‘Eu parei de andar e aprendi a voar’ chega ao público com uma mensagem poderosa sobre autonomia e transformação


São Paulo
Fotos: Fábio Alexandre.
No próximo dia 20 de agosto, a partir das 9 horas, Indaiatuba ganha um novo polo cultural, localizado na Estação Ferroviária de Itaici, que foi reformada para receber um total de 356 alunos em diversas opções de oficinas. A Estação Cultural Itaici contará com salas multidisciplinares, espaços de leitura e convivência e muito mais, para receber a população nos períodos da manhã e tarde. A inauguração é aberta ao público e contará com diversas atrações, como contação de histórias, teatro musical com personagens infantis e show com Léo Pratta.
“A Estação Cultural Itaici chega para atender essa região de Indaiatuba, que cresce a cada ano e possui uma grande demanda para oficinas culturais”, destaca o prefeito Nilson Gaspar. “Assim, a população poderá se inscrever e fazer aulas de teatro, música, dança e artes com os professores da Secretaria Municipal de Cultura, pertinho de casa”.
A secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho, destaca que a inauguração do Centro Cultural Itaici atende os planos para descentralizar a oferta de oficinas e oferecer oportunidades a toda população. “Já estamos levando as oficinas culturais para diversos pontos de Indaiatuba e apresentamos também a Biblioteca Itinerante, que fará sua estreia na inauguração do Centro Cultural Itaici, levando literatura para todos os bairros de Indaiatuba”, aponta.
O Centro Cultural Itaici conta com quatro salas funcionais, adaptadas de acordo com as atividades oferecidas: teatro, música, artes e uma sala multidisciplinar, com uma cozinha em anexo, que permite a realização de cursos e palestras. O novo polo conta também com Espaço de Leitura e Espaço de Convivência e funcionará das 8h às 17h.
Interior do CCI.
As oficinas culturais que estarão disponíveis no novo polo são Teatro Infantil, Teatro Juvenil, Desenho Infantil, Desenho Juvenil, Pintura em Tela, Ballet Baby, Ballet Infantil, Ballet Juvenil, Jazz Infantil, Jazz Juvenil, Danças Urbanas Infantil, Danças Urbanas Juvenil, Violão Nível 1, Artes para Crianças (5 a 7 anos) e Artes para Crianças (8 a 10 anos).
Neste primeiro momento, serão oferecidas 356 vagas nos períodos da manhã e tarde, e as inscrições serão realizadas entre os dias 20 de agosto a 3 de setembro, através do portal Cultura Online (www.indaiatuba.sp.gov.br/cultura-online), no site da Prefeitura de Indaiatuba. As aulas terão início em 12 de setembro.
O Centro Cultural Itaici está localizado na Rua Francisco Araújo, 49, perto do Ponto Verde – Feira da Agricultura Familiar ‘Agenor Tachinardi’.
Reforma
Toda a reforma do prédio foi realizada com recursos próprios. A Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas promoveu a pintura do espaço, reestruturação dos acessos, reforma de banheiros e manutenção dos pisos para adequar a acessibilidade. Foram feitas manutenções no telhado e nas calhas, reforma da parte elétrica e instalação de iluminação LED e de alambrado externo para proteção do prédio. As cores escolhidas seguiram a mesma identidade visual do Museu Ferroviário, reaberto pela Secretaria da Cultura no final do ano passado.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente providenciou a revitalização do paisagismo e a instalação de uma Estação Ciclista, com banco para descanso, bomba para encher pneus e jogo de chaves para pequenas manutenções, em apoio aos esportistas que precisam de uma base para descansar e fazer pequenos reparos na bicicleta.
História | A Estação Ferroviária de Itaici, segundo alguns registros documentais, teve sua inauguração oficial em 11 de dezembro de 1879. Porém, tudo leva a crer, que ela existia desde 1873. Sempre foi uma estação de entroncamento e serviu a linha-tronco da Ituana (Itu- Jundiaí). Em 1914 passou a servir o ramal de Campinas e em 1948 o prédio passou por uma ampla reforma. Foi desativada em 1986.
