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SESC Niterói recebe exposição “Monolux” do fotógrafo Vicente de Mello

Niterói, por Kleber Patricio

Vicente de Mello – “Carbono 14 teste II” – série “Monolux”, 2016.

No dia 3 de junho, o SESC Niterói inaugura a exposição “Monolux”, com 32 fotogramas recentes e inéditos do fotógrafo Vicente de Mello produzidos sem câmera e sem negativo, por meio do contato de objetos com a superfície do papel fotográfico. Com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, a mostra, uma das selecionadas no Edital de Cultura SESC RJ Pulsar 2021/2022, reúne imagens únicas produzidas nos últimos seis anos, em um processo que remonta à origem da fotografia e vai na contramão da grande reprodutibilidade de imagens digitais dos dias atuais.

A exposição chega ampliada ao SESC Niterói, com obras inéditas, depois de ter sido apresentada no MAM-Rio, em 2018. No dia da abertura será realizada uma visita guiada com o artista e o curador, que também farão uma palestra no dia 13 de julho, quando será lançado o e-book da exposição. Ao longo de toda a mostra, serão realizadas visitas mediadas com arte-educadores, de terça a sábado, das 10h às 16h.

Apesar de utilizar um procedimento histórico, no qual objetos são colocados sobre papel sensibilizado quimicamente, que, ao serem expostos à luz, revelam a silhueta branca do objeto em um fundo escuro, Vicente de Mello dá um caráter pessoal a essa técnica.  “Em vez de arranjos estritamente formais ou de avizinhamentos aleatórios, cria ‘relâmpagos narrativos’. Iluminações. Imagens que, não sendo literárias, ou literais, guardam fragmentos narrativos em sua origem, reduzidas ao mínimo, à condição de peças de um jogo. Especificamente, de um jogo da memória”, afirma o curador Eucanaã Ferraz no texto que acompanha a exposição.

Vicente de Mello – “Astro Nau” – série Monolux”, 2021.

Objetos simples do cotidiano, como madeiras, álbuns, câmeras, slides, porta-retratos, tampinhas de garrafa e até nós de aço da operação cardíaca de seu pai, são utilizados para criar as formas gráficas das imagens, em obras que fazem não só uma homenagem à fotografia, mas também à história da arte, com fotogramas em alusão a artistas como Lasar Segall (1889-1957), Oscar Niemeyer (1907-2012), Joaquim Torres Garcia (1874-1949) e Édouard Manet (1832-1883).

Fotograma x Digital

Diante da enorme quantidade de imagens digitais da atualidade, Vicente de Mello buscou mostrar nesta exposição a natureza primeira da fotografia: os fotogramas, “uma antítese do impalpável e imensurável universo de pixels”. O fotograma surgiu na primeira metade do século XIX, com o inglês William Talbot (1800-1877), pioneiro da fotografia, sendo reapropriada pelo norte-americano Man Ray (1890-1976) no século XX, que deu a ela o nome de Rayograph.

Ao contrário das imagens digitais, que podem ser manipuladas, com os fotogramas não há como ter total controle sobre a impressão. “Agradava-me a ideia de pensar que tanto a luz quanto os objetos exercem uma ação tátil de clara composição ambígua sobre o papel, resultando em um fato fotográfico de força enigmática”, explica Vicente de Mello, ressaltando que “todas as modulações, tentativas e acidentes foram às cegas”.

Vicente de Mello – “Marco Zero – para Daiana” – série Monolux”, 2017.

Sobre retomar uma técnica do início da fotografia em meio às novas tecnologias do século XXI, o artista afirma: “No meio da constatação desta espetacular hecatombe de imagens, senti que eu mesmo já estava há anos convivendo com um grande manancial de imagens editadas, conhecidas, exibidas, adquiridas, publicadas, além das arquivadas que nunca chegaram a outros olhos”, conta Vicente de Mello. “Essas imagens formavam o ‘cosmos’ da minha propriedade como autor, ainda a ser descoberto e revisto em múltiplas análises, recortes e inserções”. Ele ressalta que não considera ter esgotado sua percepção, mas que precisava “retornar a um pensamento em que pudesse construir, dominar, e que ele fosse único, sem a possibilidade de estar, enquanto original, em vários lugares. Um novo estatuto da fotografia, sem freio”, afirma.

