Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Com sua personalidade enigmática e uma linguagem poética e inovadora, Clarice Lispector (1920–1977) é, merecidamente, cultuada em todo o mundo como um dos maiores nomes da nossa literatura. Inspirado por suas obras, o Caminhão de Histórias – um caminhão-baú de 15 metros adaptado para receber mostras culturais interativas – apresenta a exposição ‘A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?’, baseada nos livros ‘A vida íntima de Laura’, ‘O mistério do coelho pensante’ e ‘A mulher que matou os peixes’. O projeto chegou a São Paulo em 22 de julho, no Parque Horto Florestal, onde ficará até 29 de julho, seguindo para a Praça Alexandre Gusmão entre os dias 1º e 8 de agosto com entrada gratuita e visa a atender ao público circulante, bem como um amplo programa para escolas públicas e privadas do Estado. Com o patrocínio do Instituto CCR, a entidade do Grupo CCR responsável pelos investimentos socioculturais que busca democratizar o acesso à cultura e à educação, o projeto visa incentivar a formação de novos jovens leitores.
Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta, consultor de literatura do Instituto Moreira Salles (IMS) e professor de literatura brasileira na Faculdade de Letras da UFRJ, e com direção artística e cenografia de Daniela Thomas, cineasta, diretora teatral, dramaturga e cenógrafa, e intervenções artísticas dos artistas plásticos Maria Klabin, Marcela Cantuária, Raul Mourão e Mariana Valente, ‘A Casa que anda’ apresentará atividades e reflexões sobre o universo infantojuvenil da criação de Clarice de Lispector a partir de histórias que dialogam com seus jovens leitores, despertando curiosidades sobre sentimentos e emoções que evocam inúmeras reflexões.
Um projeto de educação gratuito, inclusivo e democrático, ‘A Casa que anda’ sucede o exitoso projeto Busão das Artes, que trouxe ‘O Mundo Invisível’, concebido no pós-pandemia, e que abordava de forma lúdica o mundo dos fungos, vírus e bactérias e é uma realização de Renata Lima, que dirige a Das Lima Produções, e da dupla Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA. “Um caminhão-baú transformado em espaço expositivo que percorre praças e parques do Brasil, ‘O Busão das Artes’ nasceu da nossa vontade de educar, humanizar e sensibilizar o público em relação a temas importantes, sempre permeando questões ambientais. Esse projeto acontece em praças e outros espaços públicos gratuitamente e está aberto a todos”, afirma Luciana Levacov, sócia da Carioca DNA.
Segundo Eucanaã Ferraz, “a obra de Clarice Lispector tem um raro poder de atração, não importando a idade e outros traços particulares de quem a lê. Sua palavra é, nesse sentido, universal. Não há dúvida de que associar a escrita com a materialidade das artes visuais e as experiências propriamente lúdicas será impactante para todos que passarem pela ‘Casa que anda’. Também é importante observar que a maior parte das narrativas de Clarice se passa nos ambientes domésticos e, desse modo, criar um ambiente de experiências sensoriais e estéticas numa ‘casa’ trará para mais perto do público o mundo mágico e atraente da autora”, ressalta o curador.
O encantamento começa com o próprio baú do caminhão, totalmente adesivado com primorosas ilustrações de autoria de Mariana Valente, neta de Clarice, que abordam vários aspectos de sua vida, com imagens de cidades e países que visitou ou onde viveu, como Recife, Rio de Janeiro, Pisa, Genebra, e Washington, intercaladas com imagens da escritora cercada de crianças, jardins e animais.
Instalações artísticas e interativas apresentam dois ambientes da casa: interno e externo. Quem guia o visitante por esse universo é a ‘própria’ Clarice, com mediadoras caracterizadas que incorporam a personagem, dando a ideia de que a autora os recebe em sua própria casa.
Daniela Thomas, que recriou o espaço interno da casa de Clarice a partir de fotos da residência da autora, reflete sobre como conduziu essa experiência: “Clarice tem a capacidade de revelar a profundidade da experiência humana nas situações mais banais e corriqueiras da vida. Com isso, nos desperta da alienação diária e somos tomados de uma hipersensibilidade para a nossa própria vida. Nosso objetivo é que os visitantes possam ter a experiência de olhar as mesmas coisas que sempre olham, só que agora com a sensibilidade renovada, surpreendendo-se com o que a literatura pode oferecer para a ampliar nossas perspectivas e nossa própria vida”.
