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Quatro em cada dez habitantes de Campinas (SP) consomem adoçantes mesmo sem ter diabetes ou obesidade

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Agência Bori.

O consumo de alimentos e bebidas com ingredientes que simulam o gosto de açúcar pela população de Campinas (SP) independe da idade, status socioeconômico ou, até mesmo, da presença de doenças como diabetes e obesidade – sendo feito por 40% dos habitantes da cidade, sem qualquer tipo de controle ou informação para essa população. Este resultado faz parte da nova pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) publicada no periódico “British Journal of Nutrition” nesta quinta (22).

As cientistas analisaram os dados de duas fontes para o estudo: Inquérito Domiciliar de Saúde de Base Populacional no Município de Campinas (ISACamp) e do Inquérito de Consumo e Estado Nutricional (ISACamp-Nutri). A partir de informações de indivíduos acima de 10 anos, que participaram dessas pesquisas, elas estimaram a prevalência do consumo de alimentos e bebidas cujas composições apresentam níveis consideráveis de adoçantes. Além disso, o estudo também identificou os principais alimentos que servem como fonte para o consumo desse aditivo.

“O consumo similar entre diferentes faixas da população pode ser explicado pela adição de edulcorantes de baixa caloria em vários alimentos e bebidas consumidos, inclusive, por crianças e adolescentes, e não somente em alimentos e bebidas considerados diet e light”, explica Ana Clara Duran, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA) da Unicamp. O artigo é resultado da pesquisa de mestrado da nutricionista e pesquisadora Mariana Grilo.

Os edulcorantes são aditivos presentes nos produtos para simular o sabor doce nos alimentos ultra processados. Dessa forma, é possível reduzir a quantidade de açúcar – o que também diminui o valor calórico. Duran afirma que o consumo excessivo de açúcares pode levar a desfechos adversos à saúde, porém, “os estudos sobre os efeitos do consumo de edulcorantes ainda são inconsistentes”. Ou seja, apesar da publicidade informar aos consumidores que esses produtos são mais saudáveis, ainda não há evidências que comprovem isto.

Segundo Duran, produtos que mais contribuíram para o consumo de edulcorantes na população de Campinas, além dos adoçantes de mesa, foram as bebidas adoçadas, como refrigerantes à base de cola, refrigerantes com sabor de frutas, suco em pó, bebidas de soja, néctares, as bebidas lácteas, como achocolatados, iogurtes com sabores de frutas e outros. Todos os dados obtidos pelo estudo foram encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.

As pesquisadoras defendem um maior monitoramento nos níveis de edulcorantes nos alimentos e bebidas, especialmente a partir deste mês, com a reformulação dos rótulos para mostrar a alta quantidade de açúcar. “A informação obrigatória sobre a presença de edulcorantes de baixa caloria com termos técnicos na lista de ingredientes pode ser inadequada para informar explicitamente ao consumidor que edulcorantes são um dos aditivos utilizados”, finaliza Duran.

(Fonte: Agência Bori)

Casarão Pau Preto recebe exposição de aeromodelos que contam a história e evolução da aviação

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Edilio em Campinas na década de 50. Fotos: arquivo familiar.

O Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’, em Indaiatuba, recebe a partir do dia 1º de outubro a nova exposição “A História da Aviação em Aeromodelismo por Edílio Monteiro da Silva”. Reconhecido por seu trabalho com fotografia, durante a vida Edílio desenvolveu e construiu inúmeros aeromodelos. O novo espaço contará ainda com uma inovação tecnológica: o público poderá pesquisar em um totem interativo um pouco da história de cada exemplar em exposição.

A secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho, agradece a família de Edílio Monteiro da Silva. “Não seria possível montar esta exposição sem o apoio e a confiança dos familiares do senhor Edílio”, ressalta. “Os aeromodelos formam um verdadeiro passeio pela história da aviação e todos estão convidados a conferir esta atração imperdível”. O Museu Municipal está vinculado ao Departamento de Preservação e Memória da Secretaria de Cultura de Indaiatuba.

Edílio Monteiro da Silva nasceu em Campinas, no dia 22 de dezembro de 1939, e desde criança mostrava seu amor pela fotografia e pela aviação. Com apenas 16 anos de idade, tornou-se profissional no ramo de fotografias, abrindo em maio de 1956 seu primeiro estúdio fotográfico, o Studio Campos Sales.

