Michigan compararam dois tipos de respiração meditativa para reduzir a dor — a consciente tradicional e a de realidade virtual, ou seja, respiração consciente guiada por 3D. Eles descobriram que cada respiração diminuía a sensibilidade à dor ao modular o córtex somatossensorial, uma região do cérebro responsável pelo processamento da dor, mas cada uma usava mecanismos diferentes. Os resultados do estudo estão descritos em artigo publicado no “Journal of Medical Internet Research” na terça (12).

A conexão funcional com as regiões frontais do cérebro aumentou no grupo que utilizou a respiração tradicional. O professor Alexandre da Silva, autor do estudo, explica que isso acontece porque essa região está focada nos detalhes sensoriais internos do corpo, chamados de interocepção. “A respiração tradicional compete com os sinais externos de dor e inibe a capacidade do córtex somatossensorial de processar a dor”. Esse processo segue a suposição comum de que a respiração atenta exerce seu efeito analgésico por interocepção, o que significa a reorientação consciente da atenção da mente para a sensação física de uma função de órgão interno.

No grupo da realidade virtual, os participantes usaram óculos especiais e assistiram os pulmões de realidade virtual em 3D, enquanto respiravam atentamente. A tecnologia foi desenvolvida pelo laboratório de Michigan e os pulmões foram sincronizados com os ciclos respiratórios dos indivíduos em tempo real. O processo forneceu um estímulo externo visual e de áudio imersivo. A sensibilidade à dor diminuiu quando as regiões sensoriais do cérebro (visual, auditiva) se engajaram com os estímulos sonoros e de imagem da realidade virtual imersiva. Isso é chamado de exterocepção, que sobrepôs a função de processamento da dor do córtex somatossensorial. “Fiquei surpreso que ambos os métodos de respiração meditativa diminuíram a sensibilidade à dor, mas de forma oposta no cérebro, como yin e yang”, disse Da Silva. “Um deles envolvendo o cérebro em uma experiência exterior 3D imersiva da nossa própria respiração, ou exterocepção –yang, e o outro focalizando no nosso mundo interior, interocepção – yin.”

Embora ambas as abordagens diminuam a sensibilidade à dor, a respiração consciente tradicional pode ser desafiadora porque requer atenção de longo prazo, além de foco em uma experiência abstrata, disse ele. A respiração de realidade virtual pode ser mais acessível, especialmente para iniciantes, porque fornece um “guia visual e auditivo” imersivo para a experiência de meditação. “A respiração consciente em realidade virtual dá aos profissionais médicos outra opção possível para o alívio da dor e pode diminuir a tendência de confiar apenas em medicamentos para a dor, incluindo opiáceos”, comenta Da Silva.

A dor é processada por muitas regiões do cérebro que fornecem informações diferentes para a experiência global da dor. Em estudos anteriores, o laboratório de Da Silva aprendeu que algumas dessas regiões podem ser visadas externamente pela neuromodulação, um processo pelo qual os impulsos elétricos são usados para modular diretamente a atividade cerebral.

No entanto, a intenção do estudo foi dissecar e compreender os dois mecanismos cerebrais para a modulação da dor por meio da respiração. Para isso, a equipe de Da Silva comparou os dois métodos de respiração, colocando um único termo do unilateral no ramo do nervo mandibular esquerdo do nervo craniano trigêmeo para cada participante—pense em uma pequena placa de aquecimento controlada por computador em seu rosto.

Para estudar os mecanismos cerebrais usados durante os dois tipos de respiração, os pesquisadores analisaram sua conectividade funcional associada, ou seja, quais regiões do cérebro foram ativadas e quando—durante cada tipo de respiração e estimulação da dor. Eles investigaram os efeitos agudos (mesma sessão) e longos (após uma semana) das técnicas de respiração e, na semana entre as duas sessões de neuroimagem, os dois grupos fizeram a respiração consciente tradicional em casa.

O grupo de pesquisa da Da Silva, que se concentra fortemente em enxaqueca e dor crônica, está trabalhando em opções para entregar esta experiência de respiração de realidade virtual por meio de um aplicativo móvel e estender seu benefício clínico a vários distúrbios de dor crônica, além do espaço do laboratório.

(Fonte: Agência Bori)

Indaiatuba abre inscrições para o 17º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Aaron Burden/Unsplash.

Com o objetivo de divulgar o nome do autor da letra do Hino de Indaiatuba e incentivar a produção literária do município, estão abertas as inscrições para o 17º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração. O Edital de Participação e a Ficha de Inscrição já estão disponíveis no site da Prefeitura até o dia 8 de novembro.

“Desde 2018, o Prêmio Literário Acrísio de Camargo é voltado para jovens escritores entre 15 a 29 anos (conforme estabelece o Estatuto da Juventude), residentes em Indaiatuba, uma vez que o intuito é revelarmos novos talentos da literatura local”, explica a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Continuamos neste formato, pois acreditamos em oferecer a estes jovens escritores um espaço para apresentarem seus trabalhos”.

Os participantes poderão inscrever até três obras em cada uma das modalidades do concurso: Conto, Crônica ou Poesia. Todas devem ser obrigatoriamente inéditas, não publicadas e não participantes de nenhum outro concurso literário nacional ou internacional. Aos menores de 18 anos será exigida autorização do pai ou responsável, disponível para preenchimento em área específica da Ficha de Inscrição.

Os trabalhos serão julgados por profissionais da literatura, cujos nomes serão mantidos em sigilo até a solenidade de entrega dos prêmios. Todos receberão os textos inscritos sem a identificação dos autores. Três obras de cada modalidade serão selecionadas pela Comissão Julgadora, sendo que cada artista receberá o prêmio de R$3.000 para o primeiro lugar, R$2.000 para o segundo e R$1.000 para o terceiro.

Além das escolhas mencionadas, poderão ser indicadas outras três Menções Honrosas em cada modalidade. Os vencedores serão anunciados dia 1º de dezembro no site da Prefeitura de Indaiatuba. A entrega de prêmios e certificados será definida em data, horário e local a serem divulgados futuramente.

Homenageado | Nascido em 1899 em Jundiaí, Acrísio de Camargo morou em Indaiatuba, onde iniciou os estudos. Trabalhou como farmacêutico, mas foi nas artes que ganhou maior notoriedade, dedicando-se à poesia sertaneja, à pintura, folclore, teatro e radialismo.

Escreveu comédias teatrais, inúmeros poemas e pintou mais de 100 quadros. O Hino de Indaiatuba, com letra sua e melodia de Nabor Pires de Camargo, foi elaborado em 1930 a pedido do major Alfredo Camargo da Fonseca, prefeito de Indaiatuba na ocasião em que foi comemorado o 1º centenário de elevação de Indaiatuba a freguesia.

A contribuição do poeta para o desenvolvimento cultural do município é lembrada com a realização deste Concurso Literário Acrísio de Camargo, promovido anualmente pela Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço:

17º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração

Inscrição com envio de documentos e obras: 8 de outubro a 8 de novembro

Divulgação dos contemplados: 1º de dezembro

Inscrições: www.indaiatuba.sp.gov.br/cultura/concursos/premio-literario-acrisio-de-camargo/

E-mail: cultura.premioacrisiodecamargo@indaiatuba.sp.gov.br

Informações: (19) 3875-6144 ou 3894-1867.

(Fonte: Assessoria de imprensa/PMI)