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Distúrbios Respiratórios do Sono: o impacto no dia a dia dos portadores

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Muitas pessoas não levam em consideração o papel fundamental de uma boa noite de sono no desempenho profissional. Isso porque atenção, coordenação motora, ritmo mental e principalmente o alerta são influenciados diretamente pelo estado de fadiga de um sono não reparador. De acordo com Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e em Medicina do Sono pela ABMS, esta necessidade de repouso varia de pessoa para pessoa e pode levar a consequências tanto na saúde física, quanto mental. “Distúrbios neurais, cansaço, sonolência, irritabilidade, ansiedade, depressão, problemas sexuais e estresse são sintomas comuns de noites mal dormidas ou a falta de um sono adequado, que aumenta o risco de erros e acidentes nos mais diversos locais de trabalho”, alerta.

Um estudo realizado pelo Departamento de Medicina Respiratória da University of British Columbia, publicado pela Sleep Medicine em dezembro de 2007, mostra que pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) podem ter impacto negativo sobre sua performance no trabalho. Neste documento, foram usados métodos para avaliar a sonolência diurna e a limitação para atividade no trabalho. Em determinado grupo de trabalhadores, evidenciou-se diferença entre portadores de apneia leve e grave em relação ao tempo de capacidade administrativa e interações mentais e pessoais.

A pesquisa seguiu em busca de evolução nos pacientes. “Aproximadamente 50 pessoas foram avaliadas novamente e 33 usaram o aparelho de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), mostrando uma melhora significativa entre a primeira avaliação com relação ao tempo de capacidade administrativa, mental, relação interpessoal e produtividade. A conclusão deste estudo revelou que existe forte relação entre sonolência excessiva e redução da capacidade laborativa em uma população propícia a ter apneia do sono”, pontua Guimarães.

Houve uma explosão na busca por tecnologias para rastrear a duração e outras métricas quantitativas de sono. De acordo com uma pesquisa, 25% dos americanos adultos usaram um smartphone ou dispositivo para rastrear sua duração do sono. Embora o interesse em rastrear o sono entre a população sugira maior interesse e conscientização sobre o sono, as avaliações quantitativas não capturam uma avaliação holística e qualitativa do sono, não oferecendo caracteres de um sono restaurador. Segundo uma pesquisa publicada pelo Frontiers in Sleep, em julho deste ano, apenas um terço dos adultos dos EUA relataram sono restaurador, o que é alarmante.

Para confirmar que a presença de distúrbios respiratórios durante sono causa impactos negativos nos gastos em saúde, uma pesquisa publicada pelo Journal of the American Geriatrics Society, em fevereiro de 2008, revelou que gastos em saúde dois anos após diagnóstico de apneia foram quase duas vezes maiores que no grupo de controle. “A conclusão desse estudo mostra que pacientes com o distúrbio possuem uma alta taxa de utilização dos serviços de saúde por comorbidade cardiovascular e uso de medicações com propriedades psicoativas”, relata o especialista em Medicina do Sono.

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é altamente prevalente e é um fator de risco reconhecido para acidentes automobilísticos. Assim, regulamentos europeus oficiais relativos à aptidão para dirigir levou a Sociedade Respiratória Europeia a estabelecer uma força-tarefa para abordar o tema da apneia do sono, sonolência e direção, com o objetivo de fornecer uma visão geral aos médicos envolvidos no tratamento de pacientes com o distúrbio, além de estabelecer regulamentos que restringem a capacidade dos pacientes com AOS de dirigir até serem tratados, mesmo reconhecendo  o difícil acesso ao diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono.

Essa publicação da European Respiratory Society sobre apneia do sono, sonolência e risco de condução foi publicada em 2021 no European Respiratory Journal e avalia a epidemiologia dos pacientes com AOS, os mecanismos envolvidos nesta associação, o papel de questionários de triagem, uso de simuladores de direção e outras técnicas para avaliar sonolência e comprometimento da vigilância; o impacto do tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas no risco de acidentes nos motoristas afetados e ainda destaca as dificuldades na identificação de pacientes com apneia do sono.

De acordo com o pneumologista, o impacto econômico provocado pelo distúrbio não se limita aos gastos na área da saúde. “A apneia do sono quando não tratada está associada à baixa performance laborativa, doenças ocupacionais e o impacto econômico desse quadro envolve bilhões de dólares por ano. É importante que os órgãos governamentais divulguem os grandes benefícios da terapia adequada com CPAP, por exemplo, melhorando a vida e o dia a dia de pessoas portadores da apneia do sono”, finaliza.

Sobre Gleison Marinho Guimarães

É médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.

Para mais informações, acesse https://drgleisonguimaraes.com.br/ ou o Instagram @dr.gleisonguimaraes e no Twitter @drgleisonpneumo.