Em 1965, na filial no Aeroporto de Viracopos, Edílio ficou conhecido entre as várias companhias de aviação que operavam no local, sendo diversas vezes contratado por elas, permitindo-lhe fotografar grandes personalidades da época, entre elas a Rainha Elizabeth II da Inglaterra em sua vida ao Brasil em 1968, como fotógrafo oficial contratado pela Royal Air Force.

Avião da modalidade U-control projetado e construído por Edilio.

Em 1969, dois anos após casar-se com Sônia Aparecida de Consorte Florian, Edílio mudou-se para Indaiatuba, fundando a Art Foto na região central. Foi em 1978 que inaugurou, em sociedade com Antônio da Cunha Penna, o Silva & Penna Fotografias.

Paixão

Edílio sempre foi um apaixonado pela aviação e pelo aeromodelismo, seu principal hobby. Desde muito jovem aprendeu a construir, pilotar e desenvolver projetos de aeromodelos, especializando-se na modalidade u-control (aeromodelos controlados por um manete que se interliga ao avião por meio de cabos de aço).

Em 1986 realizou um grande sonho: projetou e acompanhou a construção de uma pista circular em tamanho oficial para aeromodelos da modalidade u-control em terreno da Prefeitura de Indaiatuba que ficava no cruzamento das avenidas Conceição e Presidente Vargas.

Desde a sua inauguração e durante muitos anos, a pista foi uma das principais atrações turísticas da cidade, atraindo aficionados por aeromodelismo de Indaiatuba e toda região, que frequentavam o local aos finais de semana. No local, aconteceram diversos campeonatos de aeromodelismo trazidos por Edílio, por meio da Federação Paulista da modalidade.

Durante sua vida, desenvolveu e construiu inúmeros aeromodelos e por muitos anos se dedicou a construir pequenas réplicas de aviões, com o objetivo de mostrar com riqueza de detalhes um pouco da história e evolução da aviação. O acervo conta com aproximadamente 600 modelos confeccionados por ele, todos em madeira e construídos em uma mesma escala. Edílio faleceu em 30 de outubro de 2012, aos 72 anos.

Serviço:

Exposição “A História da Aviação em Aeromodelismo por Edílio Monteiro da Silva”

Abertura: 1º de outubro

Local: Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’ no Casarão Pau Preto

Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro, Indaiatuba (SP)

Horário de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 17h. Domingos, pontos facultativos e feriados, das 9h às 12h

Informações: (19) 3875-8383.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Pinacoteca de São Paulo inaugura mostra panorâmica da obra de Jonathas de Andrade

São Paulo, por Kleber Patricio

“Educação para Adultos”, 2010 – [60 cartazes emoldurados, 34 x 46 cm]. Foto: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta “Jonathas de Andrade: O rebote do bote”, a mais abrangente exposição do artista organizada até o momento. Com curadoria de Ana Maria Maia, curadora-chefe da Pinacoteca de São Paulo, o projeto, que ocupa o quarto andar da Pinacoteca Estação, oferece ao público um panorama da produção realizada por Jonathas durante os últimos quinze anos.

Dividida em três salas, cada qual pensada como um núcleo conceitual, a mostra apresenta a produção deste artista que se dedica a construir abordagens e vivências, nas quais o acesso ao outro e às diferenças é motivado pelo desejo e, consequentemente, também carregado de performances do poder, disputas e questões éticas. “A ideia era percorrer momentos diferentes da carreira de Jonathas de Andrade, mas sem necessariamente criar uma cronologia. Pensamos em grandes temas, mas o fio condutor foi entender os aspectos dessas relações que ele propõe com pessoas, com colaboradores, personagens dos trabalhos”, afirma Ana Maria Maia.

Na sala 1, intitulada “Corpo para Jogo”, a narrativa da mostra começa apresentando a sexualidade em um conjunto de obras que incorrem em tematizações da masculinidade e do homoerotismo. Vemos suas passagens por cidades, arquivos e histórias e, por meio delas, percebemos que a busca desse corpo é a todo tempo carregada de perigos e promessas.