Serviço:
Inauguração do Centro Cultural Itaici
Data: 20 de agosto
Horário: 9 horas
Endereço: Rua Francisco Araújo, 49, Itaici – Indaiatuba (SP)
Entrada franca
Inscrições para Oficinas Culturais: www.indaiatuba.sp.gov.br/cultura-online.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Caminhos do Mar comemora Bicentenário da Independência do Brasil.
Esse ano é comemorado o Bicentenário da Independência do Brasil e o Caminhos do Mar é parte da “rota da Independência”, uma vez que a Calçada do Lorena, caminho percorrido por D. Pedro I em 1822 na subida do litoral ao Ipiranga em São Paulo, está ali. Outros 8 monumentos históricos que contam a história do país, erguidos em 1922, na época para celebrar o centenário do grito do Ipiranga, estão presentes nela e ao longo da Estrada Velha de Santos. Atualmente, o Caminhos do Mar, que faz parte do Parque Estadual Serra do Mar, operado pela Parquetur por meio do processo de concessão do Governo do Estado de São Paulo, é uma unidade de conservação da Mata Atlântica. Toda essa história será contada em atividades lúdicas, recreativas e educacionais que acontecerão todos os finais de semana, e tiveram início em 6 de agosto.
Plantação de mudas de árvores, contação de histórias, atrações musicais, caminhada simbólica, encenação teatral, caça ao tesouro e oficinas de restauro são algumas delas e acontecerão até 25 de setembro. Além de diversão para toda a família, as atividades serão verdadeiras aulas de História ao ar livre e todas foram pensadas para incentivar a educação ambiental e histórica e a integração dos visitantes do parque com a natureza. A agenda acontecerá sempre aos sábados e domingos, exceto na semana do dia 7 de setembro, quando serão diárias entre os dias 3 e 11 de setembro. As ações estarão presentes ao longo do Roteiro Histórico (8 km), trilha asfaltada da Estrada Velha de Santos e também do Roteiro Ecoturístico (3,5 km), trilha pavimentada em pedras da Calçada do Lorena. Os mais aventureiros podem ainda agendar antecipadamente a visita para realizar o Roteiro Aventura (4,5 km) pela trilha da Cachoeira da Torre.
Ao longo da Estrada Velha de Santos e da Calçada do Lorena estão situados os Monumentos Históricos construídos em 1922 em homenagem ao centenário da Independência do Brasil pelo arquiteto francês Victor Dubugras, sendo eles: Monumento do Pico, Pontilhão Raiz da Serra, Belvedere Circular, Cruzeiro Quinhentista, Padrão Lorena, Rancho da Maioridade, Ruínas e Pouso Paranapiacaba.
PROGRAMAÇÃO*
Plantio de Mudas | Com apoio de espátulas, regador e mudas, as crianças terão a oportunidade de plantar mudas nativas de espécies da Mata Atlântica presentes no Caminhos do Mar, em um local preparado para isso e futuramente acompanhar a evolução de sua plantação.
Caça ao Tesouro | Atividade lúdica educacional-histórica-ambiental que envolverá adultos e crianças na Calçada do Lorena. D. Pedro I precisa subir a serra para dar o grito de independência do Brasil. Distraído com a beleza da Baixada Santista, ele perde o mapa no meio do caminho. Os pequenos visitantes precisam ajudá-lo e quem achar e devolver o mapa a D. Pedro I ganhará uma recompensa.
Espetáculos musicais | Apresentações musicais e artísticas voltadas para o público familiar e infantil.
Oficinas infantis | Serão realizadas oficinas de gravetos, estimulando a criatividade das crianças criando bonecos com os materiais que são encontrados no próprio parque, pintura de imagens com elementos da natureza, fauna, flora e as lindas vistas da Mata Atlântica e oficinas de reciclagem, produzindo peças artísticas e utensílios a partir de materiais reutilizados.