Monolux

O título da exposição, “Monolux”, vem da lembrança de Vicente de Mello do nome de um telescópio japonês de uso amador dos anos 1970 e “pelo fato físico de que, para imprimir os fotogramas, uma única fonte de luz é utilizada: a lâmpada da cabeça do ampliador. Os fotogramas abandonam a materialidade do negativo, para lidar com a materialidade da luz, e a experimentação é a força orientadora, a âncora na imaterialidade da imagem”, diz.

De acordo com o artista, as proposições de seus fotogramas baseiam-se em duas interpretações – uma na literatura italiana e outra na brasileira:

“Umberto Boccioni (1882-1916), que desde o texto do manifesto técnico da pintura futurista, afirmava que era fundamental estabelecer uma relação de complementariedade entre a observação do mundo fenomênico, o indelével que só existe em nossa mente e o que se manifesta por meio da recordação. A meu ver, ele queria atribuir importância à capacidade de se recorrer às recordações individuais, e por meio da intuição e estado da alma constituir o fazer artístico”.

“A outra interpretação de que gosto é a uma fala em ‘Grande sertão: veredas’, de Guimarães Rosa (1980-1967) que contextualiza as referências das imagens dos meus fotogramas: “O que lembro, tenho! A realocação dos objetos no pré-table top foram fundamentais para transcender o representado, o que via na composição realizada a olho nu, das imagens que tinha em mente, não eram o resultado em preto e branco, após o laboratório. Olhava para as composições e pensava: ‘vocês perderão a posição de protagonistas e entrarão em uma atmosfera de cumplicidade’”.

Sobre o artista

Vicente de Mello é fotógrafo e ensaísta. Formado em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá, possui especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil, pela PUC. Trabalhou no Departamento de Fotografia do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1989-1998). Desde 1990, produz obras que refletem sobre a tradição histórica de reflexão sobre o meio fotográfico, criando um léxico visual estilístico de inversão de significados, gerando dúvida sobre a presença das coisas, por uma transvisão dos códigos da linguagem fotográfica, destacando-se as séries “Topografia Imaginária” (1994-1997), “Vermelhos Telúricos” (2001-2016), “Galáctica” (2000-2016), “Lapidus” (2013-2018), “Silent City” (2013) e  “Brasília utopia lírica” (2014), entre outras.

Ganhou o Prêmio de Melhor Exposição de Fotografia do Ano em São Paulo, da Associação Paulista de Críticos de Arte, com a mostra “moiré.galáctica.bestiário/Vicente de Mello– Photographies 1995-2006” (Pinacoteca do Estado, 2007) e foi o primeiro brasileiro a ser convidado para uma residência artística no Espace Photographie Contretype (Bruxelas, Bélgica, 2013).

Entre as exposições mais recentes, estão “Pli selon pli” (SESC 24 de maio, São Paulo, 2017), a individual “Monolux’, com curadoria de Eucanãa Ferraz (Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 2018), e “Limite Oblíquo”, no Paço Imperial, em 2021, com curadoria de Aldones Nino.

Serviço:

Exposição Vicente de Mello – “Monolux”

Exposição: até 6 de agosto de 2022

De terça a sábado, das 10h às 16h

SESC Niterói [Galeria de Arte]

Endereço: Rua Padre Anchieta, 56 – São Domingos – Niterói – RJ

Telefone: (21) 4020-2102 – Telefone do SESC – (21) 2704-2876

Entrada gratuita

Curadoria: Eucanaã Ferraz

Produção: AREA27.

