Maria Ó lança seu primeiro álbum na Casa-Museu Ema Klabin

São Paulo, 29/09/2017 por Kleber Patricio

De uma São Paulo cosmopolita, surge uma compositora madura, que carrega consigo muitos afetos e brasis. Foto: Haroldo Saboia.

No próximo dia 7 de outubro (sábado), às 16h30, a cantora Maria Ó se apresenta na Casa-Museu Ema Klabin, em São Paulo, pela Série Nova Música. No repertório, músicas do seu primeiro álbum, Dança três e algumas inéditas, como Se Eu Saio e Você Dança e Salão das Ilusões.

Maria Ó é compositora, violonista e educadora musical e iniciou seus estudos de música ainda adolescente em São José dos Campos, cidade onde cresceu. Aos 16 anos compôs as primeiras canções. Estudou violão popular na Emesp e atualmente cursa o último ano da Faculdade de Música da Universidade de São Paulo. Entre 2009 e 2012 integrou o Grêmio Recreativo de Resistência Cultural Kolombolo Diá Piratininga, onde se aproximou da linguagem do samba e da cultura popular. Na capital, Maria Ó também passou por experiências com composição de trilha para cinema e teatro.

A cantora Maria Ó (voz, violão e guitarra) se apresenta na Fundação Ema Klabin acompanhada por Klauss Sena (Baixo), Guilherme Kafé (Guitarra, Violão e Voz), Igor Caracas (Bateria) e Ariel Coelho (Percussão).

A programação musical da Fundação Ema Klabin tem apoio cultural do ProAC/ICMS – Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Klabin S.A.

O álbum

Sob o convidativo título Dança três, a cantora e compositora Maria Ó lança seu disco de estreia. Driblando dualismos normativos, o álbum transita por entre fronteiras e gêneros, sejam eles musicais, regionais, sexuais ou afetivos. Dessa inquietação reluzem novos elementos. Natural de São Paulo, Maria Ó iniciou sua carreira no interior, vindo posteriormente para a capital do estado. Com interpretação despojada e flertando com a fala, a cantora paulista nos apresenta o resultado de um longo processo de empoderamento artístico que reúne composições que datam de 2008 a 2016, tempo em que ela retornou à cidade natal.

Com letras poéticas e críticas de um cotidiano por vezes duro, no auge de seu realismo revela em si o fantástico. Contando com a produção musical dos cearenses Igor Caracas e Klaus Sena, além da coprodução de Guilherme Kafé, Dança três registra também o encontro entre regiões. No disco, a diversidade de pulsos e ritmos convida o corpo à dança ao passo que versos marcantes nos levam a um universo poético singular.

Repertório: Das Água (Maria Ó) , Dança Três (Maria Ó), O Que Tem Pra Hoje (Maria Ó), Filho de Ogum (Maria Ó), Milonga de Fim de Festa (Maria Ó), Novembro (Maria Ó), Nunca Apenas Duas (Maria Ó), Nuá (Maria Ó), Se Eu Saio e Você Dança (Maria Ó), Salão das Ilusões (Maria Ó) e Flutua (Maria Ó).