Na sala 2, intitulada “Jogos de Corpos”, existe uma reflexão sobre as dinâmicas de alteridade, dotadas de mecanismos de escuta, colaborações e resistência. O artista costuma refletir sobre questões laborais e negociações constantes de lugares, agências e memórias sociais. Representado no exercício de sua ocupação, o trabalhador encontra formas de resistir ao olhar fotográfico; sua excelência no manejo do ofício torna-se ferramenta para tensionar o fetiche e disputar a direção da cena.

O destaque fica por conta da obra inédita “Museu da Caravana do Nordeste” (2022), que funciona como um desdobramento da obra ‘Cartazes para o Museu do Homem do Nordeste” (2013) [pp. 7, 102-105], adquirida para o acervo da Pinacoteca pelo Programa de Patronos da Arte Contemporânea, em 2017, e atualmente em exposição na apresentação do acervo do museu.

Também se destaca a obra “Teatro das Heroínas de Tejucupapo” (2022), em primeira exibição no Brasil e que apresenta uma encenação da batalha ocorrida no séc. XVII, na Zona da Mata de Pernambuco, na qual tropas holandesas foram expulsas do vilarejo por um grupo de mulheres. A presença desse trabalho nessa sala abre caminhos para pensar a questão de gênero, que na história e na pesquisa estética de Jonathas é predominantemente abordada por um viés da masculinidade.

A sala 3, intitulada “Escalas de devoração”, aborda o jogo tenso de convívio e cuidado, preservação e saque, nos âmbitos sociais, institucionais e ambientais. A curadoria provoca um encontro de obras de tempos distintos. A peça “Nostalgia, sentimento de classe” (2012) traz o tema da arquitetura modernista, que por um bom tempo foi amplamente explorado pelo artista. A instalação discute a ideia de que, quando o patrimônio arquitetônico não é tratado como um bem coletivo, ele só resiste como fetiche, como posse. A obra envolve as paredes externas da sala do vídeo “Nó na garganta” (2022), obra comissionada e produzida pela Fondazione In Between Art and Film, que fez parte da instalação “Com o coração saindo pela boca”, exibida no Pavilhão do Brasil na 59ª Bienal de Veneza. Nele, se estabelece uma relação limítrofe entre os cuidadores de um zoológico e diversas cobras.

Nessa sala é também apresentado o projeto “Decalque Estilhaço” (2022), o primeiro exercício de autorrepresentação na carreira de Jonathas, que sempre se dispôs a mostrar a figura do outro e do coletivo. A obra evoca o começo de um processo criativo no qual colocar-se em cena, tornar-se imagem, é parte do exercício artístico e político de se implicar.

A mostra terá um catálogo bilíngue, que será vendido nas lojas físicas e on-line do museu. A Pinacoteca ainda produzirá um vídeo e um tour virtual para serem disponibilizados ao público no site do museu ao longo da exposição.

A exposição “Jonathas de Andrade: O rebote do bote” tem patrocínio do Iguatemi (cota bronze).

Sobre Jonathas de Andrade

Jonathas de Andrade (1982, Maceió) vive e trabalha na cidade de Recife. Em quinze anos de carreira, criou obras que revisitam imaginários socioculturais, sobretudo referentes à região Nordeste do Brasil, e trazem à tona questões de gênero, classe e raça, com frequência apropriando-se, como suporte, da fotografia, de vídeos, de instalações e de coleções.

Já realizou mostras solo em diversas instituições, como The Power Plant, no Canadá; New Museum, em Nova York; Museu de Arte de São Paulo (Masp); Alexander and Bonin Gallery; Museu de Arte do Rio; Instituto Banco Real; Fundação Joaquim Nabuco; Musée d’Art Contemporain de Montréal; e Kunsthalle Lissabon, em Lisboa.

