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Instituto Pedra realiza visita guiada e gratuita ao Conjunto Arquitetônico e Histórico da Vila Itororó, na Bela Vista

São Paulo, por Kleber Patricio

Vista da Casa 8 enquanto o time Eden Liberdade F. C. ocupava o térreo da edificação (sem data) – Acervo Benedito Lima de Toledo.

O Instituto Pedra, organização da sociedade civil autora do projeto arquitetônico de restauro da Vila Itororó e da gestão do Galpão Aberto (entre 2013 e 2018), vem realizando obras na cobertura da “Casa 8”, também conhecida como “Clube Éden”, na Vila Itororó, no bairro da Bela Vista em SP, com a reforma do telhado e impermeabilização da laje, etapa viabilizada pelo ProMAC– Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e com o patrocínio da Marsh Brasil.

E na quarta-feira, dia 8 de fevereiro, será realizada uma visita gratuita e guiada ao projeto arquitetônico de restauração da Vila, no bairro da Bela Vista. É necessário fazer inscrição e as vagas são limitadas a 40 pessoas.

Na quinta-feira, 9 de fevereiro, às 14h, visitas guiadas trazem um panorama do projeto de restauração até a execução de parte da obra de restauro e o projeto para a Casa 8. A atividade será conduzida por Alan Gualberto, gerente de projetos da instituição, e por Mariana Victor, arquiteta coordenadora do projeto (link para inscrição – limitado a 40 pessoas: https://docs.google.com/forms/d/1cspvnu2Jfi6ptFGcv0SzV63qgKKLrcTvnbOBWdYrM3Y/edit).

Vista geral da Vila Itororó (sem data) – Acervo Milu Leite.

Vale destacar ainda que o instituto iniciará agora o projeto para captar recursos para uma nova etapa do projeto prevendo a restauração da fachada da Casa 8. A ação será via ProMAC, lei municipal que permite que empresas destinem parte do ISS pra projetos culturais.

A Casa 8 é o principal palco de eventos e espetáculos na Vila Itororó desde a reabertura em setembro do ano passado e a recuperação de sua cobertura é fundamental para salvaguardar o patrimônio construído da casa que está na atual entrada principal da Vila.

A primeira etapa do projeto de restauração da Vila durou cinco anos e englobou a realização dos projetos arquitetônicos para todas as 11 edificações e áreas comuns do conjunto, o restauro de quatro casas, a elaboração e gestão do Programa Vila Itororó Canteiro Aberto e a edição de dois livros e dois vídeos sobre a Vila Itororó, sendo viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do BNDES, Itaú, Camargo Corrêa e IBM.

Sobre a oficina “Conhecendo a história de São Paulo através dos tijolos da Vila Itororó”, segundo os pesquisadores

Tijolos, telhas, manilhas hidráulicas e outros elementos construtivos cerâmicos, embora tenham origem milenar, somente se tornaram populares no Brasil com a industrialização do país, na virada do século XIX para o século XX. O seu uso, na cidade de São Paulo, foi um dos propulsores para o expressivo crescimento urbano vivenciado naquele momento, representando a “virada” da cidade colonial, que era produzida com técnicas construtivas em terra crua – mais lentas e artesanais – para a cidade “moderna”, onde a alvenaria de tijolos cerâmicos e outros elementos industrializados possibilitaram um encurtamento dos tempos construtivos e o surgimento de novas escalas arquitetônicas e urbanas.

Vista geral da Vila Itororó com destaque para a Casa 8 (à esq. – sem data) – Acervo Milu Leite.

A Vila Itororó é um conjunto arquitetônico que é testemunho desse processo, onde pode ser vista uma grande variedade desses materiais cerâmicos, de diversas procedências e com as mais variadas aplicações. Estudos recentes, realizados durante as obras de restauração do conjunto arquitetônico da Vila Itororó, trouxeram à tona essa variedade de origens e técnicas de aplicação que acabam representando um momento muito específico da história da construção civil em São Paulo, onde a substituição de materiais, por conta da industrialização, ocorreu de forma muito intensa e, ao mesmo tempo, experimental.