Contação de histórias | Artistas reproduzirão histórias clássicas, autorais e recontarão a história do país de forma lúdica.
Caminhada simbólica com D. Pedro I | Encenação do 7 de setembro com a Caminhada Simbólica, refazendo o percurso com D. Pedro I (presença de um ator caracterizado), percorrendo a Calçada do Lorena junto aos visitantes.
Encenação teatral | Apresentação do espetáculo “1822 – As trilhas do Império do Brasil”. A peça conta como se deu a Proclamação da Independência do Brasil de Portugal em 1822, a partir dos personagens centrais: Imperador Dom Pedro I, Imperatriz Leopoldina e do santista José Bonifácio, além de outras figuras históricas que contribuíram para este evento.
Encenação teatral | Apresentação do espetáculo “Crepúsculo Cubatense”. O espetáculo, a partir da linguagem de teatro de rua, de forma itinerante e com intervenções cênicas e musicais, rápidas e dinâmicas, provoca uma reflexão sobre a Independência do Brasil, seu legado e sua múltipla importância cultural. O cortejo será guiado por artistas em uma caminhada de observação, apreciação da natureza e dos monumentos do parque, trazendo à tona a memória sobre a História do Brasil.
Oficinas de restauro | As oficinas oferecem informações sobre o restauro e a contextualização histórico-cultural, envolvendo a atuação de Gerardo Sarasá nos anos 80 e a prática de zeladoria no Caminhos do Mar, ensinando os métodos e técnicas utilizadas.
Pega Pega Ecológico | As crianças serão divididas em dois grupos: um representará os animais e os outros os abrigos. Ao longo do jogo, catástrofes ambientais e predação serão os problemas que os participantes terão que enfrentar para ser o vencedor.
*As atividades poderão sofrer alterações de dia e/ou horário e local a qualquer momento, devido às condições meteorológicas. A programação completa e atualizada das ações pode ser conferida na página Bicentenário do site: www.caminhosdomar.com.br/bicentenario/.
Serviço:
Caminhos do Mar
Para compra de ingressos, acesse: www.caminhosdomar.com.br
Programação Bicentenário da Independência: até 25 de setembro, sempre aos sábados e domingos, exceto na semana entre 3 e 11 de setembro, quando as atividades serão diárias
Horário: 8h às 17h – funcionamento do parque
Para horários das atividades, acesse agenda no site www.caminhosdomar.com.br/bicentenario/
Valor do Ingresso: R$40,00 (inteira)/R$20,00 (meia)
Valor Avulso do Transporte Interno – R$35,00 (vendido exclusivamente nas bilheterias locais e mediante disponibilidade.)
Combos Promocionais (vendidos exclusivamente através do site)
R$50,00 (Inteira e transporte interno)
R$42,50 (Meia e transporte interno)
Endereço:
Portaria de entrada por São Bernardo do Campo:
– SP-148 Estrada Caminho do Mar, Km 42 – Alto da Serra – São Bernardo do Campo/ SP
Portaria de entrada por Cubatão:
– SP-148 Estrada Caminho do Mar, Km 50 – Cruzeiro Quinhentista – Cubatão/SP.
(Fonte: Ela Comunica)
“Lampião, lá do sertão”, da Escola de Dança de São Paulo, será apresentado no Teatro Sérgio Cardoso no dia 30 de agosto, terça-feira, 16h30 e 20h. O espetáculo conta a história de Lampião e Maria Bonita, personagens do sertão de Pernambuco, em versão voltada para o público infantil.
O trabalho é baseado no texto em formato de cordel, obra de Mariane Bigio, “Lampião, lá do sertão”, e adaptado para dança pela equipe da Edasp (Escola de Dança de São Paulo), sob direção de Cristiana de Souza, coordenadora artística da Escola.
Com figurinos e trilha sonora inspirados na época, a narrativa é apresentada pelo contador de história, que traz as danças e personagens, colocando em cena dança contemporânea, jogos e acrobacias, danças brasileiras, balé clássico e música.