Além da reprodução do ambiente onde viveu a escritora, que abriga inclusive sua mesa de trabalho, onde repousam manuscritos e uma máquina de escrever com um texto em andamento, o espaço inclui referências e curiosidades dos três livros abordados na exposição, como um aquário vazio – já que os peixes morreram por falta de alimento –, quadros da galinha Laura, do Coelho e do peixe, além de vídeo gravado com câmera em primeira pessoa na visão dos animais – assim como fazia a escritora, que criava as histórias a partir da perspectiva dos bichos. “Busquei replicar a experiência da leitura dessas obras recriando seu apartamento e povoando-o com suas reflexões escritas, cuidadosamente selecionadas por Eucanaã. Clarice, sentadinha em seu sofá com a máquina de escrever apoiada nos joelhos, digitava seus textos extraordinários, enquanto seu olhar não via mais do que as mesmas mobílias e animaizinhos que a cercavam, dia após dia. Uma imaginação fulgurante. Já do lado de fora, o quintal da casa foi reinterpretado por artistas contemporâneos. Também foi criado um filme, que me surgiu com furor quando li os livros pela primeira vez. Pensei: precisamos ver o mundo dos bichos como Clarice apontou, do ponto de vista deles”, ressalta Daniela.
Do lado externo, as três histórias se unem com diversas atividades de referência aos animais retratados, como o cercado do coelho – que dá algumas pistas para que as pessoas tentem descobrir como sua fuga ocorreu. A Casa do Coelho, projeto do artista Raul Mourão, é representada por uma pequena casa de aço criada para retratar o misterioso desaparecimento do coelho da ficção de Clarice. Segundo o artista, “uma gaiola/escultura sobre confinamento e fuga confeccionada com o mesmo material das grades de segurança que nos acompanham nas grandes cidades brasileiras.”
Um lindo tapete desenhado pela artista plástica Maria Klabin transmite a sensação do piso de um quintal, com caracóis, tatus-bola, folhas, restos de comida que podem ser explorados com o auxílio de lupas de aumento. “Esses três livros fazem parte das minhas melhores lembranças com meus filhos crianças”, conta Maria. “Líamos os três em série. É nítida a memória do momento em que eu abria a capa de ‘A mulher que matou os peixes’. A capa era dura, como um pequeno portão. E éramos conduzidos dos risos, gargalhadas à confusão, tristeza, ternura, apreensão, e algumas emoções cuja existência só descobrimos pelos livros da Clarice. É um privilégio visitar esse quintal pelo qual já devo ter passado muitas vezes, dessa vez olhando para o chão que deu origem a tantos voos”, completa a artista, sobre a experiência de criar o piso.
Ainda no quintal, o ovo da Galinha Laura, criado por Marcela Cantuária, leva os visitantes a uma reflexão sobre o mistério da vida e a promessa de futuro, “simbolizando de maneira lúdica a gestação e as inúmeras possibilidades que a existência nos traz”, explica Marcela. “Me senti honrada com o convite para participar da exposição, pois admiro imensamente o legado de Clarice. Uma mostra de arte circulante e interativa, como é o caso do Caminhão de Histórias, reforça o compromisso da arte com o coletivo, além de ser um movimento interessante e inovador”, completa a artista.
A experiência traz práticas educativas que remetem ao ofício da escritora, como o espaço de leitura, atividades com máquinas de escrever, oficinas criativas inspiradas nos enigmas das histórias, produção e envio de cartão postal entre outras dinâmicas a serem conduzidas por educadores formados pela equipe da Percebe – consultoria especializada em educativos de museus e exposições. Os estudantes que visitarem a exposição receberão um caderno de atividades para continuarem a experiência na escola, orientados por seus professores, ou mesmo em casa com seus familiares.
Contando de forma lúdica e participativa a história e obras de Lispector para as crianças, a exposição busca democratizar o acesso à arte e à literatura em diversas localidades do País. Em 2024, ‘A Casa que anda’ passará por São Paulo (São Paulo e Osasco), Paraná (Londrina e Curitiba), Santa Catarina (Joinville), Goiás (Goiânia), Maranhão (Imperatriz), Bahia (Salvador), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e Niterói). A expectativa é que mais de 60 mil pessoas passem pelo Caminhão de Histórias nessa temporada.
Sobre os livros infanto-juvenis de Clarice Lispector
Eucanaã Ferraz nos oferece um panorama sobre os livros de Clarice Lispector para a infância: “os livros de Clarice Lispector para a infância – como suas obras para o público adulto – são inquietantes. Se a linguagem é acessível e próxima do universo infantil, lá estão as perplexidades, as dúvidas, as perguntas, os mistérios da vida e da morte. Os textos conversam com o leitor e, assim, criam uma intimidade que desarma seu olhar e lhe possibilita viver experiências nas quais a natureza e os animais são parte fundamental. Não são, de modo algum, textos que buscam educar pelo viés da obviedade ou da complacência, como se o leitor-criança fosse imaturo ou intelectual e existencialmente despreparado. Pelo contrário, no convívio do humano com a natureza há traumas, choques, incompreensões, tristezas, mas também amor, humor, alegrias, enfim, múltiplos afetos. O resultado é o exercício estético e vital que se exige de toda e qualquer literatura. E, isso, claro, faz com que esses textos sejam atraentes também para público adulto.”