(Fonte: Carolina Lara Comunicação)

Fundação Bienal de São Paulo anuncia curadoria da participação oficial do Brasil na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura

São Paulo, por Kleber Patricio

Créditos da imagem: Gabriela de Matos ©Foto de Levi Fanan e Paulo Tavares ©Foto de Diego Bresani / Fundação Bienal de São Paulo.

A Fundação Bienal de São Paulo anuncia a curadoria e o projeto selecionados para representar o país no Pavilhão do Brasil durante a 18ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, com abertura no dia 20 de maio de 2023. Intitulada “Terra”, a participação brasileira será organizada pelos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares, ambos arquitetos e pesquisadores com uma abordagem transversal, que dialoga com estudos de raça, gênero, pedagogia e culturas visuais.

Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, “A Mostra Internacional de Arquitetura da Biennale di Venezia é um espaço privilegiado para o debate das questões mais urgentes em arquitetura e urbanismo, campo que, em última instância, reflete sobre nossas dinâmicas de vida a partir do uso e compartilhamento de espaços comuns, enquanto sociedade. Em um momento de grandes desafios enfrentados pela humanidade, realizar a exposição proposta pelos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares é uma maneira de dar visibilidade a pesquisas e práticas que podem contribuir para a elaboração coletiva de nosso futuro”.

A seleção dos curadores se deu a partir de uma chamada fechada de projetos, à qual Gabriela de Matos e Paulo Tavares responderam com a proposta de uma exposição que aborda a “terra” como motivo fundante das concepções, imaginários e narrativas da formação nacional. Segundo afirmam os curadores, “A terra é um motivo fundante das concepções, imaginários e narrativas de formação nacional e da representação do Brasil. Representações da nacionalidade foram estruturadas pelas visões idealizadas e racializadas de natureza tropical… A terra também é um motivo fundante nas cosmologias, filosofias e narrativas das populações indígenas e afro-brasileiras que formam a maior parte da matriz cultural nacional. Mas nesta abordagem, o conceito de terra aparece sob outra forma, como ancestralidade que nos remete a geografias culturais mais adentro e além do Brasil. Aponta para um outro sentido de terra e território – como pertencimento, cultivo, direito, reparação e outros imaginários de Brasil. Nossa proposta curatorial parte destas reflexões e de sua relevância contemporânea para pensar o país enquanto terra. Terra como solo, roça, chão, território, terreiro. Mas também terra em seu sentido global e cósmico, como planeta e casa comum de toda a vida, humana e não-humana. Terra como memória e como futuro, olhando o passado e o patrimônio para repensar o campo da arquitetura frente às mais prementes questões urbanas, territoriais e ambientais do contemporâneo”.

Como é de tradição para o evento, a representação brasileira estabelece um diálogo com o tema da exposição principal da 18ª Bienal de Arquitetura – O laboratório do futuro. Com curadoria de Lesley Lokko, “a Biennale di Venezia é também uma espécie de laboratório do futuro, um tempo e espaço em que ocorrem especulações sobre a relevância da disciplina [arquitetura] para este mundo – e o mundo por vir. (…) Prevemos nossa exposição como uma espécie de oficina, um laboratório onde arquitetos e profissionais do campo expandido das disciplinas criativas extraem exemplos de suas práticas contemporâneas que traçam um caminho para o público – participantes e visitantes – percorrer, imaginando por si mesmo o que o futuro reserva”.

Sobre os curadores

Gabriela de Matos é arquiteta e urbanista afro-brasileira nascida no Vale do Rio Doce em Minas Gerais que cria projetos multidisciplinares com o objetivo de promover e destacar a cultura arquitetônica e urbanística brasileira a partir das lentes de raça e gênero. É graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas, em 2010, e em 2016 especializou-se em sustentabilidade e gestão do ambiente construído pela UFMG. Mestranda do Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, atualmente leciona na graduação de arquitetura e urbanismo da Escola da Cidade. É CEO do Estúdio de Arquitetura – Gabriela de Matos, criado em 2014. É co-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no departamento de São Paulo. É fundadora do projeto Arquitetas Negras (2018), que mapeia a produção de arquitetas negras brasileiras. Pesquisa arquitetura produzida na África e sua diáspora com foco no Brasil. Entre outros, propõe ações que promovam o debate de gênero e raça na arquitetura como forma de dar visibilidade à questão. Assina o editorial do livro “Arquitetas negras vol. 1” (2019), que integra acervos importantes como o da Biblioteca de Washington (Estados Unidos) e foi o vencedor do Prêmio IAB SP na categoria Melhores Publicações de Arquitetura (2019). Foi colaboradora do coletivo Rebel Architette em 2019 (Itália). Participou como palestrante da UIA – International Union of Architects de 2021. Na edição de 2021 da mostra CASACOR, assinou o ambiente de boas-vindas, intitulado Espaço Agô. Foi premiada como Arquiteta do Ano 2020 pelo IAB RJ. Foi jurada da Bienal Ibero-Americana de Arquitetura de 2022.

