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Cinemateca Brasileira apresenta mostra “Meu Primeiro Longa”

São Paulo, por Kleber Patricio

Still de “A felicidade das coisas”.

A Covid-19 impossibilitou que muitos cineastas emergentes pudessem estrear seus filmes em uma tela de cinema. Preocupada com a difusão de novos conteúdos audiovisuais e querendo dar oportunidade a vozes novas, a Cinemateca Brasileira oferece espaço para realizadores que fizeram seu primeiro longa-metragem entre 2020 e 2022 exibirem suas obras na telona. Alguns títulos da seleção participaram de festivais de cinema e chegaram a entrar em cartaz, mas também foram prejudicados pela baixa frequência das salas durante a pandemia. Além de dramas, comédias, documentários e animações, duas mesas de bate-papo com os realizadores ocuparão a Sala Grande Otelo de 21 a 30 de julho.

Mostra ‘Meu Primeiro Longa’

Cinemateca Brasileira

Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo (SP)

Ingressos gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 21 de julho

19h00 – Meu Tio José

Brasil, 2021, 98 min, p&b e cor, digital, 14 anos

Direção: Ducca Rios

Elenco: Wagner Moura, Tonico Pereira, Lorena Comparato

Sinopse: No mesmo dia que seu tio José é vítima de um atentado e morre, Adonias precisa cumprir uma tarefa na escola. Agora o menino precisa encontrar uma forma de lidar com o luto e a tristeza de perder o tio.

21h00 – Candango: Memórias do Festival

Brasil, 2020, 118 min, p&b e cor, dcp, 16 anos

Direção: Lino Meireles

Sinopse: Em 1965, um ano após o início da ditadura militar brasileira, um oásis de liberdade foi inaugurado na capital do país: o Festival de Cinema de Brasília, marco da resistência cultural e política. Este documentário conta a trajetória do evento a partir de relatos das pessoas que construíram a história do festival; entre elas, a cineasta e atriz Helena Ignez, o diretor Ruy Guerra, o ator Rodrigo Santoro e o crítico Rubens Ewald Filho. O filme propõe o resgate da memória do que se passou em mais de 50 anos de celebração do cinema brasileiro pelas lembranças de mais de 50 entrevistados.

Sexta-feira, 22 de julho

19h00 – Alice dos Anjos

Direção: Daniel Leite Almeida

Brasil, 2021, 76 min, cor, dcp, 10 anos

Elenco: Tiffanie Costa, Fernando Alves Pinto, Cris Magalhães, Pajé Aripuanã, Vicka Matos, Ricardo Fraga, Thiana Barbosa, Dayse Maria, Rogério Leandro, Rerbert Viana, Werbert Viana, Neto Cajado, Alan Miranda

Sinopse: Releitura de “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carrol, em diálogo com “A pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, Alice dos Anjos é uma menina esperta, neta de professora, que após ver um bode preto apressado no quintal de sua avó, começa a segui-lo, cai em um buraco e se depara com um mundo mágico. Lá, ela conhece alguns personagens oníricos que estão em luta contra um opressivo coronel que quer construir uma usina hidrelétrica na região.

21h00 – Xeque-Mate

Brasil, 2020, 68 min, cor, dcp, 16 anos

Direção: Bruna Piantino

Elenco: Alicia Castillas, Christian Scaffo, Edelma Ros, Eduardo Blasina, Esteban Abelenda, Felipe Rios, Frank Giucci, Gabriel Llano, Gustavo Robaina, Inti Rodríguez, José Lessa, Juan Vaz, Julio Calzada, Marco Algorta, Martín Fernandez, Martín Rodriguez, Matías Singer, Mercedes Ponce de León, Miguel Coiria, Leticia Cuñetti, Rafael Bayce, Ricardo Brignone

Sinopse: “Xeque-mate, o filme”, usa o artifício de um jogo de xadrez para demonstrar os jogos de poder inseridos no paradoxal universo das drogas e como cada ator social envolvido nesta trama pensa sua jogada. O ponto de partida é o modelo de Regulação da Cannabis no Uruguai, desde o ponto de vista biopsicossocial, geopolítico e econômico.