A exposição é inspirada em três livros infanto-juvenis de Clarice:
A vida íntima de Laura: conta a história de Laura, a galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro. Compondo uma personalidade cheia de nuances para sua personagem, Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência.
O mistério do coelho pensante: o sumiço de um simples coelhinho branco – quem diria – inspira uma das mais instigantes histórias infantojuvenis de Clarice Lispector. Nesse livro a escritora discorre sobre profundas questões existenciais, na dose certa para a apreciação dos pequenos leitores. Qual a diferença entre ‘natureza humana’ e ‘natureza de coelho’? Como a gente sai do terreno da necessidade para o da vontade e da criatividade? É possível um pensamento que seja também um sentimento e uma sensação?
A mulher que matou os peixes: aqui a sintonia com os leitores é obtida a partir do endereçamento direto e o texto anuncia-se como uma confissão da narradora (“Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu”) e um pedido de perdão à humanidade. Suspenses são encontrados a partir de pequenas tramas, em que perdão e culpa se sucedem.
A união das obras busca explorar temas como mistério – o sumiço do coelho, culpa – matou o peixe, autoestima – galinha Laura que se acha feia, o mistério da vida – o ovo – e da morte – o peixe.
Por onde o Busão das Artes já passou
O Busão das Artes, que volta agora como Caminhão das Histórias, ‘saiu da garagem’ pela primeira vez em 2021. A ideia era criar um projeto itinerante de ciências e meio ambiente que mostrasse como o mundo microscópico pode ser entendido e vivenciado por meio da arte contemporânea, ampliando a compreensão do público sobre o universo, o corpo humano, as bactérias (tanto as benéficas quanto as perigosas) e a relação dos indivíduos com o meio ambiente.
A primeira mostra contou com a curadoria de Marcello Dantas em parceria com o físico Luiz Alberto Rezende de Oliveira, um dos idealizadores e ex-curador do Museu do Amanhã. A iniciativa apresentava duas vertentes: uma ambiental, que tratava das bactérias e seu papel no ecossistema e, outra, científica, abordando temas relacionados ao organismo humano. Tudo isso com instalações artísticas e interatividade, mostrando como as manifestações da vida biológica se relacionam com tudo que há no planeta.
Com obras dos artistas Jaider Esbell, Piero Manzoni, Ricardo Carvão, Ricardo Siri, Suzana Queiroga, Vik Muniz, Vivian Caccuri e Walmor Corrêa, o projeto passou por quatro Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) e recebeu a visita de mais de 112,2 mil pessoas. “Este projeto faz parte do nosso compromisso de fomentar ações socioculturais que beneficiem as comunidades onde atuamos. Acreditamos que promover a cultura impulsiona a mobilidade social e transforma vidas”, afirma Renata Ruggiero, diretora de Sustentabilidade, Inovação e Responsabilidade Social do Grupo CCR.
Serviço:
Caminhão das Histórias em São Paulo – ‘A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?’
Parque Horto Florestal (Rua do Horto, 931 – Horto Florestal, São Paulo)
Horário: de 22 a 29 de julho, das 9h às 17h
*Entrada gratuita
Canais: www.busaodasartes.com.br | @busaodasartes.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
Com o objetivo de reunir e dar voz para a literatura independente, a 1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI) será realizada nos dias 26, 27 e 28 de julho, no Espaço Paiol Arte e Cultura, localizado na região do Taquaral. O evento tem entrada gratuita durantes os três dias, e contará com feira literária (escritoras, escritores e expositores de diversos formatos de publicações como livros, livretos, zines, contos, romances, poesia, teoria, novela, ensaio, crônica, Haikai e dramaturgias, entre outros), oficinas de escrita, mesas de debates e sarau (confira abaixo programação completa e participe). As inscrições para as oficinas continuam abertas.
“A MOLI é um espaço democrático que quer promover a literatura, rompendo barreiras e popularizando o acesso à arte e à cultura. Por isso, nosso formato é dedicado a pessoas escritoras e editoras independentes que querem divulgar o seu trabalho”, explica Gabriela Guinatti, idealizadora do projeto, que nasce para fortalecer a rede de pessoas que escrevem literatura e que se interessam por essa linguagem.
Como as grandes feiras literárias e bienais costumam ser restritas e privilegiam os grandes grupos editoriais, a escritora decidiu criar a mostra e abrir espaço para a arte independente. “O aumento do consumo de livros e da busca por formas de publicação tem aumentado cada dia mais, mas de forma inversa a este crescimento, notamos um número reduzido de espaços de discussão desta linguagem”, afirma.
A MOLI nasce abrindo um espaço inovador de forma gratuita para expositores e para o público. Além da feira literária, a programação inclui quatro oficinas de escrita, um sarau literário e duas mesas de debate com profissionais dedicados à produção literária, desde o ponto de vista comercial e de publicação até as diversas etapas do processo criativo da escrita.