Paulo Tavares explora as interfaces entre arquitetura, culturas visuais, curadoria, teoria e advocacia. Operando através de múltiplas mídias e meios, seu trabalho abre uma arena colaborativa voltada para a justiça ambiental e narrativas de contra-hegemônicas na arquitetura. Seus projetos e textos foram apresentados em várias exposições e publicações nacionais e internacionais, incluindo Harvard Design Magazine, The Architectural Review, Oslo Architecture Triennial, Istanbul Design Biennale, e a 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva. Tavares foi cocurador da Bienal de Arquitetura de Chicago 2019 (EUA) e, atualmente, é membro do conselho curatorial da segunda edição da Trienal de Arquitetura de Sharjah 2023 (EAU). Foi curador dos projetos Acts of Repair (Preston Thomas Memorial Symposium, Universidade de Cornell, EUA) e Climate Emergency > Emergence, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) de Lisboa (Portugal). Tavares é autor de vários textos e livros que questionam os legados coloniais da modernidade, incluindo “Forest Law/Floresta Jurídica” (2014), “Des-Habitat” (2019), “Memória da terra” (2019), “Lúcio Costa era racista?” (2020), e “Derechos No-Humanos” (2022).

Sobre a participação brasileira na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura da Biennale di Venezia

A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil nas bienais de arte e arquitetura de Veneza é fruto de uma parceria de décadas com o Governo Federal que outorga à Fundação Bienal a responsabilidade pela nomeação da curadoria e pela concepção e produção das mostras em reconhecimento à excelência de seu trabalho no campo artístico-cultural. Organizadas com o intuito de promover a produção artística brasileira no mais tradicional evento de arte do mundo, as exposições ocorrem no Pavilhão do Brasil, projetado por Henrique Mindlin e construído em 1964.

Pavilhão do Brasil na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia

Comissário: José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo

Curadoria: Gabriela de Matos e Paulo Tavares

Exposição: Terra

Local: Pavilhão do Brasil

Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália Data: 20 de maio a 26 de novembro de 2023

Preview para imprensa e profissionais: 17 a 19 de maio de 2023.

(Fonte: Fundação Bienal de São Paulo)

Teatro Sérgio Cardoso recebe espetáculo infantil “As Aventuras de Peter Pan e Sininho” com a Cia Evoé

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A Cia. Evoé de Teatro leva ao Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, o espetáculo infantil “As Aventuras de Peter Pan e Sininho” em apresentação única no dia 18 de dezembro, domingo, às 11h.

Sinopse: Sininho está muito ocupada com a comemoração do dia das fadas e deixa Peter Pan sozinho em busca de suas aventuras. Ele encontra sereias, pássaros poderosos, uma lagarta muito engraçada, e claro, o malvado capitão gancho que trama acabar com a festa das fadas e destruir a flor que mantém Peter Pan criança na Terra do Nunca. Será que dessa vez Gancho conseguirá? Ou Peter Pan dará uma lição de uma vez por todas no malvado capitão?

Ficha Técnica

Texto e Direção: Rodrigo Ximarelli

Elenco: Lucas Barbugiani, Lucas Pedroso e Shanny Segade Stand-in: Hamilton Fernandes

Técnico de Som e Luz Dimas Stecca

Confecção de Bonecos: Eric Fonseca

Figurinos: Márcio Laguna e Medinila Ronconi

Visagismo: Gil Oiliveira

Realização Evoé Cia de Teatro

Fotos: Gil Oliveira

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança, peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde, para a gravação de especiais difundidos pela plataforma #CulturaEmCasa.

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar com acessibilidade oito pessoas na sala Nydia Licia, 827 na sala Paschoal Magno 149 pessoas são comportadas no hall de entrada, onde também acontecem apresentações e aulas de dança.

Em junho deste ano, mais uma vez o Teatro inova e lança o projeto “Teatro Sérgio Cardoso Digital”. Com um investimento em alta tecnologia e adaptação para as necessidades virtuais, o TSC Digital, na vanguarda dos teatros públicos brasileiros, vai ao encontro de forma inédita da democratização do acesso à cultura com objetivo de garantir uma experiência online o mais próxima possível da presencial.

Redes Sociais TSC: Instagram | Facebook | Site.

Serviço:

“As Aventuras de Peter Pan e Sininho”

Dia 18 de dezembro, domingo, às 11h

Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno

Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo (SP)

Duração: 60 minutos

Classificação: Livre. Indicação etária: 2-3 anos

Ingressos: Sympla.