Ficha técnica:
Concepção e Direção Artística: Cristiana de Souza
Assistentes Artísticas: Luciana Rizzo e Yeda Peres
Autoria do texto: Mariane Bigio
Autoria do texto de abertura: Gabriel Bueno
Coreografias e Produção: Escola de Dança de São Paulo
Light Designer: Estação da Luz | Joyce Drumond
Realização: Secretaria Municipal de Cultura | Fundação do Theatro Municipal | Escola de Dança de São Paulo.
Serviço:
Lampião Lá do Sertão
Dia 30 de agosto, terça-feira, 16h30 e 20h
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Lícia
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo (SP)
Capacidade: 827 lugares (819 lugares e 8 espaços de cadeirantes)
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre
Ingressos:
R$10,00 (inteira) /R$5,00 (meia-entrada)
Vendas pelo site da Sympla.
(Fonte: Pevi)
Fotos: Cristina Maranhão.
No termo cunhado pela intelectual negra mineira Lélia Gonzalez, ‘amefricanidade’ é a experiência comum de mulheres e homens negros na diáspora e à experiência de mulheres e homens indígenas contra a dominação colonial. O tema se refere às sabedorias e às experiências negras e indígenas no continente americano, se aproximando ao quilombismo de Abdias Nascimento. O conceito de Lélia serve de livre inspiração e as artes de Abdias disparam a iconografia do novo espetáculo do coletivo Legítima Defesa, “AMÉFRICA: Em Três Atos”, tem estreia e temporada no Teatro do SESC Pompeia, de 18 de agosto a 18 de setembro de 2022 –quintas, sextas e sábados às 20h, e domingos às 18h. Os ingressos custam de R$12 a R$40.
A realização é do Coletivo Legítima Defesa e convidades e tem a direção de Eugênio Lima. No palco estão os integrantes do coletivo – Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Nádia Bittencourt, Eugênio Lima, Luan Charles e Marcial Macome –, além da atriz convidada Janaína Silva e da participação (em vídeo) de Hukena Yawanawa e Antônio Pitanga.
No espetáculo, o Coletivo Legítima Defesa elabora de forma poética e política as confluências negras e ameríndias e seus desdobramentos sociais e históricos no Brasil. As trajetórias negras e indígenas em diálogo e em confluências permitem criar alianças a partir de seus próprios legados, trazendo à tona narrativas soterradas pela herança colonial.
No dia 3 de setembro, das 16h às 18h, acontece uma Roda de Conversa Afropindorâmica (Confluência na Retomada) na Área de Convivência da unidade. Participam Cacique Babau, Antônio Nego Bispo, Tereza Onã e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe, com a mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongora.
Os Atos
Em três atos, “AMÉFRICA” tem uma narrativa fragmentada, porém complementar. O Ato 1: A Cicatriz Tatuada, que tem dramaturgia de Claudia Schapira, é um filme online que deverá ser visto previamente pelo espectador. O Ato 2: A Retomada, é uma peça-intervenção e foi escrita por Aldri Anunciação. O Ato 3: A Tempestade é assinado por Dione Carlos, e é uma intervenção performática, contra-narrativa, que une videoinstalação, música, dança, mixtape, teatro e performance.
Fazem parte da peça, ainda, intervenções em vídeo, com reproduções de falas de intelectuais e artistas, além de diálogos com outros artistas, como Jairo Pereira e Thereza Morena e coletivos de teatro (Espiralar Encruza e O Bonde).
“A ideia de ‘Confluência na Retomada’ é a própria metáfora do espetáculo; nossa função é localizá-la num espaço onde se revelam as tensões da nossa sociedade, na qual negros e indígenas ainda lutam para escapar do genocídio e do racismo estrutural, procurando recuperar a dignidade e a liberdade num sistema colonial que se atualiza constantemente”, explica o diretor Eugenio Lima.
Este projeto foi contemplado pela 13ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.