Essas pesquisas fizeram uma abordagem de natureza arqueológica, ou seja, utilizando de análises qualitativas e métricas feitas no local, junto com informações bibliográficas, para compreender o contexto histórico e os fenômenos sociais que produziram aquele conjunto arquitetônico, formulando diversas hipóteses sobre a sua produção e modificação ao longo do tempo, que resultaram em uma arquitetura singular, hoje valorizada como patrimônio cultural.

Nesta oficina, o público é convidado a participar dessas reflexões, estimulando um olhar atento para os materiais e componentes construtivos de edifícios históricos ao identificar sua diversidade e suas características, contextualizadas historicamente.

Sobre o Instituto Pedra | O Instituto Pedra é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve ações no campo do patrimônio cultural. Possui projetos nos estados de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo – como, por exemplo, o projeto de restauração de fachadas do Edifício Copan e a restauração, com criação de centro cultural, na Vila Itororó em São Paulo; recuperação do complexo arquitetônico e acervo histórico do Palácio Itamaraty no Rio de Janeiro; inventário do acervo de Frans Krajcberg e restauração do Parque do Queimado na Bahia; idealização da Escola de Ofícios Tradicionais de Mariana e a restauração da Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar, em Mariana; e restauro e expografia do Museu Boulieu, em Ouro Preto, entre outros.

Vila Itororó – entrada pela Rua Maestro Cardim, 60 – Bela Vista, São Paulo – SP.

(Fonte: Pool de Comunicação)

SP-Arte chega à 19ª edição com mais de 150 expositores e expansão do setor de design

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/SP-Arte.

Arte. Cultura. Encontro. Mais importante feira de arte da América Latina, a SP–Arte celebra o aquecimento do mercado de arte e design na sua 19ª edição. De 29 de março a 2 de abril, o Pavilhão da Bienal recebe mais de 150 expositores, entre galerias de arte nacionais e internacionais, estúdios de design, editoras, instituições culturais e espaços independentes.

Sede tradicional da SP-Arte desde sua criação, o pavilhão projetado por Oscar Niemeyer abriga neste ano expositores de oito países (Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Peru, e Uruguai) e 20 cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza, além de São Paulo.

Para Fernanda Feitosa, fundadora e diretora da SP-Arte, a feira é um exemplo de como a arte movimenta positivamente a agenda da cidade, impulsiona toda a cadeia do setor e projeta a imagem do país no mundo. “Por sua trajetória de sucesso e resiliência ao longo de quase duas décadas, a SP-Arte é hoje um marco no calendário cultural nacional. O evento reúne a melhor seleção de artistas e expositores do país e uma rica programação que fazem da SP-Arte uma experiência ímpar para o visitante”.

Nara Roesler – Jonathas de Andrade, Decalque—estilhaço pelado, 2022.

Neste ano, a feira celebra o crescimento de quase 30% do setor design em relação à edição passada, reunindo agora 44 expositores. Os estreantes FAS, Guto Requena e Porfirio Valadares juntam-se aos participantes que estão na feira desde que o setor estreou, em 2016, como ETEL, ,ovo, Teo e Jacqueline Terpins.

O evento recebe também um conjunto de onze galerias internacionais. Entre as novidades estrangeiras do ano, estão a Galerie Younique, Maât Gallery, Night Gallery e Nil Gallery. Depois de experiências bem-sucedidas em edições anteriores do evento, retornam as galerias El Museo/Fernando Pradilla, Galería de las Misiones, Galería Sur, Opera Gallery, Piero Atchugarry e Zielinsky, com ênfase para a presença da argentina Herlitzka + Faria.

Das brasileiras, destaque não só para galerias de peso, como A Gentil Carioca, Almeida & Dale, Fortes D’Aloia e Gabriel, Gomide&Co, Luisa Strina, Mendes Wood DM e Millan, mas também para as mais jovens, como Galatea, Central, Quadra, Lima Galeria e Asfalto — sendo as duas últimas estreantes neste ano. Veja abaixo a lista completa de expositores.