Sábado, 23 de julho

16h00 – mesa – Debate com os realizadores

Bruna Piantino (Xeque-Mate), Daniel Leite Almeida (Alice dos Anjos), Cláudia Pinheiro (O Novelo), Lino Meireles (Candango: Memórias do Festival) e Joel Pizzini, Beatriz Martins e Lia Kulakauskas (Madalena)

18h00 – O Novelo

Brasil, 2021, 94 min, cor, digital, 16 anos

Diretor: Claudia Pinheiro

Elenco: Nando Cunha, Rocco Pitanga, Sérgio Menezes, Rogério Brito E Sidney Santiago Kuanza

Sinopse: Cinco irmãos acabam sendo criados pelo irmão mais velho após a morte da mãe. Um dia, já adultos, eles recebem a notícia de que um homem em coma em uma UTI pode ser seu pai. Na sala de espera do Hospital, os irmãos mergulham em seus conflitos e memórias e através do tricô aprendido na infância.

20h00 – Madalena

Brasil, 2021, 86 min, cor, dcp, 12 anos

Direção: Madiano Marcheti

Elenco: Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule

Sinopse: Entre as vidas de Luziane, Cristiano e Bianca há pouca coisa em comum, além do fato de viverem em uma pequena cidade cercada por plantações de soja no Centro-Oeste do Brasil. Embora não se conheçam, os três são afetados pelo desaparecimento de Madalena. Em partes diferentes da cidade, cada um deles encontra seu modo de responder a essa ausência.

Domingo, 24 de julho

18h00 – Currais

Brasil, 2019, 90 min, cor, digital, livre

Direção: David Aguiar, Sabina Colares

Elenco: Rômulo Braga, Zezita Matos, Vitor Colares, Débora Ingrid

Sinopse: Misto de documentário e ficção, Romeu, um personagem fictício, viaja pelo sertão do Nordeste em busca de respostas e vestígios dos campos de concentração onde, em 1932, flagelados da seca foram aprisionados em troca de sobrevivência. Romeu vai costurando memórias a partir de relatos reais, documentos e fotos.

20h00 – Babenco, alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou

Brasil, 2019, 75 min, p&b, dcp, livre

Direção: Bárbara Paz

Sinopse: Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, ele se desnuda, consciente, em situações intimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memorias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e fragilidade física que marcou sua vida. Do primeiro câncer, aos 38, até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou é o primeiro filme de Barbara Paz, mas, também, de certa forma, a última obra de Hector – um filme sobre filmar para não morrer jamais.

Quinta-feira, 28 de julho

19h00 – A Felicidade das Coisas

Brasil, 2021, 87min, cor, dcp, 12 anos

Direção: Thais Fujinaga

Elenco: Magali Biff, Patrícia Saravy, Lavinia Castelari

Sinopse: Paula sonha em construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia. Quando os planos se desfazem por conta de problemas financeiros, ela se vê cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades.

21h00 – A Terra de Frente

Brasil, 2021, 74 min, cor, digital, livre

Direção: Thiago Cóstackz

Elenco: Thiago Cóstackz, Céline Cousteau, Ingibjörg Svala Jónsdóttir, Olafur Ingolfsson, Pajé Bire Huni Kuin, Paulo Artaxo, Sonia Guajajara

Sinopse: Entremeando performances artísticas que vão de um iceberg no Oceano Glacial Ártico a uma dança cerimonial com indígenas Tuyucas no meio da Amazônia brasileira, o filme registra entrevistas com lideranças indígenas, cientistas e pesquisadores que nos ajudam a entender a gravidade e urgência da situação climática global. Utilizando o poder instigador de sua arte, Thiago Cóstackz instalou obras temporárias e conversou com nomes que vão do Pajé Bire Huni Kuin da etnia Kaxinawa à ativista e exploradora Céline Cousteau, passando por cientistas como Ingibjörg Svala Jónsdóttir, Paulo Artaxo e Olafur Ingolfsson. Por meio da ciência, de dados concretos e de sua própria poesia, Thiago Cóstackz nos conduz para essa jornada em que ele encarou “A Terra de Frente”.