(Fonte: Pevi)

“Centelhas em Movimento”: Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Igor Queiroz Barroso

São Paulo, por Kleber Patricio

Djanira da Motta e Silva, “Engenho de Farinha”, 1965, óleo sobre tela, 129,0 x 195,0 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso. Fotos: Falcão Jr.

A exposição “Centelhas em Movimento” da Coleção Igor Queiroz Barroso inaugura o programa “Instituto Tomie Ohtake visita”, que busca dar acesso ao grande público a obras de qualidade atestada e pouco exibidas, apresentadas sob diferentes leituras curatoriais. “Ao estar desobrigado de uma coleção permanente, por não ser um museu, o Instituto Tomie Ohtake tem flexibilidade para visitar múltiplos agentes do meio artístico, imergindo em seus repertórios, ações e acervos, e oferecendo aos públicos uma montagem articulada que atravessa a história da arte de modo único e temporário”, afirma Paulo Miyada, que assina a curadoria ao lado de Tiago Gualberto, artista e curador convidado para desenvolver a abordagem curatorial da coleção.

Baseada em Fortaleza, Ceará, a Coleção Igor Queiroz Barosso tem sido formada nos últimos 15 anos, ainda que suas raízes sejam mais antigas. Colecionar arte (em especial, colecionar arte moderna brasileira) é uma dedicação antiga na família de Igor, remontando às iniciativas de seus avós paternos, Parsifal e Olga Barroso, e maternos, Edson e Yolanda Vidal Queiroz, e carregada até ele por seu tio Airton, e sua mãe, Myra Eliane. Essa herança implicou o convívio com a arte, a percepção do sentido do colecionismo e até mesmo a guarda de obras que até hoje estão entre os pilares de sustentação do conjunto que Igor tem reunido. A Coleção Igor Queiroz Barroso conta com cerca de 400 obras e destaca-se por selecionar não apenas artistas de grande relevância histórica, mas por buscar obras de especial significância na trajetória desses artistas.

Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa), Nossa Senhora da Piedade, séc. XVIII, madeira entalhada e policromada, 17 x 10 x 5,5 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso.

No recorte realizado para a exposição – de uma coleção que abriga obras produzidas entre os séculos XVIII a XXI de nomes nacionais e estrangeiros – destaca-se a produção de artistas atuantes no Brasil ao longo do século XX, sob a ambivalência do modernismo, movimento tão discutido neste ano em que se comemora os 100 anos da Semana de Arte Moderna paulista.

As esculturas, pinturas e desenhos reunidos indicam a diversidade abarcada pela mostra.  Gualberto destaca obras conhecidas, como “Ídolo” (1919) e “Cabeça de Mulato” (1934), de Victor Brecheret (1894-1955), “Índia e Mulata” (1934), de Cândido Portinari (1903-1962), além de trabalhos de Alfredo Volpi (1896-1988), Willys de Castro (1926-1988), Lygia Pape (1927-2004), Mary Vieira (1927-2001), Djanira da Motta e Silva (1914-1979), Chico da Silva (1910-1975) e Rubem Valentim (1922-1991). O curador acrescenta ainda nomes célebres da arte brasileira, como Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964), Maria Martins (1894-1973) e um grande número de obras produzidas entre as décadas de 1950 e 1970. “Esse adensamento de produções também reflete um contingente bastante diverso de artistas, além de nos oferecer privilegiados pontos de observação das maneiras com que os valores modernos foram transformados e multiplicados na metade do século”.

Segundo a dupla de curadores, desde seu primeiro ambiente, a mostra compartilha enigmas sobre a formação da arte brasileira e seus profundos vínculos com o território e a nação. “São convites para que cada visitante encontre seus caminhos e hipóteses por essas montagens, encontrando o modernismo, suas consequências e desvios em estado de ebulição, com sua cronologia embaralhada, suas hierarquias em suspensão e com a constante possibilidade de encontrar retrocessos nos avanços e saltos adiante nos retornos. Uma forma de reacender o calor impregnado na fatura de cada uma das obras”, completam Gualberto e Miyada.

Antonio Bandeira, Abstração, 1957, Óleo sobre tela, 65,5 x 46 cm, Coleção Igor Queiroz Barroso.