(Fonte: Midiarte Comunicação)

Estetika: o maior e mais completo encontro sobre estética, beleza, saúde e bem-estar na América Latina acontece em julho

São Paulo, por Kleber Patricio

Edição anterior da Estetika e Congresso Científico Internacional. Fotos: divulgação.

Após dois anos em formato digital, o Estetika, maior e mais completo encontro da América Latina sobre estética, beleza, saúde e bem-estar, retorna ao formato presencial com um conjunto inédito de oportunidades para os profissionais do setor. A 28ª edição do evento, realizado pela GL Events Exhibitions, acontece entre os dias 29 de julho e 1º de agosto no São Paulo Expo reunindo conteúdo inovador e de qualidade, apresentado pelos palestrantes e instrutores mais renomados do Brasil e do mundo, e a principal feira de produtos e equipamentos da área, com lançamentos e workshops gratuitos das marcas mais importantes do mercado.

“O objetivo é proporcionar um evento sem precedentes no universo dos cuidados com o corpo. Os profissionais do setor poderão desfrutar de uma programação abrangente e com profundidade para a atualização de conhecimentos e a descoberta de novas oportunidades de negócios”, afirma Patrícia Doria, show manager do Estetika.

Na feira, 200 marcas já estão confirmadas como expositoras. Mais do que lançamentos e vendas de produtos, as marcas também vão realizar workshops gratuitos e apresentações em seus estandes, além de participar da grade de programação de palestras da Arena Estetika. O espaço vai oferecer quase 60 horas de conteúdo aos visitantes, contribuindo para que todos ampliem seus conhecimentos e se sintonizem com as novidades tecnológicas mais surpreendentes do mercado.

Congresso Científico Internacional detalha tendências e perspectivas

O 28º Congresso Científico Internacional Estetika terá uma agenda diversificada, reunindo palestras de mais de 30 especialistas nacionais e internacionais. Serão mais de 200 horas de conteúdo ao longo de quatro dias, apresentando inovações, demonstrações práticas de técnicas e procedimentos estéticos e os temas mais relevantes do mercado de estética, saúde, beleza e bem-estar.

O escopo do Congresso reúne tópicos como harmonização facial, terapias hormonais, pigmentação, emagrecimento, nutrição estética, normas sanitárias e atendimento. Entre os destaques estão apresentações sobre Cannabis Medicinal na estética, por Marcela Gouveia, e o tema “Reconstruindo os padrões de atendimento para clientes 50+”, por Maria Rita Resende.

Já no dia 2 de agosto, após o encontro haverá uma imersão com os Cursos Pós-Congresso no Campus Centro da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Os participantes poderão escolher entre seis diferentes cursos, cada um deles com turmas exclusivas, integrando aulas teóricas/práticas e demonstrações ministradas por profissionais do mais elevado gabarito.

Os temas dos Cursos Pós-Congresso serão “TAEE Taping: a Diversidade de uma Bandagem”, com a argentina Ana Lia Silvera; “Técnicas de Massagem Terapêutica Avançada”, a cargo do norueguês Damien Leszczynski; “Injetáveis na Estética: Uma Visão Básica”, por Heitor Cruz; “Massagem Neuropilosensorial”, com Isabel Piatti; “Raciocínio Clínico Aplicado ao Rejuvenescimento Facial”, com João Tassinary e “Facial Tok Sen”, com a tailandesa Kate Setthakorn. Assim como no Congresso Estetika, os participantes receberão um certificado digital de conclusão.

Simpósio amplia a capacitação dos profissionais da área

Para permitir que profissionais se especializem e alavanquem oportunidades em suas carreiras, a 28ª edição do Estetika ainda terá, ao longo de seus quatro dias, a realização dos Simpósios Estetika. No total, serão 32 horas de imersão em novas fronteiras do conhecimento sobre os temas mais relevantes no mercado estético.

