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Cineasta realiza documentário a partir de entrevistas com sábios musicistas de territórios Guarani no RS

Aldeia Tekoa Ka’aguã Porã, RS, por Kleber Patricio

Os ensinamentos e a relevância da sonoridade no universo musical Mbyá Guarani são o fio da meada que torna o documentário Mby’á Nhendu – O som do espírito Guarani em uma verdadeira aula de caldo cultural-histórico do Rio Grande do Sul e do Brasil de hoje. Produzido em 2021 e finalizado em janeiro de 2022, o filme foi apresentado no dia 29 de janeiro em noite especial de cinema na Aldeia Tekoa Ka’aguã Porã, localizada no município de Maquiné, no Litoral Norte. Além da comunidade local e representantes de outras duas aldeias (Maquiné e Camaquã), apenas alguns convidados e imprensa tiveram acesso.

O curta é uma produção viabilizada pelo edital Pró-Cultura RS FAC (Fundo de Apoio à Cultura), Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Lei 13.490/2010. Na direção, o cineasta Gerson Karaí Gomes, integrante do coletivo Comunicação Kuery, captou entrevistas com as lideranças das três aldeias participantes e percorreu um pensamento comum entre eles: o respeito pelas reflexões sobre religiosidade, política e meio ambiente que estão presentes na música dos Mbyá. A produção executiva é uma parceria entre a Blue Bucket Films & Content e Tela Indígena Produções Artísticas em um projeto de integração e incentivo ao audiovisual indígena.

Ao longo dos 18 minutos da obra, os depoimentos sensibilizam visões sobre aspectos da cultura Guarani. “Desde a primeira fase do contato com as lideranças, tudo foi negociado. Há limites que cada comunidade estabelece para se mostrar, visto que muitas coisas não podem ser divulgadas, inclusive parte das músicas sagradas”, comenta o diretor. Segundo ele, as negociações são mais discutidas internamente entre lideranças, comunidade e equipe Guarani em sua própria língua. Depois, há uma comunicação geral. “Mesmo assim, essas lideranças consideram importante divulgar a perspectiva, a cultura, a música e os conhecimentos próprios dos Mbya Guarani para os não indígenas”, entende Gomes, satisfeito com o resultado. A tradução Guarani-Português é de Eliara Antunes. Trailer oficial: https://vimeo.com/657497236.

A colaboração entre equipes de profissionais indígenas e não indígenas surgiu ainda em 2019, após alguns projetos de mostras e exposições de arte indígena. Desde então, os processos de pesquisa, conversas e contato com as lideranças dos territórios Guarani se adaptaram ao ritmo imposto pela pandemia de Covid-19. Quando puderam ter contato pessoal, as equipes totalizaram entre três e quatro dias de trabalho em cada uma das aldeias Tekoa Ka’aguã Porã (Maquiné), Tekoa Yvyty (Maquiné) e Tekoa Yvy’ã Poty (Camaquã). Além do diretor, a fotografia, a assistência de fotografia e a captação de som são atividades de profissionais do coletivo Kuery. Ao final, confira a ficha técnica completa.

Mby’á Nhendu – O som do espírito Guarani é um filme que faz parte do projeto Jerojy, Jeroky: em busca das músicas do céu e da terra, coordenado há algum tempo pelo coletivo Comunicação Kuery. O grupo surgiu em 2013 a partir da necessidade apontada pelas lideranças indígenas de registrar a vida e o cotidiano nas aldeias impactadas pelas obras de duplicação da BR-116, no trecho entre Guaíba e Pelotas, no Rio Grande do Sul. O coletivo já produziu diversos vídeos, de vários formatos. Em 2018, lançaram o documentário Ka’aguy Rupa, que já foi exibido na Mostra de Cinema Tela Indígena. O processo de formação em audiovisual no qual estão envolvidos o(a)s agentes de comunicação visa à ampliação da autonomia Mbyá-Guarani na utilização dos meios de produção e realização cinematográfica; portanto, vale ressaltar que, além do documentário finalizado, o processo de realização representa troca de conhecimento e educação.

