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SESI-SP e Cia Vagalum Tum Tum apresentam “Meu Reino por um Cavalo”

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: João Caldas.

O Teatro do SESI-SP abre seu palco para a encenação Meu Reino por um Cavalo, do premiado diretor e dramaturgo Angelo Brandini, que é referência em teatro para família, à frente da Cia Vagalum Tum Tum. A sétima peça do repertório inspirada em William Shakespeare nos 19 anos da companhia é uma adaptação do clássico Ricardo III. Meu Reino por um Cavalo faz sua estreia dia 9 de outubro, sábado, às 15h, no Teatro do SESI-SP. Temporada aos sábados e domingos às 15 horas até 12 de dezembro de 2021. Ingressos gratuitos. Reservas antecipadas pelo site sesisp.org.br/meu-sesi.

Após mais de 1 ano e seis meses sem atividade com a presença do público em razão do protocolo de enfrentamento à Covid-19, o Centro Cultural Fiesp está pronto pra receber os convidados. As apresentações seguirão todos os protocolos de segurança e terão capacidade reduzida a apenas 60% do público para manter o distanciamento social necessário.

Com direção musical de André Abujamra, figurinos de Christiane Galvan, cenografia de Bira Nogueira, direção de movimento de Vivien Buckup e caracterização de Leopoldo Pacheco, a montagem de Meu Reino por um Cavalo conta a trajetória do personagem Ricardo lll ao trono da Inglaterra e tem uma estética inspirada nos grandes shows de rock, contada pelo olhar do Palhaço e dos Bobos da Corte. Na história, um nobre ambicioso e sem escrúpulos decide fazer o que for preciso para se tonar rei, eliminando todos que estiverem no seu caminho, atrapalhando seus objetivos.

A versão do clássico Ricardo III ganha linguagem moderna e atraente, com músicas originalmente compostas por André Abujamra e letras de Angelo Brandini, numa conversa sobre os temas mais profundos e concretos com humor e poesia, estimulando o pensamento crítico do espectador com cenas que libertam a imaginação e a criatividade que alimenta sonhos e curiosidades a respeito do ser humano. Todas as músicas e pontuações sonoras são executadas ao vivo pelo próprio elenco, como se fosse também uma banda, que ora está atuando como personagens, ora como músicos dando apoio às cenas. Isto faz com que os elementos sonoros sejam orgânicos, em perfeito sintonia com todos os outros elementos do espetáculo.

As mortes que ocorrem no texto original serão transformadas, ressignificadas, nesta adaptação em “enquadramentos”, quando todos os eliminados serão emoldurados para a prosperidade em quadros na parede, fazendo um distanciamento do ato de matar, que eternizará os personagens em quadros compostos ou individuais que continuarão a fazer parte da trama até o final da história. “Assim, pretendemos uma montagem com comprometimento e qualidade, que tem como ponto de partida a reflexão e o pensamento críticos, sem deixar de ser lúdico, belo e divertido”, fala o diretor. “Como trabalho com tragédias, sempre apresento a morte de forma inusitada. Em cada um dos espetáculos, a morte se dá de forma diferente. Nesta peça as mortes são tratadas com um tom divertido, que é a forma mais leve do palhaço lidar com o assunto”. Para Brandini, a montagem da peça hoje é muito significativa por dialogar diretamente com o momento atual. Por falar de poder e do que as pessoas são capazes de fazer para alcançar o poder.

Sobre Ângelo Brandini (autor e diretor) | Formou-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, EAD/USP. É autor e diretor das peças Masmorra, Senhor Dodói, (FEMSA 2008 de Melhor Texto Adaptado), Othelito (Prêmio APCA e FEMSA 2007 de Melhor Texto Adaptado), O Bobo do Rei (Prêmio FEMSA 2010 de Melhor Direção), O Príncipe da Dinamarca (Prêmio FEMSA 2011 de Melhor Texto Adaptado) e Bruxas da Escócia (APCA 2013 de Melhor Texto Adaptado, Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2013 nas categorias Melhor Diretor e Melhor espetáculo).

Faz parte desde 1994 dos Doutores da Alegria, onde exerceu a função de coordenador nacional de criação e dirigiu e atuou no espetáculo Midnight Clowns, apresentado em São Paulo e Rio de Janeiro. Ministra palestras-shows sobre o trabalho dos Doutores da Alegria e da Cia. Vagalum Tum Tum para empresas, órgãos governamentais, instituições e universidades de todo o Brasil, América do Sul e Portugal. Foi criador, redator e intérprete do programa Cidadania no Trânsito, Rádio Pára-Choque, esquetes cômicas sobre trânsito na Rádio Eldorado, Prêmio APCA de inovação no rádio 2006.

Como ator, participou de dezenas de espetáculos com diretores como Cacá Rosset (O Avarento), Celso Frateschi (O Macaco Peludo, Um Homem é Um Homem, O Banquete, Atiag e A Grande Imprecação diante dos Muros da Cidade, Tio Vânia, Don Juan), William Pereira (La Chunga, em Miami e N. York), Gabriel Vilela e Roberto Lage, entre outros.