Setor Arte: A Gentil Carioca | Alban | Almeida & Dale | AM Galeria | Amparo 60 | Andrea Rehder | Anita Schwartz | Arte57 | ArteFASAM | ARTEFORMATTO | Asfalto | Athena | Aura | Berenice Arvani | BG27 | Bianca Boeckel | Bordallo Pinheiro | C.galeria | Carbono | Carmo Johnson Projects | Casa Rosa Amarela | Casa Triângulo | Cassia Bomeny | Celma Albuquerque | Central | Choque Cultural | Continua |DAN Galeria | Eduardo Fernandes | El Museo/Fernando Pradilla (COL – ESP) | Estação | Fólio | Fortes D’Aloia & Gabriel | Frente | Gabriel Wickbold | Gaby Indio da Costa  | Galatea | Galería de las Misiones (URU) | Galería Sur (URU) | Gisela Projects | Gomide&Co | Herlitzka + Faria (ARG) | Hilda Araujo | HOA | Inox | Ipanema | Izabel Pinheiro | Janaina Torres | Leme | Leonardo Leal | Lima | Luciana Brito | Luciana Caravello | Luis Maluf | Luisa Strina | Lume | Maât Gallery (FRA) | Mamute | MaPa | Marcelo Guarnieri | Marco Zero | Marilia Razuk | Marli Matsumoto | Matias Brotas | Mendes Wood DM | Millan | Mitre | Nara Roesler | Night Gallery (EUA) | Nil Gallery (FRA) | OMA | Opera Gallery (FRA – SIN) | Orlando Lemos | Papel Assinado | Paulo Darzé | Paulo Kuczynski | Piero Atchugarry (EUA – URU) | Pinakotheke | Portas Vilaseca | Projeto Vênus | Quadra | Rafael Moraes | Raquel Arnaud | Referência | Rodrigo Ratton | RV Cultura e Arte | Silvia Cintra + Box 4 | Simões de Assis | steinART | Steiner | Superfície | Vermelho | VERVE | Ybakatu | Younique (FRA – PER)  | Zielinsky (ESP) | Zilda Fraletti | Zipper.

Setor Design: ,ovo |  +55 design| 31 Mobiliário | Alex Rocca | ALVA | André Ferri | Apartamento 61 | Artemobilia | Bancos Indígenas do Xingu | Candida Tabet | Cristiana Bertolucci | Cultivado em Casa | deezign | Diletante 42 | Estúdio Dentro | Estúdio Rain | ETEL | FAZ | Gustavo Bittencourt | Guto Requena | Herança Cultural | Hugo França | Humberto da Mata | Jacqueline Terpins | Julia Krantz | Konsepta | La Lampe | Leandro Garcia | Mac Design | Marcos Amato | Mel Kawahara | Mobília Tempo | Nicole e Luiza Toldi | Novidário | particular.art.br | Passado Composto Século XX | Plataforma4 | Porfirio Valladares | Rodrigo Silveira | Sandra & Marcio | Suite Design | Teo | Verniz | WENTZ.

Editoras: Act. | Banca Tatuí | BEĨ | Cobogó | Desapê | Fotô Editorial | Ikrek | Olhares | seLecT | Sesc | Taschen | Terra Virgem Edições | Ubu.

Instituições culturais e espaços independentes: Ateliê 397 | Casa do Povo | Inclusartiz | Inhotim | Instituto de Arte Contemporânea – IAC | MASP – Museu de Arte de São Paulo | Pivô | Solar dos Abacaxis.

Patrocínio: A SP-Arte mantém uma estreita colaboração com seus patrocinadores, que compartilham a aspiração de criar uma plataforma global para a troca de ideias que impulsionam o mundo da arte. A SP-Arte conta com o patrocínio master de Grupo Unipar, Iguatemi, Itaú e Vivo, e é patrocinada por Chandon, Mitsubishi, Terrazas e Tiffany & Co.

Serviço:

19ª SP-Arte

29 de março – 2 abril de 2023

Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera

Horários:

29–30 de março: 14h–20h

31 março–1º de abril: 12h–20h

2 abril: 11h–19h.

Entrada: R$70 (inteira) R$35 (meia-entrada)

A bilheteria online será aberta no final de fevereiro

Meia-entrada para estudantes, portadores de deficiência e idosos (necessária a apresentação de documento)

Crianças de até 10 anos não pagam entrada

Classificação indicativa: Livre.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

LaMínima estreia temporada de “A Divina Farsa” no Itaú Cultural

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Melissa Guimarães.