“Durante a fase de gravações, realizávamos, à noite e após o trabalho, exibições de cinema em paredes de escolas e casas para as comunidades acompanharem outros filmes indígenas. Nos últimos anos, o cinema tem sido aliado nas lutas dos povos indígenas e há outras experiências cinematográficas, como em retomadas de terras e áreas de conflito, em que exibições foram realizadas por apoiadores como forma de fortalecer a comunidade”, salienta o diretor do documentário.

Além da exibição no território Mbyá Guarani em Maquiné, no dia 3 de fevereiro, o filme poderá ser visto no Canal de YouTube do Coletivo Comunicação Kuery, seguido de comentários do diretor Gerson Karaí Gomes: https://www.youtube.com/channel/UC1JchWSZ0BwFkIkpochYE3A.

(Fonte: Milim Comunicação)

Livros: “Vida de Abelha” aborda a importância do inseto no planeta

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A escritora e roteirista Cláudia DiCarmo lança seu mais novo livro, Vida de Abelha, com uma história lúdica e romantizada. Cláudia explica o porquê da obra. “Após visitar um meliponário, que é uma coleção de colmeias de abelhas sem ferrão (Meliponíneos) de vários tipos, fiquei refletindo sobre a importância das abelhas no planeta, mas não só por causa da polinização e produção de alimentos. Uma colônia de abelhas ensina tanta coisa que escrever sobre elas naquele momento passou a ser meu próximo desafio”.

Para que as crianças entendam a importância do assunto, é preciso ser lúdico para que elas vivam a história. “Quatro abelhinhas incríveis, que foram inspiradas em minhas sobrinhas, bolam um plano divertido para expulsar as invasoras”. A escritora participa de um projeto desenvolvido para escolhas e comunidades e adoção do livro e também de uma colmeia. “Com a supervisão de um meliponicultor, esse projeto com certeza acrescentará valores e conhecimentos para o resto da vida das crianças”.

No entanto, é importante que famílias conversem sobre a situação das abelhas e sua importância para as próximas gerações, mesmo que simplificadamente. “Para fazer isso, basta explicar às crianças que as abelhas buscam o pólen de uma flor e levam para outras flores. Isso possibilita essas flores a serem saudáveis e produzirem mais flores e frutos. Sendo assim, os seres humanos e animais não conseguiriam ser saudáveis e o mundo não seria tão bonito, com tantas flores e frutas”, finaliza.

Serviço: Para adquirir o livro, basta acessar o Instagram @claudiadicarmoescritoraoficial ou @skoobooks.livros.

(Fonte: MD assessoria & relacionamento)

Artigo: Marcas precisam promover experiências para quebrar o ciclo pandêmico da “não ação”

São Paulo, por Kleber Patricio

Natasha de Caiado Castro é fundadora e CEO da Wish International, designer de experiências, especialista em inteligência de mercado, professora na ESPM e Investor. Foto: divulgação.

Por Natasha de Caiado Castro — Nós, humanos, passamos a vida em busca de “experiências”. Acordamos e o cérebro já busca as atividades que geram estímulos e passamos o dia equilibrando essas demandas com o nosso dia a dia. Quem trabalha com a arte da motivação cria vivências em que o consumidor possa ter uma experiência emocional positiva, aquele “sorrir” pelo que acaba de adquirir como serviço ou produto.

No meu caso, utilizo o conceito da pirâmide de necessidades de Maslow para entender, descobrir e me aprofundar naquilo que cria emoções positivas em cada um. A técnica foi proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow e se baseia na ideia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma “escalada” hierárquica de necessidades para atingir a sua plena auto realização.

Mas e aí? O que acontece quando não alcançarmos essas emoções? Pelo menos três dos nossos thinkers, intelectuais que trazem as soluções do mundo acadêmico para utilizarmos no universo corporativo, estão estudando essas causas e efeitos. Na pandemia, a “não ação” causou mudanças significativas de comportamento. As pessoas constantemente eram frustradas no vício de adrenalina, que nada mais é do que essa eterna busca pela satisfação, pelas tais emoções positivas. A “não ação” por períodos prolongados gerou quadros crônicos de ansiedade e depressão e modificações no funcionamento cerebral que os laboratórios de neurociências coordenados pelos professores de UC Berkeley Ming Hsu e Paul Li têm pesquisado.

A busca deles é para entender melhor o ser humano nesse momento e as consequências da “não ação” promovidas pela pandemia. O que isso está causando e tentando projetar as mudanças de consumo que devem acontecer pelas mudanças de valores em longo prazo.