O primeiro dia de Simpósio será centrado em “Procedimentos Inovadores de Pré e Pós-Operatório”, com curadoria de Vilma Natividade. No segundo dia, o eixo será “Abordagens Terapêuticas em Cicatrizes”, tendo Mariana Negrão como curadora. Já no dia 31 de julho, o tema central será “Tricologia Científica”, com curadoria de Fabiana Padovez. O último dia será focado em “Empreendedorismo na Saúde Estética”, com curadoria de Felipe Abrahão.

Quem se inscrever para os Simpósios terá direito aos quatro dias de visitação na feira Estetika.

“Os profissionais que atuam na área de estética, saúde, beleza e bem-estar merecem uma plataforma técnica, empreendedora, científica e do mais alto nível, para se capacitar ainda mais. Eles poderão adquirir novos conhecimentos, aprimorar o know-how e conferir lançamentos de produtos, equipamentos e serviços, além de interagir em experiências in loco, que tanto fizeram falta nos dois últimos anos. Será uma oportunidade única neste momento de aquecimento do setor”, pontua Patrícia Doria.

Serviço:

Estetika 2022 – 28ª Feira e 28º Congresso Científico Internacional de Estética, Saúde, Beleza e Bem-Estar

Data: 29 de julho a 1º de agosto

Horários:

Feira – 29/7 e 1/8, das 11h às 20h; 30/7 e 31/7, das 10h às 20h.

Congresso – das 9h às 18h30

Simpósios – informações aqui

Local: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Vila Água Funda – São Paulo, SP). Transporte gratuito da estação Jabaquara do Metrô para o local do evento. Estacionamento coberto no local com acesso direto ao pavilhão do evento por uma passarela integrada.

Mais informações para inscrições: clique aqui.

Sobre o Estetika | O Estetika é o maior e mais importante evento na América Latina para o setor de estética, beleza, saúde e bem-estar. Chegando à sua 28ª edição, o encontro reúne Congresso Científico Internacional, Curso Pós-Congresso, Simpósios e Feira com workshops gratuitos, entre outras atrações. A realização é da GL events Exhibitions, uma das líderes mundiais nas áreas de congressos e convenções, eventos culturais, esportivos, institucionais, corporativos ou políticos e feiras de negócios e exposições. Com uma experiência de 40 anos, a GL Events Exhibitions está presente em mais de 20 países nos cinco continentes (sendo desde 2006 no Brasil), administra 40 espaços, entre centros de convenções e arenas multiuso, e já realizou mais de 4.000 eventos. Listada no Eurolist Euronext Compartment B (Bolsa de Valores de Paris), a companhia teve um faturamento de 741 milhões de € em 2021. Saiba mais aqui.

(Fonte: Betini Comunicação)

Indaiatuba terá Ecoponto de Inertes com espaço para projeto de educação ambiental

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Eliandro Figueira.

Um novo Ecoponto de Inertes está em construção em Indaiatuba. O espaço é mais uma opção para o descarte correto de materiais, inclusive entulhos de pequenas reformas. A novidade é que o espaço também oferecerá instalações de educação ambiental para fortalecer o trabalho de estímulo ao descarte correto dos resíduos sólidos urbanos. A previsão da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente é de que as obras estejam concluídas até o final de julho.

Construído em parceria com a Corpus, que tem a concessão do serviço de limpeza urbana do município, o novo Ecoponto de Inertes funcionará entre as ruas Reverendo Eliseu Narciso e Francisco Denny, próximo ao Terminal Rodoviário “Vereador Maurílio Gonçalves Pinto”. O horário de funcionamento será de segunda a domingo, das 7h às 19h. Além dos recicláveis comuns, como papel, metal, vidro e plástico, o local receberá, de forma gratuita, entulhos e restos de obras de até 1m³ – que é o equivalente ao tamanho de uma caixa d’água de mil litros –, madeiras e restos de podas, móveis, lixo eletrônico, óleo de cozinha, pneus, lâmpadas, pilhas e baterias.

