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Atletas da APC conquistam quatro medalhas nas Paralimpíadas

Campinas, por Kleber Patricio

Na foto o atleta Odair Santos com o guia Erixon Nascimento. ©Alaor Filho/MPIX/CPB.

Na foto, o atleta Odair Santos com o guia Erixon Nascimento. ©Alaor Filho/MPIX/CPB.

Ao longo de onze dias de competição, cerca de 4300 atletas, de 159 países, apresentaram ao mundo histórias de vida e de superação. O Brasil competiu com a maior delegação da história e o fato de ter encerrado os Jogos na oitava posição – três abaixo da expectativa – torna-se quase irrelevante diante das marcas ultrapassadas, quebra de recordes e feitos históricos em modalidades como a bocha, tênis de mesa e levantamento de peso, que ajudaram o país à conquista de 72 condecorações: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze.

Ítalo Gomes em foto de Alaor Filho (MPIX/CPB).

Ítalo Gomes em foto de Alaor Filho (MPIX/CPB).

Dessas medalhas, quatro têm valor especial para a Associação Paraolímpica de Campinas (APC). A entidade esteve representada na capital carioca por quatro atletas, dois guias e o técnico Fábio Breda. Embora não tenha conquistado medalhas, Vanilton participou da primeira Paralimpíada de sua carreira e encerrou as três provas que disputou entre os dez melhores atletas do mundo.

Primeiro brasileiro a subir no pódio na Rio 2016, Odair dos Santos contou com o apoio dos atletas-guia Carlos dos Santos e Eriton de Aquino na conquista das duas medalhas de prata – primeiro nos 5000 metros e depois nos 1500. Com as duas condecorações, o vitorioso currículo do atleta agora soma nove medalhas em Paralimpíadas.

Se em Londres, quando estreou em Paralimpíadas, Ítalo Gomes não chegou ao pódio, no Rio de Janeiro a conquista da tão sonhada medalha paralímpica se realizou: um bronze nos 100 metros costas com tempo de 01:12:48, oito segundos abaixo do tempo que o qualificou para a disputa final.

Clodoaldo Silva. Foto: Washington Alves|MPIX CPB.

Clodoaldo Silva. Foto: Washington Alves|MPIX CPB.

Clodoaldo Silva, que anunciou a aposentadoria da Seleção Brasileira, participou de quatro provas e faturou uma prata no revezamento 4 x 50 metros misto, ao lado de Daniel Dias, Suzana Schnarndorf e Joana Silva. Ao longo da carreira, iniciada em 1996, o tubarão das piscinas, escolhido para ascender a pira paralímpica na cerimônia de abertura dos Jogos no Maracanã, disputou cinco edições do evento e alcançou a marca de 14 medalhas.

A campanha da natação neste ano superou em cinco pódios a exibição de 2012. Em casa, a modalidade alcançou 19 medalhas, sendo quatro ouros, sete pratas e oito bronzes e Daniel Dias tornou-se o maior medalhista masculino paralímpico da história dos Jogos, ultrapassando o australiano Matthew Cowdrey. Com maior número de atletas, o atletismo alcançou também o maior número de medalhas. A evolução da modalidade desde Sydney, em 2000, quadruplicaram as medalhas: este ano foram 33, oito ouros, 14 pratas e 11 bronzes.