Foi neste contexto pensada a expografia de “Centelhas em Movimento”, construída com  painéis flutuantes e autoportantes que colocam em relações de eco e contraste obras de artistas distintos, de momentos e contextos diferentes: retratos e fisionomias, com Ismael Nery, Di Cavalcanti, Brecheret, Da Costa, Segall; evocações cosmogônicas, com Antonio Bandeira e Antonio Dias, em contato com a Piedade barroca de Aleijadinho; paisagens, com Chico da Silva, Beatriz Milhazes, Manabu Mabe, Danilo Di Prete, Teruz; rupturas concretas ao lado de obras figurativas, com Volpi, Da Costa, Lygia Clark, Leontina; parábolas conceituais que tangenciam sintaxes formais, com Esmeraldo, Schendel, Sergio Camargo, Serpa e cheios e vazios com Maluf, Sacilotto, Pape, Clark, Oiticica, Valentim. Como explica Gualberto: “Evitou-se a aplicação uniforme de organizações cronológicas dos trabalhos ou sua segmentação por autoria. O que certamente tornará a visita à exposição uma oportunidade de deflagrar nuances ou agitadas centelhas resultantes desses encontros”.

Sobre a Coleção Igor Queiroz Barroso | O empresário Igor Queiroz Barroso é atualmente presidente do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz; presidente da Junior Achievement do Ceará; Coordenador do Conselho do Lar Torres de Melo; e presidente do Instituto Myra Eliane, criado em 2016. Atuou ainda na criação do Memorial Edson Queiroz, em Cascavel, no Ceará.

Exposição “Centelhas em Movimento” – Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Igor Queiroz Barroso

Abertura: 15 de dezembro de 2022, às 19h

Até 19 de abril de 2023

De terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Aconselha-se o uso de máscara

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros – São Paulo (SP)

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: (11) 2245 1900.

(Fonte: Pool de Comunicação)

Museu Americano de História Natural inaugura Novo Centro Richard Gilder para Ciência, Educação e Inovação em 17/2/2023

Nova York, por Kleber Patricio

Kenneth C. Griffin Exploration Atrium. Foto: Timothy Schenck.

O Museu Americano de História Natural anuncia os avanços das obras para o Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation, que está rapidamente tomando forma em aço, vidro e concreto projetado. O Museu divulgou uma série de fotos de toda a riqueza artística que já transparece no local, destacando os espaços imponentes e extremamente iluminados que vão abrigar o público do Gilder Center a partir de 17 de fevereiro de 2023.

Com seus mais de 20.000 m² e espetacular arquitetura projetada pelo Studio Gang – o famoso escritório de arquitetura e design internacional chefiado por Jeanne Gang –, o Gilder Center foi concebido para convidar as pessoas a explorar as fascinantes e abrangentes relações entre as espécies que compõem a vida na Terra, ao mesmo tempo destacando todas as ricas conexões entre os acervos, projetos de pesquisa, programas educacionais e galerias de exposição do Museu. Fisicamente, o Gilder Center conecta diversos edifícios do Museu, criando um campus expandido que atravessa quatro quarteirões de Nova York, dando vida ao conceito planejado inicialmente para o projeto há mais de 150 anos. Intelectualmente, o Centro é um forte símbolo de uma das mensagens mais essenciais do Museu: toda forma de vida está conectada.

Fachada do Richard Gilder Center for Science, Education and Innovation. Foto: Timothy Schenck.

“Em um momento em que a necessidade de letramento científico nunca foi tão urgente, nos traz muita alegria e muito orgulho que estamos prestes a inaugurar o Centro Richard Gilder de Ciência, Educação e Inovação, uma instalação importantíssima que vai transformar tanto o trabalho do nosso museu quanto a paisagem cultural de Nova York”, explicou Ellen V. Futter, presidente do Museu. “Em suas exposições e programas – e também na surpreendente arquitetura que as apresenta ao mundo –, o Gilder Center alia pensamento baseado em evidências a experiências que transportam nossa percepção e capturam a essência da exploração e da inovação científica”, afirma.

O espaço de exposição do Centro foi concebido pelo escritório de design Ralph Appelbaum Associates e contará com uma série de espaços diferentes:

O Átrio de Exploração do Kenneth C. Griffin. Renderização: Neoscape.

– O Átrio de Exploração Kenneth C. Griffin, um grande espaço cívico de quatro andares que servirá como a nova porta de entrada do Museu para quem chega da Columbus Avenue. O Átrio se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um caminho que leva direto à região oeste do Central Park. As elegantes e imponentes curvas e recessos do espaço serão o cartão de visitas do Gilder Center para quem chega, incentivando as pessoas a explorar o espaço.

– A Biblioteca de Pesquisa e Espaço de Aprendizagem David S. e Ruth L. Gottesman, que dará acesso aos recursos de estudo sem paralelo da Biblioteca do Museu. Com uma vista panorâmica para o oeste, o quarto andar ficará aberto ao público e incluirá uma nova sala de leitura, uma área de exposições, uma sala de estudos em grupo e um espaço para que as pessoas possam simplesmente relaxar para ler um pouco ou consultar o acervo de livros. O local também oferecerá toda uma programação de eventos e exposições que falam sobre a história da ciência através dos acervos do Museu, como o Acervo de Livros Raros, entre outras atividades.