De um lado do terreno funcionarão as tradicionais estruturas e caçambas para o descarte dos materiais e, do outro, haverá uma praça com brinquedos onde os frequentadores poderão aprender sobre a limpeza urbana e sua importância. O espaço de lazer para a comunidade abrigará um grande jogo, no qual as crianças vão brincar e, ao mesmo tempo, aprender sobre o uso correto das ilhas ecológicas. “Vamos aproveitar esse espaço para abordar a importância da utilização correta dos ecopontos para a cidade e, também, informações sobre o programa de arborização”, explicou o secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente Guilherme Magnusson.

O ecoponto é aberto ao público, mas os interessados poderão agendar com a Corpus uma visita guiada pelo endereço eletrônico contato@corpus.com.br. Basta identificar no título: visita Ecoponto Eldorado.

Na praça haverá área para piquenique e um caminhão de coletor de brinquedo, trepa-trepa e outras formas de se divertir e representar o sistema de limpeza urbana. Os pets serão bem-vindos e ganharão um local só deles no projeto.

Este será o segundo Ecoponto de Inertes do município. A Prefeitura já disponibiliza o serviço no Jardim João Pioli. Localizado na Avenida Artes e Ofícios, o espaço funciona diariamente, inclusive aos sábados e domingos, também das 7h às 19h. A proposta do município com o serviço é inibir descartes irregulares em terrenos e áreas verdes da cidade, o que prejudica a limpeza urbana, o meio ambiente e até a saúde pública.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Educandário Deus e a Natureza recebe reunião do Grupo GRHIIS

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: André Shinozuka/Fotocriativa.

O Educandário Deus e a Natureza, em Indaiatuba (SP), recebeu em maio uma reunião do Grupo de Recursos Humanos de Itu, Indaiatuba e Salto (GRHIIS), uma associação informal, civil e sem fins lucrativos que reúne profissionais cuja atuação é relacionada à área de Recursos Humanos para trocas de experiências e aprendizados e que completa 25 anos este ano.

O encontro ocorreu nas instalações do EDN e foi uma oportunidade para profissionais do GRHIIS conhecerem os trabalhos da instituição. O ponto de sinergia entre os participantes do evento e a instituição é a formação do Jovem Aprendiz para o mercado de trabalho – o EDN realiza a capacitação gratuita dos adolescentes, jovens e adultos em vulnerabilidade social para o mercado, enquanto que os profissionais em visita são justamente os responsáveis pela contratação dos mesmos em suas organizações.

O grupo assistiu a duas palestras, cujos temas foram “Branding Profissional”, com o fotógrafo André Shinozuka, da Fotocriativa, com o foco de como uma foto profissional pode fazer a diferença nas redes sociais e, em seguida, a palestra “A Importância do RH Estratégico”, ministrada por Ana Paula Escobar, gerente de Gente e Gestão do Grupo Corpus, empresa que possui atuação em Indaiatuba, e membra do GRHIIS há anos.

O evento serviu para reforçar os objetivos do grupo GRHIIS, que são proporcionar a troca de informações de RH por meio de encontros mensais, visando à atualização e desenvolvimento do papel profissional e pessoal de seus integrantes, e promover e facilitar o intercâmbio entre profissionais do grupo inclusive fora do âmbito das reuniões, estreitando os laços de cooperação e integração dos mesmos e, consequentemente, das empresas por eles representadas.

Foi uma manhã de muito aprendizado e reencontro, com direito a sorteio de um voucher do Royal Palm Tower Indaiatuba, que presenteou um casal com uma feijoada do Simetria, e também o apoio do Buddha Spa com massagens de presente aos palestrantes.

O grupo segue se reunindo a cada mês nas cidades da região, sendo a palestra do mês de junho em Cabreúva, com mais um profissional da área.

Museu da República inaugura mostra coletiva “Nem sempre dias iguais”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Obra de Barbara Copque. Foto: divulgação.

