Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Sinfônica da Unicamp se apresenta ao lado da flautista Lea Freire em Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

!cid_ii_imf60l8o1_153c8b5b44b86172Com um time de primeira formado por Léa Freire (flauta), Amilton Godoy (piano), Fábio Peron (bandolim) e Vinícius Barros (percussão), a Orquestra Sinfônica da Unicamp interpreta dois dos mais esperados concertos da temporada. As apresentações, intituladas Cartas Brasileiras, unem as pontas do erudito e do popular e acontecem nos próximos dias 6 (quarta-feira), às 20 horas, no Teatro Castro Mendes, e 7 (quinta), às 21 horas, na Casa do Lago (Unicamp), sob a batuta do maestro Felipe Senna, que também assina a direção musical.

O repertório traz obras da flautista Léa Freire (foto), reunidas no disco do mesmo nome, com arranjos de mestres do gênero, como Nailor Proveta, Gil Jardim, Felipe Senna e Luca Raele.

Uma das mais festejadas instrumentistas da atualidade, Léa Freire ouvia desde cedo eruditos brasileiros como Camargo Guarnieri e Villa-Lobos em seus estudos de piano, ao lado de Bach, Debussy e dos muitos compositores estrangeiros. Cantou 15 anos em coral sob a regência de Samuel Kerr, Klaus Dieter Wolf e Jonas Christensen, enquanto se interessava pelo jazz, que a levou para a bossa nova, que chamou o choro e que lhe mostrou o caminho para os inúmeros ritmos brasileiros. Tocando com a nata da nossa música, tornou-se flautista improvisadora e celebrada compositora – suas parcerias com Joyce foram gravadas no Brasil, Japão, Alemanha e Inglaterra. Léa é ainda uma grande incentivadora da música instrumental brasileira, fundadora da gravadora e editora Maritaca, que já tem mais de 40 CDs e dois livros no catálogo.

!cid_ii_imf6rtow2_153c8c916df7f565Amilton Godoy

Nascido em uma família de músicos populares e eruditos, hoje, aos 75 anos de idade, Amilton Godoy é um dos grandes nomes entre os mais ilustres pianistas do cenário nacional. Atraído pela música popular, Amilton inovou e criou seu próprio estilo, com base no jazz, de forma quase autodidata, tornando-se professor de muitos dos grandes músicos da cena instrumental brasileira, tais como Eliane Elias e a própria Léa.

Com o Zimbo Trio – do qual fez parte -, dividiu o palco com nomes importantes como Elis Regina, Elizeth Cardoso, Wilson Simonal e Jair Rodrigues, que marcaram uma época com o “Fino da Bossa”.

Como solista, é considerado um dos maiores pianistas do mundo e atuou como convidado de orquestras regidas por grandes maestros, como Cyro Pereira, Julio Medaglia, Chico de Moraes, Simon Bleche, Roberto Sion, Maurício Galindo e Wagner Tiso. Como erudito, Amilton já lançou mais de 10 métodos de piano e harmonia, por meio de livros usados na educação e formação de mais de 30.000 estudantes de música.

Felipe Senna

!cid_ii_imf6utjj3_153c8cb387b9c7f0Felipe Senna transita com liberdade entre o erudito e o popular como instrumentista, diretor e criador, escrevendo para importantes grupos sinfônicos e de câmara no Brasil e no exterior. Mestre em Artes ‘com distinção’ pela City University London (Composição-2013) e Bacharel em Música pela Unesp (Composição e Regência-2002), venceu o 1º prêmio no Concurso Nacional de Composição Camargo Guarnieri (2007), no Concurso Ritmo e Som (2002) e foi recentemente premiado na Bienal de Composição da Orquestra Jazz Sinfônica e indicado ao Golden Eye de ‘Melhor Música de Filme Internacional’ no Zurich Film Festival. Compositor prolífico, sua obra se estende também ao universo teatral, onde foi diretor musical e regente de peças brasileiras e grandes espetáculos musicais.

Sua adaptação de Porgy and Bess (Gershwins) foi indicada ao XII Prêmio Carlos Gomes como ‘melhor espetáculo de ópera de 2008’. Atualmente dedica-se a comissões de projetos na França, México, Alemanha, USA e Brasil, com quatro estreias sinfônicas previstas para 2016.

Programa

Obras de Léa Freire com arranjadores diversos

(orq. Felipe Senna) – Lana

(orq. Felipe Senna) – Maré

(adp. Felipe Senna) – Caminho das pedras

(orq. Felipe Senna) – Mamulengo

(arr. Felipe Senna) – Ares de Bolero

(adp. Felipe Senna) – Vento em Madeira

(adp. Felipe Senna) – Nove Luas

(arr. Luca Raele, adp. Léa Freire/Felipe Senna) – Bis a Bis

(arr. Nailor Proveta, adp. Felipe Senna) – Rabisco

(arr. Nailor Proveta, adp. Felipe Senna) – Espiral

(arr. Gil Jardim, adp. Felipe Senna) – Choro na Chuva

Serviço

OSU e Banda: Cartas Brasileiras de Léa Freire

Felipe Senna, direção musical, arranjos, adaptações e regência

Solistas:

Léa Freire, flauta

Amilton Godoy, piano

Fábio Peron, bandolim

Vinícius Barros, percussão

Quando: 6 de abril (quarta), 20 h, no Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos, s/nº, Vila Industrial)

Ingressos: R$20, R$10 e R$5 (comunidade acadêmica da Unicamp)

7 de abril (quinta), 21 h, na Casa do Lago (Unicamp)

Entrada gratuita

Links para vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=uzvPfy0HjJw

https://www.youtube.com/watch?v=j0AXh1KOJ7A

https://www.youtube.com/watch?v=KIlECXkd7Ao.