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Casa-Museu Ema Klabin promove encontros gratuitos com o tema “Sons da Pauliceia”

São Paulo, por Kleber Patricio

Ciclo de encontros será ministrado por Marco Prado. Foto: divulgação.

A partir do dia 14 de março, quinta-feira, das 19h30 às 21h30, a Casa-Museu Ema Klabin dará início à série Tramas Culturais intitulada Sons da Pauliceia.  O ciclo de encontros ministrados pelo historiador e guitarrista Marcos Prado faz parte do tema central da programação da fundação em 2019: Identidades Paulistanas. As inscrições, gratuitas, podem ser realizadas a partir do dia 25 de fevereiro no site https://emaklabin.org.br/.

Os encontros tratam de importantes manifestações musicais criadas dentro de um universo rico e conflitante, em uma grande metrópole como São Paulo. O ponto central do curso situa-se entre os protagonistas da Vanguarda Paulistana, artistas que, entre as décadas de 1970 e 1980, desenvolveram um trabalho atrelado ao cotidiano da cidade. Os espaços em que as apresentações musicais aconteciam e o contexto histórico ligado ao período também podem demonstrar as ligações entre São Paulo, suas características e seus artistas. “A proposta é apresentar uma parte significativa da música feita na metrópole, seus vínculos com o ambiente urbano, com as diversas influências que a cidade possibilita e, principalmente, proporcionar um contato maior com a produção dos artistas da Vanguarda Paulistana”, explica Marco Prado.

A série Tramas Culturais tem apoio do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa e do ProAC-ICMS. A Fundação também conta com o Apoio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania.

Sobre Marco Prado

Professor, guitarrista e historiador formado e licenciado pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado pela PUC-SP. Estudou Composição e Regência na Unesp e História da Cultura e Composição na Itália (Roma e Ostia). Atuando como professor desde 1987, trabalhou em escolas e projetos musicais como Conservatório Musical do Morumbi, Projeto Guri, Universidade Livre de Música-ULM e CEM Tom Jobim, entre outros.

Em 1980, participou dos grupos musicais Bixo-na-Broa, Banda Crime, Plânctons e Rosto sem Face, além de programações que fizeram parte da cena cultural paulistana atuando ao lado de artistas de destaque.

Recebeu o Grande  Prêmio da Crítica pela APCA em 1998 pela participação no CD Defeito de Fabricação, de Tom Zé, produzido por David Byrne (gravadora Luaka Bop, New York, 1997-98). Atualmente, é professor das disciplinas de apoio da Emesp Tom Jobim. É integrante da banda Chá de Pólvora, que lançou seu primeiro CD independente em 2014 e o segundo CD, Kemerovo, que será lançado esse ano.

Serviço:

Tramas Culturais: Sons da Pauliceia

Datas: 14/3, 28/3, 11/4, 25/4 – quintas-feiras

Horário: 19h30 às 21h30

Gratuito

30 vagas

Inscrição: a partir do dia 25 de fevereiro no site www.emaklabin.org.br

Local: Casa-Museu Ema Klabin – Rua Portugal, 43, Jardim Europa – São Paulo/SP.  Telefone (11) 3897-3232

Canal do Youtube Marcos Prado: https://www.youtube.com/channel/UCNtp5JBlS-VkhaCR1tB42Kw/videos

www.emaklabin.org.br

Confira o cronograma:

14/3: 1º encontro – São Paulo, dos Jesuítas aos Antropofagistas: Resumo histórico da formação da cidade de São Paulo e de suas transformações entre a fundação da cidade e a Semana de Arte Moderna.

28/3: 2º encontro – Surgimento da Vanguarda: Contexto histórico e cotidiano paulistano entre as décadas de 1970 e 1980. Referências de espaços urbanos e a indústria cultural no período. Centro e periferia, punks e rockers, canção e música instrumental, popular e erudita. Cultura oficial e cultura marginal definida pelos meios de comunicação tradicionais.

11/4: 3º encontro – Artistas, sons e ambientes: principais expoentes do movimento da Vanguarda Paulistana. Desdobramentos e a música instrumental. Lira Paulistana, Sanja, Aeroanta, Dama Xoc, Bixiga – espaços para a música alternativa e o significado da palavra dentro do contexto histórico das décadas de 1970 e 1980. Gravadoras independentes, rádios piratas, cena underground, programas de TV e literatura.

25/4: 4º encontro – Desdobramentos: artistas e músicos influenciados pela Vanguarda. Espaços públicos e privados para a música. A arte nas ruas, bares, projetos e teatro. Ambiente atual. Mapeamento de áreas, estilos e redutos em São Paulo no século XXI. Limites e transgressões entre a rigidez das definições de modelos e as posturas antropofágicas.