Metade das inscrições de expositores foi reservada a pessoas negras, indígenas, quilombolas, ciganas, transgênero, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCD) e mães solo. Todo o valor das vendas será direcionado às pessoas escritoras e editoras. Não haverá qualquer retenção por parte dos organizadores do evento.
Serviço:
1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI)
Data: 26 a 28 de julho
Local: Espaço Paiol Arte e Cultura
Endereço: Rua Doutor Carlos Mendes de Paula, 601 – Taquaral, Campinas – SP
*Evento gratuito para expositores e para o público
Insta: @moli.mostraliteraria | @paiol.arteecultura
Inscrições abertas para oficinas
Programação completa 1ª Mostra Literária de Campinas (MOLI)
Dia 27/7 – Debora Rendelli com mediação de Gabriela Guinatti
Dia 28/7 – Cocão Avoz com mediação de Bárbara Prestes
Convidadas confirmadas:
27/7: Marcela Feriani, Marina Franco, Jhenifer Silva (mais algumas estão ainda em fase de confirmação)
28/7: Renan Inquérito e mais três que ainda não confirmaram.
Sexta – 26/7/2024
A partir das 18h
Feira de expositores, bar e show com o Duo Lucy Bananas
O Duo Lucy Bananas é formado pelos atores/musicistas Esteban Alvarez (bateria, guitarra e voz) e Gisele Nunes (guitarra e voz). Focado na simplicidade, o duo utiliza o recurso do loop station e articula as experiências musicais e teatrais dos integrantes para chegar a um estilo Rocktropical minimalista. As canções refletem sobre relações políticas e sociais, trazendo a mesma simplicidade que é revelada no fazer artístico para uma simplicidade no olhar sobre a experiência humana contemporânea.
Sábado – 27/7/2024
Durante o dia todo
Feira de expositores
9h às 12h
Oficina 1 – Poesia Griô
Ministrante: Nil Sena
A oficina visa apresentar aos seus participantes a construção de poesia a partir da realidade diária de cada um, de modo que as observações diárias das cenas do nosso contexto natural da vida transformam-se em poemas a partir da oralidade na contação de história que verbaliza cada cena e da oralidade à escrita. A goianense Nil Sena é palestrante motivacional, pedagoga, dramaturga griote, cantadeira, cordelista, compositora, bailarina popular, atriz, capoeirista, erveira, doula, além Agente Comunitária, Técnica de Saúde e Pós-Graduanda em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness.
Oficina 2 – Mitologia Ficcional: criação de personagens épicas
Ministrante: Helena Agalanéa
A oficina focará na criação de personagens a partir de elementos da natureza ou da vida/cotidiano de cada participante. Serão partilhadas ferramentas de construção de narrativa e caracterização de personagens, assim como serão compartilhados alguns mitos mesopotâmicos e gregos, para inspirar os participantes. Ao fim da oficina, cada participante terá criado pelo menos uma personagem, criando imagens para sua própria mitologia pessoal. Helena Agalenéa é atriz, escritora e bruxa travesti. Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp, co-fundou a coletiva teatral RAINHA KONG no ano de 2016, ao lado de suas amigas. Com o grupo já circulou pelos estados de RN, MG e por algumas cidades de SP. Autora do livro “É também amor, amor” e da peça de teatro “Eanna – Santuário Travesti”, que também estreou enquanto atriz. No cinema, é atriz do filme “Germino Pétalas no Asfalto”, do Laboratório Cisco.
Das 15h às 17h30
Roda de conversa: Mulheres no Mercado da Literatura
Das 18h às 21h30
Sarau Moli
*Atividade contará com interpretação em libras
Domingo – 28/7/2024
Das 9h às 12h
Oficina 3 – Cartas Para Si
Ministrante: Paloma Franca Amorim
O encontro se dedicará à discussão da forma epistolar como mediação entre o ficcional e a realidade experienciada; a dimensão das cartas como materiais simbólicos, intimamente ligados ao universo literário, será elemento disparador para que os participantes do encontro sejam estimulados ao exercício da criação literária a partir de relações concernentes às particularidades privadas, de outro lado, a crônica como gênero literário transpõe o olhar autoral para o mundo público, recortando gestos, movimentos, atitudes, acontecimentos anônimos passíveis de realização ficcional através das lentes de aumento da poesia e da experimentação. A crônica e a carta; portanto, são centelhas promotoras de debate, escrita e exercício crítico. Paloma nasceu em Belém do Pará, é escritora, dramaturga e ilustradora. Em 2017, lançou seu primeiro livro de contos ‘Eu Preferia Ter Perdido Um Olho’, pela Alameda Casa Editorial. Em 2021, seu primeiro romance ‘O Oito’ foi publicado pela mesma editora. Além disso, integrou antologias literárias como ‘O Amanhã Cheio de Histórias’, publicada pela FTD, e ‘Abrindo a Boca, Mostrando Línguas’, da editora Paralelo13s. Em 2022 foi parecerista do Prêmio Oceanos de literatura lusófona, bem como do prêmio CEPE de literatura, e também participou de outras bancas públicas de seleção de projetos envolvendo literatura, teatro e cinematografia. Seu último trabalho no campo da dramaturgia foi no de 2021 quando escreveu a peça ‘7PISOS’, apresentada pelo grupo paulistano Folias d’Arte em 2022. Atualmente é integrante da equipe de coordenação da Escola Livre de Teatro de Santo André e prepara seu primeiro livro de ensaios.