O professor da Sorbonne Perig Pitrou, que trabalhava com Levis Strauss e coordena o laboratório de Antropologia da Vida, também estuda o fenômeno na sociedade – no caso dele, a “não ação” por períodos prolongados dentro do contexto de experiência coletiva. São trabalhos muito interessantes que vêm norteando os desenhos das experiências que criamos nas campanhas de incentivo, nos eventos, nos lançamentos e nas movimentações humanas que operacionalizamos nos segmentos de marketing, turismo e negócios.

Tem um novo consumidor de experiências e temos que entender melhor esses “novos indivíduos”, uma nova geração renascida da crise e que busca a positividade acima de tudo. Como diz o investidor e empresário Ricardo Semler, é uma época em que “quem não faz poeira, come poeira”. Então, marcas precisam mostrar as personalidades através da experiência. Desde a compra até a utilização. E esse é o cerne do negócio: encontrar quais as experiências que os consumidores estão buscando, sua hierarquia de escolhas, para chegar ao produto final personalizado para cada um.

Mas afinal, como vejo como esse momento deve influenciar os movimentos das empresas em 2022? A resposta pode parecer óbvia, mas não necessariamente fácil de aplicar: as marcas precisam ler o novo consumidor, entender os novos valores e desenhar a ‘jornada da experiência’ com ferramentas mensuráveis. O ‘acho’ se tornou démodé e perigoso com tantas mudanças e acesso a novas pesquisas que apontam para alterações significativas nos hábitos e comportamentos individuais e em grupo.

O foco agora é no caminho que se abre a partir desse novo provocar de sensações, os efeitos disso em médio prazo e, claro, o quanto essas respostas sensoriais podem se reverter em resultados efetivos de conversão de vendas e relacionamento perene com o consumidor para quem as promoveu. O grande desafio das marcas é mostrar seu valor por meio da experiência. E isso vai do passeio que envolve o processo de compra na loja física, em que seja possível vivenciar o estilo não apenas nas peças em araras, mas na forma como elas permeiam o caminho do comprador de forma pensada a estimular o desejo de adquirir as peças. Nos eventos, mais do que grandes demonstrações tecnológicas, o conteúdo dividirá espaço com as oportunidades de networking, em que os espaços de convivência se tornam parte dos diferenciais que podem e devem ser destacados.

Os exemplos são múltiplos, mas o fato é que a decisão de sair do sofá, da zona de conforto, nunca foi tão valorizada pelos consumidores e atraí-los demandará não apenas bons produtos ou serviços, mas um entendimento profundo daquilo que move suas emoções.

Natasha de Caiado Castro é fundadora e CEO da Wish International, designer de experiências, especialista em inteligência de mercado, professora na ESPM e Investor. É também Board Member da United Nations e do Woman Silicon Valley Chapter.

(Fonte: Digital Trix)

FGV Editora lança livro sobre caso de imigrante letão no Brasil acusado de crimes nazistas nos anos 1950

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Em 30 de junho de 1950, a Federação das Sociedades Israelitas do Rio de Janeiro organizou uma coletiva de imprensa para fazer uma grave denúncia: Herberts Cukurs, o imigrante letão que inaugurara os pedalinhos da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia cometido crimes de guerra na Letônia ocupada pelos nazistas. Dali em diante, pelos próximos 15 anos, parlamentares, imprensa, entidades civis e organizações judaicas organizariam uma ampla campanha a fim de exigir do governo brasileiro a expulsão de Cukurs do país.

Em O homem dos pedalinhos – Herberts Cukurs: a história de um alegado criminoso nazista no Brasil do pós-guerra, que acaba de ser lançado pela FGV Editora, o historiador Bruno Leal Pastor de Carvalho, professor da UnB, explica como as autoridades brasileiras resolveram esse enorme imbróglio no imediato pós-guerra. “O livro não é uma biografia e não tenta responder se Cukurs era ou não culpado. Meu foco na pesquisa recai na posição do Estado brasileiro. Eu examinei milhares de documentos em arquivos e bibliotecas do Brasil, da Inglaterra, dos Estados Unidos, de Israel e do Uruguai. A atuação de nossas autoridades esteve longe de ser perfeita, mas é surpreendente ver o seu esforço na investigação. O Caso Cukurs mobilizou embaixadas, consulados, órgãos de segurança pública, agências de inteligência, ministérios, governos estrangeiros e cinco presidentes da República”, explica Carvalho.