Roda de Conversa
No início de 2022, os curadores Majoí Gongora e Eugênio Lima conversaram com convidados de diferentes gerações de lideranças e artistas ameríndios. Foram três painéis de discussão sobre as questões relacionadas às sabedorias e às experiências ameríndias e quilombolas no continente americano, com transmissão online – os vídeos podem ser vistos em youtube.com/c/ColetivoLegitimaDefesa.
Os encontros inspiraram a dramaturgia cênica, trazendo à tona trajetórias negras e indígenas a partir de seus próprios legados. Assim, as rodas foram uma amostra de outros imaginários possíveis sobre as experiências negras e ameríndias no Brasil, revelando narrativas soterradas pela herança colonial.
Com a estreia da temporada de “AMÉFRICA: Em Três Atos”, o Legítima Defesa retoma a troca, desta vez presencial. O evento acontece no dia 3 de setembro, sábado, às 16h, no SESC Pompeia – a entrada é livre.
Participam: Cacique Babau (liderança dos Tupinambá da Serra do Padeiro), Antônio Nêgo Bispo (morador do Quilombo do Saco-Curtume, no Piauí, uma das principais vozes do pensamento quilombola no Brasil), Tereza Onã (mulherista pan africana) e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe (liderança indígena), com a mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongora.
Sinopse | O espetáculo “AMÉFRICA: Em Três Atos” fundamenta-se em uma narrativa épica/ fantástica criada a partir de histórias diversas sobre personagens presentes nos levantes históricos, nas cosmovisões e nas narrativas negras e indígenas, incluindo as diferentes práticas rituais e literaturas orais existentes no país. A partir da noção de Amefricanidade, cunhada por Lélia Gonzalez, do Conceito-ação de Retomada, dos Tupinambás da Serra do Padeiro e do Conceito de Confluência, elaborado por Antônio “Nego Bispo”, serão feitos contrapontos aos personagens da história oficial colonial no continente americano.
Ficha Técnica
Direção: Eugenio Lima
Dramaturgia: Claudia Schapira, Aldri Anunciação e Dione Carlos
Intervenção Dramatúrgica: Coletivo Legítima Defesa
Com a participação: Frantz Fannon, Racionais MCs, Lélia Gonzalez, Aimé Cesarie, Maurinete Lima, Neusa Santos Sousa, bell hooks, W. E. B. Du Bois, Amílcar Cabral, William Shakespeare, Silvia Federici, Eliane Brum, Yina Jiménez Suriel, Robin DiAngelo, Célia Xakriabá, Renata Tupinambá, Denilson Baniwa, Ailton Krenak e Samora Machel
Elenco Legítima Defesa: Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Nádia Bittencourt, Eugênio Lima, Luan Charles e Marcial Macome
Atriz convidada: Janaína Silva
Convidados: Hukena Yawanawa e Antônio Pitanga (em vídeo)
Retomadas: Coletivo O bonde, Jairo Pereira, Thereza Morena e Espiralar Encruza (em vídeo)
Convidados: Edivan Fulni-ô e Renata Tupinambá
Consultoria Artística: Renata Tupinambá
Consultoria em culturas ameríndias: Majoí Gongora
Produção Executiva: Gabi Gonçalves_Corpo Rastreado e Iramaia Gongora_Umbabarauma Produções Artísticas
Direção Musical: Eugênio Lima
Vídeografia: Bianca Turner e Mônica Ventura
Iluminação: Matheus Brant
Cenário: Iramaia Gongora
Figurino: Claudia Schapira
Música: Eugênio Lima, Neo Muyanga, Luan Charles e Roberta Estrela D’Alva
Vídeo: Ana Júlia Trávia, Matheus Brant e Cristina Maranhão
Direção de gesto e Coreografia: Luaa Gabanini
Spoken Word: Roberta Estrela D’Alva
Fotografia: Cristina Maranhão
Tradução Tupi Guarani: Luã Apyká , etnia Tupi Guarani, aldeia Tabaçu Rekoypy -SP
Design: Sato do Brasil
Artistas Convidadas: Juliana Munduruku e Marcely Gomes
Assistência de Direção: Gabriela Miranda e Iramaia Gongora
Assistência de Produção: Thaís Cris e Thaís Venitt_ Quica Produções
Músicos: Eugênio Lima e Luan Charles
Cenotécnico: Wanderley Wagner
Desenho de som: Eugênio Lima
Engenharia de som: João Souza Neto, Clevinho Souza e Nick Guaraná
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Voz Off: Sandra Nanayna, Maurinete Lima, Dorinha Pankará, Hukena Yawanawa e Cacique Babau
Parceiros: Márcio Goldmann, Casa do Povo, Próxima Cia, Sandra Nanayna, Karine Narahara, Dorinha Pankará, Antônio Bispo, Naine Terena, Edivan Fulni-ô, Cacique Babau e Geni Nuñez.