No dia 4 de junho foi inaugurada no Palácio do Catete, Museu da República a exposição coletiva “Nem sempre dias iguais”, com obras das artistas cariocas Bárbara Copque, Cláudia Lyrio e Yoko Nishio. Com curadoria de Isabel Portella, a mostra ocupa as três salas de exposições temporárias do Palácio do Catete com cerca de 68 obras, dentre pinturas, desenhos e fotografias produzidos durante o isolamento social. “Os trabalhos resultam dos afetos provocados pelo período pandêmico em nossas pesquisas individuais”, dizem as artistas.

Os trabalhos tratam de temas cotidianos para além da pandemia, como o nosso contato com o mundo através das telas, as relações interpessoais e o excesso de informações e imagens fragmentadas do nosso dia a dia.  Além de artistas, todas são professoras e pesquisadoras.

“Barbara Copque, Cláudia Lyrio e Yoko Nishio – três artistas que traduziram suas vivências durante a pandemia a partir de diferentes poéticas. São olhares que desafiam o medo e a angústia, criando possibilidades de fuga. A porta da rua, as imagens digitais temporárias e grafismos que criam outras invisibilidades são as vias escolhidas por essas mulheres para ultrapassar. Independente do momento, sempre existirá resistência, procura, erros e acertos. Mas certamente sempre haverá essa luta entre a luz e a escuridão, entre o medo e o prosseguir, que leva a propostas e entendimentos incríveis. É o que define a superação criativa, tão inerente ao feminino”, afirma a curadora Isabel Portella.

Antropóloga, a artista Bárbara Copque sempre teve a rua como interlocutora. Durante o isolamento social, no entanto, a porta passou a ser o seu contato com a rua e ela produziu cerca de 800 fotografias a partir do olho mágico da porta de sua casa. Quinze destas fotografias, em formato redondo, com 6,5cm de diâmetro, para que o público também tenha a sensação de estar vendo através de um olho mágico, serão apresentadas na exposição. Além dessas, também serão apresentadas duas impressões especiais que provocam uma ilusão de ótica com imagens em movimento. “A porta é a minha rua e o olho é mágico é uma série de imagens onde, num movimento de autoetnografia – experiências corporificadas, reflexivas e emotivas – , retomo o meu dialogar com a rua ou o meu ‘ruar’ com coisas e corpos sem-isolamentos, que circulam e trabalham, num constante vaivém, enquanto eu seguia conectada nas telas e ‘olhos mágicos’”, conta Bárbara Copque.

Com obras em grandes dimensões, com tamanhos que chegam a dois metros de altura, a artista Cláudia Lyrio apresentará sete desenhos/pintura da série “Manuscritos de Si” que relacionam imagem e escrita. Formada em literatura, a artista interrompeu a pesquisa que vinha fazendo antes da pandemia para mergulhar dentro de si, ampliando as escalas.

Com textos autorais, cada tela pode ser vista como a página de um livro, com escritas em tinta acrílica, grafite, carvão etc., com colagens de papel, tela e fitas. Nas telas, é possível ler os manuscritos, mas também se pode ler a obra enquanto grafismo, textura e escala. “Se a escrita nasceu da imagem, há uma imagem que nasce da escrita. Escrever é tornar visível e/ou criar outras invisibilidades? Espaço, tempo, contexto, texto, linhas que se torcem e se cruzam. Fruir o erro e o rabisco, vacilar”, questiona a artista.

Obra “Diário de Quarentena”, de Yoko Nishio.

Isolada na casa de sua mãe, sem acesso a nenhum material artístico, nem mesmo papel, a artista Yoko Nishio começou a desenhar na própria mão com caneta esferográfica durante o início da pandemia, em trabalhos que fotografava e compartilhava com os amigos. Com centenas de fotos, a artista escolheu as 30 imagens feitas durante o mês de abril de 2020 para mostrar na exposição. “São desenhos efêmeros, que em breve desapareceriam. E a mão, na sua tripla contradição, é o suporte possível de morte, vida e ação”, afirma a artista.