Das 9h às 12h
Oficina 4 – Oficina de Slam Voz e Arte
Ministrante: Miguel Passará
A oficina de Slam tem como objetivo principal proporcionar às pessoas uma experiência educativa e cultural única, promovendo o desenvolvimento da habilidade de escrita criativa, confiança na expressão verbal e conscientização social por meio da poesia falada e da participação em atividades relacionadas ao Slam. Miguel Passará lidera diversas iniciativas culturais, tendo fundado a Batalha do VPA e hoje coordena o movimento cultural Slam Voz e Arte. Como educador, organiza oficinas e cursos, abrangendo desde rap até meditação, atuando em escolas públicas e ONGs. Desenvolveu o jogo de cartas ‘Oráculo da Autenticidade’ que promove reflexões em performances nas ruas da cidade. É cantor, rimador e possui diversos lançamentos de singles, e suas músicas possuem narrativas sobre autoconhecimento, consciência social, ambiental e espiritualidade.
15h às 17h30
Roda de conversa: A Construção Poética dentro do Hip Hop
Com Cocão Avoz
Das ruas do Jd. Miriam para as ruas do Jd. São Luiz, onde reside nos dias de hoje, atuante no movimento Hip Hop desde 1999, juntamente com Leandrão ajudou a fundar o grupo de rap Versão Popular, grupo originário da Cohab Jd. são Luís. Com o grupo, se apresentou em vários lugares da periferia; como todo grupo de início, suas primeiras apresentações foram nas Escolas, aos finais de semana, campos de futebol, eventos organizados nas praças e ruas das quebradas por onde andou. Ajudou na Produção e execução do Primeiro CD do grupo Quem Viu, Viu (2010), continuou circulando com o rap, Casas de cultura, Mostras Culturais, fábricas de cultura, entre outros espaços, dividiu palco com artistas da sua área musical, como Criolo, Racionais, Consciência Humana, GOG, RZO, Emicida e Ndee Naldinho, entre outros. Cocão Avoz também está à frente do coletivo Cooperifa há 19 anos; junto com todo o time, nas Escolas circula também com o Projeto a Poesia do Rap. Acompanhou também o poeta Sérgio Vaz no projeto ‘Poesia contra A violência’, que também circula nas Escolas da periferia. É um dos organizadores do Encontro Rap, um evento que de 2012 até 2017 deu oportunidade a vários grupos iniciantes e já atuantes da cena; cerca de 300 grupos participaram. Junto com os demais organizadores (DJ Zeca , DJ Ney, Alx, Zói e Taty Botelho), em 2015 deu início à sua carreira solo, lançando músicas como Diaristas, No Último Vagão, A Caminhada, De Volta Pra Casa e Ganhe o Mapa, músicas que trabalha em seus shows até hoje. Em 2019 lançou seu primeiro livro, ‘Pra Não Dizer que Não Falei das Ruas’, um livro que contém as poesias do seu rap, letras que escreveu ao longo dos anos, com prefácio do poeta Sérgio Vaz e posfácio do DJ KL Jay ,dos racionais Mc’s. Atualmente trabalha seu rap com seus companheiros de palco, Joh Contenção, DJ Chefão e Henrique Damas. Planos na carreira do artista é o que não falta: o rapper e poeta também lançou sua logo marca, A V O Z, Vestuário ao estilo da quebrada, camisetas, bonés, toucas, moletons, jaquetas, óculos, pochetes, shoulderbas e relógios, entre outros artigos são pensados pelo artista e, no passar dos dias, organiza sua carreira musical e empreendedora, sempre valorizando a arte da quebrada.
(Fonte: Marina Franco Assessoria de Imprensa)
Na tarde do dia 26 de julho, considerado Dia dos Avós, o Teatro do Sesc Alberto Bins, em Porto Alegre, recebe a peça teatral ‘As Aventuras do Pequeno Príncipe’, do Grupo Gompa. Em plenas férias escolares, a atração é uma opção para netos, avós e avôs aproveitarem um momento divertido, lúdico e de muitas reflexões. Estrelado por Manu Goulart, Jeferson Rachewsky e Letícia Paranhos, o espetáculo adapta a clássica obra literária de Saint Exupéry, contando a história de um pequeno príncipe e as aventuras que viveu em outros planetas.
