‘Eu parei de andar e aprendi a voar’ chega ao público com uma mensagem poderosa sobre autonomia e transformação


São Paulo
Foto: Anna Shvets/Pexels.
Um estudo realizado no Laboratório de Neuroproteômica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sugere que os canabinóides podem auxiliar no tratamento de doenças como Alzheimer, esclerose múltipla, depressão e esquizofrenia. Os resultados foram publicados na revista “European Archives of Psychiatry and Clinical Neurosciences” nesta sexta (27) e indicam que essas substâncias podem estimular ou bloquear processos importantes para o funcionamento dos neurônios e de outras partes do sistema nervoso. Isso demonstra um potencial terapêutico dos compostos analisados para abordar quadros neurológicos e psiquiátricos.
O termo canabinóide se refere a diversos componentes que podem ser produzidos no organismo, obtidos sinteticamente ou de plantas do gênero Cannabis. A pesquisa observou o efeito de grupos distintos dessas substâncias em células do sistema nervoso central que participam do suporte aos neurônios, os oligodendrócitos. “Os oligodendrócitos são responsáveis pela formação da bainha de mielina, que serve como um isolante para a transmissão das correntes elétricas nos neurônios”, explica Valéria de Almeida, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo. “A mielina também é importante para fornecer energia para o neurônio e mantê-lo saudável. Quando há defeitos nos oligodendrócitos, vários problemas podem ocorrer no funcionamento dos neurônios e consequentemente do cérebro”, complementa.
Almeida conta que a ideia do estudo era verificar como esses canabinóides afetam as proteínas dos oligodendrócitos, que funcionam como guias para ativar ou desativar funções importantes no ciclo de vida dessas células. Para isso, os pesquisadores dividiram as células em grupos e expuseram cada amostra a um tipo diferente de canabinóide. O segundo passo foi analisar individualmente cada um dos grupos e comparar os resultados com células que não foram tratadas.
As diferenças no tipo e na quantidade de proteínas produzidas revelam que o tratamento com canabinóides pode alterar mecanismos fundamentais para a produção de energia celular, a formação de novas células, a migração desses componentes para outros locais do cérebro e até mesmo a morte dos mesmos.
O artigo destaca que essas descobertas abrem uma janela de possibilidades para abordar as doenças neurológicas e psiquiátricas. “Modificar a proliferação celular, o ciclo celular e a morte celular pode ser essencial para conferir neuroproteção; modular as vias de migração e diferenciação celular pode influenciar o desenvolvimento de um perfil mais saudável nas células neuronais. Além disso, mudanças no metabolismo energético podem ser investigadas pelo seu potencial de melhorar desregulações vistas em muitas desordens neurodesenvolvimentais e neurológicas”, diz o estudo publicado em inglês.
Valéria de Almeida salienta que, embora ainda seja necessário explorar esses resultados em outros modelos para desenvolver a aplicabilidade terapêutica dos canabinóides, esses dados são um avanço importante para a compreensão de mecanismos alternativos para o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso. “Nossos resultados poderão ser utilizados por outros pesquisadores como direcionamento para procura de novos tratamentos para doenças que apresentam problemas na função de oligodendrócitos ou na mielina”, explica a pesquisadora.
(Fonte: Agência Bori)
Cena de “Serráqueos”. Crédito: Itapeti Filmes.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, às 23h, estreia no SescTV e sob demanda no site do canal, o longa “Serráqueos”, que apresenta moradores, mananciais, fauna e flora da Serra do Itapeti, Área de Proteção Ambiental (APA) localizada entre as cidades de Mogi das Cruzes, Guararema e Suzano.
No documentário dirigido e roteirizado por Rodrigo Campos, os serráqueos, como são conhecidos os moradores da região, relembram períodos difíceis entre as décadas de 1940 e 1950, em que o lugar foi devastado com a construção de fornos de carvão. Também comentam sobre a preocupação com o avanço imobiliário desordenado em áreas de proteção, e também sobre as atividades atuais, como observação de pássaros, práticas de voo livre, ciclismo, trilhas, agricultura familiar, permacultura, bioconstrução e apicultura, que fortalecem o turismo e a economia locais.
