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Ópera “O Elixir do Amor” será apresentada gratuitamente no Teatro de Paulínia de 8 a 11 de setembro

Paulínia, por Kleber Patricio

Sinfônica da Unicamp com os solistas Gustavo Caires Vieira e Susana Boccato, além do Coro Contemporâneo e do Coral Unicamp Zíper na Boca. Foto: Helyana Manso.

Sinfônica da Unicamp com os solistas Gustavo Caires Vieira e Susana Boccato, além do Coro Contemporâneo e do Coral Unicamp Zíper na Boca. Foto: Helyana Manso.

A ópera cômica O Elixir do Amor, de Gaetano Donizetti (1797-1848) – conhecida, entre outros trechos, pela expressiva ária Una Furtiva Lagrima –, será apresentada no Teatro Municipal de Paulínia, de 8 a 11 de setembro, com entrada gratuita. No elenco, Orquestra Sinfônica da Unicamp, Ópera Estúdio Unicamp, Coro Contemporâneo e Coral “Zíper na Boca”. As récitas, com regência de Cinthia Alireti e direção cênica de Cleber Papa, integram as comemoração dos 50 anos da Unicamp. Na direção geral e coordenação do projeto, Angelo José Fernandes.

Escrita às pressas, em um período de seis semanas, O Elixir do Amor, levada em dois atos e com libreto de Felice Romani, estreou no Teatro della Canobbiana de Milão, na Itália, em 12 de maio de 1832. Foi a ópera mais montada na Itália no período de 1838-1848, tendo se mantido continuamente no repertório internacional. “Trata-se, sem dúvida, de uma das óperas mais populares de Donizetti, memorável, sobretudo, pelo fluxo quase ininterrupto de belas melodias que encantam o público em geral”, analisa Angelo Fernandes.

O Coral Zíper na Boca.

O Coral Zíper na Boca. Foto: divulgação.

O Elixir do Amor dá continuidade à bem sucedida parceria entre o Ópera Estúdio Unicamp, formado por alunos do curso de Música da Unicamp e a Orquestra Sinfônica da Unicamp, que já realizou as óperas do compositor W. A. Mozart A flauta mágica (2013), As bodas de Fígaro (2014), Don Giovanni (2015) e O Empresário (2016).

“Os elementos musicais e cênicos da composição tornam qualquer montagem desta ópera um tanto complexa. É necessário que os cantores estejam muito bem preparados e sejam rigorosamente dirigidos tanto do ponto de vista musical quanto cênico para que se obtenha sucesso”, afirma Fernandes. “A textura musical, a orquestração, as características de cada personagem e as linhas vocais aproximam a obra de cantores jovens, tornando-a adequada para ser executada por alunos de graduação e pós-graduação que, embora estejam ainda em formação, já apresentam certo desenvolvimento técnico-vocal”, analisa, lembrando ser “raro este tipo de realização no universo acadêmico brasileiro, tanto no nível da Graduação quanto da Pós-Graduação e tem contribuído enormemente com a formação de nossos alunos de canto que hoje têm adquirido certo destaque no cenário do canto lírico nacional, como também em diversos cursos de mestrado em Performance nos Estados Unidos e Alemanha”.

Fernandes destaca, no elenco, a participação especial e a experiência do baixo barítono Pepes do Valle, que não só atua como cantor convidado, como também tem participado de forma ativa de todo o processo de montagem, auxiliando o elenco formado por alunos da Unicamp em suas funções.

Para a regente Cinthia Alireti, a obra é uma verdadeira escola para jovens cantores, mas também um desafio até para profissionais. “O sucesso desta ópera se deve tanto à extraordinária leveza do texto quanto às inesquecíveis melodias, pérolas do mais puro bel canto do século 19”.

foto divulgação

O diretor de cena Cleber Papa. Foto: divulgação.

A presença da orquestra e da banda se integra ao espetáculo quase como um personagem paralelo, “como se pode ver e escutar na marcha dos soldados no primeiro ato, na chegada do doutor, que é anunciada pelo trompete na coxia, e na festa da abertura do segundo ato, onde toca uma banda em cena, executada pelos estudantes da Escola Livre de Música”, pontua Alireti.

Cantada em italiano, poucas pessoas se lembram de que a ópera se passa no País Basco, no norte da Espanha, frisa Cleber Papa. “A concepção do espetáculo passou pela observação de algumas coincidências. A primeira delas foi a própria temática da narrativa proposta pelo libretista Felice Romani, ampliada pela composição de Gaetano Donizetti. A história se baseia no amor de Tristão e Isolda fortalecido por um elixir mágico”, conclui.

Ficha Técnica  

Concepção: Cleber Papa e Rosana Caramaschi

Direção Geral e Coordenação do Projeto: Angelo José Fernandes

Direção Musical e Regência: Cinthia Alireti

Direção Cênica: Cleber Papa

Ópera Estúdio Unicamp

Diretor Artístico: Angelo J. Fernandes

 

Coral Unicamp “Zíper na Boca”

Regência: Vivian Nogueira Dias

Preparação Vocal: Ruxelli Bergamaschi

Coro Contemporâneo de Campinas

Regência: Angelo J. Fernandes

Orquestra Sinfônica da Unicamp

Regência: Cinthia Alireti

Direção, cenários: Cleber Papa

Direção de Produção: Rosana Caramaschi

Design de Luz: Joyce Drummond

Montagem e Operação de Luz: Joyce Drummond e equipe Estação da Luz

Criação de Figurinos: Cleber Papa e Karina Sato

Pianista Preparador: Rafael Andrade

Confecção de cenários e montagem: Luís Carlos Rossi (FCR)

Assistente de Direção e de Produção: Vania Almeida

Assistentes de Produção e Montagem: Rogério Rocha, Lucas Lemes, Augusto Vieira.

Maquiagem e Caracterização: Gabriela Guinatti, Rodrigo Lima, Renan Villela, Miguel Damha, Priscila Duarte, Helena Agalenéa

Administração: Vagner E. Giannetti

Legendas: Tiago Roscani

Serviço:

Ópera O Elixir do Amor, joocoso melodrama em dois atos, de Gaetano Donizetti

Quando: 8 a 10 de setembro (quinta a sábado), 20h

11 de setembro (domingo), 18h

Onde: Teatro Municipal de Paulínia (Av. Pref. José Lozano Araújo, 1551 – Parque Brasil 500, Paulínia/SP) – Telefone: (19) 3933-2140

Entrada gratuita – Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do Teatro duas horas antes do início dos espetáculos.