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Solidariedade: alunos trocam sala de aula por visita a asilo

Sumaré, por Kleber Patricio

O cabeleireiro e voluntário Alex Oliveira cortou cabelos e alunas fizeram a manicure dos idosos assistidos pela Caluz. Foto: divulgação.

Os 25 idosos atendidos pela Casa de Apoio Caluz, em Sumaré, tiveram uma manhã especial nesta sexta-feira, 31, quando receberam a visita de estudantes do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Integrada Educativa. Os alunos levaram produtos de higiene e itens de limpeza arrecadados entre as turmas do Ensino Infantil; também levaram presentes doados pelos professores e, principalmente, carinho e atenção. “Todos aqui são extremamente carentes. Alguns nunca recebem visitas. Ações como esta fazem muito bem a eles”, comentou Lucia Franco, fundadora da entidade.

Paulo Bento de Oliveira, 69 anos, é o idoso mais antigo na instituição. Sem família, foi criado em um orfanato e depois passou a viver nas ruas. Há dez anos, Paulo mora no Caluz. Nunca recebeu uma visita durante todos estes anos. Mas a rotina foi diferente na sexta-feira e ele aproveitou bastante o carinho dos alunos voluntários.

Durante toda a manhã, os estudantes realizaram atividades juntos com os idosos: as alunas assumiram o papel de manicure e fizeram as unhas das senhoras e o cabeleireiro Alex Oliveira participou voluntariamente da iniciativa e cortou o cabelo dos idosos. Além de mudar o visual e fazer as unhas, Maria Isabel Serrano, 94 anos, aproveitou para conversar muito com os adolescentes. “Eu gosto de conversar, gosto da alegria dos jovens. Eles deveriam vir aqui todos os dias”, disse Isabel empolgada.

A visita à entidade faz parte do projeto Educativa Solidária. Através de ações realizadas durante todo o ano, a iniciativa estimula a prática da solidariedade entre os estudantes. Vitoria Vizcaino e Julia Oliveira estão entre as alunas que participam do projeto desde o ano passado. “Em cada visita nós aprendemos algo diferente. Aqui, por exemplo, me surpreendi com a alegria da dona Isabel”, contou Vitoria. A coordenadora do Educativa Solidária, professora Ednalva Correia, afirma que os alunos estão cada vez mais engajados com o projeto. “Acreditamos nestes alunos como adultos. São jovens cidadãos cada vez mais comprometidos em ajudar o próximo”, comenta.