No palco, a narrativa é contada por meio de técnicas de teatro, artes visuais, música e circo para despertar a emoção com questionamentos sobre simplicidade e as diferentes formas de ver o mundo.
Os ingressos para a atração custam a partir de R$20 e estão disponíveis no site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais e na bilheteria do Teatro (Av. Alberto Bins, 665). Mais informações pelo telefone (51) 3284-2000 ou pelo WhatsApp (51) 98608-5456.
Arte Sesc | É um dos pilares prioritários para o Sesc/RS e tem como propósitos a valorização da arte e a disseminação da cultura para a sociedade de forma democrática e acessível, com ações que proporcionem a formação de plateias dos mais diferentes públicos. Dessa forma, promove atividades culturais de teatro, música, artes plásticas, circo, literatura e cinema, com uma intensa troca de experiências para ampliar o acesso à produção artística.
Peça ‘As Aventuras do Pequeno Príncipe’ – Sesc Alberto Bins
Data 26/7 (sexta-feira) | Horário: 15h
Local: Teatro do Sesc Alberto Bins (Av. Alberto Bins, 665)
Ingressos: Por R$20 para empresários, comerciários e dependentes com Credencial Sesc válida e demais grupos contemplados pela Lei da Meia-Entrada e R$40 ao público geral na bilheteria e no site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais.
(Fonte: Moglia Comunicação Empresarial)
Palm Beaches oferece opções selecionadas para brasileiros que buscam por comodidade e férias tranquilas na Flórida. Fotos: Divulgação.
O condado de Palm Beaches, na Flórida (EUA), foi destaque em número de visitações de brasileiros neste ano. De janeiro a março de 2024, mais de 13 mil turistas do Brasil estiveram por lá – um aumento recorde de quase 73% em relação ao mesmo período do ano passado. O número posiciona o Brasil como o maior mercado internacional de outro continente (overseas) do destino, superando o Reino Unido.
Para as férias de julho, período histórico de visitas de brasileiros aos EUA, são esperados milhares de brasileiros no condado formado por 39 cidades. Desta forma, algumas atrações se destacam na região por proporcionarem experiências únicas, tanto culturais quanto de contato com a natureza e de alta gastronomia, que são algumas das principais atividades procuradas pelos brasileiros. Confira 9 dicas de locais para conhecer nas férias em Palm Beaches:
1 – Visita ao histórico Flagler Museum
O Flagler Museum, também conhecido como Whitehall, é uma mansão histórica construída por Henry Flagler, um dos fundadores de Palm Beach. Este museu oferece uma visão fascinante da Era Dourada americana, com interiores luxuosos e exposições históricas.
Visitar o Flagler Museum, localizado na luxuosa ilha de Palm Beach, é como voltar no tempo, explorando a grandiosidade arquitetônica e os artefatos que contam a história do desenvolvimento da Flórida. Eventos especiais e tours guiados enriquecem ainda mais a experiência.
2 – Visitar a Worth Avenue na ilha de Palm Beach
A Worth Avenue é uma das ruas comerciais mais icônicas dos Estados Unidos, localizada na ilha de Palm Beach. Conhecida por suas boutiques de luxo, galerias de arte e restaurantes de alta gastronomia, é o lugar perfeito para quem busca uma experiência de compras sofisticada, reunindo marcas globais como Gucci, Prada e Armani, entre outras.
Contudo, o local vai além das compras já que a arquitetura histórica e as charmosas vias e esplanadas fazem de Worth Avenue um lugar agradável para passeios tranquilos e fotos memoráveis.
3 – Comer no Meat Market
0 Meat Market é uma steakhouse moderna localizada em Boca Raton, conhecida por seus cortes de carne premium e ambiente elegante. Localizado no espaço adjacente ao Renaissance Boca Raton Hotel, o menu do restaurante oferece uma seleção de carnes, frutos do mar frescos e acompanhamentos criativos que complementam perfeitamente os pratos principais.
O ambiente sofisticado, com iluminação suave e decoração contemporânea, torna o Meat Market ideal para um jantar luxuoso. Além disso, o bar oferece uma ampla variedade de coquetéis artesanais e uma extensa carta de vinhos, proporcionando uma experiência gastronômica completa.
4 – Visitar o Jupiter Inlet Lighthouse & Museum
O Jupiter Inlet Lighthouse & Museum oferece uma combinação de história e vistas panorâmicas espetaculares. Subir até o topo do farol de 32 metros de altura proporciona vistas deslumbrantes do oceano e da paisagem circundante. O museu adjacente traz ainda uma visão fascinante da história marítima da região.
Passeios guiados pelo local revelam histórias fascinantes sobre os primeiros colonizadores e o papel estratégico do farol. O local também é cercado por trilhas naturais que permitem um contato direto com a fauna e flora locais.
