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Reconceito recebe mostra/bazar de joias

Indaiatuba, por Kleber Patricio

A fachada do Espaço Reconceito. Foto: Felipe Fantelli.

O Espaço Reconceito (Rua 5 de Julho, 591 – Jardim Pau Preto) recebe no próximo dia 30 de agosto (quarta-feira) uma exposição e bazar da Escola de Joalheria Arte & Oficina, com a participação das alunas Aline Boni, Claudia Dal Canton Martignago, Cleide Cândido, Juliana Bermudes, Mariene Oliveira, Sara Bergman, Svenja Kalteich, Tatiana Benedetti, Tatiani Pádua, Valeria A. Bevilacqua, Vera Cintra e Vera Milunovic e dos alunos Ique Vega e Luciano Gobbo. A mostra/bazar, que contará com mais de 200 peças, acontecerá das 16 às 21 horas.

Segundo a diretora da escola Arte & Oficina, Vera Lúcia Col Mourier, a realização da mostra/bazar no Reconceito resulta de um convite da arquiteta e proprietária do espaço, Barbara Corsetti Fantelli, e representará, de certa forma, uma sinergia, um encontro entre dois empreendimentos afins. “Desde a inauguração do Reconceito, há um ano, a iniciativa da Barbara despertou meu interesse tanto pela dose de empreendedorismo, em função de ter acontecido no auge da crise econômica, quanto pelo foco do empreendimento, visionário e na direção de uma reconceituação de nosso modo de viver que tem bastante a ver com a proposta da Arte & Oficina. Em contraponto aos nossos alunos de joalheria tradicional, os alunos de joalheria de arte utilizam não apenas pedras e metais preciosos em suas peças, mas também objetos de afeto coletados ao longo da vida. A história da joalheria mostra que materiais como ossos, dentes de animais, conchas, madeira e pedras esculpidas foram utilizadas nas primeiras peças; as peças mais antigas em joalheria encontradas até hoje foram contas feitas de conchas com aproximadamente 100 mil anos”, diz.

A anfitriã Barbara Fantelli completa: “A forma afetiva e moderna com que a Arte & Oficina exerce seu ofício me encanta pela simplicidade, pela modernidade e pelo prazer que estimula os alunos e alunas a exercitar. É a joia muito além da estética, muito além do puro embelezamento, voltada a um certo reencontro e à afetividade.”

História

A palavra joalheria é derivada da antiga palavra francesa jouel, que foi anglicizada por volta do século XIII (jewel). Procurando em tempos mais antigos, encontramos também a palavra jocale, que significa objeto de brincar.

As joias começaram a ser feitas para pessoas de alta importância para demonstrar o status social ou espiritual e normalmente eram enterradas com elas. Materiais como ossos, dentes de animais, conchas, madeira e pedras esculpidas foram utilizadas nas primeiras peças de joalheria. As peças mais antigas encontradas até hoje foram contas feitas de conchas com aproximadamente 100.000 anos.

A evolução tecnológica foi possibilitando a joalheria realizar qualquer coisa que se possa imaginar e com qualidade antes nunca vista; porém, ao mesmo tempo há pessoas que buscam cada vez mais por peças exclusivas confeccionadas artesanalmente, que exprimam a essência do seu desejo por meio da impressão digital do artista. Assim, ao longo da historia a joalheria dividiu-se em duas tendências: a joalheria tradicional, que valoriza os materiais na confecção da joia e a joalheria de arte, que trabalha com valores inerentes a arte contemporânea, onde o artista cria como forma de expressão, escolhendo técnicas e materiais capazes de se adequar às suas necessidades expressivas.

O novo século se inicia com a joia cada vez mais associada ao prazer, à beleza, ao sonho e à fantasia. A joia deve expressar o modo de vida de quem a usa – a necessidade de sentir-se único, especial e exclusivo. Já não bastam materiais caros e de difícil acesso; as gemas não precisam mais ser raras e os metais não precisam ser os mais valiosos – a joia deve representar uma experiência total de vida, marcar um momento, contar uma historia, informar a identidade do individuo e a forma como ele se relaciona consigo mesmo e com os outros.

A joalheria tornou-se uma nova forma de expressão artística, encantando pessoas das mais diversas áreas, como artistas plásticos, designers, arquitetos, engenheiros etc., que se transformam em artistas dessa velha arte e fazem com que ideias e materiais tornem-se verdadeiras obras de arte para serem usadas sobre o corpo.

Se no passado estar na moda significava seguir certa tendência, agora estar na moda significa enfeitar-se com liberdade, ousar, ser diferente e original.