– O Núcleo de Acervos Louis V. Gerstner, Jr., uma estrutura vertical com três andares de exposições do chão ao teto que representam cada área temática dos acervos do Museu – biologia de vertebrados e invertebrados, paleontologia, geologia, antropologia e arqueologia – com artefatos que vão desde trilhas de fósseis a trilobitas, chifres a objetos em cerâmica. Uma série de totens de mídia contará histórias sobre como cientistas analisam os diversos acervos, e painéis de vidro revelarão os espaços de acervos em preparação que formam o coração do Núcleo de Acervos. Ao todo, o Gilder Center abrigará cerca de quatro milhões de espécimes científicos, ou aproximadamente 12% do acervo do Museu. Os acervos e exposições no primeiro e segundo andares do Núcleo de Acervos têm o apoio da Macaulay Family Foundation.

O Viveiro de Borboletas Davis Family. Renderização: Neoscape.

– O Insetário da Família Susan e Peter J. Solomon, a primeira galeria do Museu em mais de 50 anos dedicada ao mais diverso – e absolutamente crítico – grupo de animais da Terra. Com insetos vivos e pinados e exibições gráficas e digitais, o Insetário terá espécimes de boa parte das 30 ordens de insetos e vai explorar os papéis vitais que os insetos desempenham nos diferentes ecossistemas. Modelos gigantes de abelhas suspensas sobre o teto guiarão as pessoas pela galeria em direção a uma colossal colmeia na extremidade oeste. Ao longo do caminho, as pessoas passarão por um corredor suspenso de vidro construído para servir de rota para formigas-cortadeiras vivas, transformando o local em uma das maiores exibições da espécie em todo o mundo. Diversas telas touch ilustrarão insetos comuns dos distritos de Nova York, e uma galeria auditiva vai cercar as pessoas com toda a sinfonia dos insetos do Central Park – inclusive com a capacidade de sentir as vibrações correspondentes.

– O Biotério Família Davis Butterfly, com quase 300 m² de área e aberto todo o ano, em que será possível interagir com até 80 espécies de borboletas em voo livre – e às vezes até sentir uma pousando em você. A galeria oferecerá a oportunidade de passear por uma série de microambientes sinuosos para observar as borboletas, um dos ‘termômetros’ ambientais mais importantes da natureza. Será possível, ainda, identificar as borboletas através de placas de com um cartão ilustrado para cada espécie em voo atualizadas diariamente. Com a ajuda dos monitores do Centro, visitantes também poderão analisar borboletas em um microscópio digital.

Mundos Invisíveis. Foto: Timothy Schenck.

Mundos Invisíveis, uma extraordinária experiência imersiva em 360º que combina ciência e arte para criar imagens de beleza e imaginação estonteantes (e total rigor científico) das teias da vida em todas as escalas. O espaço foi projetado pela Tamschick Media+Space de Berlim e pela Boris Micka Associates, sediada em Sevilha, que trabalharam de perto com especialistas em visualização de dados e cientistas do Museu e de todo o mundo para criar a experiência. Instalada em um ambiente criado sob medida para o projeto, o Mundos Invisíveis é mais um exemplo da longa tradição do Museu de transportar visitantes por todo o mundo, com seus famosos mini habitats, e também por todo o universo, com criações como os Hayden Planetarium Space Shows, cheios de visualizações informadas por rigor científico. O espaço começa com uma galeria introdutória projetada pelo Departamento de Exposições do Museu, que flui então para um segundo ambiente de 1.200 m² com espelhos suspensos no teto e paredes de 7 m de altura que preenchem o ambiente com projeções em todas as escalas, gerando um todo que cria a impressão de infinito. Uma vez dentro do espaço, visitantes assistem uma experiência de 12 minutos em loop que destaca como toda a vida na Terra está interligada: desde os nossos blocos de construção mais básicos do DNA até as interdependências ecológicas nas florestas, oceanos e cidades e a rede de trilhões de conexões dentro do cérebro humano. Em momentos essenciais da exibição, visitantes se tornam parte da história: seus próprios movimentos afetam as imagens de redes vivas retratadas em todos os lugares do espaço.

Gottesman Research Library and Learning Center. Renderização: Neoscape.