Angelo Brandini é autor do Livro O Bobo do Rei pela Companhia das Letrinhas (Prêmio de Melhor Livro de Teatro para Crianças de 2015 pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil e o título de Altamente Recomendável pela mesma Fundação e pela Biblioteca Nacional). É uma adaptação de Rei Lear, de Shakespeare. Na segunda parte do livro, Angelo ensina as crianças como montarem a peça em casa.

Sobre a Cia Vagalum Tum Tum | A companhia surgiu em 2001 com o espetáculo homônimo Vagalum Tum Tum, que contava a saga de um palhaço atrás de um vagalume. O segundo espetáculo, Queluzminha, contava com dramaturgia de Marici Salomão e apresentava a história de dois palhaços em esquetes com técnicas “palhacescas” variadas e manipulação de objetos.

Em 2007 a companhia estreou Othelito, produzido e premiado pelo 11º Cultura Inglesa Festival como Melhor Espetáculo infanto-juvenil. Othelito ganhou também os prêmios APCA e FEMSA 2007 de Melhor Texto Adaptado. No ano de 2010 estreia O Bobo do Rei, livre adaptação de Rei Lear, de William Shakespeare e recebeu o Premio da Associação Paulista de Críticos de Arte de Melhor Elenco, FEMSA 2010 de Melhor Direção, Melhor Figurino para Christiane Galvan e Atriz Revelação para Tereza Gontijo.

Já em 2011 foi a vez da Cia. estrear O Príncipe da Dinamarca, livre adaptação do clássico Hamlet, de William Shakespeare, vencedora do Prêmio FEMSA 2012 de Melhor Autor de Texto Adaptado, que também rendeu ao ator Davi Taiu o FEMSA de Melhor Ator Coadjuvante em 2012 e Premio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Trabalho para o público Infanto-Juvenil 2011.

Em 2014, o grupo adaptou Macbeth, de William Shakespeare, transformando a peça no espetáculo infantil Bruxas da Escócia. A montagem venceu em três categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 (antigo Prêmio Femsa): Melhor Espetáculo Infantil, Melhor Direção e Melhor atriz Coadjuvante (Christiane Galvan). Ganhou ainda o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado e foi finalista do Prêmio Governador do Estado na Categoria Arte para Crianças.

Livre adaptação da trajetória do Rei Henrique V de William Shakespeare, Henriques foi eleita Melhor Espetáculo de 2016 pelo Guia da Folha e recebeu o Prêmio APCA 2016 de Melhor Espetáculo para Crianças com Texto Adaptado, além de ter sido indicado a 6 categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil de Jovem 2017 (Melhor espetáculo, Melhor Texto Adaptado, Direção, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino, Melhor Ator Coadjuvante).

Os espetáculos da Cia. Vagalum Tum Tum compõem o ativo repertório e foram amplamente reconhecidos pela crítica especializada e pelos mais de 400 mil espectadores de todo o Brasil e Chile.

FICHA TÉCNICA

Texto e direção: Angelo Brandini. Assistente de Direção: Val Pires. Música original: André Abujamra. Letras das músicas: Angelo Brandini. Direção Musical: André Abujamra. Assistentes de Direção Musical: Alexandre Maldonado e Demian Pinto.

Elenco:

Edgar Bustamante – Ricardo III

Tatiana Thomé – Lady Ana e Eduardo

Christiane Galvan – Margareth

Val Pires – Assassino 1

Demian Pinto – Buckingham

Theófila Lima – George e Boneco Júnior

Alexandre Maldonado – Cavalo

Jhuann Scharrye – Assassino 2

Figurinos: Christiane Galvan. Assistente de Figurinos: Marcela Donato. Costureiras: Judite de Lima e Mariluce Constantino da Costa. Cenário: Bira Nogueira. Cenotécnica: Bira Nogueira e Ateliê PalhAssada. Caracterização: Leopoldo Pacheco. Preparação Corporal e Direção de Movimento: Vivien Buckup. Preparação Vocal: Juliana Amaral. Desenho de luz: Lígia Chaim. Desenho de som: Vitor Osório (concepção e coordenação) e Sergio Sofiatti (consultoria e supervisão técnica). Fotos: João Caldas. Projeto gráfico: Sato do Brasil – casadalapa. Assessoria de Imprensa: M. Fernanda Teixeira – Arteplural. Mídias Sociais: Príscila Galvão. Produção Executiva: Elisa Taemi, Marina Mioni e Milena Marques. Realização: Cia. Vagalum Tum Tum.

Meu Reino Por um Cavalo

Teatro SESI-SP: Avenida Paulista, 1313 – São Paulo/SP

Temporada presencial – aos sábados e domingos, às 15 horas, até 12 de dezembro de 2021. Ingressos gratuitos. Reservas antecipadas pelo site sesisp.org.br/meu-sesi. Sessão extra – Dia 10/12, sexta, 15h

Temporada on-line – De 2 de dezembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022

Disponível no canal do YouTube.

(Fonte: Maria Fernanda Teixeira/Arteplural)