Em uma versão carregada de bom humor e atualidade, a LaMínima apresenta “A Divina Farsa”, de 1º a 26 de fevereiro de 2023, no Itaú Cultural – quarta a sábado às 20h; domingos e feriados às 19h. A temporada faz parte das comemorações pelos 25 anos da companhia de circo e teatro e inaugura a temporada 2023 de cênicas do Itaú Cultural.

A direção artística é de Sandra Corveloni, as ilustrações do programa de sala são da cartunista Laerte e os figurinos são de Christiane Galvan. No elenco, além do núcleo artístico fixo do grupo – Fernando Paz, Fernando Sampaio, Filipe Bregantim – estão Alexandre Roit, Mônica Augusto, Marina Esteves e Rebeca Jamir. A dramaturgia da peça é assinada por Newton Moreno, Alessandro Toller e LaMínima e a direção musical e música original, de Marcelo Pellegrini.

Como de costume na trajetória do LaMínima, “A Divina Farsa” mistura comicidade, música e teatro. O espetáculo atualiza os mitos gregos, com referências aos acontecimentos dos dias atuais, mostrando a importância da coletividade, fazendo menção à criação teatral e circense e da própria companhia, que comemorou 25 anos em 2022.

No novo espetáculo, Dionisio chega ao Olimpo para reivindicar a atenção de seu pai Zeus. Filho bastardo, encontra-se no Panteão com deusas e deuses no momento em que deliberam quem descerá à Terra para acudir a humanidade, mais uma vez à beira de uma crise. Apolo é escolhido e encaminhado para um circo mambembe, o território do deus do teatro. Com seus disfarces, Dionisio enreda a trupe em estratagemas para mostrar que conhece mais a natureza dos humanos do que seu meio-irmão Apolo.

Transitando entre o cômico e o poético, “A Divina Farsa” brinca o tempo todo com a ideia de que no circo cabe todo mundo, todo tipo de gente. E com a gangorra entre se pensar divino e se pensar humano, quem é deus e quem não é; afinal, o divino está em cada um.

Concepção

Um dos primeiros nomes dados à peça seria “Com Dionisio Não se Brinca”, evidenciando que com o deus do teatro não se brinca. Não à toa, os dois deuses vão parar no circo “Olimpo”, que encampa e acolhe todas as questões.

Enquanto Dionisio quer criar conflitos e alimentar o caos, surge a personagem Dandara, que carrega a novidade, a criança, a curiosidade, o questionamento, sem se deixar seduzir pelos encantos do deus. E no ‘embate’ entre essas duas divindades de origens tão diferentes, Dandara devolve para o circo a noção de questionar quem é aquele ser, desvenda a farsa, devolve para o coletivo e traz a sua herança. São outros valores, com muita poesia, dança, música e reflexão. Além do fato de reconhecer que a mitologia grega faz parte de tradição europeia, branca, colonialista.

Em seus 25 anos, a LaMínima vem criando espetáculos a partir de um tema ou de uma expressão original, seja ela romance, HQ, ópera ou texto teatral. A maioria dos espetáculos é fruto de pesquisas da companhia desenvolvidas em improvisações do elenco, na presença dos parceiros de criação.

A ideia do novo espetáculo surgiu em 2019 a partir de uma sinopse: “um espetáculo que pretende ser uma reunião de Deuses para discutir por que a humanidade deu errado…” a princípio direcionado para os deuses gregos. Em 2020, veio a pandemia, o isolamento social e os rumos tiveram que mudar. O circo passou para o virtual. E os relacionamentos humanos foram questionados.

Desse questionamento surgiu o 17º espetáculo da LaMínima, projeto contemplado pela 37ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura em parceria com Itaú Cultural.

Mitologia e Comicidade

“A Divina Farsa” sucede “Ordinários” (como espetáculo de sala). A peça anterior, que também estreou em 2018 no Itaú Cultural, tratava da guerra a partir da história de três soldados que, depois de uma longa e angustiante espera, enfim recebem uma missão. Ao avançar para o território inimigo, no entanto, percebem que escondem segredos uns dos outros e que são inadequados para a guerra. O que não deixa de ser emblemático, já que quando estreou, Bolsonaro tinha acabado de assumir.

