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“A Hora da Estrela – O Canto de Macabéa” entra em cartaz no Teatro Vivo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Beto Oliveira.

O musical “A Hora da Estrela – O Canto de Macabéa” estreia no Teatro Vivo entre os dias 3 de novembro e 11 de dezembro, com apresentações de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h. O espetáculo tem adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi.

Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. Também estão em cena os músicos Fabio Luna (bateria, percussão, flauta e voz), Pedro Franco (guitarra, violão, bandolim, violino e voz) e Pedro Aune (baixo acústico, baixo elétrico, tuba e voz). A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como ‘Elza’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Sísifo’ e ‘Macunaíma’.

“A Hora da Estrela” foi o último livro escrito por Clarice Lispector, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém. Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e essa figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação. O espetáculo não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original.

André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa (‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’) e Nelson Rodrigues (‘Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados’), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem. Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas.

Chico César vem de outra experiência bem-sucedida, ao ter a literatura como base de uma criação musical para teatro. Em 2017, ele assinou a trilha de ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ao lado da Cia. Barca dos Corações Partidos. A experiência rendeu uma série de prêmios e indicações, inclusive ao Prêmio da Música Brasileira pelo álbum. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai trazer mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector.

O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em uma peça de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em ‘Elis – A Musical’ e ‘Gota D’Água [a seco]’, Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em ‘As Comadres’, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro.

Histórico

“A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” estreou em março de 2020 no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, em comemoração ao centenário de Clarice Lispector, mas teve a sua temporada interrompida pela pandemia do Covid-19. Após a pausa, o espetáculo retornou para uma temporada híbrida, entre maio e junho desse ano, seguindo todos os protocolos e lotação limitada, passando também pelo CCBB Brasília e CCBB BH. Em 2022, o musical cumpriu uma nova temporada no SESC Santana, em fevereiro. Na ocasião, também foi lançado o álbum “O Canto de Macabéa ou a Hora da Estrela”, com canções interpretadas por Chico César e Laila Garin, que pode ser conferido nas principais plataformas digitais.

Vivo Cultura

A nova temporada de “A Hora da Estrela – O Canto de Macabéia” tem o patrocínio da Vivo, uma das maiores incentivadoras da cultura no País. Clientes Vivo Valoriza, plataforma de relacionamento da marca, têm desconto de 50% na compra de até dois ingressos por CPF, válidos para qualquer apresentação. Para acessar o benefício, basta acessar o app da Vivo, clicar em Vivo Valoriza e realizar o resgate. Os vouchers são limitados. Fazem parte do programa os clientes pós-pago, controle e de serviços residenciais da Vivo, consulte a disponibilidade de benefícios de acordo com cada categoria.

Sinopse

Macabéa é uma migrante nordestina cuja vida é marcada pela ausência de afeto e poesia. Sua história é contada por uma atriz, que resolve narrar sua vida em um exercício de alteridade.

Ficha Técnica

Da obra de Clarice Lispector

Adaptação e Direção: André Paes Leme

Música: Chico César (canções originais) e Marcelo Caldi (direção musical e arranjos)

Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves

Com Claudia Ventura, Leonardo Miggiorin e Laila Garin

Músicos:

Fabio Luna – Bateria, Percussão, Flauta e voz.

Pedro Franco – Guitarra, Violão, Bandolim, Violino e voz.

Pedro Aune – Baixo acústico, Baixo elétrico, Tuba e voz.

Produção:

Coordenação de Produção: Rafael Lydio

Produção Executiva: Flávia Primo

Assistente de Produção: Matheus Castro

Assessoria de imprensa: Pombo Correio.

Serviço:

A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa

Temporada: 3 de novembro a 11 de dezembro (exceto no dia 17/11)

De quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h

Teatro Vivo – Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 – Vila Cordeiro – São Paulo (SP)

Ingressos: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)** | Preço popular (há limite por sessão): R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)

**Meia-entrada para estudantes, idosos, professores, PCDs, funcionários da Vivo e participantes do programa Vivo Valoriza (com voucher de desconto)

Vendas online: https://bileto.sympla.com.br/event/76705/d/159075/s/1057209

Acessibilidade:

PNE (cadeirante) – 6 lugares + 6 acompanhantes

PMR – 2 lugares + 2 acompanhantes

Obeso – 3 lugares + 3 acompanhantes

Os ingressos dos acentos de acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria (11) 3279-1520 (funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da sessão) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br

Classificação: 16 anos

Duração: 90 minutos.

(Fonte: Comunicação Corporativa Vivo)