Participou de residências artísticas em Darat al Funun, Amman, na Jordânia; Wexner Center for the Arts, Columbus, Estados Unidos; Gasworks / Train Residence Programme, Londres, Inglaterra; Casa Maauad, Cidade do Mexico; e A Tale of a Tub, Rotterdã, Holanda. E esteve em mostras coletivas como a 29ª e a 32ª Bienal de São Paulo; Sharjah Biennial 13; 12ª Bienal de Lyon, na França; 2nd New Museum Triennial, em NY; 7ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre; 10th Gwangju Biennale, na Coreia; 32ª Panorama da Arte Brasileira; When Attitudes Became Form Become Attitudes, CCA Wattis Institute for Contemporary Art, em San Francisco; Histórias Mestiças, Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; 12ª Bienal de Istambul, na Turquia, entre outras.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

Jonathas de Andrade: O rebote do bote

Período: 24/9/2022 a 28/2/2023

Curadoria: Ana Maria Maia

Edifício Pina Estação

Largo General Osório, 66, São Paulo, SP, 4º andar

De quarta a segunda, das 10h às 17h

Gratuitos todos os dias

Ingressos no site ou na bilheteria da Pinacoteca

Tel. (11) 3335-4990

Redes sociais da Pinacoteca de São Paulo:

Instagram | Facebook |Twitter | Linkedin

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo traz filmes que quebram barreiras e estereótipos culturais

São Paulo, por Kleber Patricio

Still de “Chaogtu e Sarula”. Imagens: divulgação.

Com o tema “China — luzes e sombras, sons e sonhos”, a 7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo acontece de 2 a 13 de outubro, totalmente presencial e gratuita, no CCSP (Centro Cultural São Paulo). O evento apresenta nove filmes contemporâneos, a maioria inédito no Brasil, divididos nos panoramas “Paisagem Humana e Histórica”, “Paisagem Urbana Contemporânea” e “Paisagem Étnica e Regional”.

Com curadoria de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim, e Lilith Li, que coordenou o Festival Internacional de Cinema de Macau, os longas trazem narrativas multidimensionais que quebram barreiras e estereótipos culturais. “São obras que retratam o nosso tempo e a nova geração em histórias cheias de verdade e sentimento numa perspectiva genuinamente chinesa”, observam os curadores.

Still de “As galochas de Wangdrak”.

Abre a 7ª Mostra de Cinema Chinês para o público, no domingo (2/10), às 16h, o filme “Chaogtu e Sarula”, de Wang Rui, vencedor dos prêmios de melhor direção no 33º Golden Rooster Film Festival e Melhor Contribuição Artística no 32º Festival Internacional de Cinema de Tóquio. Baseado no romance “A Pastora”, de Mo Yue, a obra conta a história de um casal mongol comum que entra em conflito quando cada membro decide seguir estilos de vida diferentes.

O panorama “Paisagem Humana e Histórica” traz o épico de Guerra inédito no Brasil “Os Oitocentos”, de  Guan Hu, segunda maior bilheteria internacional de 2020. A obra conta os feitos heroicos dos soldados da 88ª Divisão do Exército Revolucionário Nacional estacionados no Armazém Sihang durante a Batalha de Xangai que lutaram por quatro dias e quatro noites para resistir à invasão japonesa.

Ainda neste panorama estão “Reino de Terracota”, de Ding Liang, Lin Yongchang, indicado para o Golden Goblet de Melhor Filme de Animação no Festival Internacional de Cinema de Xangai, “Morada nos montes Fuchun”, de Gu Xiaogang, que faz a sua première internacional no Brasil, os documentários “O grande aprendizado”, de Sun Hong, Wang Jing, Ke Yongquan, indicado ao Prêmio China Golden Rooster de Melhor Documentário, e “Tive a lua nas mãos”, de Cheng Tsun-shing, considerado um dos dez filmes mais influentes de 2020 na China e que conta a história de vida de Yeh Chia-ying, grande mestra da poesia clássica.

Still de “Tive a lua nas mãos”.

Já o panorama “Paisagem Urbana Contemporânea” exibe os títulos “Adoração”, de Yang Zi, selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Busan (Coreia do Sul), e “Quando a primavera chegar”, de Li Gen, indicado ao Prêmio “White Mulberry” de Melhor Diretor Estreante, baseado numa experiência real do cineasta.

O panorama “Paisagem Étnica e Regional” completa a programação com os filmes “As galochas de Wangdrak”, de Lhapal Gyal, indicado ao Urso de Cristal do Festival de Cinema de Berlim (Mostra Nova Geração), e “Chaogtu e Sarula”, de Wang Rui.