Já “A Divina Farsa” trata da retomada da esperança e da vitória do coletivo, de sair de um mundo cheio de problemas, machucado, para a reconstrução. É uma peça mais leve, mais solar, mais humorada e mais coletiva no que diz respeito ao processo de construção do texto e da cena. Todos trazem provocações, fazendo da peça uma construção coletiva e conjunta.

A encenação procura, de um jeito muito bem humorado, tratar de algo sagrado – no caso os mitos gregos – fazendo um registro historiográfico, a partir de um conceito cênico.

No processo, a diretora e os dramaturgos mantiveram o aspecto crítico embutido na comicidade da LaMínima. Por isso, partiu-se da concepção apresentada pela companhia e foram feitos tratamentos, inserções, reescritas, colaborações e mudanças, trazendo diversas vozes – inclusive dos atores e atrizes que compõem a peça (e seus modos de pensar e de fazer arte).

E a LaMínima ganhou novas parceiras. Estão em cena três atrizes – Marina Esteves, Mônica Augusto e Rebeca Jamir – de origens e especialidades diferentes, que trazem outros pontos de vista, outras maneiras de fazer e outros contextos e experiências, enriquecendo o fazer teatral com números de dança, música e performance. A presença em cena das artistas traz mais feminilidade aos movimentos, menos luta, mais poesia, dança, show e festa.

Desenhando a ação

Em sala, será distribuído o programa da peça com ilustrações exclusivas feitas pela cartunista Laerte. A LaMínima possui uma parceria com a Laerte tanto em trabalhos de criação artística e estética de comunicação: “Luna Parke”, “Piratas do Tietê – o Filme” e “A Noite dos Palhaços Mudos”. Além das montagens, a cartunista foi responsável por traduzir em tirinhas e comunicação visual o espetáculo “Athletis”, de 2011 e a programação da mostra “LaMínima ao Máximo” do SESC Pompeia, em 2013.

Trajetória

A LaMínima nasceu no circo e se criou na rua. A base de sua pesquisa é o palhaço de picadeiro, que absorve as primeiras experiências dos palhaços da companhia. Ainda em 1997, fizeram as “rodas” realizadas em parques e praças da cidade de São Paulo e remuneradas “pelo chapéu”. A rua é onde a companhia reencontra suas origens e seu público.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se no Circo Escola Picadeiro, em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas reprises, entradas e outros números circenses desenvolvidos sob a orientação do Mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino. Em 1997, criaram o Grupo LaMínima, com a estreia do espetáculo LaMínima Cia. de Ballet, baseado no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, foram dezenas de criações e milhares de apresentações.

No ano de 2016, a dupla de palhaços Agenor e Padoca não existiria mais. Domingos Montagner saiu de cena, mas o legado do LaMínima e a trajetória de seus espetáculos continuam.

“A Divina Farsa” fecha um ciclo de comemorações dos 25 anos do LaMínima. Entre as dezenas de ações, Oficinas de Formação; apresentações de espetáculos nas ruas e em diferentes lugares e formatos e a publicação inédita com ilustrações da Laerte “Especial 25 anos do La Mínima” (distribuída nas sessões). A programação completa está nas redes sociais da Companhia e no site www.laminima.com.br/.

Ao longo desses 25 anos, a LaMínima produziu 16 espetáculos, se apresentando em todo o país e conquistando diversos prêmios, como o Prêmio Shell de Teatro, APCA, Prêmio Governador do Estado para a Cultura. As obras são inspiradas em manifestações populares de comunicação e cultura que podem ser desde literatura clássica ou arte medieval, quadrinhos ou programas de rádio.

Serviço:

A Divina Farsa, com LaMínima

Sala Itaú Cultural (Piso Térreo)

Capacidade: 224 lugares

Itaú Cultural

Av. Paulista 149 – Bela Vista, São Paulo – SP

De 1 a 26 de fevereiro, de quarta-feira a domingo

Horário: quarta, quinta, sexta e sábado 20h e domingo e feriados 19h

Entrada gratuita

Reservas de ingressos na semana anterior às sessões por meio da plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br

Essa temporada contará com acessibilidade em libras em todas as sessões.