Além dos moradores, o filme traz depoimentos de ambientalistas, biólogos, agroecologistas e professores. Dentre os depoentes está o ambientalista Marcos Grangeiro, que salienta que “a cultura de Itapeti ainda é muito preservada, devido à relação dos moradores com a mata, e isso ajuda na longevidade da população e na preservação do espaço”. Já a família de Dona Albertina Maria Ferreira, uma das mais antigas rezadeiras do território, rememora a função de rezadeira e o gosto pelas procissões, pela Festa do Divino e pelas rezas de terços, que tentam preservar.
Com imagens e histórias, “Serráqueos” quer sensibilizar as pessoas para as adversidades e virtudes da Serra do Itapeti e abrir debates sobre novas ideias e medidas possíveis de serem adotadas para garantir a salvaguarda da região.
Serviço:
“Serráqueos” (Brasil, 2021, 84 min)
Direção e roteiro: Rodrigo Campos
Produção: Itapeti Filmes
Exibição no SescTV: 5 de junho, às 23 h
Sob demanda no site do canal a partir de 5 de junho.
Livre.
Sobre o SescTv
O SescTV é um canal de difusão cultural do SESC em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do SESC para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação. Conheça o acervo no site.
Para sintonizar o SescTV:
Disponível ao vivo e sob demanda no site
Redes do SescTV:
Twitter: @sesctv
Facebook: /sesctv
Instagram: @sesctv.
(Fonte: Agência Lema)
Fotos: divulgação.
Na terça-feira, 24 de maio, Dia Nacional do Café, a Casa de Vidro abriu uma exposição em Campinas para levar o público a refletir sobre os vários aspectos – históricos, sociais e econômicos – que cercam o produto. A mostra “Café & Cidade: processos e reflexões” vai até o dia 24 de junho, com entrada gratuita.
Na exposição, é possível conhecer as primeiras ferramentas utilizadas no trabalho com o café, desde o arado, peneiras, torrador manual, até os torradores industriais e a balança de pesar as sacas de café para exportação. Também estão expostos outros objetos pertencentes ao Museu do Café, como o pilão de socar, a salamandra e a Santa do Pau Oco, que revelam o cotidiano das fazendas cafeeiras da cidade no século XIX.
A liteira, de 1876, é um dos objetos de destaque e também integra o acervo do Museu da Cidade. Era um meio de transporte utilizado no século XIX em fazendas da região de Campinas. Outra atração é um painel que apresenta trabalhadores escravizados que fizeram parte da produção da riqueza gerada pelo café, denominado “ouro verde” – que tornou a cidade de Campinas conhecida como a “Princesa d’Oeste”.
Adriana Barão, da Coordenadoria de Extensão Cultural, explica que no começo deste ano deu-se início à organização de acervos materiais, bibliografias e suportes audiovisuais, visando à constituição de uma coletânea de história oral para o registro de reflexões sobre a importante relação entre a cultura do café e o desenvolvimento do município, envolvendo o Museu da Cidade e o Museu do Café de Campinas.
Segundo ela, há um protocolo de intenções entre o Museu da Cidade e o Projeto Arquitetura do Café (Cepagri/Unicamp) com o objetivo de formar um Grupo de Estudos sobre “Café e Cidade” a ser coordenado pelo professor doutor André Argollo (Unicamp). Especialista no tema, o professor é autor do livro “Arquitetura do café”, obra de referência para estudos em diversas áreas do conhecimento, cujo conteúdo pode ser acessado, em parte, pelo canal do youtube “Arquitetura do Café” – https://www.youtube.com/c/ArquiteturadoCafé.