– O Gilder Center é o mais abrangente esforço de criação e modernização de espaços educacionais do Museu em décadas, com 18 novas salas de aula, reformadas ou adaptadas, projetadas para atender tanto a necessidades específicas de educação formal quanto famílias e estudantes de educação adulta. Os espaços de última geração incluem: uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Fundamental, apoiada por Josh e Judy Weston, para alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental – incluindo participantes da iniciativa Urban Advantage criada para apoiar escolas públicas da cidade de Nova York; uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Médio, que contará com uma sala de aula para Aprendizagem com Dados e uma para estudos de biologia e química, e uma zona de Preparação para Ensino Superior e a Carreira, com espaços dedicados à promoção de desenvolvimento profissional relacionado a STEM. Os ambientes complementam o trabalho que o Museu já vem fazendo em iniciativas como o Programa de Educação e Emprego do Museu (MEEP), criado para estudantes universitários, e o Programa de Mentoria em Pesquisa Científica (SRMP), voltado a estudantes do ensino médio. Espaços adjacentes no complexo atual do Museu incluem a Zona de Aprendizagem Família Michael Vlock, com salas de aula recentemente reformadas para ajudar crianças e famílias, e uma zona de Aprendizagem para Professores reformulada para aproveitar os programas do Museu para o desenvolvimento profissional de educadores e educadoras. Estas salas de aula permitirão ao Museu servir estudantes e professores/as de novas formas alinhadas aos padrões educacionais nacionais, ajudando a promover o ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) de alta qualidade que possa preparar estudantes para trajetórias de sucesso no ensino superior e no mercado de trabalho.

Projeto arquitetônico

Louis V. Gerstner, Jr. Collections Core. Renderização: Neoscape.

O projeto do Studio Gang para o Gilder Center conecta galerias novas e existentes de forma que destaca os vínculos intelectuais entre diferentes áreas da ciência, com curvas fluidas, recessos, janelas e pontes inspiradas por formações naturais que sugerem exploração, conexão e descoberta. A localização central do Núcleo de Acervos Gerstner – uma estrutura vertical de cinco andares com três andares de exposições mostrando uma variedade de conjuntos e permitindo às pessoas visualizar diretamente os espaços de preparação de acervos –, enfatiza o papel dos acervos científicos como a base a partir da qual se forma o conhecimento científico. As adjacências dos locais e a visibilidade total das salas de aula, dos acervos do Museu e a nova Biblioteca de Pesquisa Gottesman posicionam o aprendizado dentro do contexto da prática científica atual e ilustram como novos conhecimentos científicos são compartilhados e disseminados. Realizado em colaboração com o arquiteto executivo Davis Brody Bond, o Gilder Center cria aproximadamente 30 conexões entre dez edifícios existentes (incluindo os recém-inaugurados Halls de Gemas and Minerais Allison e Roberto Mignone), melhorando muito a circulação de visitantes e eliminando becos sem saída. É um trabalho especialmente importante considerando a importância do campus do Museu, cujo movimento de pessoas chegou a cinco milhões de pessoas por ano no período pré-pandemia e que desempenha um papel importantíssimo na recuperação de Nova York e do retorno do turismo à cidade neste período pós-pandemia.

O Átrio Griffin se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um novo caminho para visitantes do Central Park West e oferecendo mais um convite às pessoas para explorar tudo o que o Museu tem a oferecer. Uma vez dentro do Átrio, as pessoas se deparam com um espaço em forma de cânion com pontes e aberturas que as conecta – física e visualmente – em múltiplos níveis às novas galerias de exposição, espaços educacionais e acervos, transmitindo uma sensação constante de descoberta. Este espaço, como grande parte do Gilder Center, tem sua base construída com concreto pulverizado diretamente sobre o vergalhão, sem o trabalho tradicional de moldagem. Esta técnica, conhecida como shotcrete (ou “concreto projetado”), foi inventada por Carl Akeley, naturalista e taxidermista do Museu. Uma vez curado, o concreto é acabado à mão, demonstrando a fluidez do material.

O Átrio Kenneth C. Griffin. Foto: Timothy Schenck.

A verticalidade do Átrio Griffin também funciona como aspecto chave da sustentabilidade da construção, permitindo a entrada de luz natural e a circulação de ar até o coração do interior do edifício. Grandes claraboias trazem a luz do dia para os locais mais interiores do campus, enquanto a altura permite a introdução de ar-condicionado no nível do solo, reduzindo a demanda de resfriamento.

A fachada do Gilder Center voltada para Columbus Avenue será revestida com granito rosa Milford – a mesma pedra usada para a entrada do Museu no Central Park West –, conectando as duas laterais do campus do Museu. As pedras são organizadas em painéis tridimensionais que juntos criam uma fachada ondulada. O padrão diagonal evoca tanto as camadas geológicas da Terra quanto a superfície ricamente texturizada e sinuosa da estrutura de alvenaria do Museu que dá para a 77th Street.

O edifício de alto desempenho tem um revestimento de pedra que, juntamente com o design das janelas e o uso da sombra das árvores, ajudará a manter o edifício naturalmente fresco no verão. A paisagem do parque é altamente eficiente em termos de consumo de água, com vegetação adaptativa e um sistema de irrigação que reutiliza as águas pluviais coletadas no prédio.