5 – Mergulhar no Rapids Water Park
Para quem busca emoção, o Rapids Water Park é uma parada obrigatória. Com mais de 42 atrações aquáticas, incluindo toboáguas radicais e áreas de lazer para crianças menores, o parque oferece diversão para todas as idades. É o lugar ideal para se refrescar no calor do verão.
O parque de West Palm Beach possui áreas específicas para famílias, garantindo segurança e diversão para os pequenos. Além disso, cabanas privativas e opções de alimentação no local tornam a experiência ainda mais confortável e prática.
6 – Conhecer o The Breakers
O The Breakers em Palm Beach é, talvez, o resort mais icônico da região, ideal para quem busca luxo e conforto. Com praias particulares, campos de golfe de classe mundial e uma variedade de opções gastronômicas, o resort traz uma experiência completa de férias para quem busca o alto-padrão nas férias.
Porém, as ofertas do hotel, que também oferece atividades como spa, esportes aquáticos e eventos exclusivos, não são exclusivas para os hóspedes. Mesmo que seja apenas para ver de perto a estrutura arquitetônica que virou cartão-postal de Palm Beaches, comer em um de seus restaurantes renovados ou ter uma experiência única de bem-estar, o The Breakers encapsula o melhor do condado.
7 – Visitar o Okeeheelee Park
O Okeeheelee Park de West Palm Beach é um excelente local para atividades ao ar livre. Este parque público oferece golfe, centro equestre, parque de cabos e muito mais. Os visitantes podem explorar trilhas, pescar nos lagos ou simplesmente desfrutar de um piquenique em um ambiente tranquilo.
Com uma infraestrutura completa, o parque também oferece áreas para esportes aquáticos, playgrounds para crianças e espaços para eventos e tudo em contato com a natureza.
8 – Fazer compras no Palm Beaches Tanger Outlets
O Palm Beaches Tanger Outlets é um destino popular para compras, localizado convenientemente próximo ao centro de West Palm Beach. Este complexo de outlets oferece mais de 100 lojas de marcas renomadas, incluindo Nike, Coach, Saks Fifth Avenue Off 5th e muito mais.
Os visitantes podem encontrar uma ampla variedade de produtos com descontos significativos, desde moda e acessórios até artigos para a casa e eletrônicos. A arquitetura ao ar livre do shopping cria um ambiente agradável para passear e fazer compras, com várias áreas de descanso e belos paisagismos que tornam a experiência de compra ainda mais agradável.
9 – Aproveitar a praia do Red Reef Park
A praia de Red Reef, localizada em Boca Raton, é um dos destinos mais encantadores da região para quem busca relaxamento e beleza natural. Parte do Red Reef Park, esta praia oferece uma extensão de areia branca e águas cristalinas do Atlântico, perfeitas para nadar, tomar sol e fazer piqueniques.
O parque é especialmente popular entre os entusiastas do snorkeling, graças aos recifes de corais próximos à costa, onde os visitantes podem explorar a vida marinha vibrante. Com áreas de churrasco, mesas de piquenique e trilhas naturais, Red Reef Park proporciona uma experiência completa de lazer ao ar livre.
Sobre o Discover The Palm Beaches | O Discover The Palm Beaches é a empresa de marketing turístico para as 39 cidades e vilas conhecidas como The Palm Beaches no sudeste da Flórida, que se estendem de Boca Raton a Jupiter. Encarregada da crescente visitação e da economia do turismo local, a organização trabalha durante todo o ano para trazer viajantes ao condado. Palm Beaches têm uma rica história como o Primeiro Destino Resort da América, onde a hospitalidade genuína é um modo de vida, com uma mistura vibrante e acolhedora de pessoas, culturas e cidades costeiras. O turismo está entre as principais indústrias do condado, gerando um impacto econômico anual de aproximadamente US$10,3 bilhões e apoiando mais de 85.000 empregos locais. Para mais informações sobre The Palm Beaches, visite www.ThePalmBeaches.com ou siga nas redes sociais no Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, Threads, Pinterest e LinkedIn.
Sobre o Eudēmonia Summit | Com o nome da palavra grega para bem-estar humano, a missão da Eudēmonia é capacitá-lo a cultivar seu bem-estar pessoal em todas as dimensões da vida: física, mental e social. O evento oferecerá três dias de palestras de líderes nas fronteiras da saúde e bem-estar, aulas, atividades e tratamentos centrados na saúde física e mental e exposições interativas de marcas de tecnologia de bem-estar de ponta. Em Palm Beaches, Flórida, de 1 a 3 de novembro de 2024. Visite eudemonia.net para saber mais.
(Fonte: Aviareps)
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana. Nesta semana, entre quinta-feira (25/jul) e sábado (27/jul), Orquestra e Coro recebem Giancarlo Guerrero, um dos regentes que mais colaboraram com a Osesp em anos recentes, para um programa dedicado à música francesa do início do século XX.
