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Pixinguinha é o homenageado do Projeto “Quintal da Xika – Música e cultura preta em movimento”

São Paulo, por Kleber Patricio

É do bairro de Itaquera, na zona Leste de São Paulo, que ecoa uma série de quatro shows gratuitos, uma vez por mês até agosto de 2022, com homenagens a nomes de sambistas que fizeram história na Música Popular Brasileira, tais como Cartola, Pixinguinha, Beth Carvalho e Elizete Cardoso. O projeto Quintal da Xika – música e cultura preta em movimento, compõe o edital de apoio a Projetos Artísticos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens. Os próximos shows serão realizados nos dias 19/6, 17/7 e 21/8, sempre às 15h, na Rua Córrego do Jacu, 141, em Itaquera, SP. Ingressos grátis e limite de 1500 pessoas.

Pixinguinha, um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, é o homenageado da apresentação de 19/6, do Projeto. Canções como “Carinhoso”, “Naquele tempo” e “Urubu malandro” são algumas das mais populares desse compositor, nascido em 1897 e que tornou-se um arauto do Chorinho, um estilo musical tipicamente brasileiro e que é considerado o primeiro a merecer o título de “música urbana”.

Do ritmo “lundu”, de origem africana, o chorinho herdou a cadência. Instrumentos de corda e sopro vêm de influência europeia, já que a composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na flauta, violão e cavaquinho. Depois outros instrumentos vieram a compor as rodas de choro. Este show é gratuito e será apresentado em 19 de junho, domingo, às 15h.

O show | A homenagem a Pixinguinha é o segundo da série de quatro shows. Vitão Ferreira, Naná Ferreira e Andrea Bragado, produtores e idealizadores do projeto, contam que serão 11 músicos a executarem chorinhos clássicos de Pixinguinha. Na playlist estão “Carinhoso”, “Urubu Malandro”, “Naquele tempo” e muito mais.

Formato | O evento tem duas entradas musicais com duas horas de duração cada. Na segunda entrada, após intervalo de uma hora, inicia-se a homenagem tema, cujos repertórios de ambos os sambistas serão intercalados, com duração de aproximadamente 45 minutos. Um festival gastronômico, com comidas típicas das origens afro, tais como feijoada e acarajé, além de uma feira de artesanato e produtos afro-brasileiros, complementam o encontro.

Serviço:

Pixinguinha – Projeto “Quintal da Xika – Música e cultura preta em movimento”

Dia 19/6/2022

Hora: 15h

Ingressos: grátis – por ordem de chegada

Lotação: 1500 pessoas

O projeto “Quintal da Xika- música e cultura preta em movimento” compõe o edital de apoio a Projetos Artísticos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens.

Próximos shows homenageiam: 17/7 – Cartola | 21/8 – Elizete Cardoso e Beth Carvalho.

Sobre o coletivo musical

O Coletivo musical “Quintal da Xika” é formado por 10 músicos cujas trajetórias são consolidadas na música e no samba, mas cada um com sua identidade. As influências pessoais se fundem e se assimilam, convergindo em uma pluralidade de sonoridades e beleza deste verdadeiro encontro musical. A percussão é marcada por atabaques e pegadas ancestrais que se integram à sutileza de um violão sete cordas. No vocal, uma mulher e sete homens fazem uma espécie de rodizio no palco durante as apresentações. Quanto às principais influências que permeiam o grupo, estão Candeia, Cartola, João Nogueira, Mussum, Jovelina Perola Negra, Yvone Lara, Marçal, Luiz Carlos da Vila, Almir Guineto, Geraldo Filme, Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Quinteto Branco e Preto Roberto Ribeiro, Zeca Pagodinho e Reinaldo, entre outros.

Nas plataformas digitais do Brasil e na África, em Angola e Moçambique, em 2019, o Quintal da Xika lançou a música/clipe de trabalho intitulada “Xika que te quero Xika”, composição de Thiago de Xangô e Leo Lopes. O lançamento do documentário “Um dia de Quintal”, escrito e roteirizado por Vitão Ferreira, filho de Dona Kátia e idealizador do Quintal da Xika, ajudou a levar o nome do local aos mais renomados ambientes do samba.

Sobre o endereço Quintal da Xika

“Quintal da Xika” é hoje, um ponto clássico do Samba. Pelas rodas promovidas na casa chegam a passar cerca de 1000 pessoas por edição, considerando o público rotativo. Ali realizam-se homenagens a mestres da História do Samba e da Música Popular Brasileira.

O quintal da casa da família de dona Kátia e seu Xixa, sambista da gema, sempre foi ponto de encontros musicais. Vitor Ferreira, filho de dona Kátia e enteado de seu Xixa, cresceu no samba e, com o falecimento do padrasto, em 2014, decidiu manter e preservar a cultura do samba em casa. Foi em 2017 que o local começou a organizar encontros de resgate do samba de raiz.

(Fonte: Edge Mídia)