Serviço:
Mostra “Café & Cidade: processos e reflexões”
Período: 24 de maio a 24 de junho
Local: Casa de Vidro/Museu da Cidade
Av. Heitor Penteado, 2145 – Lago do Café
Informações: museudacidade@campinas.sp.gov.br.
(Fonte: Secretaria de Comunicação | Prefeitura de Campinas)
Foto: Rodrigo Rosenthal.
Estão abertas inscrições para testes de seleção de novos músicos para a Orquestra Brasil Jazz Sinfônica, corpo estável da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo administrada pela Fundação Padre Anchieta. Há vagas nos seguintes instrumentos: violino, sax tenor / flauta, trombone, percussão erudita, oboé / corne inglês, e clarinete / clarinete baixo. O prazo de inscrição será até dia 27 de maio. Mais informações, como condições, documentos para inscrição e envio de vídeo com apresentação do candidato, podem ser obtidas no site da Brasil Jazz Sinfônica.
Fundada em 1989, a Brasil Jazz Sinfônica é considerada uma das principais orquestras do país. Formada por 70 músicos, une a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz. O resultado é uma sonoridade única, com direito a samba, frevo, bossa nova, MPB, samba-jazz, rock e reggae, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira por meio de arranjos contemporâneos e únicos, criados não raras vezes com exclusividade para o grupo.
Conhecida e prestigiada em todo o território nacional e em inúmeros países, a Brasil Jazz Sinfônica já tocou com nomes do cenário musical, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Gal Costa, Edu Lobo, João Bosco, Toquinho, Paulinho da Viola, Daniela Mercury, Lenine, Diogo Nogueira, Carlinhos Brown, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Gonzalo Rubalcaba, John McLaughin, Joe Zawinul, Dee Dee Bridgewater, Stacey Kent e Paquito D’Rivera, entre muitos outros.
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter
(Fonte: TV Cultura)
“Fogo cruzado”, por Thereza Salazar. Fotos: divulgação.
Em 31 de maio, a OMA Galeria inaugura a exposição “Paradoxos”, individual da artista Thereza Salazar. Com texto crítico de Pedro Nery, a mostra reúne desenhos e colagens criados pela artista nos últimos dois anos, durante o período da pandemia. Com o acesso a materiais restrito, Thereza resolveu utilizar os recursos que tinha em mãos em seu ateliê, como lápis, papel japonês, lápis de cor e nanquim.
As colagens da artista são criadas a partir de imagens coletadas de revistas, livros e publicações antigas. Ao recortar as imagens, Thereza as esvazia de seu significado original, em seguida utilizando-as para montar e remontar novas figuras. Nesse rearranjo, os elementos são ressignificados de acordo com seu imaginário, criando novas narrativas.
“Talismã”, de Thereza Salazar.
Existe certa ambiguidade nas imagens que cria: apesar de suas obras terem formas claras, muitas vezes parecendo enciclopédias, elas trazem um aspecto fantasioso, com animais imaginários, talismãs e outros elementos que parecem saídos de fábulas, lendas ou livros de alquimia. Seus trabalhos não podem ser entendidos apenas com a razão, contendo um aspecto misterioso que atrai e ao mesmo tempo causa estranheza ao observador.
Para a Thereza, a arte atua no campo do que não existe. Por isso, a artista não atribui significados pré-definidos a seus trabalhos, deixando que cada um seja afetado e interprete suas obras a partir de suas próprias referências. A abertura acontece a partir das 19h e a exposição fica aberta ao público até 17 de julho, com entrada gratuita.
Serviço:
Paradoxos
Endereço: Rua Pamplona, 1197, casa 4 – Jardins – São Paulo, SP
Data da aberta: 31/5/2022
Horário da abertura: a partir das 19h
Visitação: 31/5 a 17/7/2022.
Horário: terça a sexta-feira das 14h30 às 19h30 e sábados das 10h às 15h
Entrada gratuita
Informações: (11) 97153-3107
(Fonte: OMA Galeria)