Em ‘Um certo olhar: França’, o público ouvirá o talento de Maurice Ravel como orquestrador, em Alborada del gracioso e Ma Mère l’Oye [Mamãe Gansa], e o Réquiem de Maurice Duruflé, obra que busca traduzir os sentimentos humanos diante do mistério da finitude. A performance de sexta (26/jul) terá transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.
Sobre o programa
A Espanha sempre foi uma fonte de inspiração para Maurice Ravel (1875–1937). A versão orquestral de Alborada del gracioso, originalmente um dos cinco movimentos da obra para piano Miroirs [Espelhos], é de 1918, fruto de uma encomenda da companhia Ballets Russes de Diaghilev, que estava interessado em montar um balé sobre temas espanhóis. Se o virtuosismo pianístico dos Miroirs assinalou um passo adiante nas explorações harmônicas e rítmicas propostas por Ravel, a versão orquestral desse movimento em particular reitera seu talento ímpar como orquestrador.
Ravel nunca se casou, mas adorava crianças. E foi para os filhos (Mimie e Jean) de um casal de amigos – Ida e Cyprian Godebsky – que Ravel escreveu a Suíte Mamãe Gansa para piano a quatro mãos em 1908, depois de pegá-los folheando uma versão ilustrada do livro de contos de fadas de Charles Perrault. Como a obra deveria ser interpretada por crianças, Ravel resolveu “simplificar o estilo e a escrita com a intenção de despertar a poesia da infância”.
Dentro da tradição cultural ocidental, o réquiem é um gênero musical destinado a homenagear os mortos. O Réquiem de Maurice Duruflé (1902–1986) tem suas origens em uma das épocas mais difíceis para os franceses – o período da ocupação nazista. Em maio de 1941, o regime colaboracionista de Vichy instituiu um concurso de composição musical oferecendo dinheiro para as melhores obras. Interessado na premiação, Duruflé imaginou compor um poema sinfônico, optando depois por um réquiem, no qual ainda trabalhava quando Vichy caiu, em agosto de 1944. Com o fim da guerra, seu editor lhe cobrou o término da obra e Duruflé, que trabalhava em uma suíte para órgão baseada em temas do canto gregoriano, incorporou tais ideias ao projeto anterior criando uma partitura peculiar ao mesclar o antigo e o novo. O Réquiem, em sua versão original para órgão, orquestra, solistas e coro, foi completado em setembro de 1947 e dedicado à memória de seu pai, apesar de seus biógrafos acreditarem que também haja uma homenagem velada aos franceses mortos na Segunda Guerra Mundial.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.
Coro da Osesp
O Coro da Osesp, além de sua versátil e sólida atuação sinfônica e de seu repertório histórica e estilisticamente abrangente, enfatiza em seu trabalho a interpretação, o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019). Em sua primeira turnê internacional, em 2006, apresentou-se para o rei da Espanha, Filipe VI, em Oviedo, na entrega do 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, quando participou de um filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e outros artistas e grupos de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa e integrando o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo por Aylton Escobar, foi integrado à Osesp em 2000, passando a se chamar Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como coordenadora e regente, funções que, entre 2017 e 2019, foram desempenhadas por Valentina Peleggi, que contou com a colaboração de William Coelho como maestro preparador, posição que ele ainda ocupa.
Giancarlo Guerrero, regente
Seis vezes vencedor do Grammy e Diretor Musical da Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wrocław (Polônia), Guerrero nasceu na Nicarágua, imigrando ainda na infância para a Costa Rica. Posteriormente, estudou Percussão e Regência na Baylor University e obteve seu mestrado em Regência na Northwestern, ambas nos Estados Unidos. Ao longo de sua carreira, apresentou-se junto a importantes orquestras norte-americanas, como as de Baltimore, Dallas, Los Angeles, Filadélfia, Seattle e a Sinfônica Nacional (Washington), além de atuar com diversos grupos europeus, como a Sinfônica da Rádio de Frankfurt e as Filarmônicas de Londres, da Rádio França e da Holanda. Em 2019, recebeu a honraria de ser orador na Conferência da Liga de Orquestras Americanas. Na temporada 2023-2024, Guerrero retorna à Sinfônica de Chicago, em concerto conjunto com Wynton Marsalis e The Jazz at Lincoln Center, às Sinfônicas da Nova Zelândia e de Bilbao, à Filarmônica de Bruxelas, à Orquestra Gulbenkian, à Orquestra Cívica de Chicago e à própria Osesp, da qual é convidado frequente.
PROGRAMA
UM CERTO OLHAR: FRANÇA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
CORO DA OSESP
GIANCARLO GUERRERO regente
Maurice RAVEL
Alborada del gracioso
Ma Mère l’Oye [Mamãe Gansa]
Maurice DURUFLÉ | Réquiem, Op. 9.
Serviço:
25 de julho, quinta-feira, 20h30
26 de julho, sexta-feira, 20h30 – Concerto Digital
27 de julho, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$271,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI)
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fundação Osesp)