Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

A formação das musicalidades afro-brasileiras é tema de curso na Casa-Museu Ema Klabin

São Paulo, por Kleber Patricio

Frans Post “Vista de Olinda”. Foto: Henrique Luz.

A partir do dia 8 de março, a Fundação Ema Klabin promove o programa Tramas Culturais com o tema A África Central e a formação das musicalidades afro-brasileiras. Serão quatro encontros, sempre às quintas-feiras, das 19h30 às 22h30, nos meses de março e abril, orientados pelo historiador Rafael Galante. Com vagas limitadas, as inscrições são gratuitas e estão abertas pelo site da casa-museu: http://emaklabin.org.br/.

O objetivo do curso é divulgar resultados de uma investigação histórica sobre os processos de transformação, recriação e incorporação destas musicalidades no Brasil, tendo em vista principalmente a agência histórica criativa destes músicos africanos escravizados oriundos de Angola, Congo e Moçambique e a importância de seu legado cultural, artístico e filosófico para as culturas afro-brasileiras contemporâneas.

Para tecer a trama cultural onde todos os participantes estejam envolvidos, as aulas expositivas serão cercadas de vídeos, música e troca de ideias.

Sobre o palestrante:

Rafael Galante é historiador e etnomusicólogo. Mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, onde está realizando a pesquisa Iconografia musical do Atlântico Negro: Brasil – África Central e Austral, um inventário analítico (Sécs. XVI-XIX). Esteve como professor visitante do Departamento de Português e Espanhol da Universidade Smith College, em Massachusetts (EUA/2014) e pesquisador visitante no departamento de História da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (Moçambique/2017).

Serviço:

Tramas culturais: A África Central e a formação das musicalidades afro-brasileiras

8/3: 1º encontro – das 19h30 às 22h30 – Por uma história social das diásporas musicais centro-africanas no Brasil. “Essa gunga veio de lá…” Desfolclorizando a cultura negra: historicizando objetos, celebrando agentes e agências – O comércio atlântico de escravos e a formação das “nações diaspóricas” – dinâmicas de formação e transformação do sistema atlântico e seus impactos na gênese das culturas afro-americanas (Sécs. XVI – XIX)

22/3: 2º encontro – das 19h30 às 22h30 – Os universos culturais da África Central ocidental. Os povos Bakongo, Bakuba, Ambundu e Ovimbundo (Angola e República Democrática do Congo – Sécs. XV-XIX).

5/4: 3º encontro – das 19h30 às 22h30 – As diásporas musicais centro-africanas no Brasil (sécs. XVI a XIX). Instrumentos e musicalidades da África Central ocidental – as diásporas dos “Congos” e “Angolas” no Brasil. Instrumentos e musicalidades da África Austral – a diáspora dos “Moçambiques” no Brasil.

19/4: 4º encontro – das 19h30 às 22h30 – As musicalidades afro-brasileiras no século XIX e suas diásporas internas. Música, africanidades e africanias no sudeste escravocrata: Congo, Batuque, Jongo, Macumba e Congado.

Inscrições gratuitas no site https://emaklabin.org.br/

Vagas: 30 vagas (mais 15 de lista de espera)

Local: Casa-Museu Ema Klabin

Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo/SP – (11) 3897-3232.