Sobre o Legitima Defesa
Coletivo de artistas, atores e atrizes, DJs e músicos, de ação poética, portanto política, que tem como foco a reflexão e representação da negritude, seus desdobramentos sociais históricos e seus reflexos na construção da persona negra no âmbito das linguagens artísticas, constituindo desta forma um diálogo com outras vozes poéticas que tenham a negritude como tema e pesquisa.
Legítima Defesa é um ato de guerrilha estética que surge da impossibilidade, da restrição, da necessidade de defender a existência, a vida e a poética. Formado por: Eugênio Lima, Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Gilberto Costa, Jhonas Araújo, Tatí de Tatiana, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles e Marcial Macome.
Histórico
Formado em 2015, o Coletivo Legítima Defesa apresentou a performance poético-política “Em Legítima Defesa na MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo”, de 2016. Em 2017, estreou o espetáculo “A Missão em Fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa” também na programação da MITsp. Tem em sua bagagem uma série de intervenções urbanas, como “Racismo é Golpe?” e “Um rosto à procura de um nome”. Em 2019, estreou o espetáculo “Black Brecht – E se Brecht fosse negro?”, projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato, considerado pelo Guia da Folha como um dos mais relevantes ano de 2019.
O Coletivo vem provocando diversas imersões poéticas em lugares onde a presença negra é ausente, tais como MASP, Pinacoteca e Bienal de São Paulo, entre outros.
Entre as suas diversas parcerias, cabe destacar a realizada com o músico e performer sul-africano Neo Muyanga. Além das colaborações em A Missão em Fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa e em Black Brecht – E se Brecht fosse negro? também estiveram juntos, Coletivo e Muyanga, na performance para a 34ª Bienal de São Paulo, A Maze in Grace, em 2020.
Serviço:
“AMÉFRICA: Em Três Atos, do Coletivo Legítima Defesa”
De 18 de agosto a 18 de setembro de 2022
Temporada: quintas, sextas e sábados às 20h, e domingos às 18h
SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
Ingressos: R$12 (credencial plena), R$20 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$40 (inteira)
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 125 minutos (com intervalo)
Roda de Conversa
Afropindorâmica (Confluência na Retomada)
Área de Convivência da unidade
3 de setembro, sábado, às 16h
Com Cacique Babau, Antônio Nego Bispo, Tereza Onã e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe – mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongoram
Grátis
Protocolos de segurança
O uso da máscara, cobrindo boca e nariz, é recomendado. Se você apresentar os sintomas relacionados à Covid-19, procure o serviço de saúde e permaneça em isolamento social.
Para informações sobre outras programações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia
Acompanhe:
Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa.pompeia@sescsp.org.br.
(Fonte: Assessoria de Imprensa SESC Pompeia)
Neidinha Bandeira, ativista ambiental, toma banho em um rio na floresta amazônica. Crédito: Alex Pritz/Amazon Land Documentary.
A National Geographic Documentary Films e a O2 Play anunciam que “O Território”, premiado documentário de estreia do diretor Alex Pritz, estará disponível nos cinemas brasileiros a partir de 8 de setembro e faz parte da mostra Mês Amazônia no CineSesc.
