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MACC recebe exposição “Cinco Amigos”

Campinas, por Kleber Patricio

Obra de Thomaz Perina que faz parte da mostra.

Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti” recebe de 18 de janeiro a 4 de março a exposição Cinco Amigos: do Grupo Vanguarda à Contemporaneidade”, com vernissage para convidados no dia 17. A mostra reúne obras dos artistas Mário Bueno e Thomaz Perina, já falecidos (em 2000 e 2009, respectivamente), e  Dimas Garcia, Márcio Rodrigues e Vanderlei Zalochi.

O nome da mostra, que tem curadoria de Gilson Barreto e produção artística de Lígia Testa, remete à amizade de longos anos entre Mário Bueno, Thomaz Perina — ambos membros do antológico Grupo Vanguarda, que no período entre 1958 e 1966 praticamente implantou a arte contemporânea em Campinas — e Dimas Garcia, Marcio Rodrigues e Vanderlei Zalochi.

Obra de Dimas Garcia que faz parte da mostra.

A exposição é composta por cerca de 80 obras (acrílicos e óleos sobre tela) inéditas de Dimas Garcia, Vanderlei Zalochi e Márcio Rodrigues, além da escultura de grandes dimensões deste último.  As obras de Thomaz Perina e Mário Bueno que fazem parte da mostra nunca foram expostas ao público e são do acervo particular do médico psiquiatra Zalochi.

Na foto, da esquerda para a direita, Geraldo Jürgensen, Bernardo Caro, Raul Porto, Thomaz Perina, Enéas Dedecca, Mário Bueno, Francisco Biojone. Estava ausente a artista Maria Helena Motta Paes. Foto/ MIS de Campinas, 1981.

O grupo Vanguarda

No período de 1958 a 1966, o Grupo Vanguarda implantou a arte contemporânea em Campinas, até então considerada reduto da arte acadêmica, principalmente pela importância que haviam adquirido os salões de Belas Artes, consagrando os artistas que dele participavam. Os artistas que integraram o grupo, por ordem alfabética, foram Bernardo Caro (gravurista), Edoardo Belgrado (desenho, pintura e gravura), Enéas Dedecca (pintura e colagem), Francho Sacchi (pintura), Francisco Biojone (pintura), Geraldo Jürgensen (escultura e pintura), Geraldo de Souza (pintura), Maria Helena Motta Paes (pintura), Mário Bueno (pintura), Raul Porto (desenho, pintura e colagem) e Thomaz Perina (desenho, pintura e arte ambiental). (fonte: www.polens.com.br).

Dimas Planas Garcia (Promissão, SP, 1938)

Pintor e gravador.  Muda-se para Limeira em 1946, onde recebe orientação em desenho e pintura de Ruy Corte Brilho, entre 1954 e 1960, no Instituto de Educação Castello Branco. Em 1970, fixa residência em Campinas, onde recebe orientação de Di Saboy, J. Zanellato e Thomaz Perina (1920). Na década de 1980, organiza o Grupo Campinas Arte Hoje; atua como fundador e diretor do MAM/Campinas; coordena a Galeria Cultura e organiza a 1ª Bienal Internacional de Gravura de Campinas.

Marcio Rodrigues (Campinas, SP, 1950)

Autodidata, cresceu praticando desenho com o pai e pintura em materiais diversos, com sobra de tintas de algumas construções que iam aparecendo com o progresso do bairro. Em 1962, com 12 anos, já no curso Ginasial, ganhou seu primeiro prêmio de desenho e pintura num concurso interno do colégio – um desenho premiado de uma paisagem urbana, que retratava uma cidade e suas casas, foi o início de tudo. Nunca mais deixou este tema. Conheceu e pintou com grandes pintores ao longo do tempo; entre eles, Aldo Cardarelli, em Campinas, de quem recebeu aulas de desenho livre.

Obra de Vanderlei Zalochi que faz parte da mostra.

Em 1986, viajando com a família para El Salvador na América Central, a serviço da ONU, encontrou e se tornou grande amigo do maior aquarelista de El Salvador, Mauricio Puente, hoje radicado e pintando nos EUA. Além de Maurício Puente, conviveu com outros grandes artistas salvadorenhos como, Ruben Martinez, escultor e pintor, Julia Dias, pintora que empresta seu nome ao Museu Julia Dias e M. Rivas, pintor primitivista, entre outros. Participou de muitas exposições coletivas e salões de arte, no Brasil e no Exterior, conseguindo premiações, entre elas algumas medalhas de ouro e prêmio de melhor trabalho do salão. Depois de 2004, convivendo e incentivado por grandes artistas campineiros, como Thomaz Perina, Vanderlei Zalochi e Dimas Garcia, passa dedicar-se com maior ênfase à síntese da criação e a utilização de traços mais marcantes e definidos na elaboração dos seus trabalhos. Seu trabalho mais recente sintetiza ainda mais os traços e valoriza as cores pálidas, que permitem uma maior viagem sobe a interpretação de suas obras. (fonte: blog do MACC)

Vanderlei Soares Zalochi (Campinas, SP, 1944)

Pintor, gravador. Forma-se médico pneumologista. Inicia-se nas artes plásticas, como autodidata, durante os anos 1970. A partir de então, participa ativamente do movimento artístico-plástico de Campinas, onde integra o Grupo Campinas Arte Hoje. Em 1993, realiza intervenção artística numa guarita instalada no canteiro central da Avenida Jesuíno Marcondes Machado. Em 1999, ilustra o convite da peça A Dança da Morte, dirigida por Paulo Simões. (fonte: Enciclopédia Itaú Cultural)

Serviço:

Exposição Cinco Amigos: do Grupo Vanguarda à Contemporaneidade

Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti” – Av. Avenida Benjamin Constant,  1.633 – Centro – Campinas/SP.