Sexta-feira, 29 de julho

19h00 – Açucena

Brasil, 2021, 71 min, cor, dcp, livre

Direção: Isaac Donato

Elenco: Guiomar Monteiro, Ceres Monteiro, Edite de Jesus, Maria Eduardo Monteiro, Ana Paula, Valda França, Rosalvo Bonfim e Seu Zé

Sinopse: Todo ano, uma mulher de 67 anos comemora seu aniversário de 7 anos.

21h00 – Valentina

Brasil, 2020, 95 min, cor, dcp, 14 anos

Direção: Cássio Pereira dos Santos

Elenco: Thiessa Woinbackk, Guta Stresser, Rômulo Braga, Ronaldo Bonafro, Letícia Franco, João Gott, Pedro Diniz

Sinopse: Valentina, uma menina trans de 17 anos, muda-se para uma pequena cidade mineira com sua mãe Márcia. Com receio de ser intimidada na nova escola, a garota busca mais privacidade e tenta se matricular com seu nome social. No entanto, a família começa a enfrentar problemas quando a diretoria da escola, despreparada, começa a exigir a assinatura do pai ausente para realizar a matrícula. Com o apoio de sua mãe e a ajuda de dois amigos inseparáveis, Valentina precisa enfrentar o maior desafio de sua vida.

Sábado, 30 de julho

16h00 – mesa – Debate com os realizadores

Cássio Pereira dos Santos (Valentina), Djin Sganzerla (Mulher Oceano), Isaac Donato (Açucena), João Paulo Miranda Maria (Casa De Antiguidades), Thais Fujinaga (A Felicidade Das Coisas)

18h00 – Mulher Oceano

Brasil, 2020, 99 min, cor, dcp, 14 anos

Direção: Djin Sganzerla

Elenco: Djin Sganzerla, Kentaro Suyama (Japão), Stênio Garcia, Lucélia Santos, Gustavo Falcão, Jandir Ferrari, Rafael Zulu

Sinopse: Ao se mudar para Tóquio, uma escritora brasileira se dedica a escrever seu novo romance, instigada por suas experiências no Japão e por uma das últimas cenas que presenciou no Rio de Janeiro: uma nadadora de travessia oceânica rasgando o horizonte com vigorosas braçadas em mar aberto. Essas duas mulheres aparentemente não compartilham nenhuma conexão, até que suas vidas começam a interferir uma na outra, estranhamente ligadas pelo mar. Hannah, a escritora, mergulha em uma jornada de autodescoberta no Japão, enquanto Ana, a nadadora no Rio, estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior.

20h00 – Casa de Antiguidades

Brasil/França, 2020, 93 min,cor, dcp, 16 anos

Direção: João Paulo Miranda Maria

Elenco: Antonio Pitanga, Sam Louwyck, Ana Flávia Cavalcanti, Aline Marta Maia, Gilda Nomacce, Soren Hellerup

Sinopse: Cristovam é um “caipira” do interior do Brasil que busca em outras terras melhores condições de trabalho. Mas o contraste cultural e étnico da nova morada em relação à sua terra natal provoca no vaqueiro um processo de solidão e perda de identidade. Boatos e maldades dos habitantes locais o levam ao desespero e a decisões equivocadas, fazendo-o perder a razão e a lucidez. Sem saída, ele passa a reviver o passado para suportar o presente.

Cinemateca Brasileira

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(Fonte: Trombone Comunicação)