Produzido pelo cineasta indicado ao Oscar® Darren Aronofsky, pelo indicado ao Oscar® e vencedor do Emmy Sigrid Dyekjær (“A Caverna”), Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett e Pritz, com produção executiva da ativista Txai Suruí, com trilha sonora original de Katya Mihailova e edição de Carlos Rojas Felice, o filme é uma coprodução com a comunidade indígena Uru-eu-wau-wau.
Vencedor de mais de dez prêmios internacionais e com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Território”, fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável dos povos indígenas Uru-Eu-Wau-Wau da Amazônia contra o desmatamento invasor trazido por agricultores e colonos ilegais. Com uma cinematografia inspiradora mostrando a paisagem e um design de som ricamente texturizado, o filme leva o público para dentro da comunidade Uru-Eu-Wau-Wau e oferece acesso sem precedentes aos agricultores e colonos que queimam e desmatam ilegalmente a terra indígena protegida.
Cartaz do filme.
Parcialmente filmado pelo povo Uru-Eu-Wau-Wau, o filme se baseia em imagens reais capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca suas vidas para montar sua própria equipe de mídia na esperança de expor a verdade. “Este filme apresenta uma realidade que precisa ser exposta. Estamos felizes com a relevância e o alcance que essa produção está adquirindo”, comenta Alex Pritz. “Em todos os lugares onde levamos ‘O Território’, todos foram impactados e se sensibilizaram pela situação que os Uru-eu-wau-wau vivenciam. Tenho certeza de que, em sua estreia no Brasil, o efeito do filme será maior e mais poderoso ainda”, declara o diretor.
“Todo barulho que estamos conseguindo fazer com o filme mostra que estamos superando uma herança de apagamento e marginalização. Nós já estávamos registrando nossa vida e nosso cotidiano para nos preservar e agora estamos fazendo estas imagens e essa história chegarem a lugares que nem imaginávamos poder alcançar”, declara Bitaté Uru-eu-wau-wau, o jovem líder do Uru-eu-wau-wau em “O Território”.
O filme, que teve seu lançamento mundial na competição World Cinema em Sundance 2022, ganhou o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri, tornando-o o único filme do evento a ganhar prêmios do público e do júri. Muitos outros se seguiram, incluindo o True/False True Life Fund Recipient 2022, o CPH:DOX Special Menção do Júri, o Netherlands’ Movies That Matter Activist Documentary Award, o Seattle International Film Festival Golden Space Needle Award de Melhor Documentário, o Philadelphia Environmental Prêmio do Público do Festival de Cinema, o Prêmio Documentário John Schlesinger do Festival Internacional de Cinema de Provincetown, o Prêmio de Melhor Categoria Planeta Sustentável do Festival Internacional de Cinema de Vida Selvagem e o Prêmio Melhor do Festival, o Prêmio DocsBarcelona Anistia Internacional da Catalunha e o Prêmio MountainFilm Minds Moving Mountains.
“O Território” foi feito pela Documist, pela Associação Jupaú do Povo Uru-Eu-Wau-Wau, Real Lava, e pela três vezes vencedora do Oscar® Passion Pictures e Protozoa Pictures, em parceria com TIME Studios e XTR com apoio da Luminate e Doc Society .
A National Geographic Documentary Films lançou anteriormente o vencedor do Oscar®, do BAFTA e de sete prêmios Emmy “Free Solo” e o filme indicado ao Oscar® “The Cave”. Em 2021, lançaram “Becoming Cousteau”, “Fauci”, “The First Wave”, “The Rescue” e “Torn”. Outros filmes aclamados pela crítica incluem “Rebuilding Paradise”, de Ron Howard; vencedores do Sundance Audience Award “Science Fair” e “Sea of Shadows”; os vencedores do Emmy “LA 92” e “Jane”, ambos incluídos nos 15 principais documentários considerados para um Oscar® em 2017; e vencedor do Prêmio Dupont “Inferno na Terra: A Queda da Síria e a Ascensão do Isis”.