A elevação traseira (voltada para o leste) é inspirada pelos edifícios adjacentes do Museu, com uma janela alta e central que fornece mais luz natural para o Átrio Griffin. O Museu está buscando certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Ouro – um símbolo mundialmente reconhecido de sustentabilidade – com uma série de estratégias para reduzir o desperdício e conservar energia.

Parque Theodore Roosevelt

O projeto do Gilder Center inclui melhorias na porção adjacente ao Parque Theodore Roosevelt, com um novo projeto paisagístico da Reed Hilderbrand que vai criar áreas para sentar e pontos de encontro, aumentar a circulação, revitalizar as plantações e melhorar a infraestrutura do parque.

As benfeitorias no Parque Theodore Roosevelt serão completadas em fases. As reformas no canto noroeste – onde está localizado o Monumento Nobel – estão programadas para ser apresentadas ao público no final deste outono. Melhorias na infraestrutura das áreas restantes do parque – incluindo a entrada do parque na Columbus Avenue, o Margaret Mead Green, e os espaços adjacentes à entrada de serviço do Museu – serão abertas concomitantemente com o Gilder Center em fevereiro. As plantações estão em andamento e programadas para serem concluídas durante a temporada de plantio da primavera de 2023. A restauração da paisagem urbana em frente à entrada do Gilder Center na Columbus Avenue também será concluída na primavera de 2023.

As principais características do projeto paisagístico incluem uma entrada generosa e acolhedora pelo parque, proporcionando uma transição mais gradual da Columbus Avenue para o parque; expansão do Margaret Mead Green, com melhoria dos acessos públicos; a criação e expansão de espaços coletivos no parque, incluindo terraços pavimentados e assentos adjacentes ao Margaret Mead Green e ao Monumento Nobel; melhorias na circulação de pedestres com transição transparente aos espaços adjacentes, aliviando o tráfego de pedestres e proporcionando mais pontos de encontro fora do caminho principal; novas ilhas plantadas que destacam o entorno do Museu e preservam notáveis árvores de copa; novas plantações, incluindo copas e sub-bosques, arbustos e coberturas de solo, que geram continuidade e criam uma rica diversidade de cores e formas que muda de acordo com as estações; melhorias de infraestrutura, incluindo esgoto e irrigação e um aumento geral no número de árvores, bancos e espaços abertos acessíveis ao público.

Equipe de projetos

O Gilder Center foi projetado pelo Studio Gang. A exposição foi criada pela Ralph Appelbaum Associates em colaboração com o premiado Departamento de Exposições do Museu, liderado por Lauri Halderman, vice-presidente de Exposições.

A equipe principal de projetos também inclui os escritórios Arup, Atelier Ten, Boris Micka Associates, BuroHappold Engineering, Davis Brody Bond, Langan Engineering, Reed Hilderbrand, Renfro Design Group, Tamschick Media+Space, AECOM Tishman, Venable LLP e Zubatkin Owner Representation.

Para mais informações sobre o Gilder Center, clique aqui e acesse o site oficial do museu.

Sobre o Museu Americano de História Natural (AMNH)  

O Museu Americano de História Natural, fundado em 1869, é uma das instituições científicas, educacionais e culturais mais preeminentes do mundo. O Museu engloba mais de 40 salas de exposições permanentes, além das salas do Centro Rose para Terra e Espaço e do Planetário Hayden, bem como galerias para exposições temporárias. Os cientistas do Museu têm à sua disposição um acervo permanente de nível internacional com mais de 34 milhões de espécimes e artefatos, alguns dos quais de bilhões de anos atrás, e uma das maiores bibliotecas de história natural do mundo. Através da Richard Gilder Graduate School, o Museu oferece um Ph. D. em Biologia Comparada e um Mestrado em Educação (MAT), os únicos programa de pós-graduação livres e independentes de qualquer museu nos Estados Unidos. Com seu website, vídeos online e aplicativos para dispositivos móveis, o Museu leva seus acervos, exposições e programas educacionais a milhões de pessoas em todo o mundo. Clique aqui para saber mais.

O Programa de Educação e Emprego do Museu recebe o generoso apoio do Instituto de Serviços Museológicos e Bibliotecários sob o número de subvenção MA-10-19-0593-19.

O programa recebeu também uma dotação do Michael Levandowsky Living Trust.

O apoio ao Programa de Mentoria em Pesquisa Científica do Museu Americano de História Natural é oferecido por Christopher C. Davis; o Shelby Cullom Davis Charity Fund; a Pinkerton Foundation e a Adolph and Ruth Schnurmacher Foundation.

O Acervo Educacional do Museu conta com o generoso apoio da Anna-Maria and Stephen Kellen Foundation e de Elysabeth Kleinhans.

(Fonte: InPress)