Sinopse: Dionisio chega ao Olimpo para reivindicar a atenção de seu pai Zeus. Filho bastardo, encontra-se no Panteão com deusas e deuses no momento em que deliberam quem descerá à Terra para acudir a humanidade, mais uma vez à beira de uma crise. Apolo é escolhido e encaminhado para um circo mambembe, o território de Dionisio (deus do teatro) que, por meio de seus disfarces, enreda a trupe em estratagemas para mostrar que conhece mais a natureza dos humanos do que seu meio-irmão Apolo.

Ficha técnica

Concepção: LaMínima – Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim

Dramaturgia: Newton Moreno e Alessandro Toller

Direção artística: Sandra Corveloni

Direção musical e música original: Marcelo Pellegrini

Ilustrações: Laerte

Desenho de luz: Aline Santini

Cenografia: PalhAssada Ateliê

Figurino: Christiane Galvan

Visagismo: Carol Badra e Leopoldo Pacheco

Elenco: Marina Esteves, Mônica Augusto, Rebeca Jamir, Alexandre Roit, Fernando Paz, Fernando Sampaio, Filipe Bregantim

Artistas stand-in: Carol Badra, Christiane Galvan e Thomas Huszar

Assistência de direção: Lucas Nascimento

Programação visual: Sato do Brasil

Direção de produção: Luciana Lima

Produção executiva: Priscila Cha

Produção e administração: Chai Rodrigues

Assistência de produção: Vanessa Zanola.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Favela Brass ensina música gratuita para mais de 250 jovens de periferias cariocas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Felipe Bezerra.

Tom Ashe, idealizador do Favela Brass, chegou ao Brasil em 2008 e, ao longo de vários anos,  percebeu um problema social, onde crianças de famílias mais pobres, especialmente aquelas vivendo em favelas cariocas, não tinham a oportunidade para aprender instrumentos de sopro devido à falta de acesso e ao preço dos instrumentos. Foi então que, em 2014, decidiu se mudar para comunidade Pereira da Silva, no Rio de Janeiro, e começou a ensinar crianças e jovens moradores locais em sua própria residência.

O grupo começou com apenas quatro crianças tendo aulas três vezes por semana e em 2016 já tinha mais de 30 alunos. Durante este trajeto, Tom se juntou ao mestre percussionista Mangueirinha São Vicente, da escola de samba Vila Isabel, ao trompetista americano Joe Epstein e muitos outros professores voluntários brasileiros e internacionais.

Para conseguir manter o projeto, Ashe começou a produzir e vender comida indiana em sua residência uma vez por semana e recebeu também doação de instrumentos dos conterrâneos e músicos ingleses para alavancar o seu sonho de conseguir introduzir o ensino musical de sopro nas comunidades cariocas.

Foto: Felipe Bezerra.

Hoje, o projeto sobrevive e cresce com ajuda de trabalho voluntário, auxílio da Lei Rouanet, doações online, patrocínio e outras atividades para angariar fundos. O Favela Brass atende adolescentes entre 8 e 18 anos, com cerca de 220 alunos em 6 escolas públicas cariocas, por meio de um projeto-piloto autorizado pela Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro e 40 alunos moradores das comunidades de Pereira da Silva, Fogueteiro, Fallet e Morro dos Prazeres em sua residência.

Tom Ashe diz que “o suporte e ajuda foram fundamentais para que o ensino musical chegasse a mais pessoas. O número de voluntários não era o suficiente atender o número de estudantes esperado; com a ajuda que recebemos, hoje contamos com professores contratados, conseguimos comprar os instrumentos necessários e já chegamos a várias escolas públicas. Alguns de nossos alunos já se tornaram professores e outros só aprenderam a ler após aprender a tocar; é muito lindo ver esta transformação acontecer”.

Os alunos durante as aulas aprendem a tocar instrumentos de sopro e percussão com um repertório típico das fanfarras e blocos de rua – de sambas e marchinhas ao funk carioca – e a ler partitura. Além da música tradicional brasileira, as crianças do Favela Brass são regularmente expostas ao jazz e à música improvisada, principalmente o estilo de segunda linha tocado por bandas de metais em Nova Orleans.

Foto: Paula Dutra.

