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Casa NFT realiza exposição imersiva na Funarte

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Binho Ribeiro. Fotos: divulgação.

No ano passado um grupo de artistas, muralistas e grafiteiros se encontraram durante três meses para pintar uma mansão abandonada de 2.400 metros quadrados no Morumbi. O projeto, intitulado Casa NFT, transformou o espaço em uma grande galeria de arte com data para ser destruída. A mansão foi demolida, mas antes todas as obras foram digitalizadas e transformadas em arquivos digitais para a geração de criptoartes utilizando NFTs.

A ideia veio dos empresários Alexandre Travassos e Rodrigo Loli, sócios da Muzer, que negociaram a utilização da mansão para o projeto diretamente com o dono da Construtora Gamboa.

Quase um ano depois, cerca de 6,2 terabytes de acervo digital têm um novo endereço e serão expostos a partir do dia 12 de agosto nas galerias da Funarte São Paulo, trazendo obras de nomes importantes da arte de rua, como MIA, Mari Pavanelli, EDMX, Mazola, Laura Reis e Caps, entre outros.

Obra de Paulo Bruno.

A exposição faz valer as inúmeras possibilidades de aplicações dos arquivos digitais, desde impressões fine art em diversos tipos de materiais, exibições em telas digitais variadas e uma sala imersiva de 320 m² de projeções com mapeamento digital que farão contraste com pedaços de demolição das obras originais.

Para os idealizadores, a Casa NFT é um projeto dedicado a promover o debate sobre a utilização de novas tecnologias que possam dar suporte ao processo artístico. “Criar, digitalizar e destruir, abrindo infinitas possibilidades digitais de algo que era estático fisicamente. A Casa NFT surgiu a partir do estudo do impacto dos NFTs em relação ao direito de propriedade de obras artísticas; desde imagens, músicas e fotos. Percebi que estava surgindo uma alta oferta de artes visuais produzidas digitalmente, mas não vi ninguém produzir artes físicas para serem digitalizadas. Pensei então que seria interessante produzir uma arte física para ser destruída e eternizada digitalmente”, explica Alexandre Travassos.

A exposição vai até 18 de setembro e contará com oficinas de arte e painéis sobre o universo blockchain. A segunda edição da Casa NFT já está em negociação e deve ocorrer ainda em 2022.

Obra de Evol.

Artistas da Casa NFT: Ale Fractal, Amazon, André Mogle, Anna Silveira, Anne Galante, Assis, Barbara Goy, Betto Damasceno, Binho Ribeiro, Cards, Carmão, Ceará, Célio, Chico Fonseca, Clara Leff, Curió, Deksuave, Dino, Dom Graffiti, Dudadir, Ectoplasma, EDMX, Eu te vejo, Evol, Fabiano Apce, Feik Frasao, Feione, Fernando RV, Filite, Gota.a, Hannah Nader, Igana, Ignoto, IMAGE, Jah no Controle, Jimmy, Lady Brown, Lari Umeri, Laura Reis, Leandro Cinico, M.I.A, Mariana Pavanelli, Mazola Marcnou, Mes3, Micha, Mura, Nem Viptk, Obrene, Oxil, Pack Toledo, Paulo Bruno, Pestes VN, Quinho, Racil, Renê Muniz, RHAY, Rodrigo Queiroga, Rotka, SneK, Sol1, Suzue, TEF Cobalt, Teia Urbana, Vinicius Caps, Vinicius Meio, Vismoart, Vitones, William Pimentel, xGuix, Bob Fonseca e Diogo Terra. Site: https://casanft.art/.

Sobre a Funarte | Localizado no bairro de Campos Elíseos, o Complexo Cultural Funarte SP é um espaço aberto ao público, com atividades diversas e programação artística intensa. É também um lugar de memória, que guarda fragmentos da história da educação, cultura e artes de São Paulo.

A exposição acontece nas galerias localizadas nos Galpões Lulu Librandi, parte central do Complexo.

Local: Complexo Cultural Funarte SP – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos – São Paulo (SP).

(Fonte: Assessoria de Imprensa Casa NFT)