A Mostra de Cinema Chinês de São Paulo é uma realização do Instituto Confúcio na Unesp, em parceria com o Centro Cultural São Paulo e a Spcine. Ela se tornou uma atividade cultural de grande influência e referência para a promoção e divulgação do cinema chinês no Brasil.

Programação completa: www.institutoconfucio.unesp.br.

Serviço:

7ª Mostra de Cinema Chinês

1 a 13 de outubro no CCSP – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo)

Entrada gratuita

Classificação Indicativa: livre

Retirada dos ingressos: 1h30 antes da sessão.

(Fonte: ATTI Comunicação e Ideia)

Preservação do oceano é tema de exposição gratuita no Caminho Niemeyer

Niterói, por Kleber Patricio

Fotos: Emerson Muniz.

O Caminho Niemeyer recebe em sua cúpula a exposição “Niterói na Década do Oceano”, que vai até 9 de outubro, com entrada gratuita. A programação é dividida em cinco frentes: a exposição de quadros da série “Mares e Corais”, com 37 pinturas da artista visual niteroiense Cris Duarte, além de suas artes digitais, uma área imersiva com projeções de imagens e sons do oceano, instalação de esculturas feitas com materiais recicláveis, a apresentação de uma performance, onde artistas irão reverberar a experiência oceânica da exposição através de seus corpos, além de extensa agenda de palestras e oficinas sobre ciência oceânica.

Promovida pela Prefeitura de Niterói e pela Secretaria Municipal das Culturas, com produção do Centro de Investigação Artística, a mostra que chega ao Caminho Niemeyer é parte integrante de um projeto maior: “Cidades na Década do Oceano”, que integra a agenda global da “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável”, coordenada pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Cris Duarte acredita que a arte assume importante papel nesta empreitada, como um dos canais eficazes para transmitir ideias e informações e despertando no público a conscientização sobre a questão da preservação dos oceanos. Em suas obras, a artista explora temas como uma praia, o mar revolto, um céu incrível, um recife de corais, o reflexo da água ou um veleiro em alto-mar.

“A ideia é que as pinturas gerem no público um sentimento de amor pelos oceanos. Quero usar a arte para chamar a atenção para este tema maior, que é a sustentabilidade, e que envolve ciência, política, tecnologia e ações governamentais”, destaca Cris Duarte.

De acordo com Marcia Marschhausen, responsável pela curadoria da exposição, neste trabalho Cris promove um diálogo com a realidade mundial, provocando a reflexão sobre os limites de atuação do artista e sobre o conceito de vanguarda.

A presidente do Grupo Executivo do Caminho Niemeyer, Bárbara Siqueira, lembra que esta é a segunda vez que a cúpula receberá uma exposição. Ela reforça que o espaço está de portas abertas para as artes. “O Caminho Niemeyer é um espaço público, localizado no Centro da cidade, e tem como principal objetivo atrair não só os niteroienses, como também os turistas, levando entretenimento, cultura e lazer para todos”, diz.

Sobre a artista

Cris Duarte (1968) é artista plástica radicada em Niterói/RJ. Advogada, abraçou um novo projeto de vida, mais feliz e leve: a arte. Com formação artística adquirida na adolescência, retomou à pintura e se integrou ao coletivo de artistas do Espaço BB Artes Visuais, mergulhando de uma vez por todas neste universo.

Em sua recente trajetória, participou da Exposição Coletiva “Modernistas”, no Museu Casa dos Contos, em Ouro Preto/MG; Exposição Individual “Mares & Corais”, no Espaço Cultural Ceperj; Exposição Coletiva “Bonde 21”, na Fundação de Arte de Niterói/RJ, Sala José Cândido de Carvalho; Exposição Coletiva “Bonde 21”, na Fábrica Bhering; Exposição Coletiva no 6º Circuito de Artes Búzios RJ e Exposição Individual “Arte para quem ama o mar”, no Teatro Claro Rio/RJ.

Serviço:

Visitação: de 9 de setembro a 9 de outubro de 2022

Local: Cúpula do Caminho Niemeyer

Endereço: Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/n – Centro, Niterói

Horário: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h | sábados e domingos, das 9h às 17h.

Entrada franca.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)