O Favela Brass realiza oficinas na comunidade Pereira da Silva, em Laranjeiras, no Aterro do Flamengo e apresentações públicas com os alunos ao longo do ano. O projeto tem uma banda composta por 10 músicos, que se apresentam na comunidade Pereira da Silva e também como convidados em alguns bares do Rio, espaços públicos e festivais de Jazz. Marcos Henrique, ex-aluno e hoje professor do projeto, conta que seu maior desejo, e também de todo o grupo, é fazer mais apresentações pelo Rio de Janeiro, pelo Brasil e, quem sabe, até no exterior.

A aluna do projeto Maria Rita acrescenta: “temos várias versões de músicas brasileiras de famosos, já compartilhamos alguns vídeos em nossa rede social e alguns até nos responderam e replicaram o vídeo; já recebemos também a visita vários artistas locais e internacionais. É muito gratificante ser reconhecido pelo nosso trabalho e esforço. Torcemos para que mais artistas consagrados nos vejam e, quem sabe, até nos convide para abrir um show, e que mais espaços se abram para fazermos o que mais gostamos – tocar”.

A sede do projeto fica localizada Rua Almirante Alexandrino, 2023, no bairro Santa Teresa, Rio de Janeiro, onde a banda e grupo Favela Brass se apresentam todas as primeiras segundas-feiras de cada mês gratuitamente.

Sobre o Favela Brass | Projeto criado para promover a inclusão cultural e transformação social, por um programa gratuito de educação musical. Voltado para crianças e adolescentes moradores de comunidades carentes e de escolas públicas do Rio de Janeiro, com acesso ao aprendizado de instrumentos de sopro e percussão, contribuindo com a cultura musical popular da cidade.

(Fonte: Sherlock Communications)

Campos do Jordão: descubra passeios imperdíveis na cidade mais alta do país

Campos do Jordão, por Kleber Patricio

O Parque Tarundu. Fotos: divulgação.

Está chegando o carnaval, época mais esperada pela maioria dos brasileiros. No entanto, há quem prefira aproveitar o período para descansar e curtir um passeio mais tranquilo, longe dos grandes centros de folia. Um dos destinos mais cobiçados pelos brasileiros, Campos do Jordão atrai milhares de turistas o ano todo. Carregada de charme e romantismo, a cidade sempre aparece no ranking dos lugares mais visitados do Brasil por conta de suas belas paisagens, clima ameno, hotéis e pousadas renomadas, passeios para a família toda, sem contar com a alta gastronomia, que é reconhecida nacionalmente. Com fácil acesso pela SP-123, para quem sai da capital paulista, Campos do Jordão tem atrações para o feriado inteiro e é uma excelente opção para quem quer fugir da folia no Carnaval.

Segue um roteiro completo, de quatro dias, com locais imperdíveis e paradas obrigatórias na cidade mais alta do país.

Primeiro dia

Para começar a viagem, nada como um belo café da manhã. O Sans Souci Café e Confeitaria apresenta uma proposta com cafés especiais e inúmeras opções de doces e salgados elaborados e, além disso, tem um ambiente totalmente instagramável, com cantinhos cheios de charme e uma arquitetura dos sonhos, que encanta adultos e crianças.

O Sans Souci Café e Confeitaria.

Depois do café, bem próximo dali, o Parque Capivari é parada obrigatória para os visitantes de Campos. Com muitas atividades, como pedalinho, roda gigante, carrossel e trenó de montanha, o local também dá acesso ao Morro do Elefante por meio de um dos teleféricos mais famosos do país.

Falando em Capivari, a Vila também é uma ótima opção na hora de procurar um bom lugar para almoçar, o local conta com diversos tipos de restaurantes, para todos os gostos e estilos.

Pensando num passeio calmo depois da refeição, o Parque Floresta Encantada, que também fica próximo à Vila Capivari, surpreende seus visitantes com cenários de árvores, flores e lagos. A magia toma conta do local e torna a visita ainda mais agradável.

Para encerrar o dia com um jantar perfeito, o restaurante Libertango Parrilha Argentina traz o melhor da cozinha latina, com ambiente temático e sabor inesquecível.

Segundo dia

O Restaurante Pontremoli.

Com ares de uma típica cafeteria Americana, o About Coffee é uma excelente opção para começar bem o dia. O local conta com bebidas personalizadas e quitutes saborosos.

Não tão distantes, o Parque Amantikir é um verdadeiro encontro com a natureza. São mais de 700 espécies de plantas ao longo dos 60.000m², abertos à visitação durante todos os dias do ano, com paisagens de tirar o fôlego. Uma ótima opção de passeio para manhã.

Depois da calmaria, chegou a hora da agitação com o Tarundu. Lá, o almoço fica por conta do restaurante Tainá-Kan, posicionado estrategicamente no centro do parque. O local oferece o melhor da gastronomia mediterrânea, além de apreciar a arquitetura e decoração, que são espetáculos à parte. A diversão da tarde fica ainda mais completa com as mais de 25 atrações de lazer em uma área de 500.000 m² de mata preservada a 1.700m de altitude. As atividades vão desde um tranquilo passeio de charrete, até uma emocionante Boia Cross, que acaba num mar de bolinhas.

O jantar fecha a programação do dia com chave de ouro no restaurante Pontremoli, um pequeno bistrô italiano com decoração aconchegante. Em dias sem chuva, e viagem a dois, existe a possibilidade de o casal jantar ao ar livre no deck do restaurante, onde se encontram mesas com fogueira e aquecedores. O menu do restaurante é fechado e segue o conceito slow food com entrada, prato principal e sobremesa. Puro requinte.

Terceiro dia

O Iceland, um bar feito totalmente de gelo.

Que tal começar o dia com um belo piquenique? O Horto Florestal é o cenário ideal para este evento e tem coisas para fazer o dia todo. Depois do café da manhã ao ar livre, é possível passear pelas trilhas, curtir o playground, fazer um passeio de trem, praticar esportes de aventura e ainda conhecer uma linda loja de artesanato. O Horto também conta com locais deliciosos para alimentação, o que possibilita dar aquela esticadinha até a hora do almoço. Ainda no clima de natureza, o Museu Felícia Leirner é uma ótima opção de passeio para tarde. Localizado em uma área de mata com 35 mil m², o local reúne um conjunto de 86 obras de bronze, cimento branco, granito e gesso da artista Felícia Leirner, distribuídas ao ar livre. Lá, também fica o exuberante Auditório Claudio Santoro, sede do Festival Internacional de Inverno.

Falando em inverno, é possível sentir as temperaturas abaixo de zero em pleno verão no Iceland, um bar feito totalmente de gelo, desde sofás, poltronas, bancos e balcões, até as paredes. Com uma decoração temática, ao todo, foram necessários mais de 38 mil quilos de gelo para construir o local, que oferece temperatura ambiente entre -15º e -20º.

Quarto dia

Depois de tomar um café da manhã especial no Café no Bosque e degustar o pão de milho e erva doce mais famoso do local, o passeio na Fazendinha Toriba promete encantar pais e filhos. Em uma área de 300 mil m² de bosques com vegetação nativa, lago, horta orgânica, redário, playground e diversos animais domésticos que podem ser tocados e alimentados, a Fazendinha é uma verdadeira aula de cuidado e respeito com a natureza e com os bichinhos.

Para alegrar os adultos, a sugestão é um delicioso almoço no restaurante Alto da Brasa, localizado dentro do Parque da Cerveja. Os pratos são elaborados pela renomada brew chef Michelle Peretti e os grelhados do local são a companhia perfeita para um copo de cerveja. O cardápio apresenta diversas opções de harmonizações com todos os rótulos da Cerveja Campos do Jordão. No mesmo passeio, é possível visitar a fábrica de cerveja e o Mirante da Mantiqueira.

Fechando o passeio de uma forma muito especial, o Aventoriba proporciona uma experiência que fica para sempre na memória. Uma trilha leve até mirantes exclusivos, com direito a um piquenique, acompanhado de um delicioso vinho. Tudo isso, contemplado por um pôr do sol emocionante, que recarrega todas as energias e deixa boas e saudosas lembranças dessa viagem.

Em qualquer data, estação, período, comemoração ou número de pessoas, Campos do Jordão está preparado para acolher seus visitantes e promover experiências inesquecíveis.

(Fonte: Máxima Assessoria de Imprensa)