Mais informações sobre o filme
Desde que os Uru-eu-wau-wau foram contatados pela primeira vez pelo governo brasileiro em 1981, seu território se tornou uma ilha verde de floresta tropical cercada por fazendas e áreas invadidas – resultado de quatro décadas de desmatamento descontrolado. A comunidade enfrenta incursões ambientalmente destrutivas e muitas vezes violentas por não nativos que buscam explorar a terra. Os ataques para extração ilegal de madeira e desmatamento tornaram-se mais frequentes e mais descarados ao longo dos últimos anos.
Nas aldeias Uru-eu-wau-wau há menos de 200 pessoas, incluindo idosos e crianças, para defender quase 1.867,117 hectares de floresta tropical. Nos limites do território demarcado, uma rede de agricultores se organiza para alcançar suas reivindicações através de meios legais, enquanto grileiros começam a desmatar trechos de floresta tropical por conta própria. Com a sobrevivência da comunidade em jogo, Bitaté Uru-eu-wau-wau e Neidinha Bandeira – um jovem líder indígena e sua mentora – devem encontrar novas maneiras de proteger a floresta tropical de invasores. Mas, em vez de depender de outros para contar sua história, os Uru-eu-wau-wau assumem o controle da narrativa e criam sua própria equipe de mídia para trazer a verdade ao mundo.
Confira os prêmios de “O Território”:
Festival Sundance de Cinema (EUA) – Prêmio do Público de Documentário na categoria internacional – Prêmio Especial do Júri de Obra Documental | CPH:DOX (Dinamarca) – Menção especial na categoria F:ACT | Filmes que Importam (Holanda) – Prêmio de Documentário Ativista | Festival de Cinema Ambiental da Filadélfia (EUA) – Prêmio do Público | Festival Internacional de Filmes sobre Vida Selvagem (EUA) – Prêmio de Melhor Filme / Prêmio na categoria Melhor Planeta Sustentável | Festival de Filmes True/False (EUA) – Prêmio na categoria Fundo da Vida Real | Festival Internacional de Filmes de Seattle – Prêmio Golden Space Needle de Melhor Documentário | Prêmio DocsBarcelona – Anistia Internacional da Catalunha | Prêmio MountainFilm – Prêmio Moving Mountains | Festival de Filmes de Provincetown (EUA) – Prêmio de Documentário John Schlesinger | Sheffield DocFest (UK) – Prêmio Tim Hetherington / Menção do Júri | Festival Internacional de Cine Medioambiental de Canarias (FICMEC) – Melhor Documentário.
Ficha Técnica
“O Território”
(Brasil/Dinamarca/Estados Unidos, 2022)
Documentário
Direção: Alex Pritz
Produção: Darren Aronofsky, Sigrid Dyekjær, Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett, Alex Pritz
Produção executiva: Carolyn Bernstein, Ari Handel, Brendan Naylor, Dylan Golden, Txai Suruí, Tejubi Uru-eu-wau-wau, Potei Uru-eu-wau-wau, Jack Weisman, Danfung Dennis, Alexandra Johnes, Rebecca Teitel, Loren Hammonds, Bryn Mooser, Kathryn Everett, Justin Lacob, Rafael Georges, Felipe Estefan, Andrew Ruhemann, Romain Bessi, Philippe Levasseur
Sound Design: Rune Klausen, Peter Albrechtsen MPSE
Trilha Sonora: Katya Mihailova
Fotografia: Alex Pritz e Tangãi Uru-Eu-Wau-Wau
Edição: Carlos Rojas Felice
83 minutos.
Serviço:
“O Território” – direção Alex Pritz
Sessão especial: 8/9 às 20h*
*Exibição seguida de debate. Grátis. Retirada de ingresso 2h antes na bilheteria
Veja o trailer aqui.
CINESESC
Rua Augusta, 2075 – São Paulo (SP)
Acompanhe a programação no site SESC.
(Fonte: Agência Lema)