Além desta série, Yoko Nishio também apresentará pinturas da série “Indexados”, em óleo sobre tela, medindo 90cm X 50cm, em formato vertical, como a tela do celular. “São imagens fragmentadas, que vemos o tempo todo nas telas, não só durante a pandemia, mas no nosso cotidiano”, ressalta a artista, cujas obras dão continuidade a sua pesquisa sobre imagem e vigilância. A oferta de imagens remotas nas redes acende para o perigo de uma nova antropometria que vigia os corpos e suas atuações.

Sobre as artistas

Bárbara Copque ama a Portela, seu time é o Madureira e fotografa desde pequena. É pós-doutora em ciências sociais, deu máquinas fotográficas para crianças em situação de rua, entrou com máquinas nos presídios cariocas e sempre utiliza a fotografia nos seus estudos sobre violência institucional; participa como curadora da FAIM – Festival de Artes de Imbariê e do coletivo Negras[fotos]grafias, publicou livros, artigos, realizou ensaios fotográficos, vídeos etnográficos e participou de exposições individuais e coletivas, sendo as últimas no Museu de Arte do Rio de Janeiro/MAR, nas exposições “Casa Carioca” e “Crônicas Cariocas”. Atualmente é professora adjunta na UERJ, onde subchefia o Departamento de Formação de Professores, coordena o Núcleo de Estudos Visuais em Periferias Urbanas, participando também do grupo Afrovisualidades e dos projetos de extensão MACP – Mapeando Arte e Cultura visual Periférica e Museu Afrodigital Rio de Janeiro. Ademais, tem um laboratório fotográfico no banheiro da casa e segue cegamente as palavras de Saramago: “é necessário dar a volta nas coisas para vê-las melhor”.

Cláudia Lyrio é natural do Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. É professora substituta no curso de Pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ. Graduada em Pintura e Letras (UFRJ), é Mestre em Literatura (UFRJ) e Especializada em História da Arte e Arquitetura no Brasil (PUC-Rio). Desenvolve sua pesquisa em torno da ideia do ciclo da vida, em trabalhos híbridos de desenho, grafismo e pintura, instalação, objetos e gravura. Entre as exposições coletivas que participou, destacam-se: 7 Etnógrafos, Galeria dotArt, Belo Horizonte/MG (2020); A Melancolia da Paisagem, Sem Título Arte Galeria, Fortaleza/CE (2019); Miragens, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro/RJ (2017); Além da Imagem, Sem Título Arte Galeria, Fortaleza/CE (2017) e Imersões, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro/RJ (2017). Foi selecionada para diversos salões, entre os quais o Salão dos Artistas Sem Galeria 2022; Novíssimos (2019); Fortaleza/CE (2017); Guarulhos/SP(2016) e Vinhedo/SP (2016), quando obteve o Prêmio Aquisição de Pintura.

Yoko Nishio é artista visual, professora adjunta da Escola de Belas Artes da UFRJ e pesquisadora. Começou a se dedicar ao tema da violência no doutorado com a pesquisa sobre desenhos e inscrições nas paredes de prisões e delegacias. É doutora e mestre em Artes Visuais pela EBA/UFRJ. Tem diversos trabalhos publicados sobre a relação imagem e violência. Expôs em 2018 no 9º Salão dos Artistas Sem Galeria, nas galerias Zipper (SP), Sankovsky (SP) e Orlando Lemos (MG) e no Abre Alas 14, na galeria Gentil Carioca. Atualmente é pesquisadora do NuVisu – Núcleo de Estudos Visuais em Periferias Urbanas, e do Projeto de Pesquisa e Extensão MACP – Mapeando Arte e Cultura visual Periférica.

Serviço:

Nem sempre dias iguais

Abertura: 4 de junho de 2021, das 13h às 17h

Exposição: até 25 de setembro de 2022

Palácio do Catete, Museu da República

Rua do Catete, 153 – Catete – Rio de Janeiro (RJ)

Telefone: (21) 2127-0324

De terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h.

(Fonte: Midiarte Comunicação)