Uma das principais contribuições do novo livro, já à venda no site da editora, é romper com as narrativas esquemáticas ou conspiratórias que costumam explicar todos os casos de alegados criminosos nazistas no Brasil. Durante muito tempo, a imprensa e a cultura de massa repetiram que Cukurs não foi expulso e nem extraditado do Brasil porque ele teria contado com o acobertamento do governo brasileiro e a proteção de redes nazistas secretas internacionais. Como os historiadores mantiveram-se afastados do tema por muito tempo, essas narrativas ganharam força e nunca foram contestadas. “O Ministério da Justiça indeferiu todos os pedidos de naturalização de Cukurs, o que deixou ele bastante desprotegido. Por outro lado, Cukurs nunca foi expulso ou extraditado, mas não porque ele contou com o acobertamento do governo e de redes nazistas, e sim devido a um somatório de motivos: a retórica anticomunista da Guerra-Fria, a negligência de governos estrangeiros, especialmente o da Inglaterra, problemas nas peças acusatórias, entre outros. Alguns funcionários do governo brasileiro expressaram opiniões claramente antissemitas, mas isso não explica o desfecho do caso”, diz o autor.

Tramas secundárias | O livro tem ainda o mérito de capturar várias tramas secundárias que ajudam a entender as várias dimensões do caso. Na Letônia, Cukurs lutou como na guerra de independência do país e obteve o status de herói nacional, graças aos voos de longa distância que fazia com aviões construídos por ele próprio. Quando imigrou para o Brasil, logo depois da Segunda Guerra Mundial, veio acompanhado por uma jovem judia cuja vida ele salvou dos nazistas. O caso perdurou até 1965, quando Cukurs foi assassinado no Uruguai, por agentes do serviço secreto israelense, o Mossad. Em cima do peito sem vida de Cukurs, foi deixado um bilhete com uma assinatura: “Aqueles que nunca esquecerão”.

Serviço: O homem dos pedalinhos – Herberts Cukurs: a história de um alegado criminoso nazista no Brasil do pós-guerra | Bruno Leal Pastor de Carvalho | FGV Editora | 1ª Edição – 340 pgs. | Impresso – R$89,00 | e-book – R$63,00.

(Fonte: Insightnet)

Teatro Castro Mendes recebe espetáculo “Vidas Secas – Uma Cantata Nordestina”

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A Campanha de Popularização do Teatro traz para Campinas o espetáculo Vidas Secas – Uma Cantata Nordestina. A apresentação será no Teatro Municipal Castro Mendes na próxima quinta-feira, dia 3 de fevereiro, às 20h. Os ingressos variam entre R$10 e R$20 e estão disponíveis no link https://site.bileto.sympla.com.br/teatromunicipalcastromendes/.

O espetáculo é uma adaptação do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, publicado em 1932. A trama ilustra a história de uma família de retirantes nordestinos que, mesmo na luta para sobreviver à seca do sertão, mantém a esperança e a persistência. O autor é uma das mais importantes figuras da segunda metade do movimento modernista, que teve como característica a retratação das mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria da população nordestina.

A peça tem uma estética inspirada nos cordéis brasileiros, além dos mais diversos ritmos que fazem parte da trilha sonora original, como maracatu, forró e cantigas de ninar.

O elenco é composto por seis atores que interpretam os integrantes da família – Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos, o Patrão, o Soldado e a cachorra Baleia – e é dirigido por Rafael de Castro.

Vidas Secas – uma Cantata Nordestina foi ganhadora do Prêmio Especial do Júri de pesquisa dramatúrgica com olhar para Infância e Juventude no XVII Festival Nacional de Teatro de Guaçuí.

Serviço:

Direção geral e dramaturgia: Rafael de Castro

Figurinos: Grupo Artemis de Teatro

Iluminação: Robson Bessa

Operação de luz e som: Rafael de Castro

Elenco: Márcia Oliveira, Vinícius Franzolini, Lucas Fiorello, Thiago Portella, Felipe